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25 - O Príncipe Sapo e a Largarta

Sentar à sombra de uma macieira parecia ideal para o dia que eu havia planejado.

Apenas parecia.

A árvore, com seu tronco robusto e casca enrugada, projetava uma sombra fresquinha sobre a toalha de piquenique que eu estendi no chão. Ao meu redor, a grama se espalhava em um verde vívido, pontilhada por pequenas flores silvestres que oscilavam suavemente com a brisa. O ar estava perfumado com o aroma doce das maçãs maduras que pendiam preguiçosamente nos galhos acima, algumas ameaçando cair a qualquer momento. Algumas folhas secas, tingidas de amarelo e dourado, flutuavam suavemente em direção ao chão, sinalizando a proximidade do outono.

Parecia perfeito. Apenas parecia.

Uma nuvem de azar, entretanto, se instaurou repentinamente. Ela tinha olhos claros, nome, um marca-passo e usava suspensórios. Suspensórios.
A descrição batia com o vovô Orfeu, mas não era ele.

Eu me referia a um príncipe, e ele tinha sete anos.

— Tira esse bicho de mim, Thomas! — berrei, sacudindo a cabeça, o pescoço, os ombros e qualquer parte do meu corpo na intenção de afastar a sensação de perninhas, várias delas, estarem em contato com a minha pele.

Thomas, com as roupas um tanto amarrotadas e uma expressão de pura calma, se aproximou como se estivesse lidando com alguma bobice.

— É uma lagarta inofensiva — ele disse, sinalizando com as mãos para que eu parasse de me contorcer como se estivesse em chamas.

Eu congelei, relutante, enquanto ele se inclinava para tirar aquela criatura do meu cabelo.

O menino segurou a lagarta com uma destreza que me surpreendeu, afastando-a como se fosse uma velha conhecida.
A luz do sol, filtrada pelos galhos da macieira, projetava sombras oscilantes em seu rosto enquanto ele analisava o bicho com um olhar intrigado.

— Até parece com você — ele disse, segurando a lagarta verde e molenga em mãos.

Então, como se para reforçar sua teoria absurda, estendeu o braço em direção ao meu rosto, fazendo-me recuar em repulsa.

— Uma lagarta? — arquejei, horrorizada. — Ela é nojenta e asquerosa! Como pode dizer que eu pareço com uma?

— A ofendi? Você me chama de sapo o tempo todo — rebateu, já voltando sua atenção para a árvore atrás de nós.

Sim, e ele merecia.
Partindo da premissa de que todo príncipe deveria ser bonito, Thomas parecia ter se destrambelhado no percurso.
O que era grotesco, levando em consideração que Jackson, seu irmão gêmeo, era tão bonito quanto o céu da manhã. Thomas, por outro lado, era a personificação da confusão, do caos e da desordem, desconexo de qualquer pessoa que eu conhecia.

— Mas é o que você é — retruquei, ajustando minha saia ao me sentar sobre a toalha. Meu pai dizia que mentir era um hábito horroroso, então eu não menti.

Thomas, agora equilibrando a lagarta em um galho alto, começou a tagarelar:

— Essa lagarta pode parecer asquerosa, mas será uma borboleta de asas coloridas algum dia. Um sapo sempre será um sapo. Até mesmo quando ele é um girino, ele já está condenado a ser um desses anfíbios.

— E você entendeu perfeitamente — acrescentei, sem conter o sarcasmo, enquanto jogava a cabeça para trás, para olhar o céu.

E, ele se aproximou novamente, coçando a testa de maneira pensativa.

— Já leu "O Príncipe Sapo"? Na história, se o sapo for beijado, ele vira um príncipe. Nesse caso, se você beijar o sapo: ele vira um príncipe ou você se transforma em um anfíbio de pernas bem compridas?

— O sapo permanecerá sapo para sempre — falei, distraída, enquanto tirava meu anel favorito, que escorregava do meu dedo, e o colocava sobre a cesta à minha frente. — Eu não beijaria você.

— Não quero que me beije — respondeu com as sobrancelhas franzidas, torcendo as feições. — Eu não sou um sapo.

Os olhos dele, tão claros que quase refletiam o lago ao fundo, encaravam os meus com uma intensidade que me dava calafrios.
A margem do lago estava coberta de vegetação rasteira, e o reflexo das árvores dançava na superfície da água, distorcendo-se toda vez que uma brisa suave passava.

— Tem razão — suspirei, lançando um olhar para cima novamente. — Sapos não têm esses olhos de Gollum.

Thomas, ao invés de se ofender, deu um sorriso irônico.

— E um bom Gollum que se preze precisa de um "precioso", não acha? — disse ele, estendendo a mão para pegar o anel que eu havia deixado na cesta.

Acompanhei o movimento com os olhos, atônita.

— Thomas, me devolve! — levantei-me bruscamente. — Foi a sua mãe que me deu!

Thomas parecia imune à minha irritação, girando o anel entre os dedos, enquanto o sol recortava sombras na sua pele pálida.

— Você saiu do seu quarto de novo? —  A voz calma de Jackson interrompeu, surgindo atrás de nós. Seus passos eram lentos e precisos, e ele parecia mais interessado no irmão do que em qualquer outra coisa.

Jackson era a imagem de um príncipe de verdade, com postura impecável e os traços tão simétricos quanto uma escultura de mármore. Ele parou à sombra da macieira, ajustando levemente o broche prateado preso no seu suéter.

— Você está atrasado — falei e cruzei os braços, lançando um olhar irritado para ele.

— Desculpe, eu estava ocupado — respondeu, sua voz carregando uma polidez que parecia quase ensaiada. Mas seu olhar não deixou Thomas. — Thomas, volte para seu quarto. Se você passar mal de novo...

— Não vai ter ninguém para ajudar — Thomas cantarolou com um sorriso torto, enfiando o anel no bolso como se fosse um troféu. — É, eu sei. Mas um passeio ao ar livre não me mataria, não acha?

A brisa fez as folhas da macieira farfalharem, e uma maçã madura caiu, rolando até parar ao lado do meu pé. Peguei-a, sentindo sua casca lisa e fria contra meus dedos, mas não desviei os olhos de Thomas.

— Precisa ser cuidadoso — Jackson insistiu — Sabe que é mais perigoso para você.

— Estar vivo é perigoso para todo mundo.— Thomas argumentou — O tio avô da nossa mãe morreu engasgado com um caroço de azeitona, e nem por isso vejo os rótulos dos potes de azeitonas com aquelas caveiras bizarras alertando o perigo, nem ninguém recolhendo todas as azeitonas do mundo por causa disso.

Thomas, sempre do contra.

Jackson respirou profundamente antes de dizer:

— Tá, mas a mamãe está procurando por você, melhor ir logo antes que perceba que você saiu do castelo. De novo.

Às vezes, eu cogitava a possibilidade de que a ausência de um coração que funcionasse fosse a razão de Thomas ser como era, mas só às vezes. Meu professor de biologia havia dito que uma coisa não se correlacionava à outra, mas ainda assim, uma parte de mim se agarrava a essa ideia.
E, apesar de entender que ele precisava ser cuidadoso se não quisesse bater as botas, pensava que talvez ele realmente precisasse ver a luz do dia uma vez ou outra — fora do castelo, sob o sol, com o vento soprando levemente.

— Chispa! — reforcei o pedido do Jackson, apontando na direção do castelo.

Thomas hesitou por um momento, mas então virou-se, os sapatos afundando na grama macia enquanto caminhava lentamente de volta. Ele já havia feito o suficiente por um dia — jogando uma lagarta em mim, me comparando a ela, e agora confiscando o meu anel.

— Devolve o meu anel! — gritei mais uma vez, mas ele apenas ergueu uma das mãos em um gesto despreocupado, sem nem olhar para trás.

— Eu devolvo depois — respondeu casualmente, com aquele sorriso insuportável no rosto, antes de desaparecer entre as árvores.

O silêncio voltou a dominar o campo, quebrado apenas pelo som suave das folhas ao vento e pelo ocasional canto de um pássaro distante.

— Seu irmão é inacreditável — resmunguei, voltando a me sentar sobre a toalha.

— Ele é maluco — Jackson concordou, sentando-se ao meu lado. — O que trouxe?

— Trouxe alguns doces e frutas e... — comecei, abrindo a cesta e retirando os itens cuidadosamente embalados. — Esses livros para ajudar você a estudar.

O sorriso que havia se formado no rosto de Jackson desapareceu instantaneamente, como um castelo de areia sendo engolido pela maré.

— Francês, de novo? — Ele suspirou, o desânimo era mais do que evidente em sua voz. Dizer que Jackson estava desmotivado seria o eufemismo da década.

Ele pegou um dos livros com relutância, folheando as páginas sem entusiasmo enquanto o sol criava pequenos pontos de luz que dançavam sobre as capas.

— Sua mãe me contou que você voltou a ter dificuldade, e que você recusou um novo professor de francês — esclareci, tentando manter o tom leve. — Vamos. Quanto antes aprender, mais cedo se livra disso.

— E se eu só me livrar disso? — Ele abriu um sorriso insinuante, como se estivesse testando minha paciência.

— Deixa de ser banana, Jackson — retruquei, jogando uma maçã em sua direção.

**Gollum é um personagem da trilogia O senhor dos anéis e do Hobbit do lindo do Tolkien**

Aprovada no capítulo de hoje? Espero que sim porque embora curto, está muito fofo, não acham? Eu me divirto muito escrevendo as lembranças da Isla criança.

Isla era um terrível com o Thomas, sim.
As vezes é difícil defender ele viu, mas fico sempre com dó.

O que acharam das interações?

Thomas é um sapo ou um Gollum?

Jackzinho sempre foi um príncipezinho então?

Próximo capítulo começa o campeonato, o que acham que vai acontecer?

Memes com spoilers


Ta chega kkkkk volto semana que vem.

Beijo e queijo. Fiquem com Deus.

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