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Capítulo XXXII

- Pai, eu realmente preciso desligar agora.

- Mas... - desliguei na cara dele e encarei o rosto da Crystal.

- Era o seu marido... Quer dizer, ex marido.

- Você ligou pra ele? - ela questionou.

- Não. E que diferença faz?

Crystal olhou para os lados como se temesse que alguém nos visse e olhou para a Lily que me observava com seu rostinho redondo.

- Gosto do seu cabelo - disse a garotinha. Eu respirei fundo para não dar atenção a ela e levantei.

Leonardo soltou minha mão suada.

- Ela falou com você, Lia - resmungou Crystal.

Ignorando-a, limpei a grama da minha calça e dei as costas para elas.

- Lia - Leonardo chamou.

Eu só queria sair dali. Queria fugir dali pro lugar mais longe o possível.

- Lia, não vá! - Crystal gritou.

- Lia! - Lily chamou com sua voz fininha. Comecei a correr em direção à cerca e, na tentativa de pular, acabei tropeçando e desabei de cara no chão.

Comecei a chorar desesperadamente.

Leonardo pulou a cerca e se agachou ao meu lado.

- Você está bem?

- Não, eu não estou bem - minhas lágrimas embaçavam a minha visão, mas eu podia ver a preocupação em seu rosto exageradamente próximo.

Ao invés de me ajudar a levantar, como as pessoas normais fariam, ele sentou no chão ao meu lado e me abraçou enquanto eu chorava feito uma condenada.

Crystal não foi atrás de mim. Não foi ver como eu estava e nem me perguntou se eu precisava de um abraçado. Então eu deduzi que ela simplesmente fingiu que nada daquilo havia acontecido, entrou em sua perfeita casa e seguiu com sua maravilhosa vida.

Sabe aquela metáfora que diz: "depois da chuva sempre vem o Sol?". Pois é, acho que aquele dia foi uma grande e miserável exceção. Assim que eu me conformei que lágrimas não valiam a pena e não mudariam meu destino, uma chuva grossa caiu sobre nós. Ficamos encharcados em três segundos.

Ele me ajudou a levantar e, juntos, seguimos pela rua deserta e viramos a esquina, exatamente como havíamos feito antes. A rua principal estava cheia de carros apressados que espalhavam água para todos os lados. Eu andava de braços cruzados e cabeça baixa quando ouvi Leonardo dizer:

- Vamos comprar um guarda-chuva - e apontou para uma daquelas barracas de vendedores desesperados que brotam do nada.

A barraca estava embaixo de um toldo e nos esprememos próximo a ela para fugir da chuva.

- Um guarda-chuva, por favor - o homem ia pegando um amarelo, quando eu disse:

- Não, esse não. Aqui ali - apontei para o vermelho. Exatamente igual ao meu. Ele me entregou e eu o abri na mesma hora. - obrigado.

Após pagar, nos afastamos da barraca. A chuva caía enlouquecidamente.

O celular dele começou a tocar, mas ele pareceu não dar a mínima.

- Não vai atender?

- Depois.

- Ela deve estar uma fera.

- Quando não está?

- Não sei... Quando vocês estão transando, talvez? - na mesma hora, cobri a boca com as mãos e encarei o chão. Ele riu, mas não respondeu nada.

Pegamos um ônibus de volta para o hotel. Todo o trajeto teria sido um completo silêncio se ele não perguntasse:

- Tudo bem agora?

Desencostei a cabeça da janela e assenti. Eu tremia de frio.

- Vou melhorar.

- E o que você pretende fazer para melhorar?

- Sei lá, deitar na cama e chorar até sentir meu corpo secar. Ou eu posso me jogar da varanda do meu quarto.

- Lia, isso é sério.

- Eu sei que é, e eu já lhe disse o que eu pretendo fazer. As duas tem algo em comum que eu aprecio muito: não tenho a companhia de ninguém.

- Mas você sabe que, se precisar, pode contar comigo, certo?

- Não. Não sabia disso.

- Então é bom que saiba. Estou com você nessa.

A minha vontade de ser sarcástica, dessa vez, foi menor que a vontade de ser gentil.

Empurrei seu braço com meu ombro e sorri.

- Obrigada.

- De nada, mãos pequenas.

- Eu não tenho mãos pequenas. Você que tem mãos grandes.

- Não, eu tenho mãos normais. As suas lembram mãos de gnomos.

Abri a boca e, sem nenhuma resposta melhor, comecei a rir.

***

Chegamos ao hotel e eu achei melhor que Leonardo entrasse no elevador primeiro.

- É uma boa ideia. Não sabemos o que iremos encontrar lá em cima - disse e estendeu a mão para me entregar o guarda-chuva vermelho.

- Não precisa, eu já tenho um.

- Aqui?

- Não, está em casa.

- Então pega esse... Anda, pega logo.

Segurei o guarda-chuva molhado e o observei apertar o botão do elevador e entrar.

- Nos vemos mais tarde?

- Se a sua namorada não te matar...

Ele riu e eu senti um frio por dentro.

- Acho que, não importa o que aconteça, sempre voltaremos a nos encontrar - e com aquilo a porta fechou.

Baixei a cabeça e sorri. Aquilo não podia ser verdade.

***

Felizmente eu não encontrei a Lilá até a noite. Tirei aquelas roupas molhadas e as coloquei para secar, enquanto enchia a banheira com água quente.

Depois do banho, liguei para a recepção e pedi alguma coisa para comer, já que estava morrendo de fome.

Liguei pro Sammy enquanto esperava pela comida e sentei na varanda, observando o mar calmo.

- Achei que tivesse esquecido de mim - foi a primeira coisa que ele disse assim que atendeu.

- Impossível.

- Bom mesmo. Você que ouse esquecer de mim... Eu sei onde você mora.

Dei risada com a ameaça velada e ele fez um muchocho.

- Pra melhorar essa sua chatice, amanhã mesmo eu vou comprar uma lembrança pra você.

- Lembrança? Eu quero um carro, meu bem.

Dessa vez eu gargalhei ainda mais alto e escutei o som estranho da minha risada ecoar pela rua.

- É porque meu marido é traficante de órgãos.

- Eu achei que você fosse cafetona.

- Não, eu só vendo meu corpo mesmo, mas hoje em dia nem dá mais tanto dinheiro como antigamente... Velhos tempos - essa última parte foi dita em uníssono por nós dois.

Caímos na risada mais uma vez.

- Tá, agora falando sério, como estão as coisa por aí?

- Tudo numa boa - senti um pouquinho de vontade de contar à ele sobre a Lily, mas nossa conversa estava tão legal que eu não quis estraga-la. - Eu e Leonardo estamos nos dando muito bem agora.

- E com isso você quer dizer que vocês transaram? Ou é só papo de virgem mesmo?

- Sam! Ele tem namorada. E eu nem... - parei no meio da frase. Não que eu tivesse sido interrompida ou algo assim. Eu só não quis completa-la.

Sammy percebeu, é claro.

- Huuuummm. O que é que você ia dizer, ein? Você ia dizer que não gosta dele e desistiu, não foi? Eu sabia!

- Eu não gosto dele. Quer dizer, é meio complicado.

- Começou com essa coisa de complicado.

- Não é isso. Ele tem namorada e além do mais, tem o Léo. E eu gosto dele.

- Gosta do tipo "vamos ser amigos" ou do tipo"vamos nos beijar agora mesmo"?

- Dos dois tipos. Por ele eu sinto algo novo, mas pelo Leonardo... É como se tudo estivesse voltando. E eu não quero fazer papel de idiota outra vez.

- Mas você não vai fazer. Relaxa.

- Só que eu não quero arriscar. E eu nem sei se realmente gosto dele, ok?

- Mas...

- Sammy, por favor - o interrompi.

- Certo.

Ouvi alguém bater na porta e levantei da cadeira.

- Acho que é a minha comida.

E era mesmo. O carrinho com a bandeja estavam sozinhos (quero dizer, sem nenhum cara estranho pra me cobrar um gorjeta) e eu achei meio esquisito.

Puxei o carrinho até a direção da cama, sentei e comecei a comer enquanto conversava com o Sammy.

Vinte minutos depois, eu senti como se precisasse mais que tudo dormir. Meu corpo amoleceu de um jeito quase bizarro e minha mente simplesmente parou de funcionar.

Não lembro do que aconteceu em seguida.
E aí, o que será que vai acontecer com a Lia? ... Só lendo o próximo capítulo pra saber :) Bom, espero que estejam gostando bastante e votem, por favor. Comentem também o que estão achando. Toda opinião é SEMPRE bem vinda ✨💙

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