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Capítulo 9


— Vida... Vida... Vida... Volta, Vida.

Acordei cuspindo água, tossindo e sentindo meu nariz queimar, enquanto meu peito doía e a minha volta Záia, Mica, Valery e Iran me olhavam com preocupação.

— Como você está se sentindo? Você está bem? — Mica perguntou, dizendo as palavras rapidamente e tinha o rosto molhado de lágrimas.

— Esperem, não falem com ela. Se afastem! — Záia pediu a todos enquanto eu ainda tossia, depois me disse com a voz calma: — Vida, não diga nada, feche os olhos e volte para a sua viagem no tempo, reviva tudo e nos conte o que você descobriu — me ordenou.

Tossi mais algumas vezes, respirei fundo e me sentei ereta, depois espalmei a minha mão pedindo tempo a todos e fiz o que Záia me orientou após todos me darem espaço para pensar.

De olhos fechados, repeti:

— Nas cinzas como nós irão viver, até o impossível acontecer e a nascida de pele como a noite e com olhos como o sol, na terra de Flós florescer. O mal lá pode ir e voltar, mas só perecerá quando duas décadas completar e com a redenção e um casamento a nascida o povo salvar, porém tudo enfim se encerrará quando... — Eu tinha uma memória muito boa, mas foi nessa parte que comecei a sentir a dor no peito e por isso ouvi falhado o que Chain estava dizendo. — ... flor sem vida... Ele disse algo sobre o rei sem vida... sobre nada dos envolvidos restar. — Esfreguei meu rosto. Eu guardei todas as rimas, mas no final... a dor... — Comecei a chorar, enquanto Záia se levantou do meu lado, se juntou ao ancião que havia escrito tudo o que falei e juntos começaram a divagar cada palavra que eu os tinha dito, enquanto andavam em direção ao rio.

Sentei-me, limpei as lágrimas e fiquei tentando me lembrar de tudo, mas apenas o que eu tinha ouvido antes da dor estava claro em minha memória, tão claro que eu podia repetir diversas vezes se precisassem.

— Eu não consigo me lembrar do final com exatidão. Não consigo.

Iran vendo que eu sentia-me culpada e me martirizava por não ter conseguido guardar tudo que precisava, deu passos rápidos em minha direção e se aproximou, depois se abaixou até mim e me aninhou em seus braços, dizendo a seguir:

— Está tudo bem. Você fez muito em se arriscar pelo reino.

— Sim, Vida, você foi, andou na linha da morte e voltou para nós, isso é o mais importante — Mica completou.

Limpei as lágrimas, me afastei de Iran e me levantei, me recompondo.

— Vocês têm razão. — Limpei o rosto mais uma vez. — Agora vamos trabalhar com o que temos até que tudo esteja reestabelecido. — Eu não gostava de me mostrar fraca.

Novamente de pé Iran concordou comigo e Valery completou:

— E você sempre poderá contar conosco. — O olhei com gratidão.

Notei o ancião e a Záia voltando da margem do rio e assim que se aproximou de mim o senhor de rosto cansado, falou:

— Você disse casamento, não é? Disse: "com uma redenção e um casamento a nascida o povo salvar"

Pensei.

— Sim.

— Pode me dizer como era a cena em Cinere quando Chain proferia as palavras? — Záia perguntou.

— Ele olhava fixamente e apenas para o fogo e tinha os olhos vermelhos brilhantes.

— Olhava apenas para o fogo? — Záia perguntou para que eu confirmasse e eu pensei um pouco, voltando para o momento que testemunhei em Cinere, depois balancei a cabeça em positivo reafirmando. — Creio que foi uma maldição com clarividência — Záia concluiu.

— O quê? — Mica perguntou.

— Acredito que Chain estava lançando a maldição que o rei pediu e como ele tem o dom de prever o futuro, lançou a maldição criando empecilhos. Ele sabia o que podia acontecer, mas não tinha certeza, pois o futuro pode ser mudado por nossas escolhas. — Olhou para Iran. — Sendo assim, Chain criou várias... — Ela pensou um pouco como se tentasse nos explicar da melhor maneira possível. — ...etapas para dificultar que a Vida conseguisse quebrá-la por completo.

— Então ele já previu tudo o que vai acontecer e estamos de mãos atadas? — Valery perguntou com uma irritação evidente.

— Não, ele pode ver o futuro, mas não com certeza. Como eu disse, tudo depende das escolhas dos envolvidos, mas por exemplo, ele pode ver que lançando o feitiço que pedia o nascimento da de pele como a noite, mesmo isso sendo quase impossível, ela podia sim nascer aqui, então ele ligou ao nascimento a exigência de tempo, no caso todos aqui sabíamos que Vida só viveria segura em Flós quando completasse vinte anos.

— E qual a próxima etapa? — perguntei.

— Pelo que o senhor Mancler e eu achamos. — Ela olhou para o ancião que balançou a cabeça em positivo. — O próximo passo é um casamento.

— Casamento? — perguntei com os olhos arregalados.

— Sim, cremos que foi o modo dele caracterizar um vínculo seu com o povo, já que passou a vida toda fora.

— Eu tenho um vínculo, me sinto mais daqui do que de qualquer outro lugar.

— Mas na cabeça de Chain, você se negaria a se casar quando voltasse, por ter passado tanto tempo longe. — Soprei exasperada e ela continuou a falar: — Se quiser quebrar a maldição você terá que se casar em Flós, Vida, e pelo que vemos, não tem muito tempo para escolher um noivo.

— Isso nunca terá fim? — Joguei as mãos para o céu, me sentindo muito pressionada. — Nunca vai acabar? Quantas etapas terei que enfrentar?

— Sete — Záia respondeu e eu a encarei com as mãos na cintura e juntando as sobrancelhas em pergunta. — Esse tipo de maldição tem sete ramificações.

— Por que sete? — Mica perguntou.

— Porque para os magos e bruxos é o número da perfeição.

Ri sem vontade e falei:

— E quantas será que ainda me faltam? O que significa essa tal redenção que ele menciona?

— Pensamos que pode ser pelo casamento a sua reconciliação com seu povo. — Mais uma vez Záia olhou para o Iran, pareceu pensar e seu rosto se abriu com o entendimento. — Ou pode ser a salvação por amor... o arrependimento de alguém de Flós ou o seu... Bom, o tempo dirá. — Ela bateu uma palma parecendo empolgada.

— Não temos tempo — falei.

— Então, minha filha — senhor Mancler começou a falar com a voz rouca pela idade já avançada. —, como eu sei que você não tem ninguém na família para te instruir, eu peço desculpas e tomo a liberdade de sugerir um marido para você.

— E quem seria?

— Sou um dos mais velhos do reino, conheço todos e sei que o Valery, seria um ótimo candidato, assim como é um ótimo guerreiro. Sei de sua índole e sei que ele é o certo.

— O quê? — Mica perguntou alto e meio que involuntariamente.

Todos olharam para ela e seus olhos já estavam lacrimejando, mas sentiu-se envergonhada. Senti o quanto a fala do ancião a havia machucado, mas disfarçou:

— Casar sem amor?

— Sim, presamos o casamento com amor. Na verdade, pela tradição exigimos que o casamento seja por amor — senhor Mancler explicou. —, mas não temos tempo de esperar Vida se apaixonar.

— Não — falei, trazendo a atenção de todos de volta para mim. —, não me casarei.

O velho homem a minha frente arregalou os olhos e perguntou abismado:

— Você aceita enfrentar a morte, mas não um casamento?

— Digo... não me casarei com Valery. — Valery me olhou e eu não consegui decifrar o que vi em seus olhos, não sei se ofensa ou alívio.

— Mas Valery é um excelente candidato — o ancião indagou completamente admirado.

Olhei para Mica e ela estava com o olhar triste, enquanto Iran parecia raivoso.

— Não acho que seja propício o meu casamento com o guardião do trono, creio que tenha que ser alguém... — Limpei a garganta enquanto pensava em algo que me impedisse de casar com Valery. — ...que não esteja morando no castelo. Não acho que seja apropriado.

O senhor pensou, enquanto Záia me encarava com o que parecia ser um sorriso desconfiado no rosto, até que o ancião, disse:

— Talvez pudesse ser o Iran. Ele não mora no castelo, é um guerreiro forte e um homem de bem. — Záia soprou como se deixasse escapar um riso e eu a encarei com dúvida por seu comportamento debochado de repente, em resposta ela balançou a mão para que o ancião continuasse a falar. — Iran é dos nossos e pode ser um excelente rei.

— Não tenho objeção contra Iran — falei e o encarei.

Iran bufou, balançou a cabeça em negativo e olhou ao longe.

— Alguma objeção, Iran? — Záia perguntou.

Ele a encarou e disse sem vontade:

— Não sei se sou o melhor candidato para ocupar esse cargo.

Levantei uma sobrancelha, mas não falei nada e Záia o fez:

— Eu também não sei. Suas escolhas irão nos dizer, no entanto, você é o que temos no momento e precisamos arriscar.

Iran a encarou com seriedade e eu, me sentindo um tanto ofendida por sua recusa, entrei na conversa dos dois:

— Bom, como sua rainha, peço que aceite esse fardo tão pesado e prometo te recompensar no futuro se conseguirmos acabar com tudo isso, porém, faço questão de te lembrar que o seu povo está sofrendo e eu não tenho tempo de procurar outro homem que não ache que se casar comigo seja algo tão difícil de fazer.

Ele soprou.

— Não estou dizendo que é difícil... só que... Eu aceito e não foi o que eu...

— Que bom que você aceita — o interrompi e virei-me para o ancião. — Quando podemos fazer o casamento?

— Quando os noivos quiserem — respondeu.

— O mais rápido possível. — Olhei para o Iran que assentiu.

— Em dois dias podemos arrumar tudo — Mica disse.

— Dois dias? — perguntei com raiva. — Não pode ser antes?

— Acho melhor arrumarmos um casamento como deve ser, não podemos arriscar nada. Além de o povo... Bom, todos aguardam ansiosos por uma festa.

Assenti.

— Tudo bem. Agora vamos, porque preciso descansar o dia de hoje e me preparar para o de amanhã que pode me trazer mais surpresas indesejadas. — Olhei para Iran quando falei "indesejadas", virei-me e andei pisando duro em direção ao cavalo que me esperava por ali.

Quando o calor do momento passou comecei a sentir o frio tomar conta do meu corpo, pelas roupas ensopadas que eu usava, minhas mãos começaram a tremer, enquanto meu queixo batia balançando meus lábios roxos.

Peguei as rédeas do cavalo e no momento em que ia montá-lo Iran se aproximou de mim e colocou sobre o meu ombro a capa que eu havia tirado antes de entrar no rio.

Irritada por não conseguir decifrar se Iran queria cuidar e ficar perto ou desdenhar e ficar longe, eu o encarei e falei mais ríspida do que desejava:

— Decida-se, Iran!

Vi seu maxilar se enrijecer, fechou os olhos e parecendo confuso falou com a voz baixa:

— O que eu mais ando querendo desde que te conheci, é me decidir.

O encarei por mais alguns segundos, mas sentindo-me exausta soltei o ar, balancei a cabeça em negativa e montei no cavalo.

Sem esperar os outros, saí galopando para o castelo, mas rapidamente sendo seguida pelos guardas.

O vento fazia a roupa molhada ficar ainda mais gelada, entretanto, durante o caminho, o gelo da roupa não era mais frio que o olhar que Iran me lançou quando sugeri o nosso casamento, nem mais frio que o modo como ele me tratava.

Dona do meu coração... Falso! Só disse isso porque achou que eu ia morrer.

A galope e ouvindo os outros no meu encalço, eu só pensava que precisava logo chegar no castelo, descansar e me preparar para enfrentar o dia seguinte e os próximos, até que enfim, eu conseguisse quebrar a maldição e viver em paz sem o peso dela.

Um casamento... Eu não sabia como enfrentaria mais aquela novidade que surgiu na minha vida de maneira tão repentina, novidade essa que eu não esperava passar tão cedo, no entanto, se o meu povo precisava de mim, eu estaria sempre disposta a fazer tudo por aqueles que me acolheram tão bem e a quem eu considerava como minha família.

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