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Capítulo VI

Um cara com a voz fanha praticamente cuspia na minha cara enquanto reclamava do gosto excessivamente amargo do seu café sem açúcar. Eu tentava dizer a ele que estava sem açúcar porque ele havia pedido, mas aquele estúpido só conseguia berrar e cuspir igualzinho ao Hitler. Tinha até o mesmo bigodinho ridículo.

- Senhor, acalme-se - interviu Angus. - traremos outro café para o senhor.

- Ótimo, e se ele for tão ruim quanto esse vocês já podem fechar essas espelunca.

Revirei os olhos segurando a vontade de mostrar o dedo do meio para ele.

- Eu não sou obrigada a ficar ouvindo esse tipo de coisa! - reclamei assim que passamos pelo balcão.

- Isso é normal. Qualquer garçonete que se preze já ouviu gritos de um cara que parece com um nazista maluco.

Estava muito brava, mas ri do mesmo jeito. Angus não costumava fazer piadas com os clientes.

- Certo. Mas se isso acontecer mais uma vez eu...

- Relaxa, isso não vai se repetir - ainda bem que ele me interrompeu, porque eu não tinha a mínima ideia do que fazer se aquela situação se repetisse.

O meu expediente chegou ao fim e eu parei para almoçar na lanchonete do outro lado da rua. Sammy havia me mandado uma mensagem e disse que já estava chegando; então, quando terminei de comer, paguei pelo hambúrguer e saí.

- Caramelo! - ouvi uma inconfundível voz e me virei. Um garoto de dezenove anos, alto e magro desfilava na minha direção. Seus cabelos eram loiros e bem curtos e ele tinha lindos olhos verdes. Sammy. - quanto tempo!

- Eu passei o fim de semana todo na sua casa.

- Grande coisa.

Ele me abraçou e entramos no Café. Sentamos numa mesa bem no fundo, próxima à vitrine de vidro transparente que dava para a rua e ele tirou a mochila das costas.

- Vamos começar?

- Sobre o que é esse trabalho?

- Sobre o que não. Sobre quem. Whitman.

- Isso é sério? Você está pedindo a minha ajuda para interpretar um texto do Whitman? Quanta incompetência.

- Ele é complexo demais. Você é complexa demais. Se combinam perfeitamente.

Revirei os olhos.

- Eu não sou complexa.

- Não. Assim como a fórmula de Baskara é fácil. Agora vamos começar logo com isso.

- Certo, que texto você escolheu?

- Hum... - ele baixou a cabeça e começou a mexer no zíper da mochila. - eu meio que ainda não procurei por um.

- Mas que droga, Sammy! - levantei do assento confortável e fui até o balcão pedir para liberarem um computador.

- Ainda aqui? - disse Angus.

- Estou fazendo um trabalho com um amigo. Finja que nem está me vendo, por favor. Libera uma máquina pra mim.

- Ah. Espera um minutinho - eles sempre demoravam um pouco antes de liberar as máquinas. Eu não fazia parte daquilo então estava me lixando em saber o porquê.

Virei para trás e vi Sammy falar ao celular. Do lado de fora, vi também um cara alto atravessar a rua em direção ao Café. Ele empurrou a porta e entrou.

- Liandra! - fixei meus olhos nele e acho que meu cérebro demorou uns cinco segundos para perceber quem era. Ele sorriu.

- Pelo visto você realmente está desesperado por esses órgãos.

- Tanto que eu entrei em todos os Cafés dessa região - arregalei os olhos e levantei as sobrancelhas. - É brincadeira! Relaxa, eu não fiz isso! Instalei um chip em você então foi bem mais fácil de te achar.

- Chips são sempre a melhor opção - disse, balançando a cabeça.

- Sempre. Mas e aí, o que você está fazendo aqui?

- Ajudando meu amigo - apontei com o polegar para Sammy, ainda entretido no celular.

- Ah. Maneiro.

- E você?

- Fui liberado mais cedo hoje, estava passando por aqui e decidi tomar um café.

- Sério? - perguntei, meio duvidosa.

- Pra falar a verdade - ele se encostou no balcão. - quando eu olhei cá pra dentro pensei: caraca, aquela ali é a Helle? Você parece muito com ela. Já te disseram isso?

- Você é o primeiro, mas eu meio que já sabia disso.

- Duvido que eu seja o primeiro.

- Sim, você é - ele não me olhava. Mantinha os olhos fixos nas mãos. Eu, ao contrário, encarava sua orelha esquerda.

- Ah, que saco.

- Vai ficar de papo o dia todo ou vai me ajudar? - Sammy brotou na minha frente e eu lancei um olhar meio por-favor-sai-daqui, que ele ignorou completamente. - oi, sou o Sammy.

- Eu sou o Leonardo, muito prazer.

- Leonardo?? Você... Se chama... - Sammy tinha os olhos arregalados. Léo me lançou uma olhadela esquisita.

- Não é ele, ok? É outro. Relaxa. Agora volta pra lá que eu já estou indo.

Obediente, ele balançou a cabeça e voltou para a nossa mesa.

- Outro? Como assim, outro? - engoli em seco e virei o rosto para ele, que me encarava, meio sorridente.

- É... Hum... Uma longa história e eu meio que não tenho tempo agora.

- Você podia tentar resumir - Léo insistiu. 

- Mas eu não sei se quero.

- E por que não?

- É um pouco secreto.

- Aquele cara sabia - argumentou, apontando para Sammy sem tirar os olhos de mim.

- Ele é meu melhor amigo.

- Eu te conheço há mais de dez anos - aquilo estava indo mais longe do que eu esperava.

- Não nos conhecemos. A gente nem era amigo.

- Eu sei, mas podemos ser.

- Podemos.

- E então? - agora seus olhos castanhos-escuro me olhavam de um jeito que fez com que eu olhasse para algum ponto em cima do seu ombro.

- Então o que?

- Vai me contar?

Eu sorri. Ele também. Pausa.

- Eu meio que tenho sonhos com um cara que, assim como você, eu não via há anos. E... assim como aconteceu com você, encontrei ele ontem bem aqui.

- E aí? Você percebeu que ele é o amor da sua vida e fizeram sexo exatamente onde estou tocando?

- Na verdade, foi naquelas duas mesas ali - dei risada e apontei para as mesas à nossa frente. - Estou brincando. Foi estranho. Eu não esperava que a gente fosse se dar bem até porque nós nunca nos damos bem, de fato.

- E por que você sonha com ele?

- Eu já gostei dele. Muito, na verdade. Mas agora não sinto mais nada e... Eu realmente não sei.

- Tem certeza? - sua voz estava mais baixa e era quase engolida pelos murmúrios das pessoas no Café.

- Que eu realmente não sei?

- Que você não gosta.

- É, tenho certeza sim.

Ele sorriu.

- Quer sair comigo amanhã? - ele perguntou, tão de repente que eu precisei segurar o quão surpresa eu estava.

- Quero, mas não posso. Meu pai vai dar um jantar e eu preciso estar lá... - Ele encolheu os ombros magros. - tá afim de ir? Teria bastante gente desconhecida, mas muita comida.

- Ir num bairro chique? Hum... - ele pôs a mão no queixo e olhou para o vazio. - Eu com certeza topo.

- Agora eu definitivamente preciso ir pra lá ajudar o Sammy.

- Certo. Nos vemos amanhã então?

- Nos vemos amanhã.

- E lembre-se: nada de coisa gordurosa. Quero esse coração em perfeitas condições.

Sorri para ele e o observei sair, atravessar a rua e se afastar do Café sem comprar nada.

Um psiu baixo me trouxe de volta àquele estabelecimento. Sammy acenava para mim de um jeito nada discreto.

- Outro Léo? Você não me falou sobre ele ontem.

- Não te falei porque não achei que tivesse necessidade.

- E agora tem? - ele perguntou, semicerrando os olhos.

- Não. Para de ver coisa onde não tem. Eu não gosto de nenhum dos dois, ok? Agora trate de pesquisar um poema muito bom antes que eu desista de te ajudar.

- Parece que eu toquei na ferida da garota rejeitada.

Mostrei o dedo do meio para ele e virei para ver a rua. Ele tinha razão. Realmente tinha tocado numa ferida antiga. Não que eu tivesse ficado traumatizada com aquilo, mas o fato de eu sonhar com o cara que me rejeitara por quase dois anos e ter reencontrado ele fez com que algo estranho dentro de mim acordasse. Já com o outro Léo era diferente. Sempre o achei um cara legal e engraçado, mas daquela vez era meio esquisito conversar com ele, já que eu não sentia como se ele fosse chacotear das coisas que eu dissesse parecia que podíamos conversar sobre absolutamente tudo com ele.

Pessoal, espero muito mesmo que gostem. Escrevo sempre com muito carinho, já que isso é o que eu mais amo fazer. Votem, pois isso vai me ajudar muuito; comentem o que acharam e Beijos de Luz =)

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