Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 9


Rebeca

Eu me sentia péssima quando abri os olhos. Era como se eu estivesse dopada.

E quem sabe eu estivesse ainda sob o efeito daquela droga que me apagou no meio do meu parto.

Parto! As recordações: dores, grito, olhares, pedido de desculpa... o choro.

Levantei-me de supetão lembrando-me do meu bebê.

― Calma, Rebeca ― Don Carlo fala depois de ter guardado o telefone celular em seu bolso. ― Você acabou de parir.

O que ele fazia em meu quarto?

― Meu bebê. Onde está meu bebê? ― Olho para o lado onde deveria estar o berço que eu tinha escolhido e arrumado, ao lado da cama, para quando ele nascesse.

E agora, nem bebê, nem berço, nem qualquer coisa que lembre que deveria ter uma criança ali.

― Precisamos conversar, Rebeca. ― Seu tom não era nada agradável.

E quando foi agradável de se ouvir, Rebeca?

― Onde ele está? ― Levanto-me, sentindo que todos os meus órgãos estavam soltos dentro de mim. Claro, faltava algo.

Havia um incômodo na minha vagina, nada que fosse insuportável.

― Ele morreu, Rebeca. ― diz como se fosse algo tolo e simples. ― Sinto muito.

Nego veementemente. Ele tinha que estar mentindo.

― Não ― meu coração se despedaça e eu tento sair do quarto em busca do meu bebê quando me deparo com a porta trancada. ― Eu quero sair, Don... Me deixa sair!

― Não enquanto não conversarmos. ― Eu o odeio.

Odeio por tudo que ele me obriga fazer.

Odeio fingir uma felicidade que não existe.

Odeio fingir um prazer que não tenho.

Odeio o gosto dele, o cheiro dele, a voz dele mas finjo que tudo nele me agrada.

― Eu sinto muito, Rebeca. ― Nego enquanto ele caminha em minha direção. ― Seu bebê estava enlaçado pelo cordão umbilical.

― Não. ― Choro. ― Eu li que isso é comum, mas que uma mãe não precisa se preocupar. ― Eu tinha acesso à internet. Eu era ávida por todo tipo de conhecimento, e aprender tudo sobre parto, gravidez, o mês a mês do feto era algo que estava no topo da minha curiosidade.

Ele franze o cenho diante da minha justificativa e em um toque firme sem brutalidade, segura meus ombros.

― Reconheço e ponho em mim a culpa pela morte de seu bebê. ― Não consigo entender. ― Se o parto tivesse sido em um hospital, o médico teria feito uma cesárea.

Não foi para preservar minha identidade. Achamos melhor que tudo fosse aqui, na mansão.

Don Carlo poderia ter grande influência, mas não controlava tudo em Roma, diferente dos Mancini que tem a Sicília em suas mãos. E durante esse tempo vivendo aqui, eu percebi isso.

Por isso eu estava escondida como uma criminosa, sem sair dos muros da enorme casa.

― Não. Diga que você está mentindo, pregando uma peça ― Imploro, e ele me puxa para os seus braços, abraçando-me enquanto eu bato em seu peito.

Ele está mentindo. Tem que estar mentindo.

― Pelo que eu entendi, o cordão estava enlaçado duas vezes, o que fez o bebê ser enforcado na hora da passagem ― explica.

― O bebê estava saindo. Eu sentia, e então vocês me fizeram dormir ― acuso-o cheia de ódio. O ódio que eu tenho por ele e que sempre eu guardei.

― Rebeca, presta atenção porque eu não vou repetir e só estou aceitando esse comportamento por causa do seu estresse. ― Sempre tão arrogante, grosso, cretino. ― O bebê estava saindo como você mesmo disse, mas o cordão enlaçado no pescoço e o médico, num procedimento normal de retirada, ajudando-o a sair, acabou que ocorreu um enforcamento acidental.

Nego, desacreditada. Só um animal poderia cometer algum erro tão esdrúxulo.

― Eu ouvi um choro. Tenho certeza de que ouvi meu bebê chorando ― digo ciente de que apesar de terem me drogado, eu estava acordada.

― Não, você não ouviu. ― Aperta meus ombros, encravando seus dedos em minha pele. Eu poderia interpretar aquilo como uma ameaça se eu estivesse me importando. ― O médico percebeu que o bebê já estava morto antes mesmo de sair por completo, por isso ele te fez dormir e o tirou por fórceps para evitar esse comportamento que está tendo agora. Essa histeria.

― Nãoooo. ― Sento-me no chão chorando. Ele era a única coisa nesse mundo que me mantinha viva, esperançosa.

Era a única coisa boa dentro de mim.

― Bom, era isso. ― Como podia ser tão frio? ― Eu fiz a minha parte do acordo. Cuidei de você e fiz de tudo para que tivesse uma gestação tranquila e saudável. Infelizmente essas coisas acontecem.

Eu não conseguia interpretar suas palavras. Eu estava atônita e arrasada demais para achar que havia algo de errado por trás daquelas palavras.

― Quero vê-lo. ― Ao menos eu queria ver seu rostinho. ― Era menino ou menina? ― Eu nunca quis saber o sexo, e tampouco tive oportunidade. Nas únicas duas vezes que tive acesso ao aparelho de ultrassom, uma foi quando eu vim parar aqui e ver se estava tudo bem, e outra foi com quatro meses, mas ele não abriu as perninhas.

Ele nega.

― Para que postergar seu sofrimento, Rebeca? Já mandei cremar o corpo e jogar as cinzas no mar. E para matar sua curiosidade, era um menino. ― Ele se agacha ficando de frente a mim. ― Agora eu vou respeitar seu luto por uma semana. Depois eu venho perguntar se nosso acordo ainda está de pé.

E sai, deixando-me sozinha. E como prometido, por uma semana eu fui esquecida em meus aposentos, onde todos respeitaram meu luto.

***

Eu passava e repassava aquele dia tantas vezes que me cansava. Eu nunca consegui achar provas ou qualquer coisa que me fizesse levar à uma outra verdade.

Imersa nas lembranças, eu não vi quando ele entrou, somente quando sua mão enlaçou minha cintura e beijou meu pescoço.

― Minha garota está tão longe... ― sussurra em meu ouvido. ― Onde está?

Olho para aquele homem atrás de mim através do espelho e sorrio para sua presença tão marcante.

― Só divagando ― respondo com um sorriso fingido nos lábios.

― Não minta ― Mordisca minha orelha. ― Quando está assim tão nostálgica, sei que está pensando em seu filho. ― Ele me conhece. Quem sabe seja a pessoa que melhor me conhece.

Inspiro profundamente e expiro tentando expelir minhas dores, meus medos, minhas indagações. Agora era fácil.

― Deixa para lá ― e me viro em sua direção, colocando meus braços sobre seus ombros. ― O que você está fazendo aqui uma hora dessas? Nosso chefe pode vir até meu quarto.

Seu sorriso sacana é encantador. Nós somos um perfeito casal de atores.

― Ele e a esposa saíram. ― Não sabia. Mesmo sendo tão íntima e até ter acesso à agenda de Don Carlo e esposa, muitas coisas eles fazem que eu desconheço. ― Marido e mulher foram convidados para uma festa na casa de algum amigo, sei lá.

― De última hora? ― ele confirma. ― E você não foi intimado a acompanhá-los?

Seu biquinho é uma graça.

― Hoje não.

― Isso é bom ― beijo seus lábios. ― Temos algumas horas livres daqueles dois.

Apesar de tanta intimidade, prefiro não insultar nossos chefes mesmo quando estamos sozinhos.

Já falei que não confio em ninguém, se bem que se nosso chefe sabe que nós o traímos, ambos seríamos assassinados da forma mais cruel.

― E agora, no que estava pensando? ― pergunta-me tentando adentrar em minha intimidade. Entretanto, em minhas dores, angústias, dúvidas, eu não permito nem mesmo ele.

― Em como está cada vez mais difícil agradar a Don Carlo. ― Não minto só que no fundo, eu pouco me importo.

Ele me joga na cama, deixando-me sob ele, olhando em meus olhos.

― Ele gosta de você, Rebeca. Aliás, ninguém acreditava que você pudesse tomar tanto espaço, adquirir a confiança dele. ― Ele sorri.

― Mas a que preço? Fingir para ele está cada vez mais difícil. E ainda não achei um jeito de acabar com todos de uma vez.

Ele sabe que odeio Don Carlo, e que em breve, vou dar um jeito de destruí-lo.

― Tenho medo por você, Rebeca. Por nós. ― Eu até tinha antes de perder meu filho.

― Eu sei, meu bem. ― Acaricio seus cabelos macios. ― Além disso, tem coisas que não depende só de mim.

― Não entendo. O que está acontecendo?

Tantas coisas. Entre elas está a certeza de que descobri a senha de acesso ao cofre do quarto dele só que não tive a chance de tentar. Eu não tenho motivos para adentrar no quarto dele salvo quando dona Caterina me chama para auxiliá-la, e isso é tão impeditivo quanto.

― Ele não consegue uma ereção ― mudo o foco. ― E quando consegue, é tão rápido...

Cai na gargalhada ao meu lado.

― Pois é. ― Apoio-me pelos cotovelos olhando para ele. ― Agora eu entendo melhor dona Caterina e tenho receio por mim. Preciso ser mais rápida. Preciso agir sabendo que a qualquer momento, tudo pode ir por água abaixo.

Ele para de sorrir, colocando uma mecha do meu cabelo por trás da minha orelha.

― Está com medo de colocar o plano em prática? De achar que não pode matar Matteo?

Matar Matteo!

― Não, isso não. ― Mesmo que no fundo eu tenha minhas ressalvas quanto tirar a vida de alguém.

― E o que te preocupa?

― Tudo. ― Franze o cenho deixando seus olhos miúdos. ― Eu não quero só destruir Matteo, mas por que acabar com a vida de um quando o outro é tão canalha quanto? Matteo usou de meu amor, transou comigo, mentiu e no fim, me mandou para a morte. Don Carlo usou do meu amor pelo meu filho, transa comigo, menti todo o tempo e sei que no fim, me mandará para a morte, ou acha mesmo que eu caí na história de me enviar para outro país rica e com outra identidade. ― Ri. ― Não sou idiota.

― Eu sei. Só me preocupo com o que você pode fazer. ― Isso, amiguinho, você só saberá no dia e na hora.

― E qual a relação entre isso e a falta de ereção de Don Carlo?

― Tudo. Eu estou deixando de ser novidade e por mais que eu me esmere no sexo, não estou conseguindo.

― Ele te machucou? ― Desde que eu vim morar aqui, dona Caterina nunca mais apanhou justamente porque ele não a procurava.

― Ele me empurrou com raiva essa semana ― confesso, passando por vítima. Eu precisava ter a compaixão dele mesmo desacreditada de que ele pudesse saber de verdade o que era isso. ― Eu estava fazendo sexo oral e nada de ele se excitar. Foi então que ele me empurrou estupidamente e me dispensou dizendo que eu não servia para nada.

Não sirvo para nada!

― Entendi. ― Ele me olha nos olhos. ― A qualquer momento, o plano para matar Matteo será posto em prática e não temos bem um plano B definido. ― Assinto. ― Precisamos agir rápido então.

― Sim. ― Ele apareceu em minha vida como uma oportunidade de fugir daqui. E até que tem sido bem prazeroso. ― E você? Já conseguiu nossas identidades?

Nossas!

― Consegui alguém que faz por um preço razoável.

― Ele é de confiança?

― Tem que ser. Até porque o meu está na reta também.

― Eu sei. ― Sento-me na cama e abro meu melhor sorriso. ― Imagina o ódio de Don Carlo ao saber que sua amante o beijou depois de ter chupado o pau de um dos seus homens?

Era nesses momentos que eu o lembrava que ele morreria se acaso me traísse.

― Assim que você tiver nossa identidade, busque outra pessoa e contrate uma nova identidade em cima da falsa ― peço.

― Acha que precisa? ― Qualquer pessoa tem um preço. E se algo der errado, até Don Carlo e toda a gangue descobrir quem somos, para onde fomos, já saímos da Itália.

― Tenho certeza.

Ele assente.

― Quando falará com ele? ― pergunto, temendo não ter muito tempo.

― Você sabe que não é tão rápido e simples assim. Sempre tenho alguém comigo.

― Por isso estou perguntando quando falará com ele.

Ele passa a mão nos cabelos, pensativo.

― Quando tiver uma chance.

― Então faça!

Vejo o quanto para ele é difícil. Antes de mim, ele jamais poderia imaginar que poderia trair alguém poderoso como Don Carlo. Até que nos descobrimos cansados de sermos usados como capachos.

Eu o seduzi.

Eu o coloquei em minhas mãos.

Eu o fiz de capacho mesmo que um pouco mais agradável e gostoso.

― Tem dinheiro? ― pergunto porque apesar de eles ganharem bem, essas coisas custam muito caro.

― Tenho. O suficiente para nós dois, mas somente para uma identidade.

― Eu vou ver um jeito de ter dinheiro.

― Não vale a pena se arriscar, Rebeca. Sabemos que você não recebe nada em espécie, e essas coisas são pagas em dinheiro vivo.

Eu sei. E está na hora de isso mudar.

― Vamos passo por passo ― só então eu subo nele, e mesmo com roupa, me esfrego sobre seu sexo, tendo logo uma reação.

― Está pensando que eu sou o broxa do nosso chefe? ― Ele abre meu roupão expondo meus seios ávidos pelo seu toque. ― Acho que você está precisando de um macho de verdade.

E troca de lugar comigo, deixando-me sob ele, abocanhando meu seio, excitando-me, tirando-me gemidos de prazer.

Uma coisa é certa: ele tirou Matteo dos meus pensamentos, dando-me um novo rosto quando estou com o asqueroso do Don Carlo Sorrentine.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro