Adoro beber vinho
E dançar com você
A gente se esfrega que nem
Dois gravetos para incendiar
Palha seca

Sua calcinha se encharca
De gasolina
Mas não tem música
Nesse mato
E ainda assim, dançamos
No silêncio embaralhado
Prontos para o inferno
A Bruxa e o Bêbado
Você queimando na fogueira da injustiça
E eu vomitando o sangue de cristo

É quase uma blasfêmia
Não termos uma plateia,
Nem estrelas,
Ou mesmo Deus.
Apenas uma dança imoral
Sem confraternização e
Vivendo no Sábado,
do Sabá;
do Baco,
do bacanal;
da carne,
do carnaval.

Vivemos dessa embriaguez
Você queimou até virar
Pó mágico
E eu me afoguei no Mar
Vermelho.
Logo veio o sono pesado
Foi tão romântico...
Que nunca mais acordamos.