100 mg
'100 MG', DO CANTOR DENVER BLANCHETT: RESENHA DO LIVRO - THE NEW YORK TIMES.
por Vince Beau
Ao mesmo tempo emocional e divertido, o livro de memórias do cantor Denver Blanchett está atolado em um paradoxo: atrair atenção sem fim em um esforço para criticar à fama.
'100 MG' SE CONSOLIDOU COMO UM BEST SELLER DO NEW YORK TIMES. Denver - artista, ativista e vocalista da banda de pop rock inglesa 'Morning Blue' - escreveu um livro de memórias: honesto e irreverente, íntimo e profundo, '100 mg' (que leva o nome de uma das músicas do recente álbum da banda de Denver, intitulado 'Traces To Nowhere') é a história da vida notável que ele viveu até aqui, e ele tem muito para contar, mesmo tendo apenas 25 anos de idade. Os desafios que enfrentou, e os amigos e familiares que o moldaram e o apoiaram. '100 mg não foi considerado O MELHOR LIVRO DO ANO DA VOGUE atoa.
100 mg aumenta sempre que os holofotes se acendem. Denver nunca foi mais poderoso, na página ou no palco, do que quando se esforça pela transcendência que só a música pode oferecer... Ele é aberto e honesto, com uma linguagem que pode ser espirituosa e distinta, abordando sua linda relação com suas mães, seus avós, seus irmãos e seus tios, sua família consideravelmente diferente, e sobre como foi crescer em meio aos comentários direcionados a ele por conta de seu sobrenome.
"Quando comecei a escrever este livro, esperava desenhar em detalhes o que antes apenas esboçava em meus diários e minha músicas. As pessoas, lugares e possibilidades em minha vida. 100 mg é uma música carregada de significado para mim, e quando a escrevi mergulhei com tudo em meu relatos das memórias dos últimos anos. Crescer com a família que tenho não era um conceito natural para outras pessoas, passei por muita coisa mesmo novo. Então, escrevi essa música, 100 mg, e a separei até reunir meus pensamentos para o livro. A música é pesada e escura, com uma batida vibrante que destoa da letra, e eu digo o mesmo do livro, isso é a história do progresso de um peregrino... Com muita diversão ao longo do caminho." — Denver.
Como um complemento do livro e um presente para os fãs, Denver compartilhou no dia do lançamento de suas memórias o vídeo oficial para música que dá nome a elas.
https://youtu.be/WRa9C8fBfnc
Escrevendo pela primeira vez sobre sua vida notável e aqueles com quem ele a compartilhou. Em sua voz única, Denver nos leva desde seus primeiros dias crescendo na Inglaterra, até seus últimos cinco anos, dedicados à música e à luta contra causas que moram em seu coração. Escrevendo com franqueza, autorreflexão e humor, Denver revela sua vida - e a família que todos comentam sobre - amigos e tudo aquilo que o sustenta, desafia e molda.
O subtítulo de 100 mg, 40 músicas, Uma história, é uma referência aos quarenta capítulos do livro, cada um com o nome de uma música do Morning Blue (algumas que nem mesmo foram lançadas, e não passam de demos, mas que são bem pessoais). Denver também criou quarenta desenhos originais para 100 mg, que aparecem ao longo do livro.
Em um dos capítulos, Denver conta com carinho sobre sua família. Fala sobre as histórias que ouviu sobre como suas mães se conheceram e sobre como aquela que também tem como uma figura materna surgiu no caminho. Não é segredo que Denver foi criado em uma família diferente, e é divertido o ver contar como Dua - sua madrasta - entrou na cena, e como foi ganhar dois irmãos com dez anos de idade - os gêmeos Berlin e Dallas - e mais tarde, com doze anos, a pequena Aspen. Ele conta como foi doce ver Dua grávida dos gêmeos e depois ter Hailee esperando Aspen, e fica nítida o amor dele pelos mais novos.
"O amor na minha família é apenas bonito, e olhando agora é engraçado ver como aconteceu. Minhas mães são minhas confidentes e elas me ensinaram tudo o que sei. É uma conexão de alma por todas as partes ", disse Denver em um dos capítulos de seu livro.
"Há, penso eu, desvantagens em ser constantemente incrédulo. Eu não diria que uma dose substancial de ceticismo não é uma boa ideia ; Vou apenas sugerir que a desconfiança excessiva pode resultar na perda de uma alegria potencial, e não quero isso para vocês. Quero que você maximize sua felicidade possível, enquanto mantém uma visão saudável e cautelosa que o protege de ser comido por predadores. A possibilidade que quero que você considere é que fui criado com três mães, viajando por todos os cantos desse mundo e veja, estou bem!" , ele brinca sobre os comentários desagradáveis que recebeu à cerca de sua formação familiar, e mesmo isso é engraçado da parte dele.
Continuando, ele escreve: "Eu cresci ouvindo fofoca sobre as pessoas ao meu redor, admito. E não estou sugerindo que algumas das coisas que ouvi eram mentiras, mas a maioria delas ERA. Crescendo, entendi que nunca há nada além de uma arma fumegante em casos como este, e é por isso que todo mundo faz de conta que o mundo está cheio de pessoas que só tiveram casos heterossexuais e com uma pessoa de cada vez, porque estamos na metade da porra do século e ainda existe gente estúpida o suficiente para não entender de onde estamos vindo. O problema com esse tipo de história, é claro, é que ninguém está disposto a falar sobre isso com estranhos ainda vivos, mas minhas mães estavam (e olhando agora, isso foi bem corajoso!). Por algum tempo o máximo que escorreu foram os boatos, até que as três se sentaram frente ao Graham Norton no horário mais importante da BBC e conversaram numa boa sobre a vida que levavam. Eu estava na casa da minha avó, em Sussex, assistindo a entrevista e vendo as reações, e lembro de pensar "porque estão fazendo grande coisa disso?""
Descrições efusivas se acumulam, desde as "maravilhosas aventuras" de Denver nos seis meses que viveu na Índia, até a divertida história de como conheceu Keira (sua noiva, uma pintora belga) em seu tempo na Alemanha. Discutindo sua identidade como um "artista e ativista", Denver declara de maneira leve que: "Você pode dizer que estou voando em um balão de ar quente sobre um terreno muito interessante. Às fica mais difícil identificar o terreno interessante à medida que o ar quente se intensifica, mas ainda é um terreno muito interessante."
Suas palavras me fizeram pensar, e no fim digo que é um bom fim para um livro como esses. De modo que sigo seu pensamento. Ler as memórias de Denver é como voar junto com ele nesse mesmo balão de ar quente por sobre um terreno muito interessante, e a medida que as páginas passam tudo fica ainda mais divertido. É uma pena que mesmo seu livro de memórias tenha um fim, assim como muito nessa vida, e assim como esse texto.
Um fim (certo?).
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