Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 11

Rebeca

Há mais de um ano eu não saio de dentro dessa enorme casa. Dessa mansão que me oferece tudo menos a liberdade.

Odeio.

Odeio a ideia de estar sendo preparada para ser uma isca viva e atrair um homem, gerar o caos, enfraquecer uma organização para que outra ganhe força.

No início eu aceitei todas as coisas de bom grado. Fiz tudo conforme combinado. Mesmo grávida eu treinei, me exercitei, aprendi até a mexer em uma arma e atirar.

Adentrei nas profundezas do inferno da máfia Casamonica e de quebra aprendi tudo sobre a Cosa Nostra. Minha sede de vingança excedia qualquer compreensão.

Acontece que a vingança, o ódio, é como um câncer – ela cresce, tomando espaço onde antes poderia haver alguma coisa boa. E havia até o dia do nascimento do meu bebê.

E ele morreu... e com ele se foi toda a alegria que eu tinha de viver.

Pelo reflexo da enorme janela que dá para o imenso jardim, eu não reconheço a mulher diante de mim - linda, elegante, forte, obstinada e triste.

Mas hoje, sinto uma angústia rara que me aperta o peito. Uma dor inexplicável, uma vontade insana de chorar. É como uma saudade imensa injustificada.

Acaricio meu colo como se pudesse ajudar a amenizar a dor em meu coração apertado.

Estou no fim da linha, morrendo por dentro.

― Uma mulher linda assim, sozinha, pensando... Isso é muito perigoso! ― Adriano sussurra em meu ouvido, tirando-me de meus devaneios, trazendo-me de volta ao grande palco que é a  minha vida.

Sorrio.

― Então não deveria se arriscar ― respondo virando-me em sua direção.

Miguel, de braços cruzados, observa tudo.

― Ele adora brincar com o perigo, Rebeca. Sabe disso.

Eles me acham perigosa quando ambos são terríveis. Por que eu seria perigosa? Porque conquistei o chefe deles quando nós sabemos que serei descartada em breve.

Não é por isso, Rebeca. Você conquistou seu lugar pela dedicação de como faz tudo perfeitamente. Eles sabem o que você suporta com aquele monstro.

― Vocês dois não tem o que fazer? ― pergunto, estranhando o fato de ambos estarem àquela hora dentro de casa. Ainda mais na sala de estar, onde poucos têm acesso.

― Estávamos reunidos com o chefe até agora. ― Adriano se encosta à parede, o que me faz estranhar a resposta. ― Viemos te chamar, gata. O chefe quer te ver.

― Alguma coisa está acontecendo?

― Só se você considerar que ficar uma semana sem a nossa presença seja um acontecimento. ― Reviro os olhos fingindo um descontentamento que não existe o que tira deles uma risada ruidosa.

― Não negue seu afeto por nós. ― Miguel brinca e eu faço bico de desdém.

― Mas é mal-agradecida. ― Adriano puxa-me pelo ombro encostando-me nele. ― Você sabe como eu te conheci lá atrás. ― Como esquecer a forma como me observava tomando banho naquele iate luxuoso? ― Parecia um bicho sujo, fedorento e raivoso pronto para atacar. Comparando com hoje? Puta que pariu!

― Quem sabe eu seja agora um bicho limpo, cheiroso, mas continuo pronta para atacar na primeira oportunidade ― jogo com as palavras sabendo que há um fundo de verdade.

― Meu sonho é ser atacado por essa gata raivosa ― Miguel cai na gargalhada das investidas descaradas de Adriano.

― Queria ver a cara do nosso chefe ao te ouvir falando assim, Adriano. ― Ele me solta de seu abraço como se tivesse tomado um choque e eu saio desfilando na frente deles sabendo que estão me olhando, me cobiçando.

― Venhamos e convenhamos, Adriano, a genética ajudou pra caralho. ― Infelizmente minha beleza não foi algo que me levou a bons lugares.

Mas eu sei fingir e por isso eu paro em uma pose de modelo, olho para eles de lado e ainda mando um beijo de sacanagem.

Claro que eles não fazem muito barulho, contudo não os impedem de bater palmas, assobiar e fazer toda uma encenação exagerada.

Se não fossem tão ruins até que eu gostaria deles.

― Boa noite, Don ― cumprimento o chefe assim que entro em seu escritório. ― Mandou me chamar?

Odeio a forma como me olha – odeio esse velho safado.

― Tira a calcinha e senta aqui no meu colo que a gente precisa conversar ― pede-me e eu interpreto com perfeição uma felicidade inexistente. E faço o que ele manda sem hesitar.

― Viajo amanhã cedo ― anuncia-me comigo sentada em seu colo, abraçada a ele, beijando seu pescoço. ― Eu, Caterina, Miguel e Adriano. 

Graças aos céus terei paz por uns dias.

― Acontece que nessa semana, estarei ausente para o recebimento do lote ―por um segundo eu parei minhas carícias.

Puta que pariu!

― Já falei com Michele e ele assumirá o lugar de Adriano e Miguel. 

Calma, Rebeca. Interprete!

Volto a acariciar seus cabelos ralos, sua orelha, tentando levar meus pensamentos para longe para não ver aquele velho babão.

― O senhor precisa que eu faça alguma coisa? ― Por favor, não me deixe com Michele.

Beijo seus lábios, passando a língua sobre os seus.

― Sim. ― Seu bafo é horrível - charuto e bebida. ― Eu deixarei o cofre vazio para você colocar todo o dinheiro que Michele trouxer. ― Isso não vai dar certo. ― Eu confio em vocês dois suficientemente para entregar um carregamento nas mãos dele e nas suas.

Até que ponto confia em mim? Sabendo que Michele me odeia, isso vai ser um atestado de morte.

― Claro. ― Fodeu! ― E de quanto estamos falando? ― O dinheiro dos distribuidores nunca parou em minhas mãos.

Volto a passar minha língua sobre seu pescoço e depois brinco com sua orelha.

― Não é muito, somente dois milhões por dia. ― Parei e olhei para ele estupefata.

Michele não vai entregar esse dinheiro e vai dizer que eu roubei. E essa quantia eu não consigo levantar nem em pensamento.

― Pedi a ele para vir no fim da tarde todos os dias assim não atrapalhará  seus exercícios ― e acaricia minha perna.

Pensativa, não sabia o que exatamente fazer.

Michele era meu alvo e agora eu virara um em suas mãos. Don Carlo me entregou a ele

― Claro, Don. Farei o meu melhor ― volto a acariciar seu peito, abrindo os botões de sua camisa.

― Ah sim, eu sei ― e toca meu sexo de forma delicada. ― Vou sentir saudades dessa sua bocetinha quente. ― Eu não vou sentir saudades em nada de seu toque nojento. ― O que farei quando você se for, princesa?

Primeiro, ao inferno com princesa; e segundo, se gosta tanto de mim, seria burro o suficiente para me entregar ao meu inimigo.

― Não se preocupe com Michele ― diz como se lesse meus pensamentos. ― Sei que vocês têm suas diferenças, mas eu pedi a ele que não tocasse em você, não a incomodasse. Somente entregasse a maleta a você e fosse embora.

E você, imbecil, acredita mesmo que ele fará isso? 

― Só você mesmo pra me deixar assim ― e põe minha mão sobre seu sexo, mostrando-me que está excitado.

Infelizmente hoje está.

― Fica de pé e levanta a saia!

Faço tudo conforme ele me pede, soltando gemidos falsos de quem está gostando da expectativa.

― Gosto de quando tem uma marquinha aqui ― e acaricia minha bunda.

Não faz calor suficiente para eu pegar um bronze, imbecil.

— Gosto mais da sua cor depois de um dia longo de sol. — Eu também gostava até saber que italiano tem tara por morenas, negras.

Eu sou, como o Michele falava, a mistura perfeita de duas raças bem definidas.

Racista de merda.

Ele me possui sem qualquer prevenção, por isso tomo injeção para não correr o risco de engravidar. Tudo bem que engravidar desse broxa é uma impossibilidade.

Ele se movimenta dentro de mim, acaricia minha bunda, e quando vai tentar fazer sexo anal, não consegue.

Aliás, há muito que não consegue.

Tenho vontade de gargalhar diante de sua impotência.

Ele me pede para montar nele com ele sentado na expectativa que o negócio volte a ficar duro novamente.

Nada.

Broxou de novo.

― Sua inútil de merda ― diz seguido de um tapa que me derruba no chão. ― Vá embora, piranha.

Seu ódio está estampado no rosto. E o ódio é por mim como se eu fosse a culpada.

Baixo a saia, pego minha calcinha e saio dali antes que ele resolva acabar com minha vida naquele instante.

Definitivamente, eu estou no fim da linha.

***

Eu tinha tomado um banho, vestido minha camisola simples consciente que Don Carlo não faria qualquer visita a mim.

E quando penso em me deitar, ouço alguém bater à porta.

Hoje não.

― Posso entrar? ― Dona Caterina pergunta e eu sem entender o que ela faz aqui, levanto-me de supetão esperando-a com todo o respeito de uma empregada diante de sua patroa.

― Em que posso ser útil, senhora? ― Ela entra e caminha em minha direção, observando meu rosto inchado.

― Tsc, tsc, tsc ― segura meu rosto observando melhor o estrago. ― Imagino que já sabe que viajarei com meu esposo amanhã?

― Sim, senhora.

Ela continua a me examinar como se aquilo fosse uma vitória.

Eu acho.

― Até pensei em levá-la, sair desse lugar tão claustrofóbico. ― Como se isso fosse verdade, ou até mesmo possível. ― Trouxe isso pra você ― e me dá um creme ― para o machucado no rosto. Infelizmente não tenho um corretivo para seu tom de pele.

― Tudo bem. Eu tenho maquiagem — digo, sabendo que foi ela quem pagou por quase tudo.

— Então use-o! Não deixem que a vejam assim.

Assinto como se aquilo valesse de alguma coisa

— Ninguém me verá desse jeito — tirando ela, Adriano e Miguel, ninguém me viu machucada, e olha que essa não era a primeira vez que ele me batia.

― Imagino que sim, afinal, não foi você que um dia me disse que devemos enfrentar o que nos espera lindamente? ― Sério que ela se lembrava das minhas palavras aqui na primeira semana?

Dona Caterina era para mim uma grande incógnita. Eu não sabia o quanto eu podia confiar nela, afinal, qual mulher quer conviver no mesmo teto com sua amante.

Se bem que com um marido desses, até eu trataria a amante dele bem.

― Estou falando isso por causa de Michele. ― Não consigo entender. ― Acho que você sabe o quanto Michele a odeia.

Aonde ela queria chegar com isso?

― Sim, eu sei — Prefiro ser sincera.

— Don Carlo pediu que ele me evitasse ao máximo. — Ela abre um sorriso cínico.

— Bem. Você é quem sabe no que acreditar. — Estou consciente, sua bruxa, que estou no quem chamamos de "sinuca de bico", mas ainda não achei uma solução.

Uma solução definitiva não seria um má ideia.

― Não ache que sua palavra vale mais do que a de Michele. ― Confirmo.

— Eu sei, senhora. Só não sei como sair dessa.

Seu sorriso aumentou.

— Pensei que você era mais que um rosto bonito e um corpo bem feito. — Dá de ombros virando-me as costas. — Bom, foi um prazer ter te conhecido—  aquilo era uma despedida? — Nem sempre a sorte sorri para nós. Na maioria das vezes nós precisamos correr atrás.

Repete minhas palavras novamente deixando-me ainda mais angustiada.

— Boa noite, Rebeca.

E me deixa perdida em pensamentos e lembranças, buscando por horas uma solução.
Até que fui vencida pelo sono.

"Não se preocupe com Michele. Sei que vocês têm suas diferenças, mas eu pedi a ele que não tocasse em você, não a incomodasse. Somente entregasse a maleta a você e fosse embora."



E sai, deixando-me atônita com suas palavras.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro