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Capítulo 2

_ ótimo, então fique aqui enquanto eu buscarei alguma coisa.

_ definitivamente eu não ficarei aqui

Susanna não desejava cruzar com nenhum animal selvagem, nem que para isso tivesse que ficar todo tempo ao lado daquele homem.

_ pode ser perigoso para você. Henrique a fitou profundamente.

_ riscos já estou correndo.

Ela comentou, ele suspirou.

_ isso seria uma confissão ao medo que sente de mim?

Perguntou ele caminhando.

_ você é bastante petulante senhor.

_ pode me chamar de Henrique.

_ petulante eu diria, pois, lhe cai muito bem

_ isso não esconde seu temor, senhorita advogada.

_ não sinto medo de você.

Susanna o observa.

_ não mesmo?

Ele se aproximou dela, e a fita-lo viu um brilho estranho naquele olhar. estremeceu, e viu um sorriso nos lábios dele. Um sorriso de satisfação.

_não pense que isso me assusta Henrique.

_ o seu corpo diz tudo senhorita.

_ neste momento o meu corpo diz apenas que estou odiando tudo isto, gostaria de estar em minha casa.

_não posso dizer o mesmo.

Ela não entendeu o significado dele haver dito aquilo, porem calou-se e o seguiu em silencio.

Caminharam por um tempo ele notou o quanto ela andava com dificuldade e sem que ela esperasse a pegou nos braços

_ o que esta fazendo?Ponha-me no chão!

Susanna gritou e se debatia

_ precisamos achar água comida e abrigo e você não esta ajudando, então se cale e me deixe tentar.

Ela calou-se

Ele sorriu ao ver um rio a colocou no chão.

_ você esta bem? Ele perguntou observando-a.

_ sim. Obrigado.

_ não morreremos de sede afinal.

- ela o fitou

_ nem mesmo sabemos se esta água é potável. 

- ele deu uma gargalhada sonora.

_ do que esta rindo?

Ela perguntou irritada.

_ de sua total falta de noção ao que nos acontece aqui.

_ sei muito bem o que nos acontece aqui. E devo lembrá-lo que não durara muito tempo.

_ tem garantias disso? -  Perguntou irritado.

_ sei que estão nos procurando. E não devemos nos afastar tanto de onde o avião caiu.

_ pois então volte para onde esta o avião, e boa sorte. Eu sou  um qualquer, mas você senhorita, você é uma agente da lei, logicamente estão a sua procura.

Ele disse irônico e desceu ate o rio deixando-a plantada ali. Ela sentou-se enquanto ele tirou a camisa, ela virou o rosto ao sentir novamente aquele estranho tremor no seu corpo.

Ele se banhava no rio

_ pode vir, a água é potável!

- Ele disse e riu

Susanna não sabia se o odiava, ou se o temia, ou se sentia sensações jamais sentidas ao estar tão próxima a ele.

_ vamos? Não tem tubarões aqui.

- Ele disse, ela desceu e ficou de frente ao rio.

_ acho que pensa que esta em alguma espécie de paraíso.

_ certamente este lugar é melhor do que minha cela solitária posso garantir, entre, vai se sentir melhor.

_ pois só tenho esta roupa ele a analisou e a imaginou nua e não desejou afastar aqueles pensamentos, pois aquelas sensações estavam adormecidas em seu corpo já havia anos e senti-las novamente o fazia sentir-se vivo

_ não vai nadar de roupas, vai?

ele perguntou, e ao olhar para ela viu que ela parecia espantada porem, tinha o semblante calmo. Susanna o observou analisando-a com olhos masculinos e disse em tom mais formal e calmo possível.

_ tenho somente esta roupa.

ela disse tremula.

_ pois a tire.

Insistiu ele

_ deve estar louco.

_ você quem sabe. -

Henrique nadou, ela o observa precisava se banhar estava suada e se sentia imunda. Ela tirou a blusa e a saia que vestia.

_ não se atreva a olhar para mim.

_ já vi mulheres com menos roupas que isso.

_ isso não me importa nenhum pouco.

Ela disse enquanto se banhava não percebeu a aproximação dele, quando o notou ele estava bem próximo a ela tão próximo que ela pode sentir a sua respiração.

_ enfim tomou coragem.

Ele disse irônico.

_ sou suficientemente adepta a banho. A água estava fria e Susanna gemeu

_ sei... Digo coragem sobre outros fatores.

Ele estava bem próximo, e ela não conseguia se afastar parecia haver um magnetismo naquele homem que a paralisava.

Quando ela se percebeu aquele homem a estava beijando suave e a puxou para si.

Ela não sabe exatamente como aconteceu... Mas sentia-se flutuar naqueles lábios

Quando ela conseguiu se afastar deu um empurrão nele que sorriu

_ não tinha o direito!

Ela disse enquanto nadava para a beira do rio. Ele a observava apenas tão assustado quanto ela, ele nadou minutos depois para a beira do rio onde ela estava sentada.

_ aconteceu. -  Ele disse, ela iria acertar um safanão nele, mas ele segura a mão dela.

_ não faça isso.

_ não toque em mim nunca mais!

_ foi só um beijo, donzela.

_ e quem disse que poderia me beijar? isso é assedio se não sabe!

_ o que? Assedio? Você me retribuiu, sendo assim, não foi assedio foi mutuo.

_ não retribui coisa nenhuma! E sim foi assedio! Você  vem fazendo isso desde o momento que entrei no avião, talvez por alguma razão eu não saiba!

Ela disse e a fita-lo viu aquele mesmo brilho estranho no olhar

_ escute senhorita, eu a beijei e o beijo foi mutuo, pois um homem sabe quando é no fundo sabe disto. Ela ficou em silencio

_ precisamos fazer um abrigo. Murmurou ele dando fim ao assunto.

Seguiram mata adentro. Henrique encontrou alguns galhos e folhas e fazia um abrigo fazia calor demais aquele dia

_ você poderia ao menos ajudar. Ele disse, ela o observava

_ eu nunca fiz isso antes.

_ ao menos poderia tentar, ao invés de ficar so olhando.

_ acho que você é o mais propicio a fazê-lo.

Susanna foi irônica.

_ é claro segundo suas projeções.

_ não o estou julgando, apenas digo. Ela resmungou

_esqueça princesa.

Ele disse em tom de ironia, o que a irritou.

_espero que nos encontre logo.

ela comentou olhando na direção dele.

_ claro, assim você se livra de mim o mais rápido possível.

E piscou para ela

_ sou sua advogada, presumimos então, que isso não ocorrerá, tão cedo.

_ posso resolver isso se quiser. Comentou ele.

_ do que esta falando?

_ acho que não sou um bom cliente.

_ se você acredita nisto eu não posso ajudá-lo.

Foi então ele parou de fazer o que fazia e a fitou

_ não acho que poderia, vejamos o que sabe sobre mim senhorita advogada?

_ eu... Eu sei o suficiente.

_ é mesmo? O que seria suficiente?

_ o suficiente para defendê-lo.

_ você só recebe teus honorários de advogada para fingir que esta me ajudando.

Disse ríspido

_ não sabe o que esta falando, o ministério publico já resolveu muitos casos como os seus.

_ devo acreditar em um advogado? Ironizou ele

_ pense o que quiser, e de sua liberdade que estamos falando.

_ exato, e não acredito que me ajudaria advogada.

_ o que o faz o faz pensar isso?

_ sou um assassino, senhorita.

Ele disse, ela sentiu aquela sensação que já estava tornando-se costumeira desde que o conheceu. Calafrios.

Ela não saberia distinguir o significado daquelas sensações, ela não o temia quando ele nem mesmo tentou fugir

_ você não tentou fugir.

_ fugir de que?

_ do avião, e ainda me salvou a vida. Ela comentou

_ e acaso ira colocar isso a minha defesa? É uma boa cartada um assassino herói, o que me diz?

 _ nao acho que seja um assassino.

Ele a fitou novamente desta vez mais profundamente

_ e qual razão teria para não crer?

_ eu li teu caso, você não matou a sua esposa.

Ela disse e notou quando ele a ignorou e parecia sentir raiva ou alguma espécie de sentimento negativo.

_ acho que tem medo da verdade...

Ao dizer aquilo logo ela se arrepende, pois rapidamente ele se aproximou dela

_ entenda uma coisa advogada, você não me conhece, minha vida não se resumiria em um maldito pedaço de papel.

_ eu não disse isso.

_ de que verdade esta falando? Ele perguntou em tom alterado.

_ a sua e somente você conhece.  

_ não venha com este assunto de advogados. Eu não acredito em você.

_ e porque me beijou no rio? Ela perguntou, ele riu

_ porque você é uma bela mulher e eu não vejo mulheres faz séculos! E você adorou o beijo não negue.

_ não sei do que esta falando.

_ quem esta mentindo agora?

Perguntou ele voltando a fazer o que estava fazendo.

_ eu não estou mentindo! E você não tinha o direito de fazê-lo!

Ela disse ríspida. Ele aproximou-se dela e a puxou para si, enquanto ela se debatia, ele a prendeu com uma das mãos somente.

_ solte-me!

-  Ela dizia, ele apenas a observava calado e serio com aquele olhar penetrante e assustador e incrivelmente sexy...

Ela o encarou e foi o que o motivou a beijá-la. Ele toca com os lábios ao dela que deu um gemido, em seguida a beijou desta vez ferozmente como quem quisesse puni-la.

Quando deixou de beijá-la a fitou e ela tinha os olhos fechados, sorriu e se afastou ainda calado

_ como ousa? Ela perguntou com voz de choro.

_ eu ousei? Sejamos honestos você é uma advogada e trabalha com a verdade estou enganado? Pois comece a verdade por si mesma.

_ não se trata disso! Não pode me tocar!

_ há alguma cláusula dizendo isso?

_ sim! Exatamente! Há uma cláusula de não me envolver emocionalmente com clientes!

_ quem falou em emoção? Estamos falando de algo bem mais prazeroso e divertido.

_ o que? Eu não sou nenhuma mulher desfrutável! Eu sou noiva e vou me casar! Ela disse, ele a observou

_ pois, você nem mesmo o ama. 

_ o que sabe sobre mim para afirmar isso?

_ eu não sei eu sinto. E quando a beijo sei que me quer, e se me quer não ama seu noivo, simples.

_ você é um sádico e não se aproxime mais de mim, entendeu?

_ não posso prometer isso princesa, você me pede para tocá-la.

_ você deve estar louco mesmo.

_ isso é verdade eu estou sim, deve tomar cuidado.

- ele riu divertido

_ deixe-me em paz. 

Depois disso, ele não mais falou com ela. Ela deitou-se no abrigo que ele havia preparado, ele havia saído já fazia horas ela cochilou exausta despertou algum tempo depois sentindo cheiro de comida.

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