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70 dias. O inesperado

Estou dentro da banheira esfregando meu corpo sujo e repassando toda a discussão que tive com meus pais há dois dias.

- EU SIMPLESMENTE NÃO CONSIGO ACREDITAR QUE VOCÊ DEIXOU A SUA IRMÃ SOZINHA PARA IR VER UM FILME COM UMA GAROTA QUE VOCÊ MAL CONHECE! - berra meu pai no corredor vazio do hospital. Estou encostado na parede, os braços cruzados, encarando o chão. Sinto a culpa, o remorso e a raiva percorrer todo o meu corpo. - VOCÊ SEMPRE FOI ASSIM! SEMPRE SE PREOCUPANDO CONSIGO MESMO E COM O QUE VOCÊ SENTE. VOCÊ NUNCA DEMONSTROU UM PINGO DE AMOR PELA SUA IRMÃ E TALVEZ AGORA ESTEJA SE SENTINDO MELHOR, JÁ QUE ELA ESTÁ NUMA CAMA DE HOSPITAL.

- Não diga isso, pai - falo, buscando me controlar. - Você sabe que não é verdade. Eu amo a Kimmy. O que aconteceu não foi culpa minha.

- NÃO? TEM CERTEZA? E SE VOCÊ ESTIVESSE COM ELA? AQUELE MALUCO DESGRAÇADO TERIA A ESFAQUEADO?

- Não.

- É, Eu sei que não, seu imbecil. Nesse sentido, você é igualzinho ao George. Egoísta.

- NÃO FALA DO GEORGE, TÁ BOM? - grito, perdendo as estribeiras. Ele me lança um olhar que poderia ter me matado se tivesse durado mais alguns segundos, mas ele é interrompido pelo Dr. que sai do quarto em que a minha irmã está internada.

- Eu gostaria de pedir que os senhores fizessem menos barulho.

- Desculpe - diz meu pai, coçando a nuca. - Trate de conseguir um emprego e se mandar de vez daquela casa. A partir de hoje, seu lar definitivo é aquela maldita garagem.

- Quantas vezes eu vou precisar pedir desculpa pelo que fiz?

- Suas desculpas são tão úteis quanto você - ele cospe antes de entrar no quarto e fechar a porta com força.

Minha vontade é de entrar lá e dizer umas poucas e boas para ele, mas tudo o que eu faço é enfiar as mãos no bolso da calça larga de Chaplin, apanhar minha bengala e sair do hospital.

[...]

- E agora? - Tess pergunta, assim que termino de contar sobre a briga.

Dou de ombros e escolho uma blusa aleatória dentro da mala. Enquanto me visto, procuro ignorar os olhos da Tess em mim;

- Arrumei minhas coisas e sai de casa. Como não tinha lugar melhor para ir, fui à caixa d'água, gastei todo o meu dinheiro com um engradado de cerveja e rezei para não chover.

- Agora eu não sei se te bato ou te convido para ficar aqui.

- Por que você iria me bater?

- Por que diabos você não veio pra cá, Charlie? Por que você não me procurou? - ela levanta da cama e vem até a mim.

- Sei lá... Eu estava chateado e triste pelo que aconteceu com a Kim... Queria ficar sozinho, eu acho.

- Você poderia ficar sozinho... Aqui, comigo. E eu não estou falando como a garota que está apaixonada por você. Falo como a garota que se tornou sua melhor amiga desde a primeira vez que nos vimos.

Ouvi-la dizer isso faz meu coração bater mais forte. Ela está parada bem na minha frente e, apesar de tudo que vem acontecido na minha vida ultimamente, eu jogo a toalha para o lado, a puxo para mais perto de mim com uma mão e com a outra seguro seu rosto; ela me olha fixamente como se desejasse isso tanto quanto eu; não espero muito: beijos seus lábios frios e a guio para a cama, onde sentamos e logo em seguida ela deita e eu estou em cima dela. Nossos lábios se movimentam numa sincronia perfeita e, ao levar minha mão ao seu peito, sinto seu coração bater com força.

- Charlie... - ela diz, me empurrando de leve e pulando para fora da cama. - minha mãe está lá no quarto... Ela pode nos ouvir, sei lá.

Tess começa a andar de um lado para o outro, nervosa.

- Tess, o que foi? Calma. Não estávamos fazendo nada demais.

- É, certo, eu sei.... Acho que vou lá embaixo pra... Minha mãe está... Oi! - ela abre a porta e sai.

Continuo sentado na cama me perguntando que diabos acabou de acontecer aqui.

Ainda estou sentado sem reação quando ela torna a entrar no quarto

- Tudo bem agora? - pergunto.

E, como resposta, ela começa a gargalhar. Tess ri tanto, que precisa sentar no chão e respirar fundo para se acalmar e conseguir falar alguma coisa.

- Eu... sou... muito idiota - ela diz aos poucos, se controlando para parar de rir. - Desculpe.

Eu fico encarando ela até que o último riso saia de seus lábios.

- O que aconteceu aqui?

-  Eu não sei... Tente me entender. Isso nunca me aconteceu antes... Acho que fiquei desesperada.

- Você acha?... - ela balança a cabeça. - senta aqui, vem.

Ela levanta do chão e senta-se ao meu lado.

- Então, quer vir morar aqui comigo, por enquanto?

- Eu não sei... Será que seus pais deixariam?

- Com certeza sim - ela responde na mesma hora.

- É, então acho que por mim tudo bem.

- Ótimo, agora somos quase casados - ela diz e eu arregalo os olhos. - Ah, vai dizer que você não quer casar comigo.

- Seria meu sonho? - pergunto, levando uma mão ao queixo, fingindo estar pensativo.

A Joanne interrompe nosso momento estranho para perguntar como estão as coisas.

- Charlie vai morar aqui com a gente, tudo bem pra você?

- Tudo, mas tem o...

- Ótimo! - Tess olha para mim. - ela deixou.

- É, eu ouvi. Mas tinha um "mas" aí nessa frase. Algum problema, Joanne?

- Nenhum querido, mas eu acharia interessante que a Tess falasse com o pai dela primeiro.

- Eu vou falar, mãe, relaxa.

- Ótimo, agora eu realmente preciso ir ao mercado. Vejo vocês mais tarde...

- Agora me conta - viro para ela assim que Joanne fecha a porta. - Como você se lembrou de mim?

Ela cruza as pernas na cama e pigarreia.

- Está preprarado para ouvir a história da sua vida? Beleza. Eu fui no mercado com a minha mãe, olhei para a caixa de leite, vi o por do Sol nela e BOOM, lembrei de você. De quando assistimos o Iluminado aqui em casa, de quando dançamos juntos no baile, da sua cantoria na chuva... de quando você me levou à caixa d'água e me disse que costumava ir lá para ficar sozinho e por isso eu soube que você estaria lá.

Quando ela termina de falar, ficamos em silêncio por quase um minuto, apenas nos fitando, nossos rostos muito próximos, até que eu digo, sem pensar:

- Eu te amo.

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