Capítulo 15
A boca de Conrad se funde à minha, num beijo fervoroso, enquanto nossos corpos se entrelaçam na cama. Sinto a pressa em sua língua, ávida por explorar cada centímetro da minha boca, ávida por receber tudo o que estou disposto a oferecer.
E eu ofereço a ele tudo que sou capaz, nossas línguas se fundem em um beijo quente e forte que me leva a lugares que nunca estive antes. Minhas mãos deslizam por sua pele macia e seguro-o com firmeza contra meu corpo, como se estivesse desesperado por mais.
Nossos corpos se entrelaçam e o sinto profundamente em mim, arrebatando meu corpo e minha alma, meu coração bate acelerado em meu peito. Nossos olhos se cruzam conforme ele me toma para si e um sorriso cruza seus lábios.
— Você é incrivelmente lindo. — Ele sussurra enquanto seu corpo se movimenta contra o meu.
O tempo parece distorcer-se, dilatando-se como se quisesse eternizar aquele momento de entrega e êxtase. Minha respiração, antes controlada, se torna entrecortada, mesclada aos gemidos sussurrados que escapam de meus lábios. Nossos corpos se movem em harmonia, encontrando-se e se afundando na cama, uma coreografia íntima que traduz o turbilhão de emoções que nos envolve.
Por um momento minha mente parece esquecer qualquer raciocínio lógico, qualquer motivação para afastar-me do homem junto a mim. Mas essa sensação não permanece por muito tempo.
A medida que o êxtase se aproxima, sinto uma tensão crescer dentro de mim, um conflito de emoções que ameaça despedaçar a frágil harmonia que construímos, minha mente começa a focar em todos os erros dessa situação, como se eu tomasse um choque de realidade.
Quando o prazer nos consome e o clímax toma nossos corpos me sinto inseguro, frágil como se já não reconhecesse a mim mesmo. Pensamentos em turbilhão invadem minha mente, meu próprio julgamento, minha mãe, minhas responsabilidades. Talvez Conrad seja realmente uma praga, um tormento que me levou ao caminho do erro e me influenciou a querer coisas que eu não queria verdadeiramente.
Sinto-me esgotado pelas lutas internas que me afligem, pelas barreiras que demoraram a ruir. Conrad mantém seus olhos fixos em mim, devorando cada movimento meu, enquanto tento encontrar clareza em meio à névoa dos meus conflitos.
Recolhendo um fio de coragem, afasto-me ligeiramente do seu corpo, fitando seus olhos intensos que agora parecem interrogar minha alma. Uma tempestade de sentimentos me assola, meu corpo anseia por suas carícias, mas minha consciência é atormentada por julgamento puro e simples.
— Por favor, Conrad, deixe-me a sós agora — peço, afastando-me suavemente de seu corpo, lutando contra meus próprios anseios.
Ele me observa por um momento prolongado, seus olhos penetrantes parecendo percorrer cada fragmento da minha essência. Estou confuso, dividido entre a tentação de ceder à paixão e a voz da razão que ecoa em minha mente, lembrando-me das consequências que podemos enfrentar.
— Conrad, prefiro que não haja mais contato entre nós. Não quero criar uma situação insustentável. Deixe-me em paz. — murmuro com uma falsa confiança.
Um lampejo de mágoa atravessa seus olhos, mas logo é substituído por uma fúria ardente, que parece arder como labaredas vindas do próprio abismo.
— Claro, deixarei você em paz… Princesa. Caso minha irmã pergunte por mim, diga-lhe que sou um adulto responsável e sei cuidar de mim mesmo. — suas palavras são carregadas de amargura, de um ressentimento que me golpeia em cheio.
Não consigo pronunciar uma única palavra enquanto o vejo se vestir e caminhar em direção à porta, seus passos lentos, porém determinados. Desejo, desesperadamente, chamar seu nome mais uma vez, dizer algo que mude o rumo desse momento angustiante.
Não consigo me conter quando chamo seu nome, prestes a pedir desculpas e me explicar para ele. Talvez, possamos dar um jeito nas coisas.
— Conrad… Sobre o que aconteceu hoje… — começo a dizer, mas sou interrompido pela voz rouca e mordaz que corta o ar. Ele não se vira para me encarar, mantendo sua postura altiva.
— Você não estava em si, Maxence. Isso nunca teria acontecido se você não… — Ele para por um instante, soltando um suspiro pesado. — Espero que não precise de mim novamente para consertar suas besteiras. Se precisar, estarei ocupado com pessoas que valem mais do que você.
Fico atônito, sem palavras, enquanto ele sai do quarto, deixando-me ali, envergonhado e culpado. Meu coração se aperta, uma sensação de sujeira e desespero toma conta de mim. Lágrimas molham meu rosto conforme eu me deixo ser afetado pela dor que corrói meu corpo e minha alma.
Não sei se estou triste pelo que aconteceu, por ter me afastado dele ou por ele ter realmente ido embora. O que eu deveria fazer nesse momento, quando me sinto sujo e rejeitado? Quando algo que foi tão avassalador para mim pode ter sido só uma noite para alguém como ele? A quem posso recorrer quando sou tomado pela vergonha dos meus atos.
Condenei minha alma por alguém que sequer achou isso especial, alguém que foi procurar alguém melhor. Como fui me meter num erro tão grande? Sou realmente muito burro para alguém que estuda tanto.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro