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Capítulo 4


– Oieee! Então, eu fui a primeira a chegar? – Carla entrou na minha casa. Era sábado à noite.

– Não, a Josi e a Helô já chegaram. Há meia hora.

– E vocês começaram a beber sem mim? – Carla resmungou ao entrar na sala.

– É óbvio, né, mulher? – Helô, irmã da Josi e a única não médica que participaria da reunião, falou ao se levantar para cumprimentá-la. Ela era tatuadora! Desenhava e fazia tatuagens incríveis! – Quanto tempo, Carlinha. Nossa, uau! Como você cresceu! – ela brincou, apontando para uma parte agora mais evidente do corpo da Carla.

– Pois é. Silicones. – Carla sorriu orgulhosa dos seus novos seios. – Gostou?

– Sim! Arrasou!

– Escuta só, Carla. Escuta o que a Lupi estava nos contando. – Josi disse.

– O quê? – Carla me olhou.

– O Alex não queria ficar com a Isa hoje. Ele achou que eu ia sair com alguém! – eu ri.

– É sério? – Carla ficou intrigada. – Mas com quem?

– Com o Gustavo! – Josi respondeu por mim.

– Com o Gustavo? – Carla estranhou – Com o nosso Gustavo? O nosso colega Gustavo?

– É. – Eu confirmei, sem desmanchar o sorriso.

– E por que ele estaria com ciúmes do Gustavo? – Carla continuou sem entender. – Ele nem conhece o Gustavo.

Então eu contei da nossa jantinha no shopping na terça e de todo o resto.

– Ah... – Carla sorriu.

– Mas isso não vem ao caso! O que importa – a Helô comentou exaltada – é que ele está com ciúmes!

– Será que ele está arrependido? – Carla pensou em voz alta.

– Não está! – eu disse – Ele queria apresentar a querida Natalie para a Isa hoje!

– Cachorro! – Josi grunhiu apertando os dentes.

– Sarnento! – Helô completou.

– Verme nojento! – Carla se uniu ao coro.

E elas ficaram me olhando, esperando que eu dissesse algo.

– Hmm... – eu estava sem inspiração, então repeti – Cachorro, sarnento, verme nojento e...

– E???

– Ai, não sei! Ele na verdade é lindo, e não é sarnento, e não é um verme, e...

– Ai, meu Deus! – Helô colocou as mãos sobre a cabeça de maneira dramática – Recaída não. Bebe mais um pouquinho, bebe. – Ela me alcançou a caipirinha de limão que estávamos tomando.

– Vou fazer uma caipirinha de morango. – Josi ergueu uma sacolinha que ela trouxe com morangos. – Alguém quer?

– Eu! Eu! Eu!

Nesse momento, a campainha tocou.

– Karine!!! – todo mundo começou a gritar, e eu fui abrir a porta.

– A menina das listas! – Helô berrou.

– Ih! – Karine fez uma careta debochada – Pelo visto, cheguei tarde! Vocês já estão bem alegrinhas! – ela riu.

– Karine! – Carla falou – Você sabia que a Lupi tem saído com o Gustavo?

– Ah, é? – ela olhou para mim. – Bom, tem a minha aprovação, amiga. Acho ele bem gatinho.

– Não tenho saído com o Gustavo nada – eu contrapus – Ele é meu amigo, e a gente só jantou uma vez!

– É! Mas vão jantar de novo quarta que vem – Josi me denunciou.

– E daí? – eu retruquei – Ele é meu amigo! Não significa nada.

– Bom, bom, bom. – Karine pegou uma folha em branco e uma caneta – Isso nos leva a primeira lista.

– A primeira lista! – Helô repetiu com os olhinhos brilhando. Estávamos todas curiosas.

Nós quatro sentamos no sofá e ficamos olhando para a Karine. A Josi abandonou na cozinha a sua caipirinha de morango em fase de preparo.

– Sim. – Karine olhou para mim. – Mas tem que pensar rápido. Lembrem-se, foram dez anos de relacionamento. A primeira lista é dos proibidos.

– Proibidos? Que papo é esse? – Josi franziu a testa, meio frustrada. A Helô bateu no braço dela para que a irmã calasse a boca.

– É, Lupi. Pense rápido! Cinco homens que você pensou em beijar ou em fazer algo mais nesses dez anos!

– Claro! – Carla gostou da ideia – Ela não podia, mas agora pode!

– Bruno. – Foi o primeiro que veio a minha cabeça. Nossa! Eu tinha muita, mas muita queda por ele! Eu e todas as mulheres do hospital, diga-se de passagem – E o Tiago, primo gato do Alex. Ah! E um carinha que fez residência na mesma época que eu, o Pablo. E... Ah! O Rodrigo L.!

– Rodrigo L.? – Helô me encarou, surpresa. – Esse não vale, é ator! É inacessível!

– Mas eu já vi ele jogando futevôlei na praia... – eu me expliquei – E ele é tão gato pessoalmente... Ai... Gato mesmo...

– Viu! – Karine se entusiasmou – É essa a função da lista! Desviar a atenção! Fazer com que ela não pense no Alex, e sim nos homens da lista!

– Então o Rodrigo L. vale? – Josi perguntou.

– Sim! Claro que vale! – Karine disse.

– E aí? – Helô me encarou. – Tá faltando um!

– Ah, é... Mas é que o Rodrigo L... – eu estava em choque, só conseguia pensar em beijá-lo. Com um Rodrigo L. e um Bruno na lista, quem precisaria de outros três?

– Não, não. – Helô retrucou – Falta um.

– O Gustavo! – Karine propôs, já colocando o nome dele no papel.

– Não! – eu disse – Eu não quero beijar o Gustavo!

– Por que não? – ela perguntou.

– O cabelo dele é feio! – eu argumentei.

– Não é feio, só comprido. – Carla disse.

– E repicado nas pontas – Josi acrescentou – Parece roído por traças!

– É! E ele não quer cortar os cabelos! – eu afirmei – O Gustavo não!

– Tá bom. – Karine riscou o nome com apenas um traço em cima, deixando-o visível – E então quem? – ela me olhou, esperando.

– Então quem...? – eu fiquei pensando e subitamente me veio na cabeça – O teu irmão!

– Meu irmão? – Karine ficou chocada – Mas ele só tem vinte e três anos! E você tem vinte e nove!

– E daí! Ele é um gato! – eu disse. – E vinte e três aninhos... Humm... Tá no ponto. – Eu provoquei. – Aliás, dizem que o ápice sexual do homem é aos vinte anos, e o da mulher é aos trinta... Não é perfeito?

– É Karine! – Helô falou meio risonha – Se o Rodrigo L. pode, o teu irmão também pode!

– Tá bom, tá bom! O quinto da lista: meu irmão! – ela rabiscou a lista, apesar de contrariada. – Toma, Lupi. – Me passou o papel. – Primeiro tema de casa: nas próximas cinco noites, você irá dormir pensando em cada um deles. Uma noite para cada, não é para fazer suruba, viu? E para não pensar no Alex, vale fantasiar bastante, tá? Só não abusa muito do meu maninho.

– Há, há, há. – Eu achei graça. – Eu vou fantasiar com o Rodrigo L.! Vou beijá-lo e fazer sexo com ele em pensamentos! – então arregalei os meus olhos e subitamente fiquei chocada – E se eu tiver sonhos eróticos com o Bruno? Como trabalharei com ele depois? Ai, meu Deus!

As quatro riram da minha expressão de pavor.

– Fácil! Você o agarra no vestiário depois e mata a tua vontade! – Josi riu – Ele é um galinha mesmo, vai até ficar feliz.

– Rá-rá – eu ironizei.

– Agora esperem! Nada de próxima lista, até que eu traga a minha caipirinha.

Alguns minutos depois, a Josi voltou com a caipirinha de morango. Todas bebemos mais um pouquinho. Eu dei um último gole na de limão, antes de provar a de morango. Delícia! Delícia como o Bruno... e como o Rodrigo L.!

Não é que essas listas realmente funcionam? Quem é Alex mesmo?

– Segunda lista – Karine falou, e fez-se milagrosamente o silêncio. – Liste cinco características que você quer num próximo namorado.

– Como assim? – eu não entendi.

– É! Assim ela pensa no que não gostava no Alex – Karine explicou – E tenta arranjar um melhor. E pensar nos defeitos que ela não gostava ajuda a esquecê-lo mais rápido.

– Faz sentido... – as minhas outras três amigas balbuciaram entre si.

– E então? O que você quer num próximo namorado? – Karine perguntou, já com um novo papel e uma caneta na mão.

– Eu quero que ele me deixe ler na cama! Porque o Alex nunca deixava, dizia que a luz machucava os olhinhos sensíveis dele! – eu ironizei. – E quero um homem que saiba cozinhar e que cozinhe para mim! E um homem que consiga prolongar o tempo do sexo, porque com o Alex era quase sempre três minutos no máximo! E um homem que não fique controlando os meus gastos, porque, fala sério: eu trabalho e ganho o meu dinheiro e devo gastá-lo como eu quiser! E um homem que me deixe dirigir de vez em quando e que não diga que as mulheres são barbeiras! E um homem que goste de dançar! E que note quando eu corto ou pinto o meu cabelo ou compro uma roupa nova!

– Foram sete. – Helô me interrompeu.

– Hã? – eu a olhei, surpresa.

– É, foram sete características. Era para ser só cinco.

– Pronto. Aqui está a tua lista. – A Karine me estendeu o segundo papel – Guarde esse papel para se lembrar quando conhecer alguém. E quer um conselho – ela riu – Fique satisfeita se achar duas características dessas em um homem. Não existe homem perfeito, amiga – ela confidenciou – Eu ainda estou procurando.

– E a terceira lista? A primeira é para sonhar – Carla concluiu – A segunda é para destruir os sonhos – ela riu – E a terceira?

– A terceira é para a Lupi melhorar. Diga rápido cinco coisas que você gostaria de mudar em você.

– Meu cabelo. Perder dois ou três quilos. Começar a fazer exercício. Comprar roupas novas, gostaria de mudar meu estilo. E ãã... o meu nariz.

– Teu nariz? – Josi e Helô olharam direto para ele.

– Mas o teu nariz é tão bonitinho... – Carla disse.

– Mas ele é meio batatinha, queria que ele fosse mais arrebitado. – Puxei a pontinha dele para cima. – Acho que as mulheres de nariz arrebitado, como a Nicole Kidman, parecem tão mais poderosas!

– Perder peso você não precisa mais – Helô falou ao olhar a minha lista. – Você está super bem, só precisa, talvez, endurecer um pouco. Criar músculos.

– Endurecer? – Josi encarou a irmã.

– É! Ela é meio molenga. Aliás, com exceção minha e da Carla, todas vocês precisam endurecer, amigas. Sem querer ofender, é claro.

– Mas o Otávio não reclama! – Josi exclamou, parecendo ofendida.

– O Alex também não reclamava, não é Luiza? – Helô não se deu por vencida e alfinetou. Queria claramente dizer: viu o que aconteceu com a Luiza?

– Você está insinuando que o Otávio vai me largar? – as duas irmãs começaram a se estranhar, como muitas vezes acontecia. Elas se adoravam, mas em algumas ocasiões brigavam como cães e gatos.

– Se você diz... – Helô acrescentou, com um ar falsamente inocente.

– Tá. Chega vocês duas. – Carla ralhou e então propôs – Amanhã a Luiza vai começar a fazer academia comigo! Tem uma perto da minha casa que abre no domingo.

– Eu vou? – eu estranhei. Não estava com a menor vontade. Academia? Exercício? Eca!

– Sim! Vamos bolar uma estratégia! Primeiro, modelar o corpo! Depois, roupas novas! – Carla, nossa amiga geração saúde e agora siliconada, acrescentou – E por último: um corte de cabelo radical.

A Helô me puxou e me fez ficar em pé. Elas ficaram levantando e abaixando o meu cabelo, que atualmente estava mais de um palmo abaixo dos ombros.

– Na altura do ombro. – Karine disse e segurou meu cabelo na posição indicada.

– Não! Deixa assim, nesse comprimento, e faz umas mechas loiras. – Helô deu outra ideia.

– Quem sabe nessa altura – Carla mostrou uns dois dedos apenas mais comprido do que a Karine.

– É! Também acho que mais curto ela fica mais fatal! Perde esse ar de menininha. – Foi a vez da Josi falar. – E mechas loiras. Eu também sou a favor. A Lupi é meio branquinha. Ficaria bem com mechas loiras.

– E o nariz? – eu perguntei.

– Deixa o nariz! – todas exclamaram.

– É! – Helô, mais sincera ainda que a irmã, como se isso fosse possível, disse: – Ele é um charme assim, meio batatinha.

– Verdade? – eu a encarei, ainda me sentindo insegura com relação ao meu nariz.

– Verdade. Alguma vez eu te menti?

– Não.

– Então... – Karine concluiu – A estratégia é: sonhar com os homens da lista, procurar nos outros homens as qualidades que o Alex não tem e depois que a gente trabalhar o teu novo visual, garanto que você terá conhecido alguém.

– Eu não quero conhecer ninguém. – Eu objetei.

– Então... – Helô deu um gole na caipirinha – Quem sabe a gente muda o prêmio: depois que acontecer tudo isso, garanto que você fará um sexo bem gostoso com o Bruno. – Ela sorriu, com uma expressão meio marota.

– Ah, é? – meus olhinhos brilharam. Sexo com o Bruno... Que ótimo prêmio de consolação!

– Viu? – Josi gargalhou – Ela gostou! Agora vamos pedir a pizza? Tô morrendo de fome!

– Vamos!!! 

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