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Capítulo 33

Rebeca

Se eu dissesse que estava arrependida pelas coisas que estavam acontecendo, eu diria um não em alto e bom som, mas não posso negar que olhar para Matteo naquele estado que variava entre o surpreso e o triste era lamentável.

Quase! Quase senti pena.

E pensar que tudo estava saindo melhor do que eu esperava até a Graziela aparecer. Cat fez o dever de casa tão perfeito que me surpreendeu: alugar a casa na área que eu pré-estabeleci, pintar uma porta de vermelho para que eu a reconhecesse, enviar todos os arquivos para as diversas emissoras assim que alguém confirmasse que a casa tinha sido usada - tudo isso em menos de 24 horas e ela custeando os gastos?! Demais.

Eu escrevi um grito de socorro que ela prontamente atendeu.

Tenho uma dívida de gratidão por toda a minha vida, por isso ocultei todas as provas contra o amante dela, aquele juiz safado que sequer se assume. Paciência, se ela o aceita assim, quem sou eu para condená-la, muito menos agora.

Em compensação, até Graziela aparecer, eu não acreditei em uma palavra dele. Para mim, tudo tinha sido balela..., mas como eu disse, até a bruxa dos infernos aparecer.

Olho para meu filho e só penso que se o pai dele não me amasse a ponto de nunca tocar na própria esposa - aquela mulher linda e perversa - hoje ele não estaria vivo.

Matteo me amou de verdade... e quem sabe nunca me esqueceu.

Filipo brinca com meus cabelos e eu agradeço aos céus saber que ele está vivo. Seu sorriso com somente alguns dentes é a coisa mais linda do mundo. Dói segurá-lo, dói até rir de suas gargalhadas, mas eu aguento. É o meu melhor remédio.

Por isso eu não fugi. Eu poderia tê-lo feito enquanto Matteo descansava à noite, entretanto eu passei um tempão observando meu filho dormir ao lado da minha cama que eu não sei como Matteo conseguiu pôr em um hospital.

Então, por essas coisas, meu corpo, mesmo dolorido, suporta meu pequeno. Em meu colo ele pula, se equilibra para ficar de pé, puxa meus cabelos e me beija, me babando toda. E se eu vou morrer, quero aproveitar meus últimos momentos com quem ainda vale a pena - Filipo. E fugir com ele para dormir em algum buraco tampouco era algo que uma mãe decente faria. Ele tinha um pai que o amava e que eu sei que faria de tudo para protegê-lo mesmo que de uma forma tão errada.

― Você tem ideia do que você fez, não tem? ― Ele ainda duvida?

― Eu planejei por muito tempo, então, sim, eu sei o que eu fiz. ― Ele assente ainda atordoado.

― Você está sentindo alguma dor? ― Matteo me pergunta mudando radicalmente de assunto e eu nego. O que eu vou dizer? ― Vou precisar dar uma saída, pode ficar com ele?

― Claro.

― Vou pedir para a enfermeira trazer o lanche dele. E ele tem intolerância a lactose, eu acho... já não sei mais de nada. ― Ele diz não sei se para mim ou para ele mesmo. Também pudera, até eu estou zonza com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo.

― Pode deixar. Eu cuido dele ― Ele assente e sai ainda estarrecido deixando-me com Filipo e eu desligo a TV para dar total atenção ao meu pequeno.

Sua gargalhada me comove com tanta felicidade e eu contemplo a beleza da infância. Meu filho sequer se lembrará do que aquela desalmada fez a ele.

Meu filho brincou tanto que cansou. Tomei um banho junto com ele, depois devorou uma mamadeira de suco e só então pegou no sono, e eu deixei dormir em minha cama, entre minhas pernas enquanto eu acariciava seus pezinhos.

Lindo. Tão lindo quanto eu imaginei que seria.

Matteo volta um tempo depois trazendo algumas coisas nas mãos.

― Vamos? ― Inspiro profundamente sabendo o fim que me reserva. ― Sei que você deveria receber alta amanhã e que o repouso é algo mais do que importante para sua recuperação. Infelizmente você não pode ficar mais um segundo aqui.

― Entendo.

― Não sei se você está entendendo, mas eu preciso te tirar daqui antes que o grupo de Don Carlo apareça para te eliminar. Não sei se podemos confiar em Miguel, se ele sumiu ou se voltou. Ele é quem sabe onde você está, e mesmo que ele não fale nada, achá-la aqui é uma questão de horas.

― Tudo bem, Matteo. ― Dou de ombros sabendo que aquilo não faria diferença alguma. Ao menos para mim.

Saio da cama com cuidado para não acordar meu pequeno que dorme tranquilamente como se nada tivesse acontecido.

― Você quer me levar para o seu grupo. ― O trabalho tem que ser completo e matar o que já está morto não é bom.

― Claro que não. ― Não? ― Não posso deixar que nada te aconteça. ― Eu não sabia até que ponto era verdade. Não acreditava mais em sua palavra.

Ele abre a sacola e me entrega um uniforme de enfermeira.

― Preciso que você vista isso! ― e começa a guardar as coisas de Filipo na bolsa. ― Rápido, por favor. No carro a gente conversa melhor.

Eu tinha meu ombro recém-operado o que não permitia muita mobilidade e ele, com muito cuidado, me ajudou a me vestir.

O Matteo fofo que eu conheci e me apaixonei, de repente, apareceu diante de mim com sua ternura, seu cuidado, seu zelo.

Foi por aquele homem que eu me apaixonei e ele se mostrou uma farsa.

― Sei que o que vou falar é difícil de acreditar diante das circunstâncias ― ele fala acariciando meu rosto e eu prefiro abafar o som do meu coração que acelera. Não quero mais sonhar com o impossível. ― Eu jurei uma vez que a protegeria inclusive do meu grupo e falhei na sua proteção. Agora eu volto a jurar novamente e não pretendo errar dessa vez.

Sorri desacreditada.

― Eu prefiro não acreditar ― ele lamenta, contudo não fala. ― Mas posso lhe garantir que eu não vou fugir ― ele põe uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. ― Eu estou cansada, Matteo. Eu só quero que tudo isso acabe.

Ele me abraça com cuidado antes de me dar um beijo na testa em sinal de respeito, de carinho.

― Infelizmente ainda não acabou, Beca, e eu preciso ter de volta aquela garota cheia de vida, forte e batalhadora. ― Ele pega meu filho nos braços com cuidado para não acordar. ― Ponha essa touca e essa máscara e tente caminhar como uma funcionária do hospital que está ajudando um pai. ― Ele realmente queria fugir? ― Consegue?

Eu não posso sonhar.

― Acho que sim ― digo sem gerar expectativa.

Olhei pelo corredor para ver se vinha alguém antes de sairmos do quarto, optamos por descer pela escada de incêndio até a ala da maternidade, e só assim pegamos um elevador até a área de estacionamento.

Eu começava a ficar ansiosa.

Matteo põe a mão em minha cintura e me guia até um rapaz com uma BMW parada na porta.

― Matteo Mancini? ― pergunta e eu chego a prender a respiração.

― Sim, sou eu.

― Seu carro, senhor, inclusive com a cadeirinha para o bebê como solicitado. ― Matteo pega a chave do carro, assina o contrato de aluguel, e para minha surpresa, na hora de sair, joga o próprio celular na lixeira.

― Tem celular? ― Nego, consciente de ter deixado o meu na casa. ― Enquanto o meu estiver funcionando na área, meu irmão imaginará que eu estou aqui no hospital.

Matteo começa a dirigir numa rapidez impressionante saindo pelas ruas de Roma.

Se eu estava ansiosa, agora piorara.

― O que está fazendo, Matteo?

― Já que você tem consciência do que fez, sabe as consequências. ― Aquilo não era uma pergunta, mesmo assim eu assenti. ― Muita gente quer a cabeça do responsável por essa lambança ― olha para mim. ― Você.

― Eu imaginei isso.

― Por isso eu preciso te tirar do país. Você não está sendo só procurada pela Cosa Nostra, mas provavelmente pelo Casamonica. Se Don Carlo não tivesse morrido, você sequer teria tempo de sair do hospital. Seu corpo já estaria jogado em algum lugar por aqui. Nossa sorte é que ainda estão confirmando a identidade de Don Carlo no corpo carbonizado ― fecho os olhos absorvendo tanta coisa ruim. ― E meu grupo já teria te esfolado viva se você estivesse na Sicília.

― Eu tenho consciência disso, Matteo. ― Ele realmente queria me convencer que eu tinha feito algo pesado?

― Eu sei que tem. ― Ele para no sinal. ― Falei para meu irmão que a levaria assim que Filipo recebesse alta, porque o médico achou melhor colocá-lo mais um dia em observação.

Eu não sabia disso.

― Mas Filipo já estava bem, não estava? Ele precisava ficar mais um dia internado? ― Matteo sai rapidamente costurando toda a pista.

― Não. Filipo já tinha recebido alta. Só que meu pai não precisa saber disso. ― Ele mentiu para o irmão? Para o pai? ― Meu irmão já mandou um grupo de soldados nossos, por isso eu saí para recebê-los. Dei as coordenadas para eles me esperarem no saguão do hospital.

― Por isso o uniforme, a máscara... ― Eu sequer desconfiei.

― Sim. Agora, eu preciso chegar à fronteira com a Suíça o que eu pretendo fazer ainda hoje a noite.

― Mas... e minha identidade? Eu não tenho nada.

― Miguel tinha seu passaporte e mandou entregar na recepção do hospital ainda ontem enquanto você passava pela cirurgia. ― Ele tira de dentro do bolso meu passaporte e eu vejo que havia um visto de trabalho. Don Carlo, sem querer, me ajudou legalizando minha situação. ― Eu não sei qual a do seu amigo, Rebeca. Às vezes eu acho que ele fora um traíra, um filho da puta, outra vezes eu penso que ele realmente tinha intenção de te ajudar só que ao ver que as coisas meio que desandando, ele tentou voltar atrás como um covarde, não sei. Por isso eu prefiro não confiar em ninguém.

Eu não sei nem o que pensar. Isso não estava em meus planos, nem em meus sonhos.

― E o que eu vou fazer na Suíça? ― Eu estava um bastante atordoada. ― Por que a Suíça?

Ele sorriu.

― Primeiro porque é o país mais perto para ir de carro; segundo, porque eu tenho dinheiro em um banco suíço e nesse momento você precisa de muito para fugir, e eu temo não conseguir sacar aqui o montante necessário depois de tanto escândalo..., se é que já não bloquearam meus bens; e terceiro, porque vocês precisam de uma nova identidade, de preferência da união europeia para poder rodar todos os países.

― Vocês?

― Você e Filipo. Eu só vou te acompanhar para a Suíça porque Filipo não pode sair do país sem um dos pais. Além disso, conheço uma pessoa muito boa que trabalha lá que faz identidade falsa como ninguém. Nunca precisei de seus serviços, mas tenho boas recomendações.

― Sua família não saberia? ― Se bem que até pouco tempo atrás não me importava.

Agora havia uma luz no fim do túnel e eu não queria perder essa chance.

― Não. Essa coisa administrativa, falsificação de documentos era comigo e geralmente eu usava pessoas aqui mesmo da Itália. Só que a gente acaba recebendo indicação de outro, que conhece outro e nessa rede de coisas, digamos ilícitas, você chega a um profissional de nível excelente em outro país para ser acionado numa urgência. E hoje é uma urgência.

Matteo não dirigia, ele voava.

― E Filipo vai comigo? ― Aquilo era o estranho.

― Ah, sim. Eu não temo por ele, até porque meus pais são avós apaixonados pelo neto mesmo sendo um bastardo ― Ele me olha rapidamente. ― Só que eu quero meu filho crescendo longe disso. ― Eu não esperava aquilo.

Na verdade, eu sequer sabia o que dizer. Olho para trás e vejo meu filho dormindo tranquilamente e meu sentimento é de uma alegria que há muito eu não sentia.

Acorda, Rebeca! Desde quando você tem tanta sorte?

A ansiedade volta a me dominar.

― Não sei, Matteo. Eu não quero colocar tantas esperanças em uma loucura dessas. Eles não vão me achar? Sei lá, você vai comigo até a Suíça, e quando você for ao banco, vai saber que você foi lá, tirou dinheiro... É óbvio que eles vão ter acesso à fronteira, quem entra, quem sai.

― Meu amor, eu sei. Sou de dentro, sabe disso. Só que temos algumas horas à frente e é com isso que estou contando. Não há como sair de Roma ou mesmo de Palermo e chegar aqui no mesmo instante. ― Ele segura minha mão. ― Confia em mim, por favor. Eu não vou te decepcionar.

Aquilo era uma verdadeira loucura. Se daria certo, eu não sabia, só sei que me permiti relaxar e mesmo indo de contra ao certo, ou não, entrelacei meus dedos nos dele, dando-lhe a entender que sim, eu confiaria nele, e então eu fechei os olhos em uma breve oração e dormi profundamente.

***

Ainda estava escuro quando passamos pela divisa entre os dois países. Acho que nunca ninguém pensou em me colocar em uma lista de procurados por não imaginar que eu ousaria a atravessar, mas cá estou eu, entrando na Suíça com meu passaporte verdadeiro. Filipo passou sem problemas com identidade italiana assim como Matteo, que por mais que tentasse esconder seu receio por trás de uma falsa tranquilidade, eu o vi soltar a respiração assim que tivemos a autorização e cruzamos a fronteira chegando a Lugano.

Eu vi seu sorriso aparecer. Eu o vi olhando as horas... eu o vi fechando os olhos.

Estávamos em contagem regressiva.

Matteo não quis parar na cidade, seu objetivo era Berna, capital, mesmo assim, paramos em uma cidade no caminho para o café da manhã assim que Filipo acordou berrando de fome.

Era tudo lindo.

O ar estava fresco e tinha cheiro de liberdade. Paramos numa farmácia e compramos seu leite, na verdade, várias latas de leite e comida infantil para, no mínimo, uma semana dentro de um carro.

― Você está preocupado ― digo, assim que pegamos a estrada.

― Não diria preocupado e sim cauteloso. ― Olha o relógio mais uma vez. ― Meu irmão caça e nesse momento eu imagino que ele já sabe que eu não estou no hospital e está seguindo meus passos.

― Pensei que você confiava nele de olhos fechados. Que eram mais que irmãos a ponto de um morrer pelo outro.

― E somos, tanto que eu morreria por ele sem pensar duas vezes. Só que a máfia sempre esteve em primeiro lugar. Nada pode vir na frente. ― Eu estava à frente.

― E qual o risco que você corre? ― E eu tive medo por ele.

Um breve receio do que poderia passar com ele.

― Eu não sei. Não posso negar que eu descumpri uma ordem dada pelo Don e isso é traição, passível de morte. Só que eu tampouco posso esquecer que meu pai é o Don. Não sei se eles fariam algo contra mim.

Nego achando aquilo surreal.

― Seus pais mataram seu avô, seu tio ― lembro-o. ― Acha que teria misericórdia pelo filho?

Ele não responde porque sabe que eu estou com a razão.

― Por que não foge comigo? ― Eu não acredito no que eu acabei de fazer.

Ele abre um sorriso lindo.

― Bem que eu queria ― ele pega novamente minha mão e a beija. ― Mas para vocês terem uma chance, eu preciso voltar.

Antes de chegarmos em Berna, Matteo parou em um posto que tinha ao lado uma oficina mecânica.

― Acho melhor nos separarmos, Beca. ― Separarmos? Ali! No meio do nada?

― Aqui? ― Não que eu temesse por mim, mas pelo filho. Como eu sairia dali sozinha carregando um bebê?

― Vou tentar um negócio, espere no carro.

Ele saiu e caminhou até a oficina. O que ele estava fazendo, eu não tinha a menor ideia.

Ou tinha... Ele pegou um fusca e veio dirigindo até a gente até parar ao nosso lado.

― Fusca! ― exclamei surpresa. ― Você dirigindo um carro da Volkswagen?

Seu sorriso foi iluminado.

― Quem gosta dessa porcaria é você. Não gosta?

― Claro! Ele é um clássico e um trator. Anda melhor por alguns lugares que carros de luxo não andam.

― Por isso eu comprei pra você. ― Brinca ― Além de ser um motor fácil de consertar, com peças em qualquer ferro velho, ele anda por tudo quanto é buraco e principalmente não corre muito. A vi dirigindo um Camaro e honestamente, apesar de sexy e linda, você é um pezinho de chumbo, coisa que num fusca não vai acontecer.

― Não acredito no seu machismo idiota uma hora dessas ― reclamo.

― Não, meu amor. Eu odeio a ideia de te colocar num carro desses, mas eu preciso que você siga sua viagem em um carro sem computador de bordo, gps e todas as tecnologias que um carro hoje sai de fábrica. E esse era o que tinha disponível.

Olho para o fusquinha verde todo arrumadinho, conservado.

― A gente vai se separar agora? ― Meu coração apertou. ― É isso?

― Talvez. ― Ele se aproxima e segura minhas mãos. ― Eu sei que é uma loucura, só que eu te colocar em um trem viajando pela Europa não é algo confiável, ao menos não para sair da Suíça. Aeroportos, estações de trem, rodoviárias, podem ter seu rosto marcado de alguém que sequestrou uma criança. Viajando com um bebê com outro nome e de carro, fica mais difícil de te pegarem. Claro que ainda teremos as fronteiras.

― Tudo bem, eu adorei. ― Escondi a dor que me afligiu. ― Além disso, se esse carro quebrar, eu sou muito boa para consertá-lo. O motor do Fusca é fácil.

Ele faz uma careta e abre o carro tirando a cadeirinha da BMW dele colocando no meu Fusquinha... Eu terei uma boa história para contar aos meus netos.

― Preste atenção. ― Ele tira da carteira um cartão de crédito. ― Isso é um cartão pré-pago. Eu ainda não coloquei dinheiro nele, e só estou usando dinheiro vivo para não me pegarem. Vou ao banco colocar tudo que eu puder nele para que você possa fugir e ter uma vida confortável com Filipo pelo menos nesse início. Só peço que não passe muito tempo em um único lugar e evite as cidades grandes.

― Matteo, eu posso me virar, lembra?

― Eu sei, só que dessa vez você tem um bebê, e ele é tão meu quanto seu. ― Ele toca em meu nariz. ― Você cuida dele e eu sustento vocês. ― Nego. ― Meu filho precisa ser amado pela mãe. Seja mãe dele, por favor.

Como se ele precisasse me pedir isso.

― E é seguro eu usar esse cartão? ― Pego de suas mãos.

― Sim, já fiz até o cadastro. Está no nome de um paciente que eu achei no necrotério do hospital. Acho que ele não vai reclamar.

― Louco.

― Só não perca esse cartão porque se não, você perde o dinheiro todo. ― Guardo entre meus seios. ― Agora, preste atenção. Você e Filipo vão nesse endereço aqui buscar seus passaportes com a nova identidade ― ele me entrega um cartão de visitas dele com um endereço atrás. ― Se der, nos veremos na saída do banco em duas horas, mesmo assim, não se exponha. Gostaria muito de passar mais algum tempo com você, mas a possibilidade de me pegarem saindo do banco é grande.

― Ok ― Eu tinha medo de falar. O bolo na garganta estava grande.

― Tome ― ele abre a carteira e tira um maço grande de euros. ― Infelizmente é o que eu tenho em dinheiro agora.

Eu já tinha manuseado muito dinheiro, mas o dinheiro de Don Carlo, não meu, e aquele montante seria mais que suficiente para passar um mês. Se bem que eu tinha um bebê comigo.

― Tome isso também para uma emergência ― e tira o relógio de ouro do pulso.

Eu queria chorar...

Eu engoli o choro.

― Obrigada ― contive minha dor.

― Eu te amo, Beca ― diz, quebrando-me toda. ― Eu errei, muito. Se eu tivesse lutado por nós, nada disso teria acontecido.

Dou de ombros ignorando.

― Agora eu preciso ir ― ele tenta me beijar, e apesar da dor que estou sentindo, eu viro o rosto impedindo que ele me beije os lábios e ele não força, dando um beijo em minha testa.

Somente depois que ele se despediu do filho e partiu à toda, eu me deixei ser absorvida pela dor de sua partida, e somente meu filho pôde ouvir meu choro por toda a viagem.

***

Munida do meu novo passaporte, eu estacionei o carro longe, mas de um jeito que eu conseguia ver a porta do banco eo carro que Matteo alugara no estacionamento para clientes.

E foi então que eu os vi – Matteo saindo acompanhado de Lucca, e pela cara, a coisa não estava boa.

Lucca parecia transpirar ódio.

― Prometa que você vai sair dessa, Matteo. ― Só assimpara eu sentir a dor do arrependimento. ― Eu nunca te esqueci.


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