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Capítulo 13


Capítulo treze

Após nos esgueirarmos por alguns corredores do castelo que até então eram desconhecidos para mim, entrei no meu quarto e imediatamente segui para a sacada. Precisava de ar.

Meus lábios ainda formigavam e meu corpo queimava com a sensação causada pelo beijo intenso que Iran me deu.

Eu queria repetir e havia gostado muito, mas naquele momento eu não sabia se ele também.

O encarei e a contar por sua carranca brava, cheguei à conclusão que não, ele não queria e parecia arrependido, então só me restava tomar um ar. No momento em que coloquei a mão na maçaneta que abriria a porta da sacada, Iran me parou:

— Não — O encarei sem entender e ele disse: — Pela tradição teremos que nos manter reclusos... por um tempo.

— Ah! — Voltei de onde estava, completamente perdida e como se estivesse em um ambiente que nunca havia frequentado antes.

Meio desnorteada, cheguei até minha cama e observei o que foi deixado sobre ela. Haviam toalhas e como se fosse um lençol de tecido fino, com uma flor de lótus bordada nele.

Passei minha mão sobre o desenho e fiquei pensando qual seria a tradição por trás daquilo, queria perguntar, mas achei melhor que ele me contasse se achasse necessário. Eram tantas tradições e rituais que eu me via completamente perdida.

Sentia os olhos de Iran em mim, mesmo estando a alguns metros longe, enquanto ele ainda se mantinha parado, encostado à porta e com os braços cruzados na frente do peito.

Observava cada movimento meu e isso fazia com que me sentisse tímida e quisesse saber o que ele pensava enquanto me encarava.

Será que pensava no beijo?

Será que gostou de me beijar?

Eu nem sequer sabia beijar.

Será que ele já beijou muitas mulheres de Flós?

Por que nem toca no assunto?

Fui até a mesa que ficava próxima à porta e nela havia muita comida e bebida, além de uma cesta com uma infinidade de frutas. Ao lado, alguns barris que eram usados para encher a banheira, estavam cheios de água. Também muitas flores decoravam o quarto.

— Por que tanta coisa para uma noite? — Enfim resolvi dizer alguma coisa.

— Porque não será uma noite.

Juntei as sobrancelhas sem entender.

— Não?

— Não. Pela tradição, após o casamento os noivos ficam dois dias fechados do mundo e desfrutando da companhia um do outro. Se conhecendo melhor.

— Vou ter que ficar dois dias aqui com você? — falei inconformada em demasia e ele ficou sério.

— Sim, é uma das tradições que envolvem o pós-casamento.

— Uma das? Se puder, gostaria que me contasse de uma vez por tudo que ainda tenho que passar.

Notei que ficou meio desconfortável, não me disse nada e eu continuei:

— Ao invés de tanta preocupação com isso, as mulheres podiam ter me alertado sobre... tudo. — Bati com as mãos no vestido de noiva, respirei fundo e soltei o ar em frustração.

Ficamos em silêncio, até que me lembrei o motivo daquele bendito casamento e perguntei:

— E a maldição? Não podemos ficar dois dias aqui trancados por conta de tradições e não resolver coisas importantes como salvar o nosso povo, como investigar se o casamento deu certo, se mais algum povoado foi tomado pelas cinzas. — Joguei as mãos para o alto.

— As tradições são algo também muito importante para o nosso povo. Os viventes de Flós levam todas muito a sério. Você chegou agora, Vida, e não sabe como funcionam, mas pense que mesmo vivendo com fome, as famílias passaram para os seus as tradições que envolvem um casamento. Uma cerimônia festiva que eles nem sabiam se viveriam de novo. — Senti a impaciência em sua voz e a parte que citou que eu havia acabado de chegar, como se eu fosse uma forasteira, mexeu comigo. — Talvez salvar o povo está muito mais do que só quebrar a maldição.

— Bom, Iran, desculpe por ter chegado agora, mas ser exilada em outro mundo e longe do MEU povo, não foi escolha minha — falei o "meu" com um tom mais forte

Andei em direção a cama, ainda sentindo o desconforto de sua acusação.

— Nem minha escolha... e ainda assim sofri as consequências dela.

Encarei-o tentando entender o que quis dizer, mas Iran virou-se de costas e começou a tirar seu cinto, puxou a camisa para fora da calça e depois livrou-se das botas.

Sua postura era tensa, mas sentia-me ainda mais que ele. Será que ele não pensava que aquilo tudo era desconfortável para mim também? Será que pensava que eu era acostumada a conhecer outra vida, quase morrer, me casar e beijar noivos arranjados sempre?

Ele nem sequer disse nada sobre o beijo e agia como se não houvesse acontecido.

Para ele podia ser que beijos acontecessem com frequência, mas era o meu primeiro beijo.

Com indignação perguntei, sem mais aguentar esperar que ele dissesse:

— E o beijo também faz parte da tradição?

Manteve-se de costas.

— Sim.

— Todos eles?

— Sim.

Senti-me uma boba.

— Entendi... Está certo... Me desculpa por falar sobre as tradições, levei tudo muito a sério. Tão a sério quanto você, mas a partir de agora vou levar apenas como... obrigações.

— Faça isso — praticamente rosnou.

Bravo demais... Mas não o meu Bravo. Bravo como um burro chucro. Como um grosseirão.

Bufei e comecei a pensar em também me preparar para dormir. Desfiz a cama e tirei as flores, panos e toalhas pousados sobre ela, porém, antes que eu terminasse, Iran andou até onde eu encontrava-me e me parou:

— Espera! — Olhei-o sem entender e ele continuou: — Apesar de você não conhecer e não se importar com as tradições, preciso...

Irritei-me. Não era assim, eu me importava sim com as tradições, então o interrompi:

— Ei, espera você! Não disse que não me importo. Não as conheço e isso não é segredo, mas estou muito aberta a conhecer e viver cada uma, basta alguém ter paciência de me explicar.

Como se eu não tivesse dito nada ele continuou a falar:

— Precisamos fazer a primeira que envolve o pós-casamento.

Encarei-o.

— O que eu tenho que fazer?

Ficou muito perto.

— Você nada.

Abaixou-se, pegou o pano bordado com a flor de lótus e o esticou sobre a cama. Parecia mesmo um lençol pequeno ou uma bandeira.

A seguir afastou-se, andou até a mesa onde estavam as comidas e subiu a manga da camisa até a altura do cotovelo, depois ergueu o braço e pegou uma faca a pousando sobre a pele branca exposta.

Quando percebi o que parecia prestes a fazer, corri até ele e perguntei desesperada:

— Espera! O que você está fazendo?

Encarou-me, soprou, fechando os olhos com impaciência e disse:

— A tradição.

— Com uma faca? Se cortando? Que diabos de tradição é essa?

— Após o casamento os noivos têm que ter a relação sexual... — Exibia uma certa dificuldade em me contar. — Na nossa tradição é bonito exibir a castidade... Em vários reinos e culturas, as pessoas... — Apertou os lábios com certo constrangimento. — Bom... aqui em Flós, preservamos isso e nos orgulhamos de nos guardar para as pessoas que amamos. Com isso, após o casamento colocamos um pano com a mancha dos fluídos da perda da virgindade para fora do quarto, para que o povo veja que foi consumado, que o casal se conectou.

Imediatamente lembrei-me de já ter visto algo parecido no outro mundo, em uma novela sobre ciganos.

Senti meu rosto corar e a vergonha por conta do teor daquela conversa tomou conta de mim. Eu não estava preparada.

— Fica tranquila você não vai precisar fazer nada.

Sem mais uma palavra ele fez um corte superficial em seu antebraço e quando o sangue surgiu, Iran andou em direção à cama e o esfregou de maneira desordenada no meio do pano, o pegou e pousou na cadeira.

— Pronto, pode dormir — falou secamente e virou-se de costas, indo em direção ao tapete nos pés da cama.

— E você? Vai dormir no chão?

— Quer que eu durma com você?

Peguei um travesseiro da cama, uma das cobertas e o entreguei de maneira brusca.

— No chão, mas ao menos use isso.

— Fica tranquila, não estou acostumado com conforto.

Pensei se naquela fala havia alguma espécie de ironia sobre eu estar acostumada, mas achei melhor encerrar a conversa e deitei para dormir, ainda usando o vestido.

Quando ficamos completamente quietos, consegui ouvir um pouco da festa que ainda acontecia no salão, já que dentro do quarto a tensão era tanta que eu evitava até respirar mais alto.

Involuntariamente pensei sobre Iran se cortar para me proteger e isso aqueceu meu coração, mesmo brava, senti-me grata por ele me poupar. Afinal, Iran já devia ter experiência com mulheres e seria fácil para ele, mas como para mim não, preferiu me preservar... Ou será que, na verdade, ele não queria?

Esse pensamento me machucou.

Perguntei-me se por acaso ele tivesse me proposto consumar o casamento, qual seria a minha reação. Imediatamente relembrei nosso beijo, o jeito com que me tocou e me olhou no salão e isso fez meu corpo se aquecer.

Depois, só de apenas imaginar Iran completamente nu, meu rosto já esquentou e cheguei à conclusão que eu não estava preparada, mas faria. Tudo para salvar o reino.

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