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14 - Gaiolas e adesivos fosforescentes

Não são luzinhas o suficiente.

Ainda é dia, mas quando a noite chegar irei precisar de uma fileira inteira em cada parede do meu quarto, talvez algumas no teto.
Deve ter tomadas o bastante por aqui, eu afastei os móveis e contei oito.

— Não encontraram mais nada? — questiono quando olho o fundo da enorme caixa cúbica feita de papelão, em cima do baú em frente a minha cama.

Cecília e Lenna fazem que não.

— Procuramos entre a decoração de natal do ano passado, em todas as caixas e foi tudo o que achamos — Cecilia explica, desenrolando os fios — Precisa de quantas delas, milady?

Levo os olhos para o ninho de luzes em suas mãos e para as paredes altas e compridas desse cômodo, antes de responder:

— Talvez de alguns metros.

Pode estar parecendo mais uma das minhas atitudes drásticas, só que dessa vez estou agindo em combate a elas.

Noite passada não tive sonhos ruins, ao menos, não da maneira mais convencional. Foi muito estranho.
Meus olhos não viram nem desviram algo exatamente. Tive uma sensação; uma sensação sombria, como se eu estivesse no fundo de um lago escuro, sem voz para pedir ajuda ou força para nadar até a superfície. Não tinha som, eu não conseguia enxergar, tampouco me agarrar em alguma coisa.
E, quando acordei na madrugada ainda não havia luz, a não ser uma penumbra causada pela claridade dos postes nos jardins do palácio, atravessando as vidraças das janelas.

Devo ter alucinado com uma silhueta escura correndo na direção da minha cama. Foi uma bobeira da minha cabeça, porque desapareceu assim que eu acendi o abajur.
Estou farta desse repertório de assombrações, teria escolhido outro pesadelo se eu pudesse.

— Caso queira, podemos pedir para o Bexley comprar mais dessas luzes, ele saíra daqui há uma hora, irá no centro da cidade com a Constance — Lenna sugere me fazendo assentir sem pensar duas vezes.

— Isso seria ótimo, obrigada — Pego a caixa de papelão e a coloco no chão antes de me sentar em seu lugar — Podemos manter isso entre a gente? — Meu olhar oscila entre as duas.

— Com exceção do Bexley e da Constance, para quem contaríamos? — Cecilia questiona, parece não entender.

— Esse é o espírito. — Lenna curvou os lábios, colocando uma mão do ombro da garota que retribuiu o sorriso.

Espero que não me entendam mal, não acho que irão fazer fofoca, não de propósito.
Os funcionários do palácio comentam muito entre si e com certeza isso chegaria aos ouvidos de todos que aqui habitam.
As pessoas ao meu redor carregam um ar de: "Ou você tem dezessete anos ou tem medo do escuro", e a minha idade tem sido ótima para descobrir que é possível ter dezessete anos e ainda assim ter medo do escuro.

Quando eu tinha apenas oito não me importava tanto assim, apesar de acreditar que existiam monstros em todas as partes: debaixo das camas, atrás das portas, cortinas, dentro das banheiras e armários.
Não fazia ideia de como eles eram, se eram criaturas grandalhonas, peludas, se tinham olhos brilhantes e dentes pontudos. Por isso, estabelecia alguns acordos; se fossem bons, poderiam ser meus amigos, do contrário, eu estava pronta para qualquer batalha.
Foi nessa época que Harry e Lenna me ajudaram a colar adesivos que brilhavam no escuro nas paredes do meu quarto em Belleville.
Rosana possivelmente via aquilo como uma tontice que não combinava com o papel de parede, e talvez fosse, mas, de alguma maneira, me sentia acolhida e mais segura por causa daquelas estrelinhas fosforescentes bem bobas.

Algum tempo depois, a casa foi redecorada novamente. Rosana era incansável quando se tratava de mudar as coisas de lugar, modificando tudo do chão ao teto, às vezes ao ponto de eu não reconhecer as salas por longos períodos.
A única coisa que ela não tirou do lugar foi a pintura do meu pai. O quadro permaneceu em cima da lareira até o dia em que se transformou em cinzas, como ele.

O ponto é que não posso resolver os meus problemas com adesivos fosforescentes dessa vez, e estou ciente de que nem com todos os piscas-piscas do mundo. Meus monstros se tornaram mais reais e bem mais agressivos, e justamente por isso preciso tentar alguma coisa. São as minhas soluções ilógicas para as minhas assombrações irracionais.

Alguém bate três vezes na porta do quarto antes dela ser aberta. Primeiro, surge uma enorme arara de roupas dourada com diversas capas protetoras penduradas, e logo atrás, a Constance, como se soubesse que falamos dela há alguns instantes.

Ela parece cansada, não sei se por empurrar esse cabideiro até aqui, mas é o que parece. Um pouco mais que nos outros dias.

— O que é tudo isso? — pergunto depois dela ter parado no meio do cômodo.

— São seus trajes, milady. Para as festividades do aniversário da ilha e do campeonato Dracma — ela responde, enquanto os conta e anota algo em uma prancheta.

Me levanto e caminho até as roupas datadas e enumeradas.
Pensaram no que irei vestir em um mês inteiro. Como isso é possível?

— Todos eles? — Sinto minhas sobrancelhas se unirem ainda mais quando Constance assente.

Uma das roupas tem a data de hoje, certamente usarei no jantar de boas vindas aos herdeiros dos reinos de Analea e Rovena.
Ainda não tive notícia sobre a chegada deles, e pelo que soube, irão se hospedar no castelo. O tio Albert fez esse convite formal, afinal espaço aqui é algo que não falta

— Ah, claro — Constance suspira em uma notável frustração — Antes que fuja da minha memória outra vez, o Sr.Enoc informou que vossa majestade, o rei Albert deseja falar com a senhorita.

— A-agora? —Dou alguns passos para trás.

— Sim, ele a aguarda no escritório.

A respiração pesa de repente. O que o tio Albert gostaria de falar comigo? 
Talvez queira conversar sobre eu ter pulado do carro ontem à tarde, e eu estou prestes a ouvir outro sermão sobre a minha imprudência, teimosia, desobediência e todas essas coisas ruins que tem crescido dentro de mim como erva-daninha.

Melhor eu acabar com isso de uma vez.

Do jeito que estou, tomo o meu caminho pelos corredores, descendo as escadarias. Não quis passar nada nos olhos para disfarçar as noites mal dormidas, nem mesmo troquei de roupa. Esse moletom que a Harper me trouxe de presente da Disneylândia no ano passado não me deixa nem mais e nem menos confiante. É quentinho, tem um tecido rosa, com uma estampa do camaleão da Rapunzel no peito, só não combina tanto quanto eu gostaria com essa calça jeans azul. Não a usava fazia muito tempo, mas vesti hoje de manhã para disfarçar os joelhos arrebentados. Sim, incomoda quando eu ando, mas é bom, me fará pensar duas vezes antes de pular de qualquer lugar novamente.

Creio que estou preparada, consigo ensaiar a conversa que estou prestes a ter com o tio Albert no percurso até o seu escritório.
Ele estará sentado em sua poltrona de couro, cercado por todas aquelas estantes de livros pesados com as constituições e histórias sobre a ilha, lendo uma pilha de papéis ou assinando documentos, e irá levar pelo menos dois minutos para olhar para mim, apenas reafirmando que é ocupado demais.

Sim, é isso.

Sorrio sem muita vontade para os guardas carrancudos parados no início do corredor de acesso ao escritório, eles não sinalizam que irão me anunciar, então apenas me aproximo da porta de madeira maciça e bato duas vezes antes de girar a maçaneta dourada.

Tudo o que eu previ fugiu completamente das minhas expectativas. Não sei o que aconteceu aqui. Não estou certa se entrei na sala certa. Quem sabe, na dimensão certa.

A mesa do tio Albert não está com pilhas de papéis como o de costume. Na verdade, está uma miscelânea de tinta, pincéis, cola, pedacinhos de linha e madeira.
Seus cabelos desalinhados não contam com as generosas camadas de gel segurando as mechas no lugar. Ele parece ter abdicado temporariamente do terno bem passado e da gravata, e os trocado por uma camisa azul amarrotada, suja de tinta verde e cola de madeira, tudo isso enquanto tenta ajeitar o mastro da miniatura de um navio.
As íris safiricas do tio Albert estão fincadas na módica embarcação, passeando por cada pedacinho da madeira moldada.
Não me lembro da última vez que o vi tão deslumbrado e absorto fazendo algo. Não sei se o já vi assim antes.

Cogito perguntar se a Tinkerbell está precisando atravessar o atlântico, mas não sei se é uma bora hora.

— Queria falar comigo? — Dou passos curtos na sua direção.

Ele pega uma pequena flanela para limpar a cola entre os dedos e põe seus olhos em mim.

— Ainda quero — diz.

— O senhor está bem? — Preciso perguntar.

— Estou, claro, e você?

Faço que sim lentamente, colocando as mãos nos bolsos de trás da calça e terminando de me aproximar da mesa.
Observando de perto, consigo ver escrito na proa "A & A". Suponho que seja as iniciais de Albert e Amelie.

— É algum projeto? — questiono, o assistindo apertar os lábios e confirmar.

— É. Um dos que ficaram no passado.

— Não sabia que o senhor gostava de fazer miniaturas de barcos.

— Antes eu gostava mais, hoje em dia serve como algo que me ajuda a pensar. Quem detesta é o Sr. Enoc, quase sempre preciso expulsa-lo dessa ala do castelo para conseguir fazer qualquer coisa — Acaba rindo, talvez de si mesmo.

— E precisava pensar em algo específico dessa vez?

Ele balança a cabeça sem quebrar o contato visual e permanece em silêncio por um eterno minuto. Parece que é assim que acontece. Dizem que os segundos se arrastam quando você tenta apressá-los.

— Preciso te dizer uma coisa antes do jantar. Tenho sido ausente, eu reconheço, e não somente com você — ele começa.

Sua voz carrega um embargo notório enquanto seus olhos são direcionados para a porta fechada atrás de mim.

— O senhor se refere ao Jack e ao Thomas?

Albert escora na ponta da mesa e eu permaneço como estou.

Por quê fiz essa pergunta? Claro, no manual dos humanos está escrito na seção "A" primeiro paragrafo: "Quando ver uma ferida aberta, jogue sal e vinagre".

— Principalmente — Para minha surpresa ele confessa — Sei que a corte é potencialmente enlouquecedora, e morar no castelo pode ser demais para a cabeça de alguém. Cresci aqui e ainda tenho uma certa dificuldade.

Não, não mesmo. Nem ferrando. Isso é o impossível de todas as impossibilidades. É anti-realidade. Tenho certeza, estou na dimensão errada. Atravessei algum portal no meu percurso até aqui.

— Sabia que antes de me tornar rei, a família real não podia apertar as mãos das pessoas em público? De preferência, em momento algum. Os comprimentos se limitavam as reverências, tudo isso porque um dos reis da minha linhagem tinha germofobia e fez um desses decretos pouco sãos.

Foi o rei Benvólio II, Rosana me fez ler sobre ele. Foi um dos reis menos charmosos já retratados em Verena; ou os pintores da época o detestavam. Sempre o representaram muito semelhantemente com o Sr. Cabeça de batata.

— Uma vez, quando eu tinha doze anos apertei a mão de uma garotinha que visitava nossa corte — ele conta — Foi um gesto inocente, ela não conhecia essa tradição e por um segundo eu esqueci. Meu pai presenciou tudo e ficou extremamente zangado, bem furioso na verdade e... Não é atoa que minha mãe se desfez desse costume assim que pôde.

Ele pausa para respirar e anda para o fundo da sala.

— Tenho pensando muito sobre a corte, sobre as tradições e sobre o Dracma — Abre a boca e a articula como se procurasse pelas palavras porque as que tem no momento não querem sair — Is, você tem sido muito corajosa, deve ser a garota mais corajosa que eu conheço. Eu pedi para participasse do Dracma e sei que foi difícil para você aceitar tamanho favor. Sou imensamente grato por isso, mas... Receio estar aprisionando você aqui. E, não era o plano. Seu pai tinha uma liberdade que eu sempre admirei e acho que dê certo modo cobiçava.

Albert apoia as duas mãos na cintura e recupera o ar com sua atenção fixa no pequeno navio sobre a mesa.

— Isla, seu pai simplesmente velejava ao invés de construir esses barcos minúsculos e imbecis... Para ser muito honesto, acredito que ele chutaria a minha bunda se tivesse a oportunidade.

Suas palavras me atingem como o afasto duro que colide com o seu corpo quando você salta de um carro em movimento. Sobretudo, porque o vi pronunciar a palavra "bunda".

— O que estou querendo dizer, é que... — Albert relaxa os ombros — Se me disser que não deseja participar da competição irei compreender.

Não olho mais para ele e sim para o carpete de uma tonalidade bordô, praticamente um marrom.

Eu queria isso, não? Fugir da competição Dracma, me afastar dos holofotes.
As vozes na minha cabeça berravam comigo, jurando que aceitar participar foi uma má escolha. O que aconteceu com elas? Porquê essa proposta parece cem vezes pior do que a inicial?

— Se não for eu, quem será? — Ergo o queixo para encará-lo.

Pela primeira vez em tempos vejo o rei dar os ombros antes de responder:

— Posso falar com o Dylan Delacourt.

Dylan é maior e o mais obcecado competidor que eu conheço, aceitaria sem hesitar e o pai dele adoraria ver o filho competindo pelo reino. A ideia não é ruim, especialmente se o tio Albert deseja que Verena vença. Depois dos últimos dias e acontecimentos, deve estar achando que não dou conta.

— Acha que não vamos ganhar a competição se eu participar?

— O quê? — Ele franze as sobrancelhas —  Não foi o que eu quis dizer.

— Então porque está sugerindo essa mudança repentina?

— Não tem nada a ver com ganhar a competição, eu só não desejo forçá-la a...— Parou de falar, e esfregou o rosto com as mãos.

— Não me forçou. Eu... — Puxo as mangas do casaco, escondendo os dedos — O senhor fez um pedido e eu aceitei.

Sei que digo que eu não quero, eu nunca quero nada, nunca gosto de nada o suficiente, nunca me empolgo com algo, vivo para detestar os meus dias e não faço nada para consertar meus "amanhãs". Eu faço essas coisas. Sou uma criatura sem objetivo, e, sim, odiei ter aceitado participar do Dracma a princípio. Mas, sentir que estarei sendo útil mesmo numa competição sem pé nem cabeça, pode ter alterado alguma coisa nos meus sentidos.

— Eu quero participar. — Minhas palavras parecem confundir.

Linhas se formam na sua testa.

— Deseja mesmo continuar?

— Sim.

— Certeza?

— Sim?

— Certeza absoluta? — Levanta as sobrancelhas.

— Absoluta. — Assinto repetidas vezes — No mais, acho que já pegaram minhas medidas para os uniformes, então — Sou eu quem dá os ombros agora.

Albert esticou os lábios em algo que se parecia muito com um sorriso.

— Muito bem... — Ele contorna a mesa ao se aproximar.  — Não me resta outra alternativa senão lhe desejar boa sorte, não?

Estendi a mão para cumprimenta-lo e o tio Albert esboçou um sorriso crescente mais uma vez antes de aperta-la.

Não havia nada a mais para ser dito e se tivesse não teríamos tempo, pois o Sr. Enoc logo se teletransportou para dentro sala, enchendo o rei de detalhes sobre a chegada do Chanceler, Sr. Slavic.
Em questão de átimos pode observar os olhos brilhantes do tio Albert eclipsarem, perdendo completamente sua cintilância.

Nesse minuto, estou tentando absorver a conversa com ele, seu gosto peculiar para criação mini-embarcações -imbecis, e minhas suspeitas quase concretas sobre o Enoc Petrovic ser um dementador.

Arrastando meus ossos, percorro os corredores outra vez, caminhando na direção do meu quarto. Contudo, um pouco depois de começar a subir os degraus da escadaria, ouço alguém me chamar.

— Isla!

Seguro no corrimão, recuando em alguns passos e me viro para olhar para o Jack se aproximando.

— Sou eu — São minhas primeiras palavras direcionadas a ele no dia.

Não o vi no café da manhã, nem mesmo o seu irmão. Parece que ambos foram convocados em uma reunião com o conselho de Verena, ainda não sei sobre o quê.

— Eu tive uma ideia... — Jack diz com um sorriso de orelha a orelha.

— E parece muito empolgado com ela. — Comento e ele faz que sim.

— Alteza, preparamos os cavalos — Um homem o comunica, surgindo no fim do salão.

O príncipe estava pronto para me dizer o que queria, mas ao invés disso apertou os lábios e se inclinou para olhar o empregado.

— Obrigado, Oscar. Já estou indo — ele agradece devolvendo a sua atenção para mim.

— Vai andar a cavalo? — Juntei as sobrancelhas.

— Vou. E, estou aqui para perguntar se você gostaria de me acompanhar. Podemos sair e conversar sem que ninguém interrompa.

Estreito os olhos.

— Correndo o risco de soar um pouco óbvia, sabe que temos um jantar importante hoje a noite, não sabe?

Ele apenas faz que sim várias vezes.

— Bem... — Olha para o relógio no seu pulso — Precisamos estar de volta ás cinco. Temos algumas horas até lá. É seguro, eu prometo, nem iremos sair das propriedades do castelo.

— Essa não é a minha preocupação.

— Existem outras preocupações a respeito?

Não digo nada.

Não discutimos tem alguns dias e desse jeito está ótimo para mim. Temo abrir a minha boca e embananar ainda mais as coisas.

Além do mais, estou toda dolorida.

— É só um passeio, Isla. E, pode ser bom pra você.

— Bom pra mim?

— Precisa ver outra coisa além do que enxerga da janela do seu quarto. E... Não sei se conhece todos os cavalos do estábulo, mas o Ringo e o Hermes estão tão animados quanto eu.

Jack diminui a distância entre nós dois quando sobe um degrau.

— Prometo me comportar como um príncipe.

Curioso ele dizer isso, porque se parece com um. Desde os fios de cabelos penteados para atrás, até os sapatos de couro preto polidos.

— Eu espero que sim. — Me elevo em dois degraus.

— Então?

Finjo pensar ao mesmo tempo em que me distancio.

— Irei precisar de uns dez minutos, encontro você no estábulo — Aviso enquanto subo a escadaria.

Levei um pouco mais de dez minutos para colocar uma roupa mais confortável e as botas de montaria. Jack esperou por mim entre os celeiros, acompanhado de dois homens da guarda e dois belos cavalos de pelagens escuras.

— Quer apostar uma corrida? — Pergunto no segundo em que monto em um dos cavalos, Ringo, a propósito.

Jack parou ao lado de Hermes, antes de montar e levantou os cantos dos lábios, num sorriso largo.

— Não sou eu quem deveria estar pedindo uma revanche? Perdi da última vez.

— É, mas, melhor deixar isso pra lá, você possivelmente perderia de novo. — Foi tudo o que eu disse antes de agitar as rédeas e correr rumo a parte de trás da propriedade.

Adoraria ter esperado o Jack e os guardas que irão nos escoltar, mas o sol resolveu aparecer e talvez logo seja coberto por um nuvem cinzenta. Eu não posso perder a oportunidade de senti-lo aquecer a minha pele, enquanto o ar outonal vai de encontro ao meu rosto; não depois de ter saído do castelo.
O som dos cascos batendo no chão e o eco suave dos relinchos dos cavalos é tudo o que eu posso ouvir. E é bom.

— Acho que você enlouqueceu. — Jack parece certo no que diz, e não é num tom pesaroso, ele continua sorrindo.

Não sei se é bom ele pensar que eu enlouqueci. É o que as pessoas tem papagaiado no Salgueiro. Será que ele ouviu de alguma coisa?

— Você que é muito lento — replico, desacelerando. — Pergunta: quando me disse que aprendeu a andar de cavalo na fazenda dos pais do Logan, disse a verdade ou estava só despistando?

— Eu disse a verdade. — Jack se mantém andando ao meu lado.

— Então conheceu o Logan no condado de Lissa?

— Sim. O pai dele era o meu guarda pessoal e trabalhou muitos anos disfarçado de zelador no orfanato em que estive. A intenção era cuidar de mim caso algo acontecesse. Quase sempre o Logan estava por perto e não tinha muitos amigos, então ficamos bem próximos.

— Ele decidiu seguir os passos do pai?

— Mais ou menos. O Sr. Archie morreu um pouco antes dele completar dezesseis anos. Acho que isso o motivou a falar com o chefe da guarda e participar do treinamento.

Logan deve ter precisado de muita coragem, dizem que o atual chefe da guarda colocaria até o tinhoso para correr.

— E, além do Sr.Archie e do Logan, alguém sabia sobre você?

Jack apenas nega com a cabeça.

Seguimos um trilho de terra que serpenteava a campina, e adentramos uma pequena floresta próxima, sem ultrapassar demais os limites do castelo.
Quando os cavalos pararam para comer a grama percebemos que seria uma bom momento para descer e andar pelo lugar.

Jack desceu primeiro, parou ao lado do meu cavalo e estendeu a mão.

— Eu posso descer sozinha — digo, levando os olhos ao seu rosto e depois para sua mão ainda estendida.

— Sei que pode — Ele insiste.

Reviro os olhos, mas seguro sua mão, permitindo que ele me ajude.
Um dos braços de Jack cinge o meu corpo antes dos meus pés alcançarem o chão. Meu coração bate mais depressa, sem avisar.
Não lembro da última vez que estivemos tão próximos um do outro, não sei se devíamos estar tão próximos agora.
Com as íris fixas nas minhas, Jack pisca inúmeras vezes, como se saísse de um estado hipnótico, e me solta aos poucos.

— Muito bem, alteza. — Dou dois tapinhas em seu ombro coberto por um casaco azul escuro.

Afasto o meu corpo, encorajando os primeiros passos pela floresta.

O aroma fresco e o som dos pássaros sobrepondo o barulho de uma leve correnteza é familiar, como uma canção de ninar.
Jack e eu caminhamos entre árvores robustas e paramos á margem de um riacho cristalino; Nele, um pouco a diante, há um pequeno pardal em cima de uma rocha e parece estar bebendo água.

Olhando ao redor, avisto os cavalos e os guardas. Está tudo bem, não tenho com o quê me preocupar.
Não é o mesmo lugar daquele pesadelo. Não pode ser. Se fosse, eu saberia.

Sento em uma grande pedra, de costas para o riacho e Jack faz o mesmo tomando um lugar ao meu lado.

— Vo-você manteve contato com o seu pai? — Decido perguntar, direcionando toda a minha atenção para ele.

— Eu recebi alguns e-mails, algumas cartas. — Ele engole em seco. — De uma forma extremamente sigilosa.

— Deve ter sido tenebroso. — Acabo fazendo uma careta.

— De certo modo.

Acho que nunca parei para pensar que enquanto eu crescia no condomínio mais luxuoso do condado, visitando o castelo frequentemente e próxima do rei, Jack possivelmente dividia um quarto com mais três garotos e brigava por meias furadas.

E, se há alguém aqui que se parece com um zumbi, esse alguém sou eu. O que deu de errado comigo?

— E quanto ao Thomas? Manteve contato com ele?

— Essa parte é um pouco difícil de explicar.

— Sério? — Pendo a cabeça para um lado — Sou uma pessoa inteligente.

O príncipe enche os pulmões de ar e concorda.

— Muito bem. — Diz, coçando a cabeça — Depois que fomos separados do reino e um do outro, perdemos contato. Durante muitos anos eu não sabia se o meu irmão estava vivo, nem aonde ele estava e vice-versa.

— Jura?

— Juro. — Ele umedece os lábios — Quando eu tinha uns quinze anos me transferiram para uma escola na região, e num belo dia, depois da aula, eu estava atravessando a rua e vi o Logan parado na entrada do orfanato que nem uma estátua, completamente assustado. Por um instante achei que algo terrível tinha acontecido, mas quando eu perguntei, ele disse que tinha acabado de falar comigo no meu dormitório. Devo ter levado uns dez segundos para entender, mas quando me dei conta subi as escadas correndo e lá estava o meu irmão. Ele tinha me achado e... Não estava, você sabe... Morto.

Caracóis encaracolados.

— Mantiveram o contato depois disso?

— Mantivemos, em segredo também, claro. Especialmente do nosso pai que ficou uma fera quando... — Jack desvia o olhar por um segundo e limpa a garganta. — Quando descobriu.

— Seu pai não queria que vocês se aproximassem?

— Acho que de alguma forma isso poderia estragar todo o sigilo de ser um príncipe escondido. Além de que não dava para confiar em muitas pessoas, entende? Manter contato com o Thomas foi arriscado por causa disso, ele estava em Analea, o rei Aldrich sabia quem ele era e talvez outros membros da corte. Não temos uma lista de nomes com as pessoas por trás dos últimos ataques, então... Vivíamos dia após dias dando saltos no escuro.

Minha cabeça balança como se eu entendesse, mas não, ainda não entendo.

— E, como o tio Albert descobriu?

— Quando voltei para Serinna, não fiquei no castelo de imediato, eu realmente estava morando naquela pensão para rapazes com aquela geladeira cheia de imãs que você julgou muito eloqüentemente. — Ele me empurra levemente com o ombro — Thomas e eu sabíamos que era uma questão de tempo até os ataques começarem de novo, especialmente com o "herdeiro" voltando para ocupar o seu lugar. Na época ele não podia dizer para ninguém que se chamava Thomas e que era meu irmão, e acabou fingindo ser eu algumas vezes para poder circular por aí. Meu pai o flagrou numa dessas vezes e bom, decidiu monitora-lo de perto. Quem detestou foi o próprio Thomas, é óbvio.

— Seu pai sabia que ele estava vivo?

— Sabia, ele tinha contato com a corte de Analea.

Isso tudo é tão confuso.

— A relação de vocês é tão estranha. — Coloco uma mecha de cabelo teimosa atrás da minha orelha.

—É, e não é para menos. — Jack suspira — Meu pai é um bom homem, eu sei que é, mas acho que depois de perder a nossa mãe ficou totalmente obcecado com a nossa proteção e segurança. Consigo entender melhor agora, mas o meu irmão ainda tem as suas dificuldades.

Sempre que paro para pensar a respeito do Tio Albert e das suas sequências de escolhas entro em conflito.

— Hoje eu vi o seu pai de um jeito que eu nunca tinha visto ele antes — acabo comentando.

— Como assim?

Dobro as pernas para abraçá-las e dou os ombros.

— Ele parecia rodeado de sombras e elas pareciam bravas com ele. — Digo, olhando para frente, observando os guardas passarem as mãos nas crinas dos cavalos.  — Sei pai não parece feliz, está preso num estado de anedonia. Pode ser por causa do fardo de ser rei nessas circunstâncias — Maneio os olhos para o Jack — Não tem medo disso?

Ele estranhou cada palavra, cada sílaba da minha pergunta, sei disso apenas pela maneira como ele me encara.

— Medo? Eu não sei, fui preparado a minha vida inteira pra isso.

— Não sei não, ninguém parece estar preparado para engaiolar a própria alma.

— "Engaiolar a própria alma"? — O rosto dele se contorce em confusão.

— Eu vi o seu pai desse jeito. Ele parece ser um desses passarinhos criados em cárceres, que jamais são soltos porque as pessoas sabem que depois de crescidos, esses animais estão fadados a morrer muito rapidamente na natureza quando libertos. Então, ficam presos a vida toda, para morrer na própria gaiola. E... Isso é horrível.

— De certo modo sim, mas na gaiola ele não estaria morrendo de fome, ou sendo a comida de outro animal.

— Aí que você se engana. — Arrumo minha postura — Não é uma morte física, mas de... de espírito, talvez. Algo assim. A gaiola é o confortável, mas é a mortalha dele! De um jeito ou de outro o passarinho irá morrer, mas somente em um desses casos ele não terá realmente vivido. Você não iria querer fugir, Jack?

— Você iria? — Ele une as sobrancelhas.

— Sem sombra de dúvidas! Eu optaria pela tentativa de escapar do cativeiro e bater as asas o mais alto possível por um curto período, do que viver aprisionada a minha vida inteira

— Não acho que você acredita mesmo nisso.

Jack ficaria surpreso.

— Sim, eu realmente acredito.

— Não acredita não, isso é loucura.

É, de fato.

— É sim. O próprio tio Albert, o Sr. Seu pai, me disse que a realeza é de enlouquecer. A corte é um manicômio embelezado em ouro e pompas. Até as pessoas mais sãs e preparadas como você podem sucumbir, então eu tomaria cuidado, muito cuidado, vossa alteza real.

Jack permaneceu atônito, seus olhos arregalados e a boca ligeiramente entreaberta, me fazem pensar se é uma boa ideia eu continuar falando dessas coisas.
Rosana sempre está me recordando quando pode, que ninguém saí por aí verbalizando suas impressões para os outros, correndo o risco de soar azucrinante e irreverente.

— Eu nunca sei se você está sendo irônica ou falando literalmente — ele finalmente diz.

— Quase sempre a primeira opção, e muitas vezes as duas.

— É, e acho que isso não mudou muito em você.

Inclusive, essa conversa me faz lembrar de um sonho que eu tive outro dia. Eu tinha um passarinho que também era eu, uma parte de mim; Ele tinha até a minha voz, e falava alto, muito alto, falava coisas absurdas e eu me irritei e quebrei o pescoço dele. Bom, o nosso pescoço.
Não vou contar, ele voltou a sorrir e não quero me tornar a "Senhorita arruinadores de conversas".

— Jack... — Giro o anel do meu indicador — Sabia sobre a minha amnésia?

Seu sorriso parece ser carregado pelo vento. Esse assunto parece assombrar todo mundo por aqui.

— Soube quando voltei para a Serinna. A primeira vez que vi você, foi naquele dia, no memorial. Confesso que fiquei um pouco surpreso, você estava... Está diferente. Tudo bem que tinha sete anos a última vez que nos vimos, mas, estava muito mais diferente do que eu imaginava.

Aposto que ele não esperava me encontrar fumando na cripta do meu pai, confesso, era novidade até para mim.

— Lembra da ultima vez que nos vimos?

Ele assente.

— Foi no dia do seu acidente, pela manhã, antes de tudo acontecer.

— E... — coço a garganta — Como foi?

— Você e o Thomas estavam discutindo por causa de alguma coisa, e não era nenhuma novidade, vocês dois viviam discutindo. — Jack olha para o chão, e pausa por um instante como se estivesse resgatando essa lembrança — Fui ver o que estava acontecendo e  eu não me lembro o motivo da briga, mas acabei ficando do lado do Thomas, eu tinha prometido que na próxima briga de vocês o apoiaria, já que ele me acusou de sempre estar do seu lado. E, sim, eu geralmente estava do seu lado porque meu irmão não era nenhum santo. Nesse dia, você surpreendeu nós dois quando disse que não iria mais discutir porque tinha prometido ao seu pai que se comportaria, só que vimos você enfiar a cabeça numa almofada e gritar por quase dois minutos inteiros.

Parece plausível para mim, desde não gostar do Thomas, até a parte da gritaria com a almofada enfiada na cara, mas de algum modo ainda é muito distante.

— Como eu já falei demais, por que não fala sobre você? — Jack sugere, de repente.

Solto o ar preso nos meus pulmões e torço o nariz.

— Não pôde acompanhar na internet? Resumidamente, está tudo lá.

— Me refiro a algo que a internet não sabe.

— Eu não sei, eu... — Mordo uma pelinha do lábio inferior — Eu estava por aqui, indo a chás da tarde, frequentando bailes, sorrindo e fazendo cena porque eu era a "Lady Isla Grant, a futura princesa do país". A minha melhor amiga sempre foi Harper, desde que eu tinha onze anos, embora eu não saiba se sou a "melhor" amiga dela nesse momento. Eu falo três idiomas fluentemente, não sei dirigir, e nem agir como uma adolescente normal.

— O quê acha que um adolescente "normal" faz?

— A maioria podem ter pais divorciados e não assassinados durante a explosão de um avião. Eles com toda certeza não são perseguidos por um bando de loucos que ateiam fogo na sua casa, ou derrubam sinos em suas cabeças. E, algo me diz, que talvez, só talvez não estão "noivos" de um herdeiro antes de atingir a maioridade. E, por mais divertido que seja — Há muito sarcasmo na minha voz, mas não sei se ele entendeu, seus olhos estão arregalados — Acho que eu queria saber como seria bater a porta do quarto durante uma discussão com a minha mãe, ou chorar numa sexta à noite por um idiota que terminaria comigo por telefone.

Jack parece processar cada palavra expelida e refletir sobre elas.

— Se me permite dizer, você e a Lady Rosana tem uma relação muito curiosa — opina — E quanto a parte do "idiota", tem certeza de que isso não aconteceu?

É a minha vez de arregalar os olhos.

— Se refere a você?

— O quê? Não. — Ele parece ofendido. — Eu não, eu falava de outra pessoa.

— Você está brincando comigo, não está? — Não estou mais sorrindo, isso não é possível — Acha que tive tempo ou oportunidade para me envolver com alguém?

— Pensei que você e o Dylan tiveram alguma coisa. — Jack confessa, simplesmente.

Acho que sinto todas as partes do meu rosto se contorcerem.

— Eu e o Dylan? Como pode pensar que eu teria algo com o Dylan?

— Eu sei lá, quando entrei no Salgueiro vocês pareciam próximos e ele falava de você como se te conhecesse muito bem. — Esclarece inclinando o seu corpo para trás — Disse até sobre uma marca de nascença no formato de um coração que você tem no quadril. O que queria que eu pensasse?

Meu queixo vai ao chão.

— Ele contou sobre isso? Eu vou esganar aquele imbecil!

— Como ele sabe dessa marca?

Eu também quero saber, mas aposto todas as minhas cartas na Megan e na Maya.

— Não te ocorreu de que ele pode ter me visto usando, sei lá... um biquíni?

— Ele viu?

— Não! — Me levanto, mas antes não deixo de bater as mãos na pedra que estava sentada.

Começo a caminhar de volta para os cavalos, piso com tanta força que meus pés vão esfarelando as folhas secas caídas no chão.

— Isla, por que está tão zangada? — Ele me segue — Eu não entendo.

— É, eu sei que não.

— Fala comigo. — Jack pede, segurando o meu braço e eu me viro.

— Jack, eu não uso biquíni em público, não usei em nenhum momento da minha vida porque a mídia poderia fotografar e não seria bom para a família real ter fotos do corpo da "futura princesa" circulando por aí! — Avanço na sua direção e ele recua — Para sua informação, eu mal podia me aproximar de garotos, não é atoa que o meu único amigo é o Dylan! Me trataram a vida inteira como aquela que seria a esposa do príncipe e por isso não me envolvi com ninguém. Eu não tinha esse direito porque tínhamos um compromisso um com o outro, mesmo que uma espécie de contrato verbal! Eu estava aqui sendo tratada como uma dama "pura e recatada" enquanto você trocava saliva com a Emma!

Jack me encara atemorizado, seus olhos oscilam entre os meus e os guardas atrás de mim, acho que não sabe o que dizer e ele leva longos segundos até abrir a boca:

— Tem razão, não considerei o quanto pode ter sido difícil para você. Eu não queria deixar você irritada.

— Mas deixou, e se pensar bem, tecnicamente você me traiu. — Cruzo os braços.

E eu falo sério, se a mídia soubesse sobre ele e a Emma, nosso noivado fajuto teria descido pelo ralo.

— Se for pensar assim, tecnicamente, você também — ele rebate.

Pardon?

— Isla, você me beijou e não sabia quem eu era.

— Tudo bem, então eu trai você com você mesmo? — Rio com desdém — Preciso te lembrar o quanto insistiu para se aproximar de mim, apesar das minhas demonstrações constantes de não querer você por perto?

— A culpa é minha por ter insistido?

— Você é culpado por ter mentido! Naquele dia, no lago... Podia ter aberto o jogo ali mesmo.

— Eu não podia dizer a verdade. Era um espaço público!

Sacudo as mãos no ar e fecho os olhos por um momento.

— Argh! Eu estou cansada de reviver esse dia toda vez que decidimos conversar.

— Eu também não tenho prazer algum em falar sobre isso. — Jack funga em frustração.

— É melhor encerrar por aqui. — Digo dando as costas — Eu sabia que isso não ia dar certo.

Sem mais delongas, não insistimos nesse debate infindável, apenas tomamos nosso caminho de volta até os cavalos e retornamos para o palácio.


Olá meus passarinhos fosforescentes. Tudo bem?

Perdão por qualquer erro no capítulo.
Consegui voltar só agora, e não foi por má vontade. Ocorreu que estou em fim de semestre outra vez, e já viu né? Ultimamente escolho se durmo, como, ou tomo banho.
O capítulo está com seis mil palavras para tentar compensar toda esse demora. Gostaram?

Me digam, o que acharam da conversa da Isla com o Albert?

Alguém chuta o que deu nele?

E o que acharam da Isla e do Jack nesse capítulo?

Vocês estão preparados para a chegada dos outros herdeiros? Hihi nem te conto.

Têm alguma teoria sobre o que vai/pode acontecer?

Segue um treco que estava perdido nas minhas lembranças de 2021 do Google fotos:


Isla nesse capítulo:


Eu vi esse meme no Pinterest e achei maravilhoso, porque é isso aqui mesmo:


Não vou prolongar muito mais nas notas finais. Tem coisas que vamos conversar nos próximos capítulos e eu não quero cansar ninguém.

Tentarei voltar o quanto antes, está bem?

Mil beijos e mil queijos. Tiau.

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