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XVIII

As expressões no rosto do Sammy mudaram várias vezes ao longo da conversa. Primeiro, enquanto eu lhe contava sobre meus poucos minutos na festa da Iris, ele me encarava de cenho franzido e a boca torcida. Depois, quando eu lhe falei sobre o que Iris me disse, ele plantou um risinho de satisfação nos lábios. E na hora que eu disse que fui encontrar o Léo e que nós dois demos um passeio pela Times e depois seguimos para a casa dele, Sammy semicerrou os olhos e abriu os lábios num sorriso, que murchou minutos depois quando eu falei sobre a cena na casa dos pais do Léo.

- Ah, que droga. E como você está?

- Como eu estou não importa, Sam. Foi ele quem perdeu o pai.

- Tá, mas isso não explica o fato de você não ter passado a noite em casa - ele disse, mudando de assunto de repente.

- Olha, eu vou dizer, mas você tem que prometer que não vai ficar inventado coisas.

Ele revirou os olhos com bastante deboche.

- Tá, tá, tanto faz. Eu prometo.

- Certo - coloquei a xícara com o chá requentado em cima da mesinha de vidro e me virei para ele. - Léo me chamou para dormir com ele. Não fizemos nada. Não rolou nada... Quer dizer, tirando o fato que ele disse que queria me beijar e me amar.

- ISSO NÃO PODE SER VERDADE! VOCÊS TRANSARAM?

- Dá pra você parar de pensar nisso? Parece que está mais ansioso que eu.

- Então você está ansiosa?

- É claro que eu estou, não seja idiota. Mas eu acho que isso não é o mais importante.

- Você tem razão, as preliminares também são fundamentais.

- Dormimos - continuei, ignorando o comentário dele. - e eu sonhei com o Leonardo. O outro Leonardo.

- E o que ele fez? Te espancou e disse pra você nunca mais sonhar com outros caras?

- Você se ouve quando diz essas coisas? - perguntei, levantando.

- É claro que eu me ouço, minha voz é a oitava maravilha do mundo moderno.

- Hahaha, muito engraçado. Enfim, ele não fez nada disso. Voltou a dormir e eu voltei pra casa.

- Que vida triste, a sua - ele me seguiu para a cozinha e parou ao lado da bancada enquanto eu lavava a xícara.

- Minha vida não é triste, ok? Ah, e ele me deu um daqueles bilhetes que eu não sei o nome.

- Ah, nossa. Agora eu com certeza sei que bilhete é esse. Amo eles.

- Tipo, eles sorteiam as pessoas de acordo com as letras dos seus nomes. Janeiro é A e B. Fevereiro C e D... Enfim, esse mês é L e M.

- Aaaah, sei do que você está falando. O Mark comprou um pra ele também. Parece que os vencedores vão pro Sul da Califórnia, né? - assenti. - Que maneiro. Imagina se vocês dois ganharem.

- Seria bem legal. Talvez a gente até passasse umas noites juntos.

- Você está se referindo a sexo ou está só falando em repetir a dose da sem graça noite anterior?

- Eu estou começando a achar que você tem sérios problemas. Já procurou saber se você não é um daqueles ninfomaníacos* disfarçados?

- Eu com certeza não sou um. Sabia que eu não transo há mais de um mês?!

-Tadinho de você.

- Ah, esqueci que estou falando com a Santa virgem.

- O que vamos fazer pro almoço? - desviei o assunto. Falar sobre aquilo me deixava bastante desconfortável, já que eu realmente ainda era virgem.

Sammy gargalhou exageradamente alto e eu o odiei por aquilo.

- Podemos sair pra almoçar - disse quando voltou ao normal.

- Ótima ideia. Não queria apelar pro meu maravilhoso macarrão com salsicha.

- Sem sal e sem gosto! Cadê o seu pai?

- Dormindo. Passou a noite toda escrevendo e só foi dormir quando eu cheguei.

- Ah - saímos da cozinha e fomos para o meu quarto. - e como está o rosto? Ainda dói?

- Não. Depois daquele dia eu só precisei tomar o remédio uma vez. Não está mais inchado e as machas... Bem, eu cubro elas com um pouco de maquiagem.

- E você não denunciou o cara.

- É, eu não denunciei. Prefiro não correr o risco, sabe.

- Você tem razão - ele concordou comigo e se jogou na cama. - Que livro é esse? - apontou para o livro que eu estava lendo. Ele não sabia que pertencia à minha mãe.

- É só você ler a capa.

- Eu quero dizer que nunca vi ele nas suas coisas, babaca.

- Ah, era da minha mãe, mas não vamos falar sobre isso.

- Você ainda não superou, não é mesmo?

- É exatamente porque eu superei que não quero falar sobre. Que horas são?

- Vai dar doze horas.

- Vamos sair?

Ele deu de ombros. Mostrei o dedo do meio para ele e abri o armário.

- Você gosta dele?

- Do livro? É legal. Sabia que...

- Não estou falando do livro - ele me interrompeu. - Me refiro ao Léo. Você gosta dele?

Uma voz histérica berrava dentro da minha cabeça: GOSTO, GOSTO MUUITO.

Mas, outra voz, a mais racional pensou sobre o assunto.

Eu não era do tipo que me apaixonava fácil. Pra falar a verdade não era nem do tipo que me apaixonava. E, depois de gostar do Leonardo, meu coração meio que se fechou pra esse tipo de coisa. Eu não queria, não gostava e não pretendia ter nenhum relacionamento. Mas aí o Léo apareceu e me fez questionar sobre as minhas antigas decisões.

Mas a pergunta é: eu gostava dele?

Dei de ombros enquanto tirava o short e vestia uma calça jeans.

- Eu não sei. Não sei se gosto dele.

- Por que você tem sempre que tornar tudo tão difícil? Ou gosta ou não gosta. Simples.

- Não é tão simples assim. Gostar ou não gostar implica uma série de fatores que eu não estou afim de citar agora.

- Olha só, temos uma advogada entre nós, pessoal... Lia, deixa de ser tão complexa.

- Eu não sou complexa, ok? E, se eu for, culpe a vida. Foi ela quem me complicou.

Ele olhou pra cima e abriu os braços teatralmente.

- Vida, sua desgraçada, o que você fez com a minha amiga??!!

Demos risada e fomos para fora.

Entramos no carro e eu dirigi por alguns minutos até um restaurante bastante próximo da rua em que eu morava.

O lugar estava praticamente vazio e era um daqueles restaurantes self-service. Eu e o Sammy nos servimos com as mesmas coisas: batata frita, salada, macarrão e purê de batata.

Assim que sentamos, o celular do Sammy apitou e ele o tirou do bolso.

- Acabaram de me convidar pra uma festa perto do Central Park. Tá afim de ir comigo?

- Que horas?

- Seis horas.

- Huumm, não sei.

- Ah, deixa de ser chata. Ontem você foi pra sua festa super maneira sem mim e hoje que eu estou te chamando você não quer ir? Grande amiga você é.

- Ok, ok. Eu vou pra essa maldita festa.

***

E lá estávamos nós no metrô a caminho da festa.

Eu e o Sammy nos sentamos um de frente pro outro e ele olhava para a janela, enquanto eu encarava minhas mãos, sem nada melhor pra fazer.

- Espero que seja uma festa maneira - ele disse, endireitando a cabeça para me olhar. - e que... - ele parou no meio da frase.

Levantei os olhos e o vi de boca aberta.

- Viu um fantasma?

- Hã? N-não... Não olha pra trás, Lia.

E, assim como todas as pessoas no mundo fariam, eu olhei para trás e vi o que definitivamente não queria ver.

Léo estava de pé encostado na porta do vagão ao lado do nosso. Ele beijava uma garota. Beijava de verdade.
*Ninfomaníaco se refere a uma pessoa viciada em sexo.

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