12
Henrique caminhava pela cidade do Rio de janeiro, uma vez foi impedido de amar quando assassinaram sua esposa e agora estava impedido de amar Susanna, um sentimento perturbador que o envolvia completamente.
Henrique simplesmente não poderia perder aquela mulher, ela era o seu futuro o seu renascimento pós tragédia, Susanna representava para Henrique a força que ele havia perdido ao desistir de si mesmo, ela o fez acreditar em si mesmo o fez renascer e agora ela era quem corria perigo. Henrique enfim, volta ao hotel para mais uma noite dormir sem nenhuma resposta.
Susanna em seu apartamento estava na cozinha tomando um café, sentada em sua mesa, pensava em como sua vida tornou-se patética, sonhava em casar-se por amor e ali estava em um dilema, havia se casado com o homem errado!
Ao amanhecer, Susanna desperta em um sobressalto, estava atrasada para o trabalho e já estava se tornando costumeiro seus atrasos quando a noite pouco dormia.
Ela tomou um café rapidamente e seguiu para o escritório, ao chegar deparou-se com Henrique que não a cumprimentou, aquela manha ele nem mesmo a fitou e Susanna entendia o motivo e se aquietou em sua escrivaninha onde havia trabalhos intermináveis, estavam sozinhos e as horas passavam. Henrique levantou-se e caminhou ate um pequeno espaço que havia no escritório era um espaço para um café, Henrique em silencio preparou um café para ele, ouviu um ruído que viria da porta e ao sair do pequeno espaço viu que Victor estava ali, o homem o encarou e Henrique seguiu a sua escrivaninha
_ porque este cara ainda esta aqui? Henrique o ouviu perguntar, mas nada disse
_ Victor, por favor, estamos trabalhando.
_ claro que estão trabalhando meu amor. Deveria acreditar nisto? E ele puxou uma arma apontando a Susanna, e ao ver aquela cena e o rosto em pânico de Susanna, Henrique levantou-se com e com um gesto amigável com as mãos.
_ não precisa fazer isso!
_ quem eu devo matar primeiro?
_ Henrique, pelo amor de Deus! Gritou Susanna
_ eu vou matar você minha doce esposa e a culpa é sua!
Apontou a arma Henrique então foi para cima de Victor e tentava afastar a arma, Susanna chorava em desespero sem saber o que fazer e ouviu um disparo, ela gritou apavorada o corpo de Victor caiu inerte e nas mãos de Henrique estava a arma do policial. Henrique acertou o peito de Victor ao tocar em sua pulsação percebeu que nada mais de poderia fazer, ele encarou Susanna que estava em choque, ele aproximou dela que se recolheu
_ ele iria matar você.
_ você matou ele! Ela gritou
_ o que eu poderia ter feito? Seria você ou eu ou ele! Dizia Henrique enquanto a fitava tentado acalmá-la
_ meu Deus, o que vamos fazer? Susanna estava em desespero
_eu não sei. Ligue para a policia. Ela o encarou
_ não! Ela gritou
_ é o que deve ser feito.
Disse ele amargurado então, Susanna chamou a policia que chegou rapidamente, os policiais indagavam Henrique e logo o chefe de Susanna chegou, o corpo de Victor foi levado
_ como isso aconteceu?
Ele perguntou a Susanna
_ foi um acidente.
Susanna disse em um fio de voz e quando percebeu viu que Henrique foi algemado
_ o que estão fazendo? Ela perguntou caminhando ate os policiais
_ ele esta preso em flagrante pelo assassinato de um policial.
Disse um deles
_ não podem prendê-lo quando foi um acidente! Tem de levá-lo a depor
_ este homem recentemente saiu de uma penitenciaria.
avisou um dos homens, Henrique ficou em silencio apenas observou Susanna e sua aflição o que o fez sentir-se um miserável.
_ e ele foi inocentado! Ela gritou
_ Susanna, esta tudo bem. Ouviu Henrique dizer ela o encarou e o viu entrar no carro da policia, o chefe dela a confortou, enquanto Susanna chorava em desespero.
_ tenho que ir vê-lo.
horas depois:
_ ainda não podemos fazer nada, me conte exatamente o que houve disse o chefe dela
_ foi um acidente, Henrique tentou desarmá-lo e o feriu, ele entrou aqui armado e apontava a arma a mim dizia que iria me matar. Ela disse e sentia-se abatida
_ e Henrique tentou apenas desarmá-lo.
Dizia o chefe
_ sim. Foi horrível.
_ você será chamada para depor, porem enquanto isso ele estará detido, ele matou um policial federal.
Susanna se desespera, todos os fatos poderiam manter Henrique preso novamente.
Henrique voltava então a ficar preso, olhando a sua volta, sentado a uma cama de solteiro, ele estava arrasado, mas seu coração estava em paz havia livrado Susanna de morrer nas mãos daquele homem, e ainda que isso o privasse de sua liberdade sabia que havia feito a coisa certa. Horas depois ele foi levado ate o delegado
_ sente-se.
o homem apontou para a cadeira Henrique sentou-se
_ esta bem encrencado, vi em sua ficha que já esteve preso por assassinato.
dizia o homem olhando uns papéis que estavam sobre sua mesa.
_ estive preso cinco anos, esperando o julgamento e fui inocentado, senhor.
_ parece que desta vez, você não terá esta opção, tem indícios de que você teria um caso com a noiva do policial que você matou isso é o suficiente para manter-te preso.
_ estou à disposição da policia.
Ele disse, poupando detalhes
_ então foi passional, você o matou por que quis, não foi um acidente.
_ se um acidente condiz com ver um homem apontar uma arma a uma mulher indefesa sim, então foi um acidente.
Henrique disse em tom irônico.
_ diante dos fatos, você o teria matado de qualquer forma não é mesmo?
_ sim.
Henrique confessou
_ leve ele de volta a cela .
Disse o delegado a um policial.
E Henrique foi levado à cela, onde se deitou a aquela cama fria e chorou, ali começava seu inferno.
culpado. Henrique aceitava sua culpa total na morte de Victor, ele pensou em fazê-lo. Sua consciência o dizia que a culpa era toda e completa dele.
Henrique sabia que Susanna tentaria defende-lo e que talvez se complicasse.
Um policial se aproxima a cela onde Henrique estava, sentiu um perfume que ele já conhecia era o que Susanna usava.
Henrique tinha os olhos fechados deitado sobre a cama da pequena cela onde estava.
_ você tem visita.
Ele ouviu uma voz masculina e abriu os olhos sentando-se a cama viu Susanna que o observava em silencio Susanna entra a cela e o policial a trancou juntamente com Henrique
_ você tem trinta minutos.
avisou o policial.
_ obrigada. Disse Susanna e o policial se afastou
Henrique a observou calado
_ como se sente? Susanna perguntou
_ preso.
_ vou defendê-lo
_ eu não quero sua ajuda e nem suas visitas.
_não tem escolha.
_ sim eu tenho, sabemos o motivo de haver ocorrido isso Susanna.
_ eu não irei abandoná-lo Henrique
_ o que acha que poderá fazer? Eu o matei
_ foi um acidente, eu vi tudo e posso ajudar.
_ não foi um acidente, eu quis matar ele.
confessa o que não surpreende Susanna.
_ não pode dizer isso no tribunal ou será difícil não ser condenado.
_ não pode me salvar agora Susanna.
Ele a o observa, em seus olhos havia a tristeza e incerteza que Henrique já conhecia.
_ não pode me impedir disso.
_ posso e vou não a quero aqui, não quero vê-la, ou se esqueceu de que nem mesmo poderíamos ter uma relação?
_ pois que não tenhamos uma relação e sim que eu seja apenas sua advogada. Ao olhar para ela viu que ela não poderia lhe mentir
_ Susanna, eu posso afirmar e confessar que eu o matei porque quis e sabe disto.
Susanna se desespera
_ sei o que o motivou a cometer o que fez e foi legitima defesa
_ eu não quero sua ajuda!
_ esta cometendo uma loucura!
Ela disse e seus olhos agora a denunciava ela deixou suas lágrimas virem a tona e Henrique suspirou pesadamente
_ minha única loucura cometida foi matar seu noivo
_ sim e isso foi culpa minha.
Ele levantou-se segurando a grade da cela fechou os olhos
_ melhor ir , e não tente fazer nada isso não cabe a você.
sentiu quando ela o tocou e virou-se segurando-lhe os punhos puxando-a para si
_ agora já sabe com o que se meteu
_ você não é assim Henrique , sei porque esta fazendo isso
_ Escute Susanna, deixe-me seguir meu caminho ao que parece seguirei aqui e é o que eu quero. E ele a soltou e Susanna cambaleou
_ eu te amo.
Ouviu-a sussurrar
_ eu não quero seu amor, aqui ele não serve de nada. Henrique disse bruscamente.
_ não importa o que diga, eu estarei ao seu lado.
Susanna disse e calou-se logo o policial veio e abriu à cela ela olhou para Henrique uma ultima vez, e ele virou-se se detendo a uma despedida.
Susanna foi para casa , e aquela noite nem mesmo pode dormir,tudo o que pensava era em Henrique
Amanhecia e Henrique foi chamado novamente a depor
Ele estava em uma sala sentado a espera, dois homens entraram a sala
_ então você é o Henrique , o homem que matou um policial.
Disse um deles
Henrique apenas fez que sim com a cabeça
_ queremos detalhes. disse o outro
_ eu o matei e pronto. ele disse
_ então confessa que foi passional? Perguntou um deles encarando-o
_ pode dar o nome que quiser, pois se não o matasse ele Teria matado a Susanna. Henrique disse
_ a noiva dele com quem você teve um caso.
disse o outro
Henrique encarou o homem _ não tivemos um caso senhor, eu a amo e não me arrependo do que fiz.
_ então você a ama? Perguntou
_ sim. Henrique murmurou
_ então sua advogada e você tem um caso.
_ não temos um caso. Henrique apertava as mãos
_conte-me como conheceu a senhorita Susanna.
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