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Uma nova chance - Capítulo 38

"Ele vê nossa tristeza, Ele sente nossa dor
E em nossa fraqueza, Ele é forte
Ele carrega o peso de todas as nossas falhas
Grande é o nosso pecado, mas maior é a cruz"
(Jeremy Camp)

Yasmim

Após Caleb ter sido rude comigo quando apenas tentei ser gentil, decidi que não iria mais me preocupar com nada que lhe diga a respeito; e, por incrível que possa parecer, não tenho me afligido por conta de suas palavras ferinas. Toda a vez que ele se encontra em meio a alguma calamidade, faz questão de deixar-me partir, assim como quando ele perdeu parte de sua memória. Virei-me e percorri o mesmo caminho de volta que me fizera chegar ali, deparando-me com Violetta. Ela verbalizou comigo por poucos instantes e depois seguiu para o lugar do qual eu havia me distanciado. Daianny não comentou nada durante a caminhada. Estava já com pouco apetite, mas mesmo assim seguimos para o restaurante e nos alimentamos. Depois, voltamos para a galeria e eu me foquei somente no trabalho que, aliás, faz-me lembrar que preciso pintar novos quadros, no entanto pouca me é a inspiração esses dias.

Agora são pouco mais das seis da noite e aqui estou eu bebericando um café quente, contemplando a rua, essa com o asfalto bastante umidificado pela chuva que caíra há poucos instantes, mesmo que na janela haja respingos de água que ofuscam a vista. Ainda entretida, uma garota passa por mim e faz um pedido a atendente e, por os outros assentos estarem ocupados, a jovem se assenta na mesma mesa que eu.

— Boa noite. Será que posso me assentar aqui por alguns minutos? — pergunta, sorrindo.

— Sim. Não há problema algum. — Sorrio de volta, ainda encarando-a. De óculos, cabelo preso e com um tom castanho claro, cobrindo parte do rosto com o capuz do casaco que veste, toma seu café sem pressa, porém, ao mirá-la, uma pessoa me vem à mente, então para não ter dúvidas decido perguntar-lhe o nome.

— Você se chama Victoria? — questiono e ela me fita, pondo a xícara sobre a mesa, surpresa com a minha indagação.

— Sim.

— Sou Yasmim, Yasmim Lahanna. — Sorrio para ela, estendendo a mão.

— A pintora? — Aperta a minha mão.

— Sim.

— Nossa, muito prazer em conhecê-la pessoalmente.

— O prazer é meu. Tudo bem com você? — pergunto, bebericando mais uma vez.

— Na medida do possível — diz.

— Por que se escondes tanto? — questiono, por ela estar olhando para os lados em demasiado, levando-me a crer que está preocupada.

— Ah, não quero falar sobre isso — diz, levantando-se.

— Não irei julgá-la — digo, segurando o seu braço. — Podemos conversar só por um momento? — Encaro-a e ela me olha pensativa, reconsiderando a assentar-se novamente. — Como se sentes com tudo o que aconteceu? — Cruzo os braços.

— Envergonhada. — É bem direta. — A maioria zomba de mim quando me reconhece. Não deveria me importar, mas... Sou filha de um empresário, então...

— Como se ninguém nunca houvesse pecado — respondo.

— É. Você fala como uma religiosa. — Ri.

— Sou cristã.

— Mesmo? Não sabia.

— Há poucos meses. E tem sido maravilhoso. — Sorrio.

— Não sou muito chegada a religião — diz.

— E seu pai? Tem bastante contato com ele?

— Ele nem se importa muito comigo e vive fora com minha madrasta... — Responde, com desdém. — A não ser quando o seu nome está em jogo. Se minha mãe estivesse viva ainda...

— Entendo. É difícil não ter com quem contar. — Observo-a cabisbaixa e com o queixo apoiado pelo antebraço.

— Ela era cristã, assim como você.

— Está nos braços do Pai, é o que importa. — Tento ser sucinta.

— E seu pai... Age como o meu?

— Ele nunca fora assim quando estivera vivo.

— Sinto muito, eu não quis...

— Tudo bem.

— Mas como tu podes entender se nunca passou pelo que passo com ele?

— Certas coisas não são necessárias passar para serem compreendidas; as vezes sentir a dor do outro não significa ter enfrentado.

— Isso não é possível. — Gargalha e mira a janela.

— Jesus sentiu a nossa dor, tomando-as sobre si; morrendo numa cruz por nossa causa. Ele sofreu, vivendo as mesmas aflições que as nossas e por isso que Ele nos entende. Mas sentir a dor do outro, sem passar pela mesma dor, é uma virtude que é nos dada através do Espírito Santo: o amor, mas de uma forma diferente do habitual. Quando amamos, contemplamos além do que vemos exteriormente — digo e ela me encara incrédula, mas nada refuta, então continuo a falar de Cristo, e logo me lembro de uma passagem bíblica que havia lido há poucos dias: — Uma mulher adúltera fora levada pelos fariseus até os pés de Jesus para que ele a julgasse segundo a lei de Moisés; e pela lei ela deveria ser apedrejada, no entanto Jesus disse: quem não tem pecado, atire a primeira pedra.
Eles iriam apedrejá-la e Jesus os pegou na própria astúcia. E olhando para aquela mulher, perguntou-lhe em seguida: onde estão os teus acusadores? Ninguém a condenou? E ela respondeu: Ninguém, Senhor. E Jesus lhe disse: Eu também não te condeno. Vai-te e não peques mais. — Seguro em sua mão. — Todos pecamos, mas Jesus nos dá a chance de pedirmos perdão a Ele, confessando a nossa iniquidade e se arrependendo da transgressão cometida; por amor a nós. Pois não deseja que nenhum de nós se perca, antes que alcance a salvação.

— Isso é...

— Deus veio chamar pecadores ao arrependimento. — Solto sua mão e suspiro. — Medite nestas palavras, está bem?

— É... Tudo bem. — Posso ver seus olhos umidecerem e seu semblante denunciar tristeza e desespero. Levanto e saio do meu lugar, achegando-me a ela e dando-lhe um abraço.

— Há um Deus que te ama, Victoria. Não precisa se esconder com medo do que vão pensar, pois se Jesus não te condenar, não é necessário que te condenem, apesar que estamos num mundo perverso e sabemos que irão querer condenar-lhe. Só vai-te e não peques mais, Okay? — Ao falar-lhe, sinto minha blusa umidecer, pressentindo então que lágrimas são vertidas de seus olhos. — Ficarás bem. — Aliso suas costas e afasto.

— Eu... — Enxuga as lágrimas. — Obrigada — agradece, por fim, e esboça um sorriso tímido e entristecido.

— Deus é fiel. Se você quiser posso te levar para fazer uma visita na igreja onde estou congregando. — Dou a sugestão e ela sorri de bom grado.

— Em qual vais? — pergunta.

— Igreja pentecostal de Covenant. No bairro Rainier Beach, avenida S.

— Um pouco longe né?

— Só um pouco. — Faço uma careta e dou uma leve risada.

— Obrigada, Yasmim.

— Não precisa me agradecer. — Sorrio com imensa felicidade em meu ser. — Bom, preciso ir agora, está ficando um pouco tarde. Boa noite, tchau! — digo, pegando a minha bolsa no assento.

— Boa noite. Tchau! — Acena.

Saio da lanchonete mui regozijada e me direciono para o carro, adentrando, colocando a senha e acionando o carro, fazendo a manobra para ir para casa.

(...)

Caleb

Entro no hospital, indo em direção a recepção para perguntar acerca de alguns dos meus funcionários que ainda continuam internados. Assim que soube que haviam sido trazidos para cá, vim sem delongas, afinal parte de mim eram eles. Meus funcionários nunca foram somente trabalhadores numa determinada função e sim grandes colegas nos quais sempre admirei o esforço e a dedicação, além de terem que me aturar, sem muitas reclamações, o que sempre me deixou satisfeito. Quase nunca os deixei na mão, antes ensinei-lhes tudo o que é necessário como um bom chef e professor já que, até então, dava aula numa escola de culinária, por isso saber lidar com estagiários e demais empregados sempre foi fácil e mui gratificante para mim. Dói ver que dois deles partiram desta vida para outra sem dizer-nos um adeus, no entanto nenhum de nós sabe o dia de ida sem volta, a morte vem para nós quando menos esperamos e o que restam aos que ficam são as lembranças, as saudades dos tempos outroras vivenciados.

— Visitas só amanhã às 15:00h — responde a atendente.

— Certo. — Afasto-me do balcão, seguindo para a saída, retirando-me do local.

Eu estava voltando para meu apartamento, quando decidi ir ao hospital. Mal posso ver a hora de vê-los e ficar a par do estado de saúde de cada um deles. Amanhã será feito o funeral dos dois cozinheiros meus, falecidos, por causa da explosão e, claro, não deixarei de comparecer ao cortejo fúnebre e ao enterro.

Após deixar o hospital, sigo para o apartamento. Depois de cerca de meia hora, chego em casa com um pouco de exaustão, necessitado de um banho e de um ótimo sono, porque o dia tem sido longo e duramente angustiante. Ao entrar, retiro os meus sapatos e sigo para o sofá, assentando-me no mesmo. Fecho os olhos por um instante, sentindo o vento vir em mim através da janela semi aberta, assim como o breve mutismo que há. O único som audível é dos carros, e, variavelmente das buzinas, que percorrem na pista do lado de fora. Continuo com minha visão cerrada até adormecer lentamente...

O sol raiava na linda manhã que se seguia e debaixo de uma árvore eu via uma mulher segurando uma criança nos braços e, do lado dela, eu segurava a outra: um garotinho.

No horizonte, um rio com águas cristalinas, e as crianças se soltavam dos braços da minha pessoa e dos da mulher. As crianças corriam em direção ao rio e brincavam na margem, lançando respingos de água um no outro, até que me ouvi dizer algo:

— Deus não poderia ter nos dado coisa melhor. Nossos filhos são lindos igual a você. — Beijei-a na mão. As crianças possuíam cabelos castanhos e lisos. A garota estava com o cabelo solto e com franja; quanto ao seu sorriso, era perceptível alguns dentinhos faltando. Ela se encontrava trajada com uma saia de xadrez na cor cinza e blusa de tom rosa bebê com um dizer bíblico na frente. Já o menino, estava com um short azul e uma camiseta creme com detalhes em azul nas bordas e os dois tinham um olhar semelhante. Eram gêmeos fraternos.

— Eu te amo! — disse ela, encostando sua cabeça na minha.

— Eu também amo você, Yasmim.

Ao dizer isto, tudo escureceu e um som de relógio balançando começou a soar e eu acordei.

Desperto, esfregando os olhos e me levanto, bocejando. É a quinta vez que eu tenho o mesmo sonho, de toda e igual forma. Busco não pensar muito nisso e vou para o quarto pegar os meus pertences e me dirigir para o banheiro, tomar um banho e jantar depois. No entanto, antes que cogitasse isso, meu celular toca e eu retorno apressadamente para a sala, pegando-o em cima do sofá.

— Alô? — Atendo.

— Caleb? Sou eu, Natan. Desculpa não ter te ligado antes.

— Eu é que quero te pedir desculpas pela forma como falara pela manhã contigo.

— Está tudo bem. Eu soube o que aconteceu, e até saiu no jornal da cidade. Eu sinto muito. O que precisar, estou aqui.

— Obrigado, mano.

— É sério, estou aqui para o que der e vier. Depois dou uma passada aí. Aliás, em qual casa estás?

— Apartamento.

— Ok, então. Até mais. Boa noite, irmão.

— Boa noite. Obrigado, Natan. — Encerro a chamada e respiro fundo.

Ele sempre é um bom amigo.

(...)

Após jantar, vou para o quarto e me jogo na cama, deixando ligado, por alguns instantes, o abajur, e ponho-me a fitar o teto.
Procuro entender tudo o que me houvera acontecido, porém não encontro resposta alguma e nem mesmo o porquê sonhar com ela, logo aquela que parece fazer minha vida virar pelos avessos. Olho para o lado e pego o celular que havia deixado em cima da cômoda e telefono para meu pai. Meu objetivo principal é lhe contar o sonho que tem me atormentado, ao invés de guardar para mim. Talvez assim eu pararia de sonhar coisas surreais.

— Pai?

— Sim, meu filho. O que houve?

— Será que posso desabafar algo por alguns minutos?

— Mas é claro. Sou todo ouvidos. O que tens a me dizer?

— Eu... Tive um sonho, no qual é a quinta vez que o possuo e não consigo entender.

— Diga...

Começo a contá-lo, parte por parte, e tudo o que ele me diz é 'hum'. Ao finalizar, do outro lado da linha, meu pai fica em silêncio enquanto eu, ansioso, estou esperando uma resposta, até que ela vem:

— Filho. Talvez seja um aviso ou algo que vai acontecer no futuro.

— Não tem lógica, pai! Eu e ela nem estamos juntos e quando nos encontramos é o mesmo que estar em um pesadelo. — Cubro-me com o lençol.

— Isso é verdade, mas... Minha nossa! Pesadelo? — Meu pai brada do outro lado da linha. — Vocês jovens realmente são um problema. Porém as coisas podem mudar, e é, claro, que parece depender de você. — Suspira. — Não permita que o amor passe por diante de seus olhos novamente. Corra atrás, meu filho, e não jogue a oportunidade fora, pois ela pode não voltar.

— Pai, eu não a amo. — Fico incomodado e me sento na cama.

— Será que não? Mas pode vir a amá-la como da primeira vez, isso se se dedicares a conquistá-laEu ainda acho que verei meus tão sonhados netos e que vocês dois podem recomeçar, mas o tempo está acabando.

Ouço suas últimas palavras e meu coração dispara. Estou eu tendo uma nova chance de mudar, de recomeçar e posso perdê-la?

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Dedicado a
LeleRamos123

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