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Desdenho (parte 2/2) - Capítulo 16


"Você está sempre na minha mente"
(Mandi Mapes)

Oh, my God! Quem diria que isto aqui estaria lotado — digo, comigo mesma.

Eu estou bastante apreensiva e ansiosa ao mesmo tempo, pois sei que em poucos minutos os jurados serão apresentados ao público. Ao se suceder, todos batem palmas; inclusive eu. Há bastantes fotógrafos e jornalistas dos sites de notícias e rádios da cidade, que não ficam quietos em nenhum momento. Após os jurados se colocarem em seus lugares, ocorre a apresentação dos colegas do ramo artístico. Cada um faz uma breve saudação e fala um pouco sobre o seu quadro e, claro, vejo o quanto eles sabem se expressar perante os juízes. Questiono-me se eu irei conseguir fazer o mesmo ou até melhor.

— Agora, apresentando a senhorita Yasmim Lahanna Saints James!

É a minha hora — penso.

Vou em direção a escada e, quando eu estou subindo os degraus, ouço alguns sussurros desnecessários, além de risos baixos. Muitos subestimam o meu potencial.

Suspiro fundo, ergo a cabeça e olho para o púlpito. Coloco minha pasta sobre o mesmo, abro o slide e miro por um momento o povo que está à espera que eu diga alguma coisa. Seus olhares são tão fixos em mim assim como os holofotes, mas não me desconcentro.

— Boa noite a todos aqui presentes. Como todos sabem, sou a dona desta galeria e tenho como sócios: o senhor Joseph e a senhorita Daianny. Apesar de eu não ser uma veterana no ramo artístico, o que eu aprendi durante alguns anos da minha vida foi exatamente para construir tudo isto, em volta — digo, abrindo as mãos em um ângulo de quarenta e cinco graus. — Bem, a peça que escolhi para este concerto, para ser mais exata, foi moldada e pintada baseado em algumas experiências que tive, sendo que essas mexem comigo até hoje. Sendo assim, o foco principal desta pintura é o acaso.

"Para vocês, será que existe o acaso? E se existir, o que ele pode ser? São perguntas simples, não? Mas com um impacto forte; pelo menos em minha pessoa.

Não estou aqui com o objetivo de querer ser a melhor, mas também não posso deixar que uma oportunidade como esta passe por diante dos meus olhos, sem dar tudo de mim. Talvez, alguém aqui goste das minhas obras e outros não. Eu não faço algo para que alguém goste, somente; eu faço por mim, também. Portanto, ganhando ou perdendo, estarei feliz porque há pessoas aí fora que gostam da simplicidade que exponho em meus quadros e não precisei fazer nada além de desenhar com a alma. Para mim, é isso o que mais importa quando amamos o que fazemos. Obrigada" — agradeço ao final do meu discurso.

Desço do palco e contemplo muitas pessoas batendo palmas enquanto algumas poucas me olham com desdém, porém busco não dar importância a isso. No púlpito, eu proferi tudo o que eu queria dizer. Se eu ganhar, ganhei; se eu perder, perdi.

Não perco tempo e sigo para perto de Joseph, que está com um sorriso de ponta a ponta.

— Isso aí, minha princesa! — diz.

— Obrigada, Joseph. E aí, como eu fui? — pergunto, empolgada.

— Bem melhor do que eu esperava — responde.

— Ei! — Dou-lhe uma leve cotovelada.

À medida que os jurados se reúnem e comentam entre si, dou as costas e vou ao banheiro. Ao chegar, deparo-me com algumas moças que me encaram de cima a baixo. No entanto, dou de ombros, olho-me no espelho e lavo as mãos, quando uma se aproxima de mim.

— Quem diria... Flor, tem certeza que não está no lugar errado? Acho que a arte não é para você. — Uma das, profere para mim.

— É para você, então? — Fito-a — Que eu saiba, eu estou no lugar certo, em minha galeria, já você... Não posso dizer o mesmo.
— Sua...

Antes que ela diga alguma coisa, eu a interrompo.

— Nem termine, florzinha. Espero muito que você se comporte antes que eu lhe expulse daqui. Não sou obrigada a ouvir desaforos, não em meu próprio território.

Vejo-a baforar, irritada, e sai do local assim. A jovem aparenta ter uns 26 anos, não é pintora ou coisa parecida, não que eu saiba, e ainda vem querer zombar de mim, expondo tamanha audácia.
Encaro as outras, que me miram atônitas, e na mesma hora se retiram. Quanto a mim, saio, logo em seguida, e retorno para onde eu estava anteriormente quando vejo um garçom passar por mim; logo, pego uma taça de vinho de sobre a bandeja. Dou pequenos goles enquanto ouço a parabenização por todos os presentes e, em seguida, escuto que irão anunciar os três melhores artistas e as obras respectivas. Continuo a bebericar, sem me importar muito com o resultado, até que Joseph se achega a mim e pergunta porque eu pareço estar nervosa e eu apenas digo que eu estou relaxada. É quando eu escuto o meu nome ser chamado, levando-me a fitar o palco, mas, antes visualizo ao meu redor e contemplo meus funcionários se abraçando com um sorriso no rosto, induzindo-me a sorrir também.

— Senhorita Yasmim; suba ao palco, por favor. — Pede, senhor Robert, o manda-chuva de todos os estilos de artes e que transforma os artistas em grandes revelações.

Largo a taça na mesa e sigo em frente.

— E esta foi a nossa segunda colocada, pessoal! — diz, pondo a mão em meu ombro, sacudindo-o.

Tudo bem que eu não fiquei em primeiro lugar, mas mui feliz me sinto, como também surpresa por estar entre os três melhores artistas do estado. Ganho meu troféu, que vai para a vitrine da galeria; sendo assim, tudo está ótimo.

Aposto que foi mais uma coitadinha que os juízes quiseram poupar — sussurram ao meu respeito, porém respiro fundo e passo por eles, avistando Violetta, que vem novamente em minha direção, batendo palmas para mim e vociferando: Essa artista é show, pessoal!

— Violetta! — exclamo, baixinho, até que passa uma infeliz e me critica.

Nem se acha.

De imediato, Violetta põe o pé a fim de que ela caia, aproveitando-se de seu olhar reto com o nariz empinado. Seguro a risada, e todos volteiam seus olhares em nossa direção; e a mulher se levanta, envergonhada, ajeitando o vestido que, aliás, é justo e bastante curto para a ocasião; mas muito brava e encara Violetta, que também a fita, séria.

— Fala mais alto, piranha, quem é que está se achando aqui! — diz, Violetta, praticamente gritando.

— Sua desmiolada! Desde quando deixam entrar por aí qualquer escória? — indaga, a moça.

— E desde quando aqui é lugar para mulher da vida? — fala, Violetta, a ponto de avançar em cima dela.

— Quem você pensa que é para falar comigo desse jeito, pirralha!

— Como é?

— Violetta, não! — brado. Ela estava pronta para socá-la.

A jovem fica extremamente zangada enquanto eu seguro a imensa vontade de rir, porém não posso deixar de manter a compostura, então, se houver qualquer descontrole, eu serei obrigada a chamar os seguranças. E, como se não bastasse, a mulher inventa de apontar o dedo indicador para Violetta, que se aborrece sobremaneira e, pega a mão dela, dando uma virada nada prazerosa.

Olho em volta e há gente achando graça da situação; outros, filmando a cena; enquanto a mim, gostaria de esconder minha cabeça num buraco neste exato momento, mas, quando volto em si, observo Joseph vindo com três seguranças e os tais apartam a discussão praticamente formada. De imediato, puxo Violetta pelo braço e a levo até um canto mais afastado do aglomerado de pessoas.

— Vi, sua doida. Você quer acabar com a minha imagem? Não acha que foi um pouco infantil o que você fez? Eu nem liguei para o que ela tinha dito.

— Desculpa, Yasmim. Fui um pouco infantil, mesmo. Mas bem que gostei... Tem tempo que não me divirto assim — diz, rindo e fingindo olhar ao redor.

— Sua... Você é totalmente o oposto de Caleb, sabia? — digo, rindo também.

— Sabia — responde, sem se importar com a situação que ocorrera.

— Tente se misturar e não procurar brigas, Violetta. Aja como uma adulta, que és.

— Tudo bem, Hanna — diz, chamando-me pelo meu apelido.

— Okay, então.

Voltamos para o meio do salão, recebendo olhares das pessoas que ainda estão comentar, contudo Violetta não parece dar muita importância. Enquanto um rapaz se aproxima dela eu me viro à sua esquerda e sigo a procurar Daianny.

(...)

Violetta

Eu não consigo me controlar quando contemplo alguém querendo menosprezar outra pessoa. Tudo bem que não tenho o costume de me intrometer em assuntos que não me diz respeito, mas essa eu não deixei passar. Ademais, estava com saudades de bater em alguém mesmo. Faz tempo que não vou as aulas de karatê e judô, apesar que o que tenho aprendido é para autodefesa; mas as vezes ignoro esta parte.

Perguntei ao meu irmão se ele viria para a conferência, porém sua resposta foi: não, pois, infelizmente, ele precisou viajar a trabalho.

Como Yasmim disse: "Não procure brigas", então decido passear mais um pouco pelo salão, quando um rapaz se aproxima de mim com um sorriso cínico no rosto, intentando conversar comigo.

— Oi, tudo bem, marrentinha?

— Oi. Não há marrenta alguma aqui. — Reviro os olhos. Uma coisa que eu não suporto são homens oferecidos e o indivíduo é típico deles.

— Tem certeza? Há poucos instantes você estava bem brava — fala.

— Ah, se tenho! E ainda estou brava. — Dou as costas e projeto minha saída, quando ele segura meu braço me fazendo voltear o olhar para ele e semicerrar os olhos.

— Aceita uma bebida? — pergunta.

— Não, obrigada. Prefiro não beber senão fica mais fácil te socar. Não estou afim de papo se não percebeu.

— Percebi, sim. Mas não custa nada — diz, dando uma piscadinha, e eu reviro os olhos, aceitando.

— Não abuse da minha boa vontade — digo, pegando a bebida e colocando goela abaixo.

— Uau! Você é mesmo sem escrúpulos — profere, surpreso. Porém, desdenho novamente. — Você é muito linda, sabia? Fica meio indecifrável esse jeitinho arrogante e rude que você tem, olhando-a a distância.

— Você estava me observando? Não percebi — digo, um pouco surpresa, e ele ri.

— Tem namorado? — indaga.

— Não.  — Sou direta. 

Digo isto e paro para analisá-lo. De perfil ele é o tipo de homem que deixa uma mulher com "borboletas" no estômago. Bem másculo, cabelos pretos e aparados, possuidor de belos olhos castanho-escuros, rosto pouco arredondado com barba rala e mantenedor de um sorriso tentador; entretanto, eu não desejo ter qualquer envolvimento com sua pessoa.

— Que bom! Você é muito sexy — profere, mirando-me de forma maliciosa, e eu o encaro boquiaberta.

— Escuta aqui, sapo! — insulto, apenas para intimidá-lo, afinal sua atitudes me incomodam. — Dirija mais uma vez a palavra à minha pessoa dessa maneira e eu faço questão de te socar.

— Gosto das bravas. E você então, consegue ser ainda mais sexy, agindo assim — sussurra, ao meu ouvido, e se afasta mordendo o lábio inferior.

Que cara pervertido!

— Toma essa! — Esmurro seu nariz e ele põe a mão nele, por sentir dor; e, ao afastar a mão, eu percebo que está a sangrar, porém pouco estou a me importar com o que vão pensar de mim.

— Sua maluca. Você quebrou meu nariz! — vocifera e eu respondo:

— Não foi você quem disse gostar das bravas? Acabou de não aguentar o tranco de uma.

Com um semblante de ironia permaneço enquanto ele se retira de cabeça baixa, envergonhado, creio eu. Alguns que veem a cena, olham-me espantados e eu apenas dou de ombros, mirando o outro lado e visualizando Victoria. Eu não sei o motivo de ela estar aqui, somente estou ciente de que ela não gosta de frequentar este tipo de ambiente. Portanto, por curiosidade, vou até ela e a chamo:

— Vic? Que fazes aqui? — questiono.

— Meus pais queriam que eu viesse a acompanhá-los — diz.

Logo, observo suas vestes e por um milagre dos céus ela está com uma veste que condiz com o momento.

— Nossa! Realmente não te esperava aqui. Faz dias que não lhe vejo. Acho que desde aquela festa da universidade. Não está indo para as aulas por quê? — pergunto.

— Estive ajudando minha mãe com algumas coisas em outra cidade — responde.

Victoria é filha de um dos maiores empresários da região, mas etiquetas não são bem o seu forte e nem o meu. Vê-la ajudando a família nos negócios é bastante surpreendente, porquanto, normalmente, está em lugares mais depravados, curtindo, o que, segundo ela, é o que a vida tem de bom para oferecer.

Bem, eu não contei, mas houve uma festa da universidade, mais precisamente a do mês passado, em que eu fui, onde, enquanto eu tentava me divertir em paz, Vic estava em uma situação constrangedora junto a um rapaz, além de estar bêbada. De certo, extremamente lascivo, mas nada podia fazer a não ser esperar por ela por causa de seu pai, que, por mais que ela seja adulta, insiste em monitorá-la por ser a única filha. Isso, quando não há seguranças de olho nela. Se não pega-os também, o que eu não duvido. Mas é minha amiga e sou quase sua guarda-costas, as vezes. Já a livrei de um aproveitador que queria abusá-la, estando ela bastante ébria. Ninguém diz, mas o meu corpo é mais resistente do que aparenta ser.

— Fico feliz por isso — digo, mirando o relógio de pulso e percebendo que já está tarde.

— Não é para tanto, mas eles estão insistindo que eu honre o legado... — diz, em tom sarcástico.

— Você é boa com cálculos tanto quanto eu e se dar bem na área administrativa. Se não fosse certas atitudes que detonam sua imagem, tu já teria sido convocada há muito tempo e sabe disso — profiro e ela bafora em resposta.

Sendo assim, encerro a conversa e  decido procurar meu pai, Jonathan, que veio comigo; o que foi um milagre, já que ele nunca sai de seu "palácio", e o encontro conversando com Yasmim.

— De volta aos velhos tempos? — Apoio meus antebraços nos ombros de ambos. — Desculpe a falta de educação — digo, risonha. — Pai, o horário. Vamos?

— Sim, minha filha. Yasmim muito bom revê-la — diz, apertando sua mão.

— Igualmente, senhor Jonathan. — Sorri e olha para mim. — Juízo, Vi!

— Certo — digo e dou risada.

Assim que nos afastamos e seguimos andando em direção a entrada principal, meu pai resolve falar algo:

— Yasmim mudou muito — profere

— Verdade. — Limito-me a dizer.
Em seguida, fomos até o estacionamento, pegamos o carro e seguimos para casa.

No caminho, meu pai faz questão de quebrar o precioso mutismo que já estava querendo me fazer cochilar.

— Minha filha, por que você estava quase discutindo na galeria? — pergunta.

— Na verdade, indignei-me um pouco com algo, só isso. Milagre o senhor não ter puxado minha orelha — respondo.

— Você já não é mais criança. Já responde pelos seus atos. Agora não quero saber de você bêbada, presa, ou embarazada*; tirando isso, está tudo certo — diz.

— Eu sei, meu pai.

— Que bom que você sabe. A última coisa que eu quero é que você aja como as demais mulheres que não tem pudor. Nem sua mãe, se estivesse viva, gostaria de vê-la em uma situação como essa. Por isso tentei te ensinar da melhor maneira possível a ser uma mulher decente e espero ter conseguido.

— O senhor conseguiu sim — respondo, sorrindo.

— E Natan? O que há entre vocês dois? — questiona.

Agora tocou na ferida.

— Estamos meio brigados, só isso — respondo.

— Só isso, tem certeza? — pergunta.

— Sim, eu tenho, quer dizer... Pai eu não quero estragar meu relacionamento amistoso com ele. Mas, ele faz questão de insistir que gosta a mais de mim — desabafo, um pouco tímida.

— E você não gosta da mesma forma? — pergunta, mirando-me de viés, sem tirar as mãos do volante e a atenção à estrada.

— Pai! — exclamo. — Eu não sei se gosto ou não — respondo.

— Já peguei vocês dois no flagra antes e o que me pareceu é que vocês se gostam bastante e, agora, você é que não quer admitir.

Legal! Meu próprio pai está contra mim, também.

— Pensei que o senhor não gostasse do fato de ele gostar de mim — digo.

— Não gosto. Mas, se essa for a sua escolha, ficarei feliz. Conheço-o bem para dizer que ele é um homem decente, agora, e respeitador, desconsiderando o fato de se agarrarem na minha sala — diz, passando a mão sobre meu ombro e sacudindo-o, levando-me a ruborizar de imediato. No instante, intento dizer algo, mas me contenho.

— Não sei... — murmuro.

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Nota: embarazada* - palavra em espanhol que significa: grávida.


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😚❤

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