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Capítulo 1


Saudades Guilherme.

Nunca achei que fosse falar isso na vida, mas porra, saudades Guilherme. Estou bem feliz por ele ter aquietado o facho com alguém, mesmo que eu sinceramente não consiga entender essa relação dele com a Fernanda, mas nessas horas sinto saudades dele.

E, para minha enorme surpresa, não é do tanquinho nem da mão boba que sinto falta. Não nego nem dispenso, mas não é isso agora. Eu realmente poderia usar a companhia daquele moleque esse final de semana. Rolo a tela da lista de contatos do aplicativo de mensagens tentando encontrar alguém, qualquer um, que eu possa convidar para ir a esse casamento comigo sem que isso se torne um evento fora de proporção, mas não encontro. Seria engraçado se não fosse trágico.

Percorro os olhos pelos nomes e só consigo ler "dor de cabeça". A questão é que apesar de todos serem adultos e, em teoria, maduros e bem resolvidos, e eu ser muito clara desde o começo que é só sexo, nada além de sexo parcialmente fixo e nada exclusivo, sempre aparece um se fazendo de doido.

Querendo mandar na situação, decidir as coisas. Dizendo que homem que é homem não aceita mulher rodando por aí. Querendo controlar, domar. Colocar uma coleira com seu nome em volta do meu pescoço e gritar "é minha, ninguém come mais". E, se eu convido algum desses para ir em um evento dessa importância comigo, aí sim é que vão se achar no direito de me pentelhar. Certeza que vai aparecer um com aquele discurso pronto de que não está procurando um relacionamento, como se eu estivesse. E aí adeus sexo gostoso sem preocupações.

Recosto na cadeira e abro a conversa com Juliana, resistindo à vontade de reclamar por ela ter habilmente visualizado e ignorado minha última mensagem. Só perdoo porque sei que a causa é boa.

Seu irmão está inutilizável, preciso de companhia para o casamento. Não tem nenhum amigo para me emprestar não?

Olho o relógio e vejo que está na hora do almoço dela. O que significa que ela está enfiada em algum lugar com Eduardo e não vai me responder tão cedo. De novo. Vejo o e-mail piscando na minha tela, vindo da cerimonialista desesperada querendo saber se vou levar alguém ou não. A mulher vai me matar, eu já devia ter respondido isso há semanas.

A vantagem de ir sozinha é que posso encher a cara e pegar algum cara solteiro gato que sei que o noivo tem como amigo. O lado ruim é que, quando eu der de cara com meu querido ex-namorado lá, sei que ele vai vir todo cheio de dedos para cima de mim e eu vou ser obrigada a dar na cara dele. Odeio recorrer ao artifício de ter um cara à tiracolo para ter um mínimo de respeito, mas é bem disso que estou atrás no momento. Se fosse qualquer outra situação, eu arrumaria um barraco com Marcos e pronto, mas não posso fazer essa cena. Afinal é o casamento da Gabriela, uma das minhas melhores amigas — Juliana que não escute isso.

Suspiro, levantando da cadeira, e esfrego o rosto, sentindo uma dor de cabeça chata. Vou tomar um café para ver se passa.

Ando até a copa e vou direto para a cafeteira, que, como sempre, está vazia. Poucas coisas na vida me irritam mais do que isso. Coloco o pó e a água, ligo o negócio, recosto na bancada de mármore e espero o tempo fazer sua magia.

Estou quase desistindo e respondendo ao e-mail dizendo que vou sozinha mesmo e é isso aí quando vejo Rafael entrar no cômodo.

Hm.

Por que não pensei nisso antes?

Ele me cumprimenta com um aceno discreto de cabeça e o sorriso de sempre no rosto e tomo meu tempo encarando-o. Ouço-o perguntar como foi meu encontro no último fim de semana, mas nem lembro mais. Já é quinta-feira, quase uma semana depois. Não foi bom o suficiente para ficar na minha cabeça.

A blusa social que ele veste não combina, dá um ar de seriedade que ele não tem. Mas está bonito, como sempre. Não dá para negar que Rafael é um homem muito bonito. A barba perfeitamente feita, cabelo com o corte certo. Ombros largos que chamam atenção. De costas, um espetáculo com a calça apertadinha na bunda — uma bela bunda por sinal.

— Rafa — chamo, e ele me olha por sobre o ombro.

Indico com o dedo para que vire de frente para mim e ele o faz, com o cenho franzido enquanto segura um iogurte em sua mão.

— Vai fazer alguma coisa esse sábado? — pergunto, e ouço a cafeteira finalmente encerrar seu trabalho. Viro-me para a bancada e me sirvo uma xícara. Tomo um gole do café, quente, preto, puro e ele faz uma careta ao ver que não adocei. Já sei que tem paladar de bebê. Os três quilos de açúcar que coloca em tudo denunciam isso.

— Nada muito empolgante, não. Acho que vou só terminar aquela série que te disse que estava assistindo. E você? — pergunta, todo educado achando que estou jogando conversa fora.

Tomo outro gole e sinto meu corpo começar a reagir à cafeína instantaneamente. Tchau dor de cabeça chata.

— Tenho um casamento para ir — digo, e ele sorri dizendo que parece ser legal e deseja felicidade aos noivos. — Preciso de um acompanhante.

Ele demora alguns segundos para entender e arqueia suas grossas sobrancelhas para mim, surpreso.

— Anh... — gagueja e preciso segurar um riso. Sim ou não, não é tão difícil. — Desculpe, não quero entender isso errado. Você está me chamando para sair? — pergunta.

Dou os ombros e confirmo com a cabeça. É um jeito de olhar para isso.

— Não me leve a mal, Priscila, você é uma mulher linda — diz, colocando o potinho de iogurte em cima da bancada, gesticulando com as mãos em direção ao meu corpo.

Corpo que ele toma alguns segundos para analisar com cuidado. Vejo seus olhos saindo do meu rosto e parando no meu decote por um tempo inapropriadamente longo antes de continuar descendo até minhas pernas. Quando seu olhar começa a subir novamente para os meus seios, não resisto a levar a mão até meu colo e brincar com o cordão longo que estou usando, enfiando um dedo no decote. Ele pigarreia e engole seco, parecendo envergonhado e eu solto uma gargalhada.

— Realmente linda — murmura.

— Mas? — pergunto, tomando outro gole, começando a me divertir com essa história.

Ele abre a boca e para, como se não soubesse o que falar.

— Sabe que não estou te pedindo em casamento, não sabe? — brinco, sem conseguir evitar de cutucar essa cara confusa que ele está fazendo. — Estou te pedindo para me acompanhar em um, mas não tenho intenção nenhuma de pegar o buquê.

E ele sorri, um sorriso constrangido.

— Você me pegou de surpresa, só isso — diz, jogando os ombros para trás, assumindo a postura confiante que conheço. — Posso perguntar o motivo disso? — Ele entorta a cabeça e cerra os olhos de um jeito que me faz ter ideias bem inapropriadas.

Olho para sua carinha de bebê disfarçada somente pela barba e me pergunto se ele tem mesmo vinte e quatro anos. É difícil definir a idade dele, Rafael me acompanha em pé de igualdade na completa falta de maturidade nas conversas, mas ao mesmo tempo parece ter sessenta anos. Nós ficamos bem amigos desde que ele começou a trabalhar aqui, principalmente nessas últimas semanas.

— Você disse que não tem nada para fazer. — Dou os ombros. — Não achei que fosse recusar bebida de graça e a chance de dançar agarrado com uma mulher gostosa.

Vejo um sorriso crescer em seu rosto ao mesmo tempo em que ele arqueia uma sobrancelha para mim e concorda com a cabeça.

— Parece um bom plano — diz. — O que devo vestir?

Aponto para ele com a mão em um gesto que abrange seu corpo.

— Basicamente o que você está vestindo agora, só que melhor.

A combinação de cores não é exatamente a mais formal e ele pode fazer melhor que isso, mas, fora isso, ele já está bem apresentável.

— Sabe — ele diz, vindo na minha direção, encostando na bancada ao meu lado. Ele para perto o suficiente para que nossos braços se toquem. — Não achei que você fosse continuar falando comigo depois daquele rolo todo com a Juliana. Quer dizer, não é que tenha sido o fim do mundo, mas eu sei como vocês, mulheres, são unidas e não entendo muito bem como funciona esse código de conduta de vocês e...

Ergo um dedo e levo aos seus lábios, fazendo-o parar de falar. Juliana tem razão, é mesmo um tagarela. Mas eu até que gosto.

— Parou de surtar? — pergunto e ele concorda com a cabeça e, só então, tiro meu dedo da sua boca. — Preciso de um favor seu — peço e ele indica com a cabeça para que eu continue. — Tem um cara nesse casamento que eu preciso dar um passa fora. Qualquer coisa, nós estamos juntos — instruo.

E ele revira os olhos para mim. E isso me pega de surpresa. Esperava uma piadinha sacana sobre quanto isso vai custar, uma repreensão ou qualquer comentário aleatório que fosse me fazer rir como ele costuma fazer. Mas não, ele revira os olhos e realmente parece ofendido.

— Qual o problema de vocês? — pergunta. — Eu tenho uma plaquinha na testa escrita "venham e usem, devolvam ao final do dia"?

Franzo a testa sem entender o ataque e espero que ele continue.

— Pelo menos você está fazendo melhor do que sua amiga e me avisando com antecedência que só está me chamando para sair para afetar um outro cara aleatório.

Abro um sorriso para a carranca ofendida dele. É engraçado, de um jeito doce. Olho para Rafael por mais um instante e tomo o último gole do meu café.

— Você é gostoso — digo e seus olhos voam para mim, arregalados. — Um homem muito bonito, que chama atenção, e gostoso. — Repito seu gesto e percorro os olhos por seu corpo descaradamente para ele ver o que estou fazendo.

Dou os ombros, apoio a xícara na bancada e levo uma mão ao braço dele, que me encara boquiaberto por um segundo antes de abrir um sorriso escancarado e recostar de novo na bancada, erguendo a sobrancelha, esperando eu continuar. Apoio a mão no ombro dele e inclino para sussurrar no seu ouvido.

— Dá vontade de agarrar.

Rafael solta uma risada alta e balança a cabeça enquanto me afasto.

— Você é doida — constata e faço uma meia reverência exagerada, e ele ri de novo.

— O ponto é que não é que eu, ou Juliana se você ainda se importar, esteja tentando usar você. Você descomplicado, divertido, não cala a boca, nunca — digo e ele faz uma careta. — Você é uma boa companhia, Rafa. Eu te carrego para almoçar comigo o tempo todo por isso. E, além disso, você é gostoso. É inevitável, você é um ótimo amigo. E perfeito para fazer ciúmes em alguém.

A boca dele cai aberta e eu levo os dedos ao seu queixo, fechando, sem conseguir segurar uma gargalhada. Desenvolvemos uma amizade gostosa nesses últimos meses, e nos aproximamos bem nas últimas semanas. No começo, ele ficou relutante por causa da cabeçada da Ju, mas logo colocou isso de lado e voltamos a nos dar bem como sempre. Conversamos bastante nas horas de almoço e intervalos para o café como esse, saímos para beber junto com o resto do pessoal do escritório de vez em quando e saímos nós dois para a balada com bastante frequência, mas nunca compartilhamos grandes segredos e informações pessoais. Alguns flertes despretensiosos e histórias sobre pessoas com quem saímos na maior parte das vezes. E é bom conseguir fazer alguma coisa com um cara que seja usando a cabeça de cima para alguma coisa que não seja tentar me dizer o que fazer. É uma boa mudança.

— Você acabou de dizer que eu sou gostoso? — Rafael pergunta, incrédulo, mas sem conseguir esconder o riso dos seus olhos.

— Sério que você vai ficar pescando elogios, Rafa? — provoco e ele gargalha. — Te pego às sete — digo, aperto sua bochecha e viro as costas para sair do cômodo. — E pare de olhar para a minha bunda.

Ouço uma gargalhada rouca e um pedido de desculpas completamente falso e rio também.

Cama. É disso que preciso, da minha linda e confortável cama. Estou parecendo uma velha toda quebrada, e olha que o dia nem cheio foi, mas estou exausta. Acho que é o acúmulo de coisas. Passei da conta no final de semana e agora meu corpo está cobrando o preço pela longa semana de trabalho. Só quero uma massagem nos pés, não é pedir muito.

Entro no chuveiro assim que chego em casa e esqueço da vida debaixo da água quente. Quando finalmente saio, pego um roupão fofinho que deixo pendurado na porta, enrolo uma toalha na cabeça e vou procurar alguma coisa para comer. Abro a porta da geladeira e encaro o que tem dentro, desanimada. Estou com vontade de japonês. Vou até meu quarto pegar meu celular dentro da bolsa para ligar para o delivery e vejo duas chamadas perdidas de um número que não conheço. Ligo para o restaurante que fica a algumas quadras de distância e o atendente diz que o prazo de entrega é de meia hora.

Me jogo no sofá e coloco qualquer filme para passar na televisão enquanto rolo pelo meu feed, gastando tempo com bobagem. Até que o celular começa a tocar de novo, o mesmo número. Atendo.

Boa noite, Priscila? — Não reconheço a voz grave do outro lado da linha, e confirmo que sou eu mesma. Ouço o que parece ser uma risada sem graça. — Isso vai parecer surreal, mas a Juliana me deu seu número. Meu nome é Calebe.

Não, não parece surreal, ainda mais vindo dela. É exatamente o tipo de coisa que Ju faria. Sorrio e bato palmas internamente pela coragem de realmente me ligar, não são muitos homens que fariam isso. Arrisco dizer que a maioria esmagadora mandaria uma mensagem e torceria pelo melhor. Já ganhou pontos comigo.

— Prazer, Calebe — respondo. — Em que eu posso te ajudar?

Puxo da memória qualquer informação que eu tenha sobre ele e lembro de ter ouvido algumas vezes sobre. Um amigo da faculdade da Ju, se não me engano, por quem ela teceu alguns muitos elogios. Fico tranquila, ela é doida, mas não ao ponto de tentar me arranjar com um sociopata. Se achou que eu ia gostar dele a ponto de dar meu número sem me perguntar antes, então deve ser coisa boa.

Na verdade eu não tenho exatamente muita prática nisso — admite, me fazendo sorrir pela franqueza. Que bonitinho. — Mas Juliana falou tanto de você que tive que tentar te chamar para sair.

Direto ao ponto do jeito que eu gosto.

— Adoraria, Calebe.

Combinamos em um bar para o dia seguinte e quero bater na Ju por não ter me avisado nada antes. Talvez pudesse ter convidado esse aqui para o casamento. Na pior das hipóteses, se a gente não se entendesse de jeito nenhum, teria música, comida e bebida à vontade. Bom, agora já foi.

Alguns minutos depois, ouço o som da campainha e pego meu cartão para pagar a comida. Sento na frente da televisão e sorrio satisfeita para as porções de sushi na minha frente.

Procuro por Calebe nas redes sociais e dou de cara com um moreno de sorriso sedutor. Passo rapidamente pelas fotos e vejo algumas com uma prancha de surf, sem camisa, e ele está de parabéns. Nada mal, Ju, obrigada pelo presente.

Parece que essa semana vai ser bem interessante.

JÁ É DIA DEZ NA TERRA DO OZ 

OI MENINES, TUTUPOM?

Que saudades que eu estava de vocês!

Foi dada a largada! Priscila chegou, já com o pé na porta, e eu estou doida para saber o que vocês acharam. Deixem seus gritos e opiniões aqui!

Eu dei uma atualizada no capítulo de boas-vindas, com informações sobre dias de postagens e algumas coisinhas mais, não deixem de conferir.

Amo vocês!

Até breve <3

*

Já conhecem a palavra do amor da minha vida? 

Você me Perdoa?, completinho disponível esperando por vocês aqui no wattpad!

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