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Um passeio entre amigos - Capítulo 20

"Me dê noites de solitude
Vinho tinto, apenas um copo ou dois.
Me dê alguma coisa divertida para fazer"
(Brooke Fraser)

Caleb

Meus dias têm sido bastante exaustivos e infelizmente não tive tempo nem para fazer uma visita a meu pai. Além disso, sinto saudades de Rebecca, mas não posso fazer nada a não ser ficar com ela: a maravilhosa, ou seria péssima, saudade. Eu não deixaria todos os meus empreendimentos para ir a Dubai como Rebecca desejava que eu fizesse. Eu quero ficar com ela, mas aqui e não lá.

Faz duas semanas que fui com os colegas de ensino, da escola de culinária, para a viagem de negócios e foi esplêndido e mui cativante. Conhecemos pessoas um tanto incríveis e com trabalhos excelentes. Joseph ficou maravilhado com todo o relatório que fizemos e, claro, com a grande parceria que conseguimos fazer perdurar por muitos anos.

Essa semana, Joseph planejou dar uma folga a todos os funcionários da escola; uma pena que não possuo a folga que eu queria porque ainda sim tenho um restaurante para coordenar, mas caso eu não esteja muito ocupado irei ao passeio que ele decidiu fazer com todos nós, além de convidar uns amigos de uma outra empresa, mas não de culinária e sim de artes, que também é seu forte. Ele ainda não disse exatamente qual, mas outro dia o vi numas das páginas do jornal da cidade ao lado de Yasmim. Pondero, então, que seja ela e isso me angustia um pouco, pois, se for, o melhor que eu posso fazer é manter certa distância dela.

Também tenho conversado um pouco com Natan por esses dias. Não havia um diálogo que não acabassemos tocando no nome: Violetta. Eu permanecia na tentativa frustrada de contar minhas lamúrias e me tornava o conselheiro amoroso sendo que nem minha situação amorosa tem sido uma das melhores. Porém ele é um bom amigo e o que mais desejo ver é ele e minha irmã juntos de maneira definitiva. Apoio muito o namoro deles dois, se vier acontecer, porque do jeito que Violetta é rude e extremamente orgulhosa, convenhamos que é um esforço e tanto.

— Caleb?

— Fala, Joseph! Vamos ao passeio ou já desistiu? — pergunto, à medida que ponho o caderno de chamadas na gaveta.

Precisei vir na escola para trazer alguns papéis e colocar no caderno de notas o resultado das provas dos alunos.

— Claro que vamos! Já programei tudo. Não é só os alunos que podem passear, não. Nós também podemos — diz, abrindo um sorriso largo.

— Verdade. Acho que consigo ir. Estou avaliando deixar o vice-chefe tomando conta de tudo no Magnum's — cogito. E se pensar bem é o melhor que posso conseguir ainda que eu seja mui apegado à cozinha.

— Bom, bom. Fico feliz que você pretende ir — diz. — Vocês sabem que irei levar umas convidadas, certo?

— Sim.

— Conhece a galeria Lasmine?

— Conheço. — Acho que meus temores são corretos.

— Pois é, elas são de lá — fala.

— Legal. — Limito-me a responder.

Creio que ele não faz ideia de que nós já nos conhecemos mesmo que de vista, eu diria.

— Bem, agora estou de saída. Mais trabalho a fazer. — Suspira. — Tchau, Caleb. Ah! Vai ser sábado que vem — diz, referindo-se ao passeio e eu assinto.

Acho que dá para mim preparar mentalmente para vê-la em minha frente no sábado.

Após a sua saída, sou eu quem me preparo. Arrumo minha mochila e me ponho a ir porta afora.

Quando saio, ao invés de pegar meu carro, prefiro andar pela rua, o que não deixa de ser um ótimo exercício para as pernas. Há momentos em que eu me sinto um sedentário, pois nem na academia tenho colocado meus pés.

Continuo a andar até me deparar com uma cafeteria e, como o tempo está mais frio, é uma boa hora para um café.
Adentro a porta e miro ao redor percebendo que não há muita gente. Logo, me acolho em um lugar vazio, trago para perto o menu e escolho um expresso.

— Expresso saindo. — A moça brada.

Nesse meio tempo de espera, acabo tendo uma sensação estranha que nunca senti antes: de que já estive aqui muitas outras vezes e isso me incomoda um pouco. Mas me recordar, está longe disto. Talvez eu pudesse desejar que minhas memórias regressassem, contudo poderia conturbar ainda mais a minha vida atual e eu não gostaria que isso acontecesse. Sendo assim, prefiro como está. 

Depois que me retiro da cafeteria, faço o mesmo percurso de volta até meu carro e, após isso, para o meu local de trabalho.

Ao chegar, deparo-me com Alicia: uma das minhas melhores funcionárias e a servente-chefe do meu estabelecimento; além de ser alguém em que eu posso confiar, apesar que vive me chamando de senhor. Está para lá dos 40 anos e continua sendo maravilhosa, com seus poucos fios grisalhos e covinhas nas bochechas.

— Bom-dia, Alicia! — digo.

— Bom-dia, senhor. Como vai o senhor?

— Estou bem e você? — Sorrio para ela.

— Vou bem, sim senhor.

— Os outros já chegaram? — questiono.

— Sim, sen... — Interrompo-a.

— Sem mais senhor, Alícia! Eu não sou velho. Quantas vezes eu já disse que é somente Caleb, an?

— Desculpe, Caleb — diz, com um sorriso nos lábios.

— Deixa eu ir agora para o melhor lugar: minha cozinha. — Dou um passo e volteio para olhá-la.  — Ah! E esse lugar está com um cheiro muito agradável! Acho que vou contratá-la para trabalhar em minha casa — digo, risonho, e ela sorri.

— Caleb, muito obrigada pelo lisonjeio. Agora vá que sua cozinha o espera.

— Ok, minha bela — digo e vou ao meu lugar preferido.

Ao adentrar na cozinha, vejo que o pessoal já está começando a agilizar as coisas ainda cedo e isso é bom. Gosto da dedicação que eles têm.

— Bom-dia, chefe! — dizem em uníssono.

— Bom-dia, gente. Como estão?

— Bem! — dizem em uníssono, novamente.

— Algo novo para o cardápio, senhor Caleb? — pergunta, Guilherme, aproximando-se de mim.

— Sim. Mas é claro. Degustaremos de dois pratos italianos, mas com um toque leve que diferencie um pouco da receita original, certo?

— Certo! — diz, Guilherme.

— Vão ouvindo pessoal! Hoje iremos colocar em pratos especiais o espaguete a bolonhesa e rigatoni a matriciana! Agora ao trabalho!

Minutos depois, eu observo o que eles fazem e é claro que eu também preparo os aperitivos.

— Hum... Quase bom. Um pouco mais de sal cairia bem — digo para um dos meus cozinheiros, após experimentar o recheio.

— Certo — responde.

Em seguida, eu começo a mostrar como se prepara os cardápios especiais. No mesmo instante, uma garçonete brada na cozinha.

— Mesa quatro pedindo fast food!

— Saindo! — Um dos cozinheiros prepara o aperitivo.

— Mike, pega aquele pote ali, por favor! — Peço. O vaso que eu quero está próximo do balcão, conseguinte ao que estou perto, que fica mais perto do refrigerador.

— Pra já, senhor Caleb. — Pega e me trás. — Aqui está — diz e eu agradeço.

— Mesa dez pedindo um dos pratos especiais de hoje! — brada, mais uma garçonete.

— Quase pronto...! — Tento dizer para ela, porém não me recordo de seu nome.

— Maya! — diz.

— Ok, Maya. Diga que já está saindo — falo.

— Certo — responde.

As horas se passam, e eu não acabo tendo uns minutos de almoço por conta dos muitos pedidos, e o pessoal não tem parado um instante sequer. Os funcionários da limpeza circulam a todo instante, pois eu não suporto cozinha com sujidade. Logo, há até os que ficam de plantão limpando e lavando tudo que se suja. Outros fazem as demais refeições, e eu cuido de auxiliá-los em tudo. Uma coisa é certa: estou exausto.

— Pessoal! Atenção aqui! — brado e todos param para me ouvir. — Hoje, diferente de dias anteriores, está super lotado. Então, para que se torne favorável para todos, até porque todos estamos com fome, vamos dividir em cinco equipes de seis pessoas. A primeira equipe será....  — Seleciono cada pessoal. — Quando a primeira equipe terminar de almoçar, a outra vai e assim por diante. Ok?

— OK! — dizem em concordância.

Passando-se quase dez horas, estou eu super fadigado. Chego no apartamento bastante cansado; porém todo o esforço valeu a pena e isso já me é o suficiente para me considerar satisfeito. Não  demoro a me banhar e, logo em seguida, deitar-me, pois jantei no meu estabelecimento. Ainda fico meditando sobre o que acontecerá no sábado, pois não sei qual será a minha reação em ver aquela mulher novamente porque, da última vez, encontrar-me com ela foi péssimo.

Entendo que não é somente dela que não me recordo ou de quando a conheci. Muitas coisas anteriores também não consigo memorar. Suspiro fundo ao pensar sobre isso mais uma vez.

(...)

No dia seguinte, o de sempre ocorre tirando o fato de Natan telefonar para mim querendo conversar. Além dele, alguns colegas da faculdade aparecem no Magnum's, porém não tenho muito tempo para dialogar com eles. Não posso deixar meus funcionários na mão.

— Ah! Que cansaço! — exclamo, olhando para Clark, meu vice.

— Verdade, também estou cansadão —diz.

— Conte-me: como vai a família?

— Estão bem. As crianças mesmo, vão visitar os avós no fim de semana. — Suspira. — E quanto a você, quando é que vai casar? Cadê a namorada? — questiona.

— Casar eu quero, mas as coisas estão muito complicadas ultimamente. E agora que ela vai passar quase dois anos longe, segundo ela, aí a situação piorou — respondo.

— Difícil viu, parceiro. Você esperar isso tudo, só amando-a mesmo — diz, dando um leve tapa em minhas costas.

— É, e está aí mais um problema — desabafo.

— Como? Problema? — Arqueia a sobrancelha.

— Pois é.

— Não quero me meter na sua vida, Caleb. Mas da forma como falas, então você não a ama como deveria. Espero que não tenha dado falsas esperanças.

— Não é que eu não a ame. Apenas estou confuso com certas coisas, mas eu não quero iludi-la ou me iludir. Porém o que mais eu poderia dizer a ela senão que iria esperá-la? — digo.

— Um erro muito grande e eu sei o que digo. Já sou experiente o suficiente para dizer que é fácil uma mulher se magoar quando não somos sinceros o bastante. Eu agi da forma como não devia, de uma forma parecida com a sua, e acabei traindo-a, porém eu me arrependi, logo depois, e não foi nada fácil reconquistar a sua confiança — fala, cabisbaixo. — A minha sorte é que ela está comigo hoje e eu não penso em perdê-la de forma nenhuma, nunca mais. Mas no seu caso você até perdeu certas memórias, pelo que eu sei, e, se me lembro bem, sua namorada era a dona da galeria Lasmine. Então, no seu caso, pode ser diferente, o futuro. Nunca se sabe né? — diz, e eu só o olho pensativo.

Volteio o rosto para frente e assinto, cogitando que talvez ele tenha razão. Questiono-me o que pode acontecer se essa Yasmim voltar para minha vida ou lá na frente eu começar a sentir algo por ela, pois eu não pretendo magoar Rebecca.

(...)

O sábado chega e o cansaço me possui, mas, como preciso relaxar um pouco, vou a esse passeio; e parece que vai ser em um hotel no qual não tenho conhecimento do nome. Joseph realmente gosta de fazer surpresas.
Quanto ao Magnum's, já organizei tudo e deixei nas mãos de Clark, então estou mais aliviado em sair um pouco.

Alô, Caleb? Olha, às  09:30h estaremos de saída. Nos encontraremos no hotel South.

Okay. Estarei .Foi a minha resposta.

Não demoro muito a organizar a mochila com algumas coisas que julgo necessárias. Logo ajeito-a e passo as alças por meus ombros. Em seguida, tomo em mãos as chaves da casa e do carro e desço para o térreo, em direção ao estacionamento.

Dirijo o caminho inteiro pensativo e, ao chegar, percebo que todos se encontram já na entrada do hotel. Após achar um lugar para estacionar, pego as coisas e sigo em direção a eles.

— E quem faltava chegou, gente! — diz, Joseph.

— Haha, que engraçado — respondo de maneira sarcástica e sem emoção alguma. — E então... Como começa esse passeio? — pergunto.

— Colocando as coisas nos quartos, pois passaremos o dia aqui. Mulheres em um quarto e homens em outro, já que não passamos de 20 pessoas. Só dava para ser assim, já que não haviam quartos o suficientes para todos — fala, o mesmo.

— OK, então. — Olho para o lado e vejo que Yasmim sequer me encara.

Realmente ela veio, porém seu semblante não é de alguém muito disposta a estar aqui.

— Ah! Daqui a meia hora, vamos fazer uma reunião no quiosque — profere, Joseph.

— Certo. — Uma moça que deve ser amiga de Yasmim responde.

Seguimos então para os quartos e eu fico com mais cinco colegas em um deles. Recordo-me que esse passeio se assemelha à época em que eu fazia intercâmbios. Eu era muito novo na época, mas era semelhante ao que estamos fazendo hoje.

Meia hora depois, nos encontramos no lugar marcado e, é claro, foi a vez de Yuri retrucar:

— Joseph, sem mais delongas, seja direto com relação ao que viemos fazer aqui — fala.

— Ué! Diversão! — Riu. — Esse lugar aqui tem de tudo: Piscina termal, bar, parque até... — E acabamos rindo. — Tem até arte e claro que não iríamos deixar de bisbilhotar a cozinha, também — fala, num sussurro — O gerente e vice-chefe deste lugar é meu amigo e ele nos deu passe-livre para observarmos tudo. Ele quer que tragamos os alunos aqui para realizar um evento com novas culinárias, então decidi trazer vocês aqui. E antes de mais nada convidei duas pessoas muito especiais e estas são  Yasmim Lahanna e Daianny Crussel — fala, apontando para as tais.

— Prazer em conhecê-las — responde Nataly.

— Igualmente. — Yasmim responde pelas duas.

— Vocês são da galeria Lasmine, certo? — questiona, Shia. Ele é um dos mais extrovertidos da equipe de ensino e atrevido por sinal. Retiro os olhos com sua indagação.

— Somos sim — diz, Yasmim.

— Uau! — Se espanta sem deixar de encará-las.

O que ele tanto olha para elas?

— Eu as convidei não só por causa da arte deste lugar, mas pela amizade que tenho com elas também — diz, Joseph.

— Fez bem em convidá-las, Joseph. São muito bonitas — diz, Shia, novamente, e eu sem pensar retruco:

— Tira o olho, Shia.

Neste exato momento, todos olham para mim, deixando-me bastante sem graça.

— O-O que foi? Não falei nada demais. — Tento desviar os olhos e dar de ombros enquanto alguns semicerram os olhos para mim, porém todos gargalham da situação e é quando percebo que ela me encara. Sim, Yasmim olha para mim e sem querer, querendo, encaro-a de volta.

Algum tempo depois, espalhamos-nos pelo salão e observo o quanto o local é incrível. Na medida em que eu olho e admiro toda a beleza do lugar, não percebo que me choco com alguém quando eu dou um passo atrás.

— Desculpe-me! — digo e miro a pessoa que não é nada mais, nada menos que Yasmim.

— Tudo bem, Caleb — responde, indiferente, e percebo que nossos olhos se encontram rapidamente o que me leva a, involuntariamente, abrir um sorriso.

— Não, eu realmente peço desculpas. Eu não a vi. — Busco de forma sincera me desculpar.

— Desculpas aceitas, então. Pelo visto você também está encantado com este lugar — fala e eu arqueio a sobrancelha.

— Estou sim. Não é todos os dias que adentramos às portas de um hotel e vemos uma coisa, quase que de outro mundo — digo e dou um sorriso de canto.

O lugar é magnífico, constituinte de algo semelhante ao estilo barroco. Os toques são finos e rebuscados com caminho para o vintage, dando o parecer de nos situarmos na Europa e ao mesmo tempo numa igreja católica. A arte é esplêndida.

— Verdade. Bom, vou continuar meu breve reconhecimento do local — diz, dando um leve sorriso, um pouco falso eu diria.

— Okay. Nos vemos por aí — falo.

— Nos vemos — diz.

Eu a acompanho com o olhar, mas depois volteio, dando as costas, seguindo na direção oposta, em direção ao elevador, indo para o penúltimo andar. Lá fica a sessão de hidromassagem, estética e piscina termal. Claro que o meu interesse é na piscina termal que é dividida em duas alas diferentes: uma para os homens e outra para as mulheres. Ademais, não está tão lotado quando me achego.

Sem perca de tempo, retiro minhas vestes e fico apenas com a peça íntima. Logo, enrolo-me na toalha branca, pegando também minha saída de banho e levando até as proximidades da piscina termal. Em seguida, desenrolo-me da toalha e a coloco sobre a minha saída de banho. Não demoro a mergulhar, levemente, nas águas quentes e um tanto relaxantes.

Enquanto outros saem, eu fico por mais um curto período de tempo e depois me retiro, direcionando-me para o 5° andar que é onde ficam nossos quartos. Estou tão exausto por causa dos dias de trabalho que acabo me jogando na cama, já que não há nenhum dos outros nela, e adormeço.

Quando desperto, ouço o imenso barulho que os meus colegas fazem e tento olhar com a visão um pouco turva.

— Ficou na cama esse tempo todo, Caleb? — pergunta, Max, o indiferente a tudo.

— Não, mas precisava de um descanso. Já sou ocupado por demais — digo, bocejando.

— Olha, depois que cada um de nós tomar banho, vamos ao clube que tem lá no térreo. Vai querer ir com a gente? — pergunta.

— Pode ser. Estou com fome também — respondo.

— Fome? Espero que só não esteja com esse tipo de fome. Nós vamos ver se encontramos algumas parceiras.... Vai que rola — Shia diz e eu reviro os olhos.

— Já sou comprometido. Boa sorte para vocês, mas não acho que lá vão encontrar alguém para a vida toda —digo.

— Falou o romântico. — Agora desta vez foi Matt a se pronunciar. De tímido não tem nada.

— Só acho que vocês passaram da idade para uma farra — falo, dando de ombros. No entanto, a verdade é que todos estão na faixa dos 30 anos.

— Chamando a gente de velho? Qual é, Caleb? Cadê a consideração? — Lá vem Shia.

— Eu vou. Mas não me envolvam nos seus lances — falo, apontando para ele.

Digamos que eu tenho um bom relacionamento com os meus colegas e muitas coisas são levados na esportiva mesmo quando se fala seriamente.

— Sabe quem ficou no outro quarto? —Shia, pergunta.

— Yuri, Rodolpho, Scott e Dillan. Por quê? — pergunto.

— Nada não. Tirando o fato de Scott ser meio... Você sabe — diz e eu entendo sua especulação.

— Ele parece, mas não creio. Eu o vi de mãos dadas com uma mulher e uma criança uma vez. — Convenhamos que todos acham que Scott é gay por causa do jeito dele. Mas pouco me importa, pois não é algo que tem tamanha relevância para que eu dê atenção. Tenho coisas mais importantes para me preocupar.

— Vou tomar meu banho — digo, suspirando.

— Ei! Eu vou primeiro — diz.

— Ah! — resmungo. — Então anda logo! Falta eu e você se ajeitar, caramba! — exclamou, impaciente e ele dá de ombros.

Alguns minutos depois, Shia sai do banheiro e eu logo pego minhas coisas e entro. Após o banho, visto-me casualmente e, em seguida, pego minha carteira, retirando-me do quarto e descendo para o térreo.

Já no clube, logo sinto repulsa, pois a música alta me deixa tonto. Olho ao redor, mirando muitas pessoas dançando, até que vejo meus colegas  entretidos em um canto, então me achego a eles.

— O atrasado! — fala, Joseph.

— Quase nem vinha. Não enche, Joseph — respondo.

—Uísque, vodka, suco, água? —pergunta.

— Suco. É mais saudável. Não estou afim de me embebedar — respondo, sério o bastante para não ser questionado.

Observo um pouco mais o pessoal e não posso deixar de ver o quanto as meninas interagem umas com as outras. São dez homens e seis mulheres, ao todo, que vieram a este passeio. Melanie, Nataly, Daianny, Angel, Kristany e Yasmim. Pouco as  observo, e todas elas chegam mais perto de nós, após terem um breve diálogo.

— Rapazes, que tal jogarmos? — sugere, Kristany.

— Jogar o quê? — Yuri questiona.

— Que tal um.... Verdade e consequência ou.... Disputa de street dance, break dance ou pop. Quem perder, a cada rodada, toma 3 drinks de uísque — fala.

— Jamais! — Joseph, brada. — Ninguém aqui sabe dançar esse tipo de coisa, ou sabe? — Olha para todos, esperando uma resposta que acaba sendo: não.

— Ah, que pena. Então verdade e consequência? — Kristany pergunta.

— Já passamos dessa fase adolescente não? — pergunto e ela dá de ombros.

— Escolham algo melhor — diz, Shia.

— Ou... Seria interessante — fala, Scott.  — Agora não me venham com qualquer tipo de pergunta senão minha mulher me mata depois.

— Mulher? — Quase todos, dizem em uma só voz.

— Claro que sim! — Scott fala intentando entender o porquê da pergunta.

— Cara, a gente achava que você era... Gay — diz, Shia, rindo e logo Scott ri também.

— Sério? Por quê? — indaga.

— Ué! Seu jeito, ora! — Shia responde, tentando imitar seu comportamento, induzindo todos a rirem, e, repentinamente, eu fito Yasmim e fico admirado com o seu sorriso que, por sinal, é muito lindo.

— Tá, esquece. Vamos curtir —Melanie fala.

— É, vamos — responde, Max, e todos se dispersam no salão enquanto eu me sento próximo ao balcão, percebendo que Yasmim também se senta, mas em uma distância considerável.

Cogito em não me aproximar, no entanto meu corpo teima.

— Yasmim? — Chamo-a e ela me olha surpresa, porém logo sorri amarelo.

— Ah... Oi, Caleb — diz de forma inexpressiva.

— Precisa de companhia? — pergunto.

— Não. Estou muito bem sozinha — diz.

— Sei... Quer beber alguma coisa? Eu pago — sugiro algo.

— Não, obrigada. Aliás, não está tentando flertar a mim, está?

— Não, claro que não! — Arregalo os olhos. — Só estou tentando ser amigável. Mas acho que não estou me saindo bem o suficiente. —Menosprezo-me, propositalmente, e ela ri fechado. —Você está linda, a propósito  — digo, pois realmente ela está.

— Obrigada, mas acho que devia dizer isso a sua namorada.

— É... Mas não acho que isso vá arrancar um pedaço seu. E infelizmente ela não está aqui para que eu possa dizer isso a ela. — Arqueio a sobrancelha.

— Guarde para quando ela estiver, então — responde e eu respiro fundo, tentando manter a pacacidade.

— Não parece que você foi alguém que dizia me amar. Suas palavras frias demonstram sua aversão a mim que nem parece que realmente chorou por mim naquele hospital — digo, sem pensar e ouço o que eu não quero.

— Eu te amei e chorei muito, sim, naquele dia. Mas porquê trazer o passado à tona se nem dele você se lembra? — Engulo em seco e abaixo a cabeça. — Ah! — Ergo meu olhar para olhá-la. — Não estou sendo fria. Só acho que não sou como você que apunhala o parceiro pelas costas. Não vou criar amizade com uma pessoa que fez parte da minha vida e hoje está com outra, achando que tudo sairia ileso. Ao invés de você me dar invertidas e falar este tipo de coisa, seja mais sensato e fiel a Rebecca, certo? — Dá-me uma bela resposta que a única reação que consigo ter é rir.

— Do que estás rindo? — questiona.

— O que me fez gostar de você naquela época? — pergunto, curioso.

— Para que você quer saber? — Rebate.

— Eu te fiz uma pergunta primeiro —falo.

— Não estou afim de respondê-la — diz.

— Então por que eu deveria responder a sua? — digo.

— O que, afinal, você quer Caleb? — pergunta, mas não deixa que eu responda. — Se tu desses de cara com um tronco de uma árvore seria muito legal. Quem sabe até cair dela! Vai que fazia com que suas memórias voltassem? — Sorriu sarcasticamente.

— Obrigado a parte que me toca. Sem falar que correria um risco de me esborrachar no chão e até quebrar um braço ou uma perna, Yasmim. Seu senso de humor é péssimo. Além de que... Gostaria mesmo que as minhas memórias voltassem? — questiono, arqueando uma das sobrancelhas, de forma a intimidá-la. No fundo, estou gostando do rumo dessa conversa.

— Eu não acredito que estou tendo que suportar isso! — esbraveja, levantando-se do banco em que está sentada. No entanto, eu seguro a sua mão e impeço que prossiga em sair dali.  — Caleb, solta o meu braço. — Pede.

— Você não respondeu a minha pergunta — falo e ela olha nos meus olhos, sorrindo falsadamente.

— Não sou obrigada.

— Admite que ainda sente algo pela pessoa que se tornou quase um desconhecido para você? — Indago.

— Não tenho nada para admitir e para mim você não é um desconhecido. Eu que sou quase uma desconhecida — diz e percebo o quanto está nervosa. — Pode me soltar, por favor? — Suplica.

— Não. Só após o que estou prestes a fazer e me arrepender logo em seguida. — falo, sem pensar nas consequências do que estou prestes a fazer por mero impulso; ou seria atração?

— O quê? — pergunta.

— Isso...

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Alguém está confuso quanto ao que sente. certa?!
😚❤

O tal prédio mencionado é totalmente fictício, sem qualquer vínculo com o real! 😁

Votem e comentem! É bastante incentivador.

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