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Capítulo XIX.

"Então todo aquele papo sobre esperar estar cem por cento e tudo mais não passou de uma grande baboseira".

Virei a cabeça para frente, sentindo tanta raiva que eu não conseguia nem respirar.

- Calma, Lia.

- Eu estou calma - disse entredentes. Fechei os olhos e respirei muito fundo antes de levantar.

- O que você vai fazer? - Sammy tentou segurar minha mão, mas eu o empurrei e fui na direção da porta.

Bati nela inúmeras vezes, mas eles não me ouviam. Continuavam a se beijar e a minha vontade foi de gritar e xinga-lo de todos os palavrões existentes no mundo.

Eles pararam de se beijar e eu tornei a bater no vidro da porta. A garota que estava com ele apontou na minha direção, fazendo-o se virar para me ver. Os olhos do Léo se arregalaram e ele abriu a boca e começou a falar um monte de coisas que eu não conseguia ouvir. Não queria ouvir.

Mostrei o dedo do meio e voltei para perto do Sammy. Três segundos depois, meu celular começou a tocar. Era ele.

- Você não vai atender?

- Não. Na verdade, eu quero sair daqui.

- Mas essa não é a nossa estação.

O celular insistia.

- Não importa. Podemos pegar outro metrô. Vamos - puxei ele para fora do vagão.

Ainda consegui ver o Léo acenar desesperadamente para mim antes que ele desaparecesse no túnel.

- Filho da mãe - Sammy murmurou tocando meu ombro.

- Nem tanto. Nós não éramos nada. Nem amigos e nem namorados.

- Mas eu sei que você tá brava. Parece até que quer chorar.

- Mas eu não quero - respondi. Eu realmente não queria. Apesar de estar brava e levemente - quase nada - magoada. Eu não tinha me afeiçoado tanto à ele ao ponto de estar magoada. Eu sempre esperava o pior das pessoas com relação à mim e, ele ter feito aquilo comigo, só me fez perceber o quanto eu estava certa em agir assim. - só estou com raiva, sabe. Bastante raiva. Por ele ter me dito todas aquelas merdas.

- Relaxa, caramelo. Hoje vamos te arranjar um cara muito legal.

- Eu não preciso de um cara. Preciso de uma bebida.

Ele bateu palmas.

- É assim que se fala! Essa é a minha garota! - ouvimos o famoso barulho de trem se aproximando. - vamos logo.

Durante todo o trajeto até a casa do colega - Que eu não fazia a mínima ideia de quem era - do Sammy, ele tentou me fazer dar risada e falou o tempo todo para impedir que eu pensasse no que havia acontecido.

Já havia escurecido quando chegamos lá e uma música estupidamente alta ecoava dos fundos da casa que acabamos de entrar.

A primeira coisa que fizemos - logo após cumprimentar o dono da casa - foi procurar por bebida. Encontramos um cara que preparava misturas de bebidas na hora e eu pedi uma Margueritta.

- Agora você precisa de um belo macho alfa - disse Sammy.

- Acho que quem deveria estar dizendo isso sou eu.

Ele deu de ombros e bebeu tudo de uma vez só.

- Pode ser também... Vem - Sammy me puxou pelo braço em direção ao aglomerado de pessoas que dançavam.

Tomei o restante da minha bebida e joguei longe o copo de plástico.

Foi bastante fácil esquecer do Léo aquela noite. Aquela noite. Dançamos tanto e bebemos ainda mais que eu nem percebi as horas passarem.

Quando caímos na real, era uma da manhã e a maioria das pessoas presentes ali estavam bêbadas - assim como nós - ou drogadas.

Eu e Sammy cambaleamos para dentro da casa e nos jogamos num sofá que já estava sendo ocupado por mais outras duas pessoas.

Apagamos na mesma hora.

Acordei com meu celular tocando loucamente.

Eram seis da manhã.

Léo me ligava outra vez.

Não atendi. Verifiquei quantas vezes ele havia me ligado. Quase caí pra trás; 77 vezes. Ele tinha ligado para mim 77 vezes.

Desliguei o celular e voltei a dormir, ainda meio bêbada, por cima do Sammy.

Acordamos poucas horas depois com uma santa dor de cabeça. Olhei ao redor e a maioria das pessoas ainda dormiam.

- Vamos embora?

- Que horas são? - ele perguntou, tornando a fechar os olhos.

- Sei lá, umas oito horas, eu acho.

- Ah, droga, vou chegar muito atrasado no Colégio.

- Relaxa.

Ele levantou e eu o acompanhei para fora daquela casa fedida.

- Acho que vou pra sua casa - ele murmurou assim que entramos no vagão do metrô.

- Hum - respondi meio dormindo. Minha cabeça explodia indescritivelmente.

Chegamos em casa e nos arrastamos direto pro meu quarto. Ele se jogou no chão e eu, mesmo sem pensar direito, sabia que precisava de um banho.

Entrei no banheiro e tomei uma ducha rápida.

- Liandra! - chamou meu pai do corredor. Me enrolei na toalha e saí do banho. Ainda estava bastante grogue.

- Oi - coloquei a cabeça pra fora do quarto. Meu pai me encarava com uma mão da cintura e o rosto sério.

- Você chegou agora?

- É, eu e o Sammy fomos a uma festa ontem à noite.

- Você não me disse que passaria a noite fora.

- Desculpe.

- Já comeu? - Balancei a cabeça negativamente. - vou preparar o café.

- Ótimo.

- Você ainda vai voltar pro trabalho amanhã?

- Não sei. Acho que sim. O que você acha?

Ele deu de ombros.

- Você já sabe o que eu penso. Prefiro que não volte ao trabalho.

- Mas eu preciso de dinheiro.

- Há outras formas de ganhar dinheiro.

- Prostituição ou tráfico? Qual das duas você acha melhor?

Ele riu e veio até a mim.

- Eu posso te ajudar. Podemos achar algo melhor para você. Algo que realmente ame.

É, aquilo seria bastante difícil. Encontrar algo que eu realmente amasse. Se você me perguntasse, naquela época, o que eu gostava de fazer, eu com toda certeza responderia respirar.

Ele me abraçou apertado e por três segundos - apenas três segundos - me lembrei do abraço do Léo.

- Vou pensar no assunto. Deixa eu trocar de roupa, ok?

De repente o sono havia fugido de mim e eu cutuquei o Sammy com o pé.

- Deita na cama vai.

- Não - ele murmurou ainda dormindo.

"Então fica aí"

Vesti uma roupa e saí do quarto. O cheiro do café me arrastou até a cozinha e eu sentei num dos bancos em frente à bancada.

- Você está com uma cara péssima. Como foi a festa?

- Boa. Bastante boa, na verdade.

Ele serviu minha xícara azul com um pouco de café e depois colocou leite.

- E o livro? - perguntei.

- Avancei bastante. Posso respirar aliviado.

- É, mas espero que não perca a bendita inspiração.

- Certo, agora vamos falar sobre o seu trabalho. A sua inspiração.

- Eu não tenho uma.

- Mas deveria ter. Um amigo meu, dono de um restaurante que eu trabalhei por anos antes de decidir virar escritor, te ofereceu uma vaga para trabalhar lá. Eles pagam bastante bem e você trabalharia menos. O que acha?

- Com o que eu trabalharia exatamente?

- Na cozinha. Ele não me explicou direito, mas se você ficar interessada, pode ligar para ele.

- É, eu acho que vou pensar no assunto.

- Ótimo, o número está em cima da mesinha da sala.

- Tá - ele bebeu um gole do próprio café e beijou minha testa antes de sair da cozinha.

"Será que eu faria bem? Quer dizer, eu ganharia bem mais e poderia tentar algo novo. Não que eu já esteja cansada de trabalhar no Café, mas aquilo não é muito a minha praia, entende o que eu estou falando? Entendo. É exatamente por isso que estou pensando em aceitar. Eu também"

Eu definitivamente não era normal. Dei risada com toda aquela conversa dentro da minha mente.

Meu celular tocou no quarto. Ele estava embolado com a calça e, assim que eu o encontrei, atendi.

- Alô?

- Lia? - era ele. O Léo.

- O que você quer? - sentei na cama e cruzei as pernas.

- Quero explicar o que você viu ontem.

Dei uma risada bastante sarcástica.

- Explicar? Leonardo, você não precisa me explicar nada, ok? Você faz o que quiser. Tanto faz pra mim - senti um aperto no coração ao dizer aquilo, mas eu não deixaria aquilo transparecer.

- Eu preciso sim, está bem? Por favor, me ouve.

- Eu realmente não quero. Me poupe e se poupe disso. Somos adultos e totalmente livres.

- É mas... - ele ficou calado. Eu esperei. Ele permaneceu calado. - Sei lá.

- Ah, quer saber? Tchau - tirei o telefone do ouvido e estava a três milímetros de desligar, quando o escutei berrar:

- Lia eu estou loucamente apaixonado por você.

Mas eu já havia desligado.

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