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Capítulo 34

Matteo

Uma das minhas maiores qualidades é saber agir em um momento de crise. Sempre fui um exemplo de alguém centrado, frio e racional.

Quando tudo começou a pipocar, eu fiquei inerte, é verdade, completamente desnorteado diante de tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo: a mulher que amo viva e baleada, meu filho doente por ter sido envenenado aos poucos pela mulher que se dizia mãe, a organização entrando em colapso. Somente quando meu irmão me ligou querendo que eu levasse Rebeca para casa é que minha racionalidade voltou.

Eu precisava pensar calmamente.

Saí do quarto, busquei todas as possibilidades para sair daquela, até porque a merda era nossa, Rebeca só trouxe à tona. Dotado de calma e com algumas soluções viáveis já permeando minha cabeça, liguei para meu irmão de volta para que ele me deixasse a par de tudo que estava acontecendo de um ponto de vista jurídico, e o que ele concordou comigo e com papai foi que o melhor a se fazer era permanecer em silêncio até ter alguma coisa concreta, uma acusação formal. Nós sequer deveríamos falar o que descobrimos sobre Andrea. O que menos precisávamos agora era uma ruptura interna diante dessa loucura, e delações em troca de redução de pena era o que mais aparece num caso desse. Qualquer coisa que falássemos agora só pioraria.

― Nos falamos, meu irmão. Só traz essa piranha sem falta amanhã para ela aprender que mexeu com o grupo errado ― disse no fim da conversa. ― Já mandei dois homens nossos no avião para te ajudar com o que precisar. — Não era porque ele não confiava em mim, mas eu tinha um bebê e isso poderia me tirar a atenção.

O que ele não esperava era minha traição.

Aluguei um carro, fiz uma ligação e ainda cobrei favores de quem me devia. Nunca tive segredos com o meu irmão, como tampouco contei tudo que eu fiz ou deixei de fazer quando não havia motivos plausíveis para contar. Meu irmão tinha suas putas que ele patrocinava em troca de favores... eu tinha pessoas que metiam os pés pelas mãos na organização e eu protegia ou mesmo escondia suas falhas. E eles me deviam.

Minha maior preocupação era meu filho. Eu o amava mais que tudo e sabia que meus pais também, mas ele era filho de uma persona no grata na família e isso poderia levá-lo a uma condição de exclusão, e a ideia de vê-lo marginalizado não era algo que eu toleraria em qualquer hipótese.

E se algo acontecesse a mim? E se eu fosse preso ou até assassinado, o que aconteceria ao meu filho? Por isso eu preferi enviá-lo com Rebeca, principalmente depois de vê-la fazer o que fez pelo filho, de contemplá-lo juntos, do quanto ele a aceitou tão fácil.

Saímos do hospital consciente que era uma questão de tempo curto me descobrirem fugindo. Meus homens ainda me obedeceram quando os impedi de ir até a ala de internação. Eles precisavam ficar na recepção do hospital me esperando.

Agora era correr, fugir. Fugir de duas famílias da máfia italiana era uma loucura sem precedentes.

Eu precisava tentar. Eu precisava acreditar que se Rebeca levou anos para ser descoberta, o que dirá com minha ajuda.

Apreensão foi o que eu senti quando chegamos à divisa da Itália com a Suíça. Eu percebi que era tarde, que já estavam me procurando.

A polícia não me prenderia porque ainda não havia ordem de prisão, tudo estava num processo investigativo. Eu só tinha ciência que assim que Lucca percebesse que eu estava ajudando Rebeca a fugir, ele recorreria à famosa lista de procurados, uma que ele e outros do nosso meio emitia quando caçava alguém. E essa lista era de conhecimento de muita gente que por uma grana alta denunciava.

E eu percebi que o policial que nos autorizou passar pela fronteira nos reconheceu. Agora era questão de horas: eu precisava chegar ao banco em Berna antes de Lucca.

Nos separamos.

Consciente que Rebeca era uma rata para se esconder, deixei-a na estrada com um carro tosco, mas sem chance de ser monitorada por satélite nem procurada pela polícia por carro roubado. O carro era velho demais para o dono denunciar seu roubo. E a grana que eu paguei pagava um muito melhor e seu silêncio.

A questão era o dinheiro em espécie que eu gastei.

Dali eu voei.

Cheguei ao banco e acho que fui o primeiro a atendido.

Transferi o montante permitido para o cartão de crédito pré-pago. O resto, por se tratar de um valor muito alto, precisava de uma certa burocracia e tempo, o que naquele instante eu não tinha.

Uma vez que eu não vi Lucca, pedi para falar com o gerente. Eu precisava autorizar Rebeca a ter acesso à conta do filho até o mesmo chegar à maioridade, e se desse, fazer uma retirada considerável e entregar a Rebeca.

Nunca pensei em correr tanto contra o tempo. Nunca pensei em rezar para que o relógio parasse. Infelizmente não deu para concluir. Lucca entrou no banco acompanhado de mais três assim que eu saí da sala do gerente com a sacola na mão.

Ódio.

— Olá, meu irmão. — Sua decepção era grande. — Achou mesmo que eu não te acharia? Que fugiria com aquela piranha?

Aquilo me irritou, mas eu controlei. Meu medo era que se ela fosse achada, ela fosse saco de pancada para me atingir ou mesmo forma de vingança. E somente a ideia de pensar o que poderiam fazer com ela... não, ele não a acharia.

— Ah, meu irmão. Não esperava outra coisa vindo de você. Sua competência em encontrar quem não quer ser encontrado, sempre foi sua grande qualidade. E com relação a minha mulher e mãe do meu filho, ela não está aqui, não sei se percebeu.

— E o dinheiro? É pra alguma obra social? — aponta para a sacola

— Como você adivinhou? — fui cínico e ele sorriu.

Ódio. Muito mais agora do que quando ele nos encontrou na casa, e esse ódio não era por mim.

— Papai está te esperando ― avisa-me.

— Então vamos voltar para casa. Estava justamente pensando nisso agora, e na viagem que me espera — fui sarcástico, memo que no fundo lamentando não ter tido mais alguns minutos.

Não a procurei na rua quando saí do banco. Eu tinha certeza de que ela me observava, que cautelosa como era, não se aproximaria e eu não queria chamar a atenção de meu irmão buscando-a.

— Procurem-na. Ela deve estar por perto. — Lucca dá a ordem.

Olho para os três homens ali presente e só reconheço um que trabalha conosco, e foi o mais velho que Lucca se aproximou.

― Renan, falei com a mulher do caixa e ela me passou essa transação ― entrega um papel para ele. ― Ele fez um depósito para um cartão pré-pago, provavelmente cadastrado com o nome de um qualquer. Não sei se será possível bloquearmos, e até não aconselho, mas assim que ela usar, nós a rastreamos. O dinheiro vivo que meu irmão entregou não deve durar muito tempo.

Minha respiração sai com dificuldade.

Um dos motivos de ter conta aqui é ter a certeza do sigilo, mas sempre tem um filho da puta que abre a boca por qualquer migalha.

— Já tenho gente de olho nas estações de trem e ônibus — o tal do Renan fala.

— Ótimo. Acho difícil ela sair do país, de qualquer forma monitorem mãe e filho bebê viajando sozinhos. Imagino que ela vai pedir carona pelas estradas — Lucca completa e eu tento prender a respiração para não demonstrar meu alívio. Foi um acerto comprar um carro simples para eles. — Deixemos ela pensar que eu sou como o idiota do Don Carlo e sua gangue de incompetentes.

Isso eu não poderia negar. Lucca nem se compara a Michele ou mesmo a Don Carlo, mas....

— Você nunca vai encontra-la — digo, sabendo que Lucca era bom, mas Beca era melhor ou eu não a deixaria com meu filho

— Vamos ver, meu irmão. Eu ainda não sei se ela mudou de identidade e para que nome, eu só sei que ela entrou aqui como Rebeca e vou pagar uma grana alta para quem me entregar o paradeiro de uma morena bonita com um bebê de colo. E tenho pena dela quando eu a encontrar.

— Você pode até tentar, mas eu, como pai de Filipo, não vou dar queixa de desaparecimento. Meu filho está com a mãe.

Meu irmão era meu melhor amigo, tanto que eu o conhecia muito bem, por isso eu pude reconhecer sua decepção.

— Eu vou achá-la, Matteo, e se papai permitir, eu vou matá-la diante de seus olhos — aquele era seu desabafo.

Nunca pensei em enfrentar meu irmão, muito menos decepcioná-lo

— Você já foi um homem de palavra. Ou pelo menos meu irmão era— enfrento-o mostrando também minha dor.

— E sou!

— Não, não é. — digo. — Nós juramos protegê-la de qualquer pessoa inclusive de nosso próprio grupo, ou esqueceu?

Ele não tinha esquecido pelo seu olhar.

— Isso foi antes de saber que ela era uma puta traidora.

— Ela? Ela só se defendeu quando não fomos capazes de cumprir com nosso juramento. Ela só reagiu à nossa incompetência.

Meu irmão chega a travar os dentes.

— Entre no carro, Matteo! — e com isso, ele encerra a conversa.

***

A viagem foi rápida. Ele não falou comigo nem eu com ele. O tempo todo ele dava ordem ou saía buscando alguma solução para algo que estava acontecendo e que ele não compartilhou comigo.

Tampouco demonstrei resistência. Fiz exatamente o que ele pedia até chegarmos em casa.

Eu não sabia era o que esperar do meu pai.

Meu irmão praticamente me escoltou até o escritório do meu pai onde ele me esperava.

— Matteo. — papai me cumprimenta de forma seca e fria. — Senta!

Sento-me, como se eu fosse um qualquer e não seu filho treinado para ser seu sucessor

— Você está consciente da situação que nós estamos vivendo? — confirmo. — E que a mulher que você conhece foi a responsável por tudo isso?

Não, eu não ouviria aquilo e ficaria calado.

— Ela? E entrega-la a Don Carlo como uma traidora quando ela fora enganada quando não passava de uma adolescente não seria um motivo justo? Ou ao menos perguntar o que aconteceu, como ela veio parar aqui? Rebeca não teve sequer o direito de falar e acha que o que ela fez não foi direito dela? — contesto inclusive com raiva de mim porque me coloco como co-responsavel.

— Está me contrariando? — Aquilo fora uma ameaça.

— Não, papai. Estou apenas te respondendo — e eu diminui meu tom.

Ele caminha em minha direção controlando sua raiva.

— Acha que por ser meu filho, será poupado?

— Acho que por ser seu filho serei ao menos ouvido — só aquilo já  mostrava que era diferente.

— Onde ela está? — Nego. — Onde está seu filho?

Papai nunca se referiu a Filipo como meu filho e sim como seu neto.

— Também não sei.

— Matteo — ele inspira profundamente e cola em mim —, acho que você não está entendendo... Onde está essa puta que você comeu e fez um bastardo que eu considerava meu neto? — Aquilo sim me irritou. Cheguei a travar a mandíbula se raiva.

— Eu não sei onde está a única mulher que eu amei e até hoje amo, muito menos o fruto dessa relação. — Encaro papai sem medo. — Só lamento não estar com eles agora, longe de tudo isso, longe de vocês — essa última frase foi encarando meu pai sem medo.

Seu sorriso mostra seu pior lado.

— Lucca — papai o chama — mostre-me que a máfia corre em suas veias. — Não baixei a cabeça. — Mostre-me que você não me trairia.

Lucca olha para mim quase pedindo que eu o ajude.

— O que o senhor mandar, Don.

— Leve-o para o porão e tire dele essa informação como você aprendeu de seu irmão — Lucca nega arrasado. — Vamos ver o quanto ele resiste.

Nunca pensei que papai usaria desse subterfúgio para extrair isso de mim.

— Já coloquei um homem caçando-a, papai. — Lucca tenta negociar

— Ótimo. — Chego até a pensar que ele voltou atrás. —  Agora faça o que eu mandei.

Mas não...

— Matteo, por favor— Lucca implora visivelmente triste.

— Lucca! Já mandei!

— Papai...

— Leve-o! Agora!

Eu cheguei a cogitar em uma ameaça ou até um susto, mas usar meu irmão contra mim, jamais.

Meu irmão me leva até o porão, um lugar que vovó usava para torturar seus inimigos. Papai chegou a usar por diversas vezes até que mamãe exigiu que esse tipo de coisa fosse feito longe.

E cá estou eu

Uma cadeira velha no meio do pequeno quarto, um gancho no teto usado para amarrar quem precisava ser torturado, uma mesa de apoio.

— Matteo, eu não quero fazer isso, por favor. — Lucca pega uma corrente para me prender.

— Não precisa usar isso, irmão — digo, dando a ele um pouco de alívio. — Eu não vou revidar.

Ele nega quando dois homens aparecem na porta e cruzam os braços esperando por ele.

— Matteo.

— Faz o que foi mandado, meu irmão. — Ele fecha os olhos e com força me golpeia bem no abdômen.

Me contorci.

— Eu não quero fazer isso — diz junto ao meu ouvido — me ajude a te ajudar.

Não, Lucca.

— Pensei que fosse mais forte, irmãozinho — e outro golpe bem no rosto me derruba.

Eu precisava proteger meu irmão de ser acusado de traição. Eu precisava que ele me espancasse de forma convincente.

— Você já foi melhor, maninho — e me levanto sem encostar um dedo nele.

Até que apaguei

Apanhei como nunca... Mas não revelei nada, muito menos o machuquei

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