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Ela é durona! (Bônus) - Capítulo 10

"Porque você é tudo que eu estou procurando
É um prazer
Foi bom ter te conhecido
E eu vou lembrar de nunca te esquecer"
(Chris August)

Natan

Cinco anos atrás

— Preciso de sua ajuda. — Aproximei-me de Caleb e expus meu breve desespero.

— Para? — perguntou, arqueando a sobrancelha.

— Queria que você me emprestasse o carro para eu poder pegar algo que esqueci lá em casa. Esqueci parte do trabalho — proferi, afoito. — Preciso entregar ainda hoje se eu não quiser ficar sem nota.

— Isso é sério? Você não tem jeito. Só falta esquecer as cuecas também. — Ignorei seu sarcasmo e baforei em resposta. — Toma aqui as chaves. — Jogou na minha mão após pegá-las em seu bolso.

— Cara, valeu! Fico te devendo essa.

— E já estava me devendo. Quando é que vai lá em casa, an?

— Não sei. Diga-me, quem mora com você? — perguntei.

— Meu pai e minha irmã. Eu não já te disse isso antes?

— Sei lá... Vou lá, a gente se vê. — Dei de ombros.

— Não arranha meu carro. — Apontou para mim.

— Vou arranhar ele todo e como bônus bater na traseira de um outro carro — falei de um modo zombeteiro e dei as costas, passando por entre a multidão que se acercava de onde eu estava.

Eu possuía o péssimo defeito de esquecer as coisas porque só saia às pressas e, desta vez, meu carro estava em manutenção, então, acabei pedindo o dele emprestado.

Eu e Caleb éramos amigos há um certo tempo e já possuíamos certa intimidade. Eu fazia parte do curso de nutrição e ele cursava o de gastronomia. Éramos a dupla dinâmica do gracejo nos intervalos, apesar de eu nunca ter sido muito bom com entrosamentos. Coisas de universitários. Não tínhamos tanta maturidade e em muitas coisas não mantínhamos a seriedade. Apenas nos divertíamos com os demais colegas e tirávamos a sorte grande de estar com algumas garotas, sem compromisso.

Quarenta e cinco minutos depois, retornei com o resto dos meus papéis em mãos. O corredor estava lotado de pessoas e quase não encontrava Caleb, porquanto ele não se situava na sala de aula.

— Aí, valeu! — Joguei as chaves em sua mão. Ele estava perto de uma porta que dava no vestuário dos jogadores de futebol americano.

Direita, esquerda, puft, paft! Fizemos a nossa antiga brincadeira com as mãos.

— Pronto — proferi.

— O quê? — perguntou, estreitando os olhos.

— Se não tiver problema, depois dessa aula posso dar uma passada lá em sua casa e conhecer a sua família.

— Isso! — bradou, vitorioso, e eu ri de soslaio.

— Como é ela? — questionei acerca de sua irmã.

—Quem? Minha irmã? — diz, erguendo uma das sobrancelhas.

— Sim — afirmo.

— Rapaz... Só você vendo.

— Quantos anos ela tem? — perguntei, bastante curioso.

— Tem 18. Por quê?

— Nada não. Só fiquei curioso.

Pergunto-me se ela é bonita — disse, em pensamento.

— Vou lá agora. A professora Adriana é dose! — falei, revirando os olhos, pois a mesma pegava no meu pé devido ao meu desinteresse em sua aula que era um tanto chata.

— É dose mesmo, o corpo dela é uma super dose — proferiu e eu me espantei pelo seu dito, gargalhando em seguida.

— Tu és malandro, cara.

— Eu? Só estou zoando — riu —; mas convenhamos que se não fosse professora, eu pegava — proferiu e eu sorri de viés.

— Está à flor da pele, hein? — indaguei. — E ainda diz que não é pegador. — Revirou os olhos.

— Fui! Até mais tarde.

— Valeu!

Após as aulas, saímos da universidade e fomos em direção ao carro. O sol ainda refletia em nossos rostos com força e o carro se encontrava bastante quente por ficar exposto ao sol em demasiado.

— Vamos lá.

Caleb destravou as portas e abriu-a, adentrando no carro e eu fiz o mesmo.

— Coloca um som aí! — pedi.

— Espere...

— Ao som de Ashes Remain! Uhu! — Empolguei-me por breve segundos, mas ele mudou de canção me deixando chateado.

— Por que tirou? Deixa aí! — questionei.

— Não cara, vou colocar outra... Calma aí.

Caleb começou a passar por várias canções, o que já estava me incomodando bastante, então retruquei por não ficar mais tempo esperando-o decidir qual música ouviríamos.

— Tu vais ficar apertando esse botão aí até que horas. Olha para frente! Quer causar um acidente? Deixa que eu coloco.

Tomei sua frente e coloquei uma que já tinha escutado outras vezes e que era ótima para pensar um pouco na vida, mesmo que fosse um pouco agitada.

Quase uma hora depois, chegamos no bairro onde ele residia; bastante elegante por sinal.

— Uau! Não sabia que vocês moravam por aqui não — proferi, impressionado com o lugar.

— Bem-vindo a rua D — disse.

Saímos do carro, e deixei ele ir na frente. Chequei-me de cima a baixo para ver se me encontrava apresentável e ponderei que sim.

— Com licença — disse, adentrando os portões. A casa era extremamente grande, com a cor branca se destacando por todo o lugar. Havia um jardim logo na entrada e a porta era de vidro fumê na lateral assim como as seteiras. A garagem ficava ao lado do jardim.

— Pai? — Caleb chamou assim que abriu a porta e alguém respondeu da direção da cozinha.

No primeiro quadrado da sala havia um pequeno espaço com cadeiras acolchoadas e uma pequena lareira. Do outro lado, estava a sala da família ou sala de estar, essa com direito a TV, sofá e demais coisas.

— Oi, meu filho — respondeu, o pai de Caleb, encaminhando-se até nós.

Seu pai tinha o rosto um pouco jovem para a sua suposta idade, cabelos cortados e pouco esbranquiçados. Caleb tinha um pouco dos seus traços, como o olhar; o resto eu cria que tinha puxado a mãe.

— Pai, trouxe um amigo da faculdade para conhecer vocês. Cadê, Violetta? — Ele perguntou.

— Está no quarto. Violetta! — gritou, o pai de Caleb. Ele parou e olhou para mim, estendendo a mão.

— Prazer, meu nome é Jonathan! — disse, com um sorriso de viés.

— Prazer, o meu é Natan.

— Seja bem-vindo, Natan. Dificilmente recebemos visitas.

— Obrigado, senhor Jonathan.

— Somente Jonathan, por favor. Sinta-se em casa.

De repente, vi passos vindo da escada e rapidamente olhei em direção a ela, podendo contemplar uma ruiva de olhos verdes descendo à escada.

— Uau! — proferi em meu pensamento. Pisquei meus olhos várias vezes apenas para ter certeza que era real de tão formosa que ela era. Essa se encontrava com um short jeans branco e uma camiseta de alça, quadriculada. Após ter descido o último degrau, com um olhar bastante sério, mirou-me e logo em seguida, virou-se para Jonathan, seu pai, enquanto eu tentava manter minha compostura para não dizer o quanto me admirei ao vê-la.

— Oi, meu pai.

— Minha filha, chamei-te porque temos uma visita, né? A-amigo do seu irmão.

— Oi — disse, séria, encarando-me.

— Oi — respondi um pouco perplexo com a forma seca que ela falara.

— Minha filha! Mais empolgação né? Este é o Natan. Natan esta é Violetta — disse, Jonathan, apontando para mim e depois para ela.

— Prazer em conhecê-la, Violetta — falei sem deixar de fixar o meu olhar para aquela bela donzela defronte de mim.

— Igualmente — respondeu com uma certa frieza.

— Pai, posso voltar ao meu quarto? Estou estudando — disse.

— Ah... Okay. Pode ir — assentiu, Jonathan.

Olhei-a subindo de volta a escada, mas logo sou tirado de meus devaneios.

— Desculpe, Natan. Ela é sempre assim — respondeu, logo em seguida.

— Sem problemas, Jonathan. Recebi este aviso — respondi, tentando forçar um sorriso.

— Está vendo como sou um bom amigo? — Caleb indagou, zombando de mim.

— E aí, meu camarada. O que faz da vida? — Jonathan, perguntou.

— Estudo nutrição e estou trabalhando em um emprego de meio período num restaurante.

— Legal. Tem namorada? — perguntou.

— Não — respondi.

— Sei... Então, você age como Caleb?

— Como assim? — perguntei, franzindo o cenho.

— Fica com as garotas, sem compromisso.

— É... Digamos que sim — respondi, passando a mão sobre a cabeça.

— Pensei que você seria alguém que iria fazer ele levar a sério um compromisso com uma garota. Você não é um bom exemplo — disse e me assustei ao ouvi-lo dizer que não sou um bom exemplo.

— Mas... Jonathan... Caleb é adulto já, então a decisão é dele. Se ele quiser namorar sério com uma garota, aí é com ele.

— Caleb? — questionou, Jonathan.

— Exatamente — concordou com meu dito. — Pai, não faz essa cara. Eu ainda vou trazer uma namorada para você conhecer. Só não acho que encontrei a pessoa certa ainda, sabe... no qual eu me apaixone pra valer.

— Nossa! Falou como homem agora — respondi, fazendo graça.

— É claro que eu quero uma nora ou um genro, mas ainda não posso contar com minha filha. E também não quero que ela namore ainda, então está tudo certo. Querem comer? — perguntou, Jonathan.

— Aceito. Estou com muita fome — respondi.

— Cara! — disse, Caleb, num sussurro.

— Qual foi? — questionei.

— Você bem que poderia me safar dessa né? Tu sabes que eu não sou o dono da perdição na universidade, já você?

—Eu? Quer dizer... Não tenho culpa se elas gostam de mim — proferi, sorrindo. Também nunca fui de estar num relacionamento sério. Não que eu não quisesse me apaixonar ou até mesmo casar algum dia, mas até então eu não tinha tal objetivo. Apenas queria aproveitar a vida.

— Tu, de tímido não tem nada — disse.

Repentinamente, escutei passos na escada novamente. A garota desceu, encarou-me e eu deixei meu ego fluir cogitando que ela admirou a minha beleza, mas, de imediato, passou séria por mim e parou diante do pai, enquanto eu a segui com o olhar.

— Pai, vocês vão comer?

— Sim, filha. Vamos fazer um lanche. Vai comer com a gente?

— Sim. Deixe-me te ajudar. — Se posicionou ao lado do pai e começou a abrir os armários – de inox – pegando os ingredientes para o tal lanche.

Algum tempo depois, nos assentamos à mesa e, enquanto comíamos, a garota decidiu ser a primeira a se pronunciar.

— Desculpe-me por ser grossa com você, Natan... Não é isso? — disse, Violetta, e por pouco não me engasguei. Encarei-a por alguns segundos e retomei a palavra.

— É, é sim. Sem problemas, garota.

— Eu não sou uma garota — retrucou.

— Para mim você é. — Dei de ombros, até porque ela era nova ao meu ver, principalmente por ter um rostinho de bebê.

— Natan, olha o jeito como fala com minha filhota. Não queira que eu te expulse daqui — disse, Jonathan, e logo fiquei apreensivo.

— Desculpe... — Sou interrompido.

— Estás desculpado — proferiu com ironia.

— Vamos comer em paz, an? — retrucou, Jonathan. 

Após terminarmos a refeição, fomos em direção a sala de estar e Violetta seguiu logo atrás de mim.

— Prazer em conhecê-lo, Natan. — disse.

— O prazer foi meu. Aí, que tal sermos amigos, an? Como irmãos. Que nem eu e seu irmão? 

— Tanto faz — respondeu, dando de ombros e sorrindo por um instante. 

— Você deveria estar sempre sorrindo, sabia? — falei e ela mudou o semblante.

— Já entendi o recado — respondi e dei uma risada de leve. — Pessoal, muito obrigado por me receberem aqui. Foi um prazer conhecer vocês, em especial uma marretinha, um tanto agressiva nas palavras — falei, olhando para Violetta.

— É, eu sou, mas se você continuar com isso eu te chuto onde você não vai querer sentir a dor — respondeu, estreitando os olhos.

— Pelo visto a agressividade se estende as atitudes também e eu não quero sentir dor em lugar nenhum — retruquei com sarcasmo e Caleb fez questão de se aproximar cortando qualquer possível afronta.

— Cara, você é graça. Valeu, por ter vindo. Vamos lá que eu vou te levar — disse, risonho.

— Obrigado, Jonathan, por me receber aqui. Vocês são muito legais.

Abracei-o dando um tapa de leve nas costas.

— Violetta! Passar bem.

— Igualmente — disse, com aquela voz fina e rápida enquanto eu a encarava firmemente — Me erra, agora. A porta é pra lá — respondeu.

— Ah, sim, com toda certeza! Obrigado por me expulsar, praticamente — falei, semicerrando os olhos.

— De nada.

E ela sorriu de soslaio enquanto eu apenas pensei sobre o quanto ela era durona.

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O linguajar deste capítulo é um pouquinho mais informal mesmo.

[Revisado]

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