6
_ se hospedar aqui? Para que? Você nem mesmo precisa ficar aqui em Goiás, pode voltar ao rio de janeiro. Ao seu trabalho. Ela murmurou desviando o olhar
_ eu quero ficar aqui e me certificar que você ficara bem.
Victor estava desconfiado e Susanna sentiu
_ eu ficarei bem Victor.
_ quantos dias ate o julgamento? Ele perguntou
_ eu ainda não sei farei uma ligação e logo saberei. Suspirou
_ você esta tão diferente, aquele assassino tocou em você Susanna? Ele perguntou
_ não, e ele nem mesmo é um assassino.
Frisou e a fita-lo notou que ele ficara surpreso
_ o que a faz pensar que não?
Victor agora a encarava com um brilho diferente nos olhos
_ eu convivi com ele saberia se ele fosse um assassino. Além do que, ele me salvou a vida
Susanna tentava não demonstrar, o quanto conhecia Henrique
_ e daí? Isso não significa nada. Disse Victor enciumado
_ significa que ele não é um assassino. Ela frisou
_ se você acredita nisto, deve ter alguma verdade Ela o interrompeu
_ eu tenho certeza disto. Murmurou traindo-se
_ bem, vou deixá-la descansar, já que não quer companhia, voltarei ao rio de janeiro. Victor avisou
_ ótimo. Susanna o fitou e a reação dele a surpreendeu
_ e não mereço nenhum beijo? Ele perguntou
_ podemos pensar nisto depois. Susanna murmurou enquanto deitou-se a cama, fechando os olhos desejando não estar naquele lugar sentindo-se tão diferente e indecisa
_ você realmente esta mudada querida. Ele disse irônico
_ você saberia se estivesse. Foi à resposta curta de Susanna, pensou que Victor lhe diria algo mais, porem ele apenas a fitou fazendo uma breve pausa e diz
_ pois eu sei. Ate logo. E ela suspirou ao vê-lo sair.
Havia sido a mulher mais fria com Victor o seu noivo. Ela não amava Victor, ela amava Henrique
Como poderia casar-se com ele amando outro homem. Amando Henrique.
Aquela noite ela dormiu mal, ao amanhecer foi ate o fórum da cidade, queria retornar ao trabalho queria rever Henrique.
Henrique receberia a visita de Susanna ele não sabia quem iria vê-lo, pensando que talvez Susanna houvesse desistido de advogá-lo
ficou surpreso ao vê-la aproximando-se, ficaram frente a frente havia um policial os observando ele desvia o olhar quando ela o encara
_ como tem passado? Ela perguntou tentando ser a mais firme possível
_ como um condenado. Ele disse e sorriu ela o viu sorrir e sentiu falta daquele sorriso
_ falo serio Henrique. Ela disse finalmente ele a fitou dentro dos olhos como costumava fazer
_ não deveria estar aqui advogada. Ele a encarou, desejando poder tocá-la, o que não poderia fazê-lo, talvez nunca mais
_ se irei defendê-lo no tribunal em alguns dias acho que sim deveria estar aqui. A voz dela falhou e por um instante observou que Henrique poderia tocá-la
_ me defender de que? Ele perguntou
_ achei que já havíamos passado desta fase Henrique.
Ela disse e sua voz falhou novamente
Henrique suspirou
_ não quero que me defenda. Henrique odiava-se naquele momento
_ não pode opinar sobre isso Henrique
_ sabe que poderei mudar tudo se me comportar mal não sabe? Ele perguntou
_ porque faria isso? Não acha que vale a pena ser livre?
_ eu não tenho um motivo para isso. Disse encarando-a ela sentiu uma punhalada, porque ele a tratava daquela forma?
_ o seu comportamento não me fará desistir de você Henrique. Ela disse e ele suspirou
_ não me encoraje Susanna. Eu poderia surpreender você
_ eu amo você.
murmurou Susanna com voz entrecortada Henrique sentiu a pulsação acelerar queria dizer que também a amava e o quanto saber disto o deixava feliz, mas não o fez ao invés disto ele fez um sinal ao policial para retirá-lo da sala
_ ainda não acabamos. Disse Susanna e em seus olhos havia lagrimas
_ sim, acabamos senhorita.
O policial o levou e ela ficou algum tempo não saberia dizer quanto, ate que se levantou e saiu.
Ela voltou ao hotel e tentou relaxar enquanto buscava mais informações para o caso de Henrique. Nada mais do que ela sabia. Ela pensava em algo além do que poderia dizer a defesa dele. Susanna estava abatida, ao lembrar-se de que o havia dito que o amava e ele a ignorou ela chorou mais uma vez.
Aquele forte sentimento não poderia ser uma mentira. Henrique a tocara como nenhum outro homem.
Amanhecia e depois de despertar tomar um banho bem quente e um café bem forte, Susanna voltaria a ver Henrique
_ você tem visita. Disse um dos carcereiros
_ não quero ver ninguém disse Henrique
_ vamos, é a sua advogada.
Ele suspirou, porque Susanna insistia em vê-lo? Se ela soubesse o quanto a presença dela o transtornava.
_ porque esta neste lugar diário Susanna? Ele perguntou sem olhar para ela
_ nem mesmo poderia olhar para mim ao falar?
Ele o fez e ela notou que ele se abateu também
_Você esta bem? Ela perguntou
_ sim. Estou bem e não quero ver você todo o dia. murmurou ríspido
_ sou sua advogada. Susanna tentava manter-se firme diante de Henrique, entendia o quanto ele estaria nervoso pelo julgamento
_ você me lembra isso todos os dias. Ele disse em tom irônico
_ o que pensa estar fazendo Henrique?
_ esperando meu julgamento, o que mais poderia fazer? Ele foi irônico propositalmente, queria poder não olhar aqueles olhos azuis e um misto de tristeza, notava-se uma infinidade de sentimentos nos olhos dela
_ você quer me afastar eu sei.
_ eu o faria se fosse você. Murmurou voltando a si
_ me envolvi demais, agora é tarde para voltar à voz dela saiu baixa quase em um sussurro e ele a fitou
_ acha mesmo que o que nos aconteceu mudou algo em mim não é? Ele perguntou tentando ser impassível e frio.
_ sim, eu acho. Eu pude constatar e sentir.
_ volte para seu noivinho e me esqueça! Ele gritou assustando-a o policial se aproximou pegando ele com violência
_ esta tudo bem. Disse ela ao policial
_ leve-me
_ eu não terminei nossa conversa. Susanna não entendia o comportamento de Henrique depois daqueles dias vividos, aquela experiência mutua entre eles
_ eu terminei e não quero vê-la! Ele disse ainda mais duro que antes
_ porque esta fazendo isso? Ela perguntou com lágrimas nos olhos o que deixou Henrique ainda mais frustrado, ele deu um soco no policial que caiu
_ Henrique! Ela gritou logo outros policiais vieram e ele levou uns golpes de cassetete
_ não! Susanna gritava
_ deixe-o! Ela aproximou de Henrique que sangrava a boca e tinha escoriações
_ Henrique Ela sussurrou
_ vá embora.
Gemeu ele e desmaiou _ Henrique! Ela gritou
_ não se preocupe senhorita o levaremos a enfermaria. Disse um policial
_ eu vou com ele _ não pode ir. Disse um dos policiais
_ sou a advogada dele e vocês fizeram uma covardia conjunta. Tenho o direito de acompanhá-lo.
um dos policias pressentiu que sim ela poderia ir e ela o acompanhou ate a enfermaria.
Ela observa os cuidados para com ele e sufocou um gemido e tentava esconder as lágrimas ao vê-lo tão machucado os médicos o examina e sai da sala deixando ele naquela maca como se fosse um animal qualquer.
Ela o observa ate ele mover-se gemendo
_ mais que droga... Ele disse
_ Henrique não se mova... Eles machucaram você. Ele olhou para aquela mulher doce e linda ao seu lado ela tinha nos olhos a ternura que o fazia renascer voltar a respirar...
Ele tocou naquele rosto delicado, esquecendo das câmeras que ali havia
_ eu não a quero aqui... Não quero que me veja aqui. Ele disse
_ porque se eu sempre soube quem era você? Ela disse
_ é diferente agora. Ele disse e gemeu ao tentar se levantar
_ não se levante... Por favor.
_ eu estou bem.
_ e pode me dizer por que é diferente agora? Ela perguntou, ele a olhou dentro daqueles olhos profundamente tristes como os dele aquele momento
_ porque eu te quero.
Ele disse rouco ela tentou abraçá-lo
_ tem câmeras aqui.
Ele disse afastando-se
_ você tocou meu rosto... Ela disse e sorriu ele lhe sorri de volta
_ eu nem me dei conta do que estava fazendo... Gemeu ele
_ você me quer... foi o que disse.
fechou os olhos abrindo em seguida fazendo um movimento positivo com a cabeça
_ e porque quer me afastar se me quer?
_ não parece óbvio que não posso amar você? Você esta noiva e eu estou preso. Ele disse, ela sorri
_ por enquanto. Ele a fitou
_ o que pensa fazer? Eu não quero que faça nada Susanna.
_ eu não quero me casar com o Victor se nem mesmo sinto nada por ele.
ele a fitou queria beijá-la olhou para a câmera.
_ se não fosse esta maldita câmera nos filmando eu faria amor aqui mesmo com você Susanna. Ele disse rouco
_ então você aceita o que sentimos?
_ isso não mudara o fato de que esteja preso.
_ o fato é que o inicio de seu julgamento é amanha...
_ e daí?
_ eu tenho um coringa.
_ não você não tem nada além de que já saiba.
_ sobre nos Henrique.
_ não, você não dirá sobre nos Susanna, não quero que o faça. Não pode dizer sobre o nosso caso e ter sua licença caçada.
_ eu farei o que eu puder para livrá-lo disto e provar sua inocência Henrique, e o que tivemos não foi um caso, não foi mera coincidência, um assassino não teria feito o que fez! Você salvou minha vida.
_ Susanna não... Ele dizia enquanto ela saia
_ nos vemos amanha no julgamento.
_ Susanna! Ele disse, mas ela já havia saído
Ele gemeu sentia todo o seu corpo doer, ainda assim sorriu, Susanna o fazia sorrir, mas ele não poderia prejudicá-la... Isso o afetaria mais do que ser condenado.
Susanna, ainda não havia saído e foi à diretoria da cela onde Henrique aguardava o julgamento _ quero pedir que mude os seus guardas da cela do meu cliente.
_ senhorita Susanna eu te ouviria se ele não houvesse agredido um de meus policiais.
disse o homem
_ lembrando que o meu cliente estava sob forte estresse e eu poderei alegar maus tratos aqui se ao chegar amanha e vê-lo machucado de alguma forma.
o homem fez que sim com a cabeça
_ asseguro que nada acontecera ao seu cliente senhorita. Disse o homem
_ muito obrigada e tenha um lindo e agradável dia.
ela finalmente saiu
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