Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo XXVIII

OK, EU VOU MORRER. PAI, TE AMO E SAMMY, VOCÊ PODE FICAR COM AS MINHAS ROUPAS. EU ME ARREPENDO DE MUITAS COISAS QUE FIZ E MUITAS COISAS QUE NÃO FIZ, MAS NUNCA DAS COISAS QUE SENTI. TODAS ELAS FORAM REAIS E NECESSÁRIAS PARA MIM.

Pensei tudo isso nos poucos segundos de distância para o mar. Era quase como ver a vida toda passar diante meus olhos. Só que sem a parte dos olhos.

Prendi a respiração quando meu corpo mergulhou na água fria. Três segundos depois, ouvi o mesmo barulho de mergulho acima de mim. Comecei a me debater debaixo da água na tentativa de ir para cima. Em seguida, senti alguma coisa me segurar pelos braços e me puxar.

Puxei ar quando minha cabeça chegou à superfície e tornei a me debater.

- Lia, calma - Leonardo estava ali, me segurando e havia acabado de salvar a minha vida. - relaxa. Respira fundo.

Balancei a cabeça e fechei os olhos. Respirei fundo, tentando compreender que tudo ficaria bem e que eu não morreria afogada ali. Ao abrir os olhos, senti um forte ardor neles e tornei a fecha-los.

- Tá ardendo muito - disse.

Ele começou a nadar.

- Você pode pelo menos bater as pernas, pra ajudar?

Assenti e fiz o que ele pediu.

Nadamos por não sei quanto tempo... Quer dizer, ele nadou e eu só fui um peso morto batendo as pernas debilmente. Tornei a abrir os olhos e Leonardo parecia cansado, mas me segurava com bastante força.

Finalmente chegamos à areia e nos jogamos lado a lado nela.

Respirações ofegantes depois, ele disse:

- Da próxima vez que você inventar de fazer uma coisa maluca, por favor, se certifique que você tem um plano B caso isso dê errado.

- Obrigado. Obrigado mesmo. Muito, muito obrigado.

- Eu já entendi que você está muito agradecida, pode parar.

Sentei e olhei para ele. Gotas de água secavam em seu rosto sujo de areia. Ele também sentou e nos fitamos. "Ele literalmente salvou a minha vida".

- Tá afim de comer alguma coisa? - sugeri. - Por minha conta.

- É uma boa ideia.

- Comida Mexicana?

- Comida Mexicana.

Pegamos um ônibus para uma região chamada Old Town. O lugar era/é como o berço da Califórnia e um dos lugares mais antigos dos Estados Unidos. Faz fronteira com o México e era/é lotado de restaurantes com comidas típicas mexicanas.

Quando saltamos do ônibus e começamos a andar para onde a placa indicava, eu olhei para Leonardo e foi impossível não rir. Suas pernas e costas estavam sujas de areia e, em muitos pontos, sua pele ficara cinza por conta da água salgada que secou.

Comecei a dar risada e ele parou.

- O quê?

- Você está muito sujo, sabia?

- Como se você estivesse a coisa mais linda do mundo.

- Hã? - corri para o carro estacionado mais próximo e me vi pelo reflexo do vidro da janela. Eu estava um horror. Na verdade, acho que eu era o horror em pessoa. - As pessoas devem estar achando que somos mendigos.

- Não é pra tanto. Tem mendigos muito mais limpos que a gente.

- Ah... Droga! - comecei a mexer nos bolsos do meu short jeans úmido e tirei o dinheiro molhado e amassado de lá. - Olha isso.

- Ainda serve. Daremos um jeito nisso.

- Ok, Sherlock...

Ele apontou para uma lojinha de roupas e nos entramos. Escolhemos duas blusas que tinham os dizeres: OLD TOWN É SENSACIONAL 💙. E um short para cada.

Depois de comprar, andamos por mais alguns minutos e entramos no hotel Cosmopolitan, onde Leonardo ofereceu 30 dólares por apenas dois banhos rápidos. Eu o esperei no salão de entrada, enquanto ele tentava convencer a moça da recepção. A única coisa que ouvi, foi ele agradecendo e vindo na minha direção fazendo sinal positivo.

- Podemos usar o banheiro de empregados. Por dez minutos apenas.

- Ótimo.

Um funcionário do hotel nos levou até o banheiro e eu fui a primeira a usar a ducha.

Tirar o sal do corpo e dos cabelos esturricados foi tão bom que eu quase me perdi no tempo.

- Lia, eu também quero tomar banho - ele bateu na porta e eu desliguei o chuveiro.

Me enrolei na toalha e saí para não perder tempo dentro do banheiro.

- Duas vezes de toalha em um dia. Onde é que foi parar a sua vergonha, ein? - ele disse e entrou no banheiro. Me sequei e troquei de roupa.

- Será que eles têm um secador por aqui? Preciso desse dinheiro.

- Você não viu o secador aqui dentro?

- Hum... Não. Onde está?

- Dentro da bancada embaixo da pia. Eu estava procurando por uma escova de dentes.

- Eca.

- Não usei. Pode entrar e usar o secador.

- Hum...

- Eu não vou te agarrar e você não vai me ver.

- Tá legal, abre a porta.

Ele abriu a porta e eu esperei alguns segundos antes de entrar. Leonardo estava dentro do box, então eu não podia vê-lo, mas isso não tornou a sua presença ali menos desconfortável.

Peguei o secador e pus o dinheiro em cima da bancada.

- Lia?

- Oi.

- Você estava falando sério?

- Eu não sei do que você está falando, mas provavelmente não.

- Sobre você não ter uma coisa que realmente gosta de fazer.

De novo aquele assunto. Liguei o secador e agradeci o barulho que ele fez enquanto eu secava o dinheiro. Quando terminei, saí do banheiro e escutei alguém bater na porta.

- O tempo de vocês acabou.

Nossa, aquilo parecia a prisão.

- Já vamos sair.

Leonardo saiu do banheiro pouco tempo depois e não tocou mais no assunto do que eu tanto gostava de falar.

***

Entramos no primeiro restaurante que vimos pela frente e nos sentamos numa das muitas mesas vazias no meio do restaurante.

- Eu vou querer Chilli - ele disse para o garçom. Eu ainda estava em dúvida entre uma comida que eu não conhecia e outra. - o que você vai querer?

- Hum... Acho que quero experimentar esse Burrito.

- Trago os pratos em alguns minutos.

- Obrigada.

Eu comecei a tamborilar os dedos em cima da mesa, enquanto ele encarava o jarro de flores bem à nossa frente.

- Por que quando eu te toquei lá na Ponte, você se afastou de mim como se eu tivesse sarna?

Dei risada por causa da última palavra e porque eu era bem idiota, mas ele continuou sério.

- Nenhum motivo em especial - menti. Nunca que eu lhe contaria que aquilo estava relacionado aos meus sonhos com ele. - acho que só tomei um susto.

- Sei.

Arqueei as sobrancelhas.

- Não está acreditando?

- Não.

- Que pena - respondi. - estou falando a verdade.

Leonardo assentiu.

- O que seu namorado achou da sua viagem?

- Namorado?

- É, o outro Leonardo.

- Ah. Ele não é meu namorado. É só um antigo colega do Colégio que eu encontrei há algumas semanas. Tipo você.

- Mas, diferentemente de mim, você foi bem gentil com ele.

- É. Acho que eu não tenho nenhum ressentimento contra ele.

- Você ainda tem algum por mim?

- Algum o que? - "AI MEU DEUS DO QUE ELE TÁ FALANDO SOCORRO ME AJUDA."

- Ressentimento - "CALMA. ELE SE REFERIA AO RESSENTIMENTO. CALMA. ESTAMOS BEM."

- Ah. Acho que não.

- Acha? - agora ele me encarava.

- Acho - e eu o encarei de volta. Exatamente como fizemos na cozinha da minha casa. Ele não piscava. Eu não piscava. Havíamos esquecido tudo à nossa volta e nos concentrado apenas um no outro. Nos olhos escuros do outro.

Meus olhos começaram a arder e a lacrimejar e ele, ainda me olhando, sorriu.

Tentei de todas as formas não piscar, mas parecia que alguém havia lançado um spray de pimenta invisível nos meus olhos. Pisquei.

- Parece que eu ganhei outra vez.

Revirei os olhos.

- Grande coisa.

Nossa comida chegou e cada um se concentrou no maravilhoso prato à nossa frente. Quando eu dei a primeira mordida no meu burrito, me segurei para não cuspir tudo de volta no prato.

- Isso é horrível! - resmunguei enquanto engolia a gororoba. Leonardo riu e pegou um do meu prato.

- Eles estão com o gosto que devem ter.

- Então pode comer. Eu não quero isso - empurrei o prato na direção dele.

- Vem, come comigo.

- Não precisa.

- Deixa de coisa. A gente divide. Você com certeza vai adorar Chilli.

E ele estava certo.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro