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Capítulo 7

Rebeca

Dor

Eu suportei tudo por ele... A humilhação, o sexo, as palavras agressivas, as ameaças.

Grito

Cada contração eu fazia força para tirá-lo de dentro de mim e ao mesmo tempo temia o que seria dele, de nós.

― Força ― o médico fala. ― Mais um pouco, Rebeca.

Meu bebê estava nascendo. Havia chegado a hora.

O meu quarto parecia um forno. Meu esforço era sobrenatural.

Somente três pessoas ali: o médico, uma empregada e dona Caterina que era mais uma espectadora do que uma auxiliar.

Parto em casa.

― Mais um pouco — pede o médico.

Médico e Caterina se olham. Eu podia vê-los conversando com o olhar.

O que era? O que eles queriam dizer?

Grito em mais uma contração. Sentia que ele estava nascendo.

Dona Caterina se aproxima da empregada que logo em seguida sai do quarto.

Não demora muito e um casal entra no quarto vestidos de branco.

― Fórceps. ― Fórceps?! Por que o médico pediria algo assim.

A dor era imensurável, parecia que me rasgaria toda.

― O que está acontecendo? ― pergunto diante do pequeno intervalo entre uma contração e outra. ― O QUE ESTÁ ACONTECENDO? ― e emendo em um grito.

― Estamos com um problema, Rebeca ― o médico se levanta, deixando a mulher que acabara de entrar em seu lugar. ― Há uma complicação. O cordão umbilical está em volta do pescoço do bebê.

E?

― Vou precisar fazer um procedimento, mas para isso, preciso que você durma.

Dormir?  No meio de um parto normal?

E que procedimento seria esse?

Eu estou em casa!

― Por favor. ― O enfermeiro me segura fortemente enquanto o médico puxa meu braço buscando uma veia.

Estremeço.

Vejo a mulher pegar o fórceps e lágrimas caem sem parar. Se meu bebê está preso, por que usar um aparelho para puxá-lo.

A agulha penetra em minha pele,contudo eu sequer sinto. A dor de parir é infinitamente maior.

E então o medicamento faz efeito.

A sonolência... a fraqueza... o sono.

No meu sonho, meu bebê chora.

***

Última braçada e chego à borda, deparando-me com Adriano observando-me, com meu roupão em suas mãos.

― Será que eu poderia chamar isso de perseguição, assédio, obsessão? ― ele ri, abrindo o roupão assim que eu saio da enorme piscina.

― Admirador. Acho que esse seria o melhor termo.

Ri.

Adriano, o ser mais cínico e perverso que já tive o desprazer de conhecer. Sua maldade é exposta com um sorriso nos lábios.

Basta alguém da casa o olhar de forma que ele não goste que é totalmente eliminado.

― Admirador! E o que eu tenho para ser digno de sua admiração?

Coloco minhas mãos nas mangas do roupão e cubro-me.

― Além de sua beleza exterior, sua determinação em se vingar é impressionante.

Encaro-o com o mesmo sorriso cínico que ele tem em seu rosto.

― Estou errada? ― pergunto antes de pegar meu celular para ver as mensagens.

― Não, muito pelo contrário. Só não achava que aguentaria tanto tempo, sabe disso.

Sim. Eu sei.

Sou aquela mulher que todos pensavam que morreria no primeiro dia que Don Carlo se estressasse comigo, coisa que nunca aconteceu.

Depois, pensaram que eu sucumbiria após a morte do meu bebê. Ledo engano.

Tive uma gravidez normal, transei com aquele porco até meus nove meses de gestação. Virei uma atriz digna de Oscar. Sou secretária, amante, governanta, empregada. Conquistei a confiança de todos. Entrei em suas vidas.

A pessoa mais difícil foi dona Caterina. Ela tinha sérias restrições contra mim à medida que eu crescia, mas eu mostrei a ela que não queria tomar seu lugar.

Nunca.

Ela era a esposa do meu chefe, a dona do lugar e mesmo dormindo com o marido dela, coisa que não era escondido de ninguém, eu reconhecia minha posição.

Aliás, naquela novela que era minha vida, eu e ela contracenávamos como se competindo pelo melhor prêmio; e acredite ou não, suas dicas foram muito valiosas.

Meu coração virara uma pedra de gelo; minha alma clamava pelo sangue de todos; e meu corpo trabalhado para aguentar o que havia de vir. Cada músculo definido como nunca, mesmo para quem teve um filho há menos de quatro meses.

― O que você quer, Adriano? ― Eu jogava, flertava e os colocava em seus lugares. Nunca deixei avançarem o sinal, passar dos limites que eu estabeleci. ― Admirar o que já viu tantas vezes?

Faço exercícios físicos inclusive com ele. Nadar passou a ser rotina.

― E desde quando se cansa admirar uma gata que nem você? ― Reviro os olhos tirando-lhe uma gargalhada. ― Michele está aí.

Solto um longo suspiro.

Está aí uma pessoa que eu detesto. Mas com ele, a quebra de braço é um pouco mais difícil. Ele sabe que estou disposta a destruí-lo.

― E o que ele quer aqui? Não sabe ele que Don Carlo não se encontra.

― Adianta? Sabe que ele adora vir te ver, te provocar.

― Por que não o mandou embora, Adriano? ― Ele passa a língua entre os dentes e se aproxima, quase colando seu corpo ao meu.

― Porque é com você que ele quer falar.

Adriano é alto, bem mais alto que eu, mas não me intimida, o encaro de baixo sem medo.

― Sabia que eu tenho um dono, e ele não é do tipo que me dividiria com ninguém, então, afaste-se porque está contaminando o ar que respiro.

Aquela casa tinha olhos, tinha ouvidos, e eles eram de Adriano e Miguel, e Adriano era o tipo de pessoa que plantava armadilhas.

― Avise a Michele que espere. Vou tomar um banho e volto em... uma hora. ― Adriano abaixa a cabeça em concordância e se afasta deixando-me sozinha.

Nojo.

Tomo um banho relaxante e sem pressa. Pelo que vi, Don Carlo, Caterina e Miguel voltarão em duas horas de mais um evento social. Mais um restaurante inaugurado, mais contrabando de drogas em suas caixas de mantimentos, mais armas em suas importações de obras de arte para adornar seus lindos prédios.

Sim, eu sabia de todos os esquemas.

Lembro-me do dia que eu e Miguel voltamos de uma das várias caminhadas que eu precisava fazer para manter meu peso na gravidez, exigência do meu dono, quando vi três homens lutando para esconder dentro do carro quilos de cocaína.

E eu, sem pensar duas vezes, me aproximei e com a experiência de ter aprendido com o mecânico do meu avô, brasileiro que não desiste nunca, PHD em achar um jeitinho, coloquei as mãos no carro, e dentro de várias partes do motor, eu guardei tudo aquilo.

Ali eu ganhei uma estrelinha.

Depois, chamaram um mecânico que com minha ajuda, aperfeiçoou de tal forma que cachorro algum possa sentir o cheiro da droga e policial sequer podia ver a diferença entre o motor original do carro e o substituto.

Isso sem falar que eu estava sempre bem-disposta a transar: sem nojo, sem sono, sem cansaço.

Outra estrelinha.

Nunca pedi um dólar por qualquer trabalho meu. Nunca pedi uma roupa mesmo quando comecei a perdê-las por causa da minha barriga. Nunca o atendi suja, feia, de qualquer jeito.

E mais uma estrelinha.

Sim, eu fiz tudo parecer um conto de fadas ao mentir, fingir, esconder. A confiança que Don Carlo depositava em mim só aumentava. E eu não dava qualquer motivo para desconfiança, afinal, meu ódio pelos Mancini era uma verdade absoluta.

O que ele não sabia era que por eles também.

Passei a ter acesso a contas, a dinheiro vivo, depois de mostrar afinidade com cálculos já que eu, no papel de governanta da casa era chata com relação aos gastos da casa e exigia prestação de contas de tudo.

Nem um centavo era desviado.

Os filhos de dona Caterina são dois amores, principalmente o caçula que me adotou como madrinha depois de jogarmos videogame juntos. E como todo adolescente, fala mais do que deve.

E eu guardei.

Coloco uma roupa séria, sóbria. Don Carlo não gosta de quando me visto assim, acontece que como ele não está, prefiro atender o energúmeno do Michele de forma mais profissional possível: saia lápis, tailleur, camisa de seda verde para combinar como meus olhos e scarpin altíssimo. E claro que uma maquiagem leve.

Acompanhada de Adriano, chego à sala de estar e o encontrado sentado, vendo algo no celular como se estivesse em casa.

― Boa tarde. ― Faço-me presente. ― Em que posso ajudar, Michele?

― Ora, ora. A princesinha resolveu dar o ar da graça? ― Cruzo os braços irritada por ter que vê-lo ali.

― Na verdade, eu sequer deveria estar aqui. Eu e você não temos nada a conversar. ― Adriano observa tudo calado. ― Don Carlo deve chegar em pouco tempo.

― Eu sei que ele não está, e como você é a secretária particular do meu chefe, posso tratar com você se não estivesse curtindo a área de lazer da casa como se ela fosse sua. ― ele e suas piadinhas.

― O que faço ou deixo de fazer na casa do nosso chefe que por sinal é onde eu moro, não lhe interessa. Agora, fale logo e cai fora.

Ele pega uma maleta relativamente grande e abre-a mostrando o conteúdo – euro, muito euro.

― Recebi um pagamento pela remessa de drogas. ― Coisa que não precisava entregar a mim, muito menos sem Don Carlo aqui.

E como eu não confio em Michele, peço que me acompanhe até o escritório juntamente com Adriano.

― Acredito que demorará um pouco ― e pego a máquina que conta notas.

― Você não vai fazer isso agora, vai? ― Pergunta como se aquilo fosse absurdo.

Inocente eu seria caso eu não contasse e depois desse por falta. Seria a minha palavra contra a dele.

― Eu posso te passar...

― Nem você jurando com a mão na bíblia eu acreditaria, Michele. Trouxe para mim então senta e volta a fazer o que estava fazendo.

― Acha que eu roubaria Don Carlo?

― Acho que você me foderia caso tivesse a chance, coisa que eu não te dou.

Ele infla as narinas com raiva e se senta na cadeira em frente a mim, observando cada movimento meu. Já eu, de pirraça, mesmo detestando ter a presença dele aqui, sou lenta.

Adriano, que não precisa estar aqui, fica na porta monitorando tudo.

― Você acha que é alguém, e, no entanto, é só a putinha dele. No dia que ele cansar de comer sua boceta, ele te eliminará e eu farei questão de acabar com você. ― Ele me odiava cada dia mais e eu adorava isso.

― Sabe, Michele. Eu não sei se sua raiva é porque nunca conseguiu me comer, ou se é inveja de mim porque o Don nunca te comeu. ― Ele franze o cenho. ― Já tentou, né? Já se ajoelhou pra...

― Cale a boca, vagabunda ― e se levanta de supetão.

― Baixa a bola aí, nervosinho. ― Adriano se mete. ― Acha que pode falar com a protegida do chefe de qualquer jeito?

Arqueio minhas sobrancelhas e abro um sorriso torto.

Essa era uma das poucas vantagens de servir ao nojento do Don Carlo.

Ele volta a se sentar e eu retiro um quadro para abrir o único cofre que eu tenho acesso, digitando a senha.

"Meu marido confia desconfiando. Acho que somente Michele e Adriano são de sua inteira confiança, nem Miguel, isso não quer dizer que ele não os teste."

As palavras de dona Caterina foram bem guardadas no dia que eu ganhei acesso. Eu estava sendo testada, e eu queria passar. Já tinha acesso ao computador pessoal dele, mesmo que só o usasse com ele ao meu lado. Já tinha acesso ao alarme da casa e agora ao cofre. E pude perceber que há um padrão – datas de eventos que lhes eram importantes. Acontece que nem tudo eu sabia.

Meu objetivo era o cofre do quarto dele que somente ele acessava e aparentemente guardava documentos. Eu sei porque uma vez ele me pediu um envelope que Adriano trouxe, sabia que era importante e desejava ter a chance de ler, mas infelizmente ele me pediu que o levasse ao seu quarto acompanhado do seu cão de guarda.

― Don Carlo ― Michele se levanta e o cumprimenta com toda a formalidade que lhe é exigido assim que meu chefe entra

― Não o esperava tão cedo, Michele — mas adora ser bajulado por esse.

― Desculpa, senhor. Achei melhor adiantar o serviço.

― Rebeca? — olha para mim pedindo respostas.

― Está tudo certo, Don. O dinheiro já foi contado, conferido e guardado no cofre.

Michele me olha com discriminação

― Eu imagino, Rebeca. Eu confio veementemente em você e em meus homens — don Carlo responde e Michele parece que recebeu o maior dos elogios.

Acontece, imbecil, que eu não confio em mim, quanto mais em seus homens, porque no dia que eu tiver a chance, vou destruir todos.

— Minha esposa precisa de você.  Pode auxilia-la enquanto termino aqui?

— Claro, senhor.

— E assim que Michele sair, preciso ter uma conversa particular com a senhorita. — assinto.

A palavra conversa deveria ser substituída por sexo. Tudo bem que Don Carlo não era uma máquina nem tinha essa virilidade toda, o que diminuía consideravelmente a quantidade de relações por semana. Para não falar das vezes que ele não conseguia sequer uma ereção.

Graças a Deus.

— Com licença, senhores. — Não disse que era educada e fazia bem meu papel? — Oi, Miguel — cumprimento-o assim que passo pela porta.

— Olá, princesa. — Outro hipócrita.

Atendi minha senhora com toda presteza do mundo, ouvindo-a falar das várias famílias ricas que compareceram ao evento sem sair da minha condição.

Eu era sua serviçal.

E assim que ele me dispensou, fui até o escritório do meu dono que já estava irritado com minha demora.

— Desculpa, senhor. — Fecho a porta. — Sua senhora precisou de mim até agora.

— Aquela víbora não sabe fazer nada sozinha. — Nunca neguei nem afirmei nada do que ele fala contra a esposa. — Estou cansado.

— O que posso fazer para te ajudar, senhor.

— Uma massagem — assinto — e tira essa roupa!

Assinto mais uma vez, e me dispo de forma sensual como ele gosta.

Velho safado.

Nojo.

— Você é uma menina, Rebeca.  Muito boa — e fecha os olhos.


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