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Lágrimas - Capítulo 3

"Viver é um risco que risca a vida
Que você não arrisca"
(Marcela Taís)

Rebecca

— Muito bem! Agora dê um jeté – salto com as pernas esticadas — Perfeito! — Minha professora exclama enquanto eu permaneço extremamente ofegante, com as mãos dispostas na cintura.

— Rebecca, você tem se saído muito bem em todos os movimentos... Soa algo perfeitamente profissional e você tem um grande futuro mesmo que você não tenha começado o ballet tão cedo — profere enquanto se assenta ao chão para retirar as sapatilhas. — Haverá um concurso de ballet e tem como brinde uma vaga no School of american Ballet na cidade de Nova Iorque. Lá você irá aprender tão bem quanto aqui e ainda poderá participar de vários shows de teatro internacionais e eventos; e ser muito prestigiada; seu talento é incrível! — Conclui, a professora Dinah.

— Obrigada pelo carisma professora. Aceitarei seu conselho — respondo.

Não sei o porquê, mas sinto-me receosa quanto a isso. Sempre foi o meu sonho estar sendo bem-sucedida em minha área, porém, sinto que Caleb não participará de todo o meu percurso. Também assento-me no chão da sala, desfaço o laço da sapatilha, olho para mim, através do espelho que há próximo a barra, e suspiro fundo. Assim que termino de tirar as sapatilhas, vou até onde estão as minhas coisas e abro a bolsa para pegar o meu celular. Quando o ligo, vejo duas notificações de chamada de Caleb. Quase sempre ele me telefona quando estou ocupada e isso me faz rir. E, antes que ele fique preocupado, envio uma mensagem de texto avisando que não será necessário ele vir buscar-me, pois chegarei tarde já que irei visitar uma amiga minha.

(...)

Yasmim

De tanto sentir-me entediada por ficar com as minhas nádegas fincadas na cadeira à maior parte do tempo, visto que não tenho tido tantos afazeres no trabalho hoje, decido ligar para minha mãe e saber como ela se encontra, pois, desde que descobrimos que ela possuía câncer as coisas ficaram bastantes complicadas. Sempre faço um esforço extra na criação de novos quadros para conseguir pagar seu plano de saúde em dia e ainda ter economias para quitar contas básicas da nossa casa. Ela também se esforça bastante, mas, para viver, e isso me estimula a continuar a todo o vapor. Quero vê-la bem.

Alô, mãe? Como a senhora está? Passas bem?

Sim, minha filha! E seu trabalho?

Está tudo ótimo, mãe! Ah, não se esqueça que hoje temos a visita de tia Marie, viu? Ela tinha dito-me na semana retrasada que viria para cá e talvez ia passar uns dias em casa.

Tudo bem, meu anjo. Já jantou? Se cuide!

 jantei sim, mãe; pode ficar tranquila! Logo mais estarei em casa; sairei um pouco mais cedo do trabalho, hoje. Beijos. Te amo.

Eu também, minha filha.

Encerro a chamada e debruço-me na cadeira, suspirando. Realmente preciso ir para casa a fim de receber minha tão amada tia e irmã de minha mãe. Uma das poucas pessoas da família que aparece para nos visitar aqui em Seattle. A maioria sempre está preocupada em alimentar a avareza do que em ter empatia e se lembrar de que existem outros membros da família que necessitam de atenção.

Com o intuito de distrair meus pensamentos com coisas mais sutis, ponho-me a pensar em Jason, que aliás não se situa muito longe da galeria, hoje, por estar realizando uma sessão de fotos para uma revista. Ele trabalha como modelo, então vive se deslocando, até da cidade, as vezes. Questiono-me o que ele pode estar fazendo neste exato momento, além de fotos, porque faz umas duas semanas que não nos vemos. Tenho estado muito ocupada e ele também.

(...)

Caleb

— Pessoal! — exclamo — Todos estão liberados!

— Uh, Valeu chefe! — bradam, o que me leva a abrir o meu melhor sorriso para eles.

— Todos se saíram ótimos! Foram bastante responsáveis e, pela vossa competência, conseguimos uma nota máxima nas refeições. — Hoje havia sido o último dia de avaliações antes da divulgação do resultado final e até então as nossas notas têm sido favoráveis. — Creio eu que iremos ganhar este concurso nacional de melhores pratos da culinária oferecida em restaurantes! — Concluo. O nosso regozijo é tão grande que há até mesmo uma breve saudação de palmas.

— Agora de volta ao trabalho. Vamos terminar o expediente de hoje no ponto — profiro.

De repente, Natan, meu melhor amigo desde a universidade e mais novo que eu um ano, chega no meu local de trabalho com aquela inquietude de sempre e quase sempre por um simples motivo: Violetta. Minha querida irmã caçula. 

— Caleb, amigão! Como vai o trabalho?

— Ótimo! Bem espontâneo. — Tiro o meu gorro. — E quanto a você no hospital? Não anda ouvindo muitas reclamações das dietas não? — brinco com sua ocupação, mas sei que ele é um ótimo profissional da área de nutrição. Se tem alguém que eu recomendo para qualquer pessoa que queira se alimentar corretamente e segundo orientações médicas, é ele. Natan sempre amou a função e a realiza com bastante apreço. De vez em quando, abro o meu espaço para palestras sobre se alimentar bem aqui no meu restaurante e o convido. Quando isso acontece, o cardápio é ainda mais diferenciado do que o normal e recheado de degustações para a clientela. As pessoas prezam por esse tipo de coisa e eu, como gosto de inovar a fim de atrair mais clientes, adoto tais programas alimentícios.

— Não muito. Eu faço o que posso; eu digo o que é recomendável para a dieta de cada paciente, mas pense no sufoco que é para criar refeições criativas devido as queixas de comida ruim ou pouco saborosa. E você sabe que minhas indicações são ótimas.  — Sorri de bom grado e eu faço o mesmo. 

— Sei que são boas, mas convenhamos que realmente possuem um gosto desagradável. — E ele esboça uma careta.

 — Se é para a boa recuperação do paciente pode estar sem sal mil vezes que eu não ligo. E se os meus superiores me permitissem ainda dava um esporro em meus pacientes a fim de acabar com a ignorância — gargalha e eu faço o mesmo.

— Almocei com Violetta hoje, novamente — profere, e eu arqueio a sobrancelha. — Não tem jeito. Parece que ela sempre está querendo me deixar para baixo. Ela sempre fica incomodada perto de mim e não mede palavras para me dar uma boa resposta. É pior que você quando se irrita! — Sorrio.

— Meu amigo lá no fundo ela gosta de ti, nem que seja um pouco senão ela nem almoçaria contigo. 

— Será? — Permanece duvidoso.

— Você junto a ela, fico despreocupado. Melhor ver vocês dois juntos do que a ver com um estranho por aí. E meu pai já gosta de pegar no pé dela, mesmo ela já sendo adulta e alguém que sabe se cuidar.  — Suspiro. — Sei também que ela não se importa com nada que não lhe interesse, então com toda certeza ela tem interesse em sua pessoa. Só não admitiu ainda  — falo.

— Pouco provável. É mais fácil chover canivetes — responde, descrente.

— Me lembro da vez que ela tentou te defender quando um trambiqueiro tentou enrolá-los e ainda colocou a culpa em cima de você. Ela se irritou à beça!

— Ah, mas você sabe que ela só quis me ajudar, eu nem sei como fazê-la gostar de mim! Eu sou ainda seis anos mais velho que ela e ela já me acha velho demais. Imagina só! — diz, Natan, e esboça um semblante de indignação. Vejo a sinceridade em seu olhar quando fala sobre minha irmã, e, conhecendo quem ele era e o que se tornou em questões de maturidade, estou convicto de que seus sentimentos por ela são verdadeiros.

— O que nem parece! Te daria vinte e cinco anos, hermano — respondo. 

Natan esboça um semblante pensativo antes de mirar o relógio de pulso.

— Já se foi a minha hora — profere, baforando —; preciso ir. Vou fazer umas compras ainda, pois o armário de casa já está vazio — fala e dá um leve sorriso. Eu assinto em resposta.

— Okay, vá lá!  — falo.

— Quando puder apareça! — diz, exclamando. Eu apenas sorrio e assinto, logo em seguida. Depois, ponho-me a cogitar mais uma vez o quanto seria uma boa ele ser meu cunhado. Mas realmente minha irmã é durona. Quando se viram pela primeira vez, ela foi tão rude que eu pensei que iam voar panelas.

À medida que estou a pensar nisso, sinto uma vibração no bolso de minha calça. Logo, apanho o meu celular e olho a mensagem que chega, essa, de Rebecca, dizendo que não precisa que eu a busque, pois chegará mais tarde por estar com uma amiga. Suspiro, no término da leitura, um pouco frustrado.

(...)

Yasmim

Assim que dá 08:30h p.m, saio da galeria. Eu já fiz tudo o que era necessário fazer, os negócios, uma sessão de fotos para promover melhor meu trabalho; e isso me deixou um pouco cansada. Portanto, não demoro muito a chegar em casa, porém, ao entrar no nosso lar doce lar, contemplo minha mãe com os olhos mareados.

— Mãe? — retruco — Mãe, o que houve? Cadê tia Marie, não veio?

— Não, minha filha. — fala de maneira chorosa. — Ela sofreu um acidente. Todos que estavam no ônibus de viagem, morreram! Ninguém sobreviveu.

— Mas, como isso aconteceu? — pergunto, aflita, enquanto minha mãe não contém as lágrimas.

— Parece que um caminhão de gás tóxico explodiu atrás deles, e a explosão atingiu quase todo o ônibus, despedaçando-o. Só viu-se os destroços dos veículos próximos ao caminhão. E o que sobrou do impacto da explosão havia caído em um barranco. Oh, Meu Deus! Como isso pode acontecer! — Minha querida mãe chora amargamente, pondo as mãos sobre a face. — Houve feridos de outros veículos, mas sua tia foi identificada como não sobrevivente, e o corpo dela foi encontrado no barranco junto com o de mais duas pessoas. Passou no jornal pouco antes de você chegar filha! — exclama, ainda em prantos.

Eu paro, reflito, assento-me no sofá e permito que lágrimas vertam em meu rosto, porquanto nunca imaginei que chegaria de um dia tão bom, por mais cansativo que fosse, e ouviria uma tragédia; e o pior não é eu, e sim minha mãe. Ela possui HAS – hipertensão arterial sistêmica – e notícias como essas não são boas para ela, pois sua pressão pode aumentar mais ainda. Além do mais, está em recuperação por quimioterapia e, de acordo com os médicos, tem reagido bem, até agora, aos tratamentos, mas nada é certo ainda. Dou-lhe um medicamento de horário e a acalmo, tentando consolar-me também. Infelizmente não tem como nós irmos acompanhar e fazer o reconhecimento do corpo. Prefiro ficar em casa com minha mãe, caso surja alguma mudança em seu quadro e busco telefonar para que um de meus tios vá em nosso lugar. A enfermeira só virá pela manhã; então, não tem como eu tomar as providências quanto ao corpo e preencher os documentos de óbito. Acaba que se torna um final de dia muito triste para nós duas.

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Bjs ❤❤

[Revisado]

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