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Desdenho (parte 1/2) - Capítulo 15

"É este o quadro inteiro
Ou isso é apenas o início?
É desse jeito que Tu me amas?
Tu estás capturando meu coração"
(Fireflight)

Caleb

Acho que vou enlouquecer com tudo isto. Tentei ligar para Rebecca várias vezes, mas diz não estar disponível. Ela não veio para meu apartamento desde ontem à noite, pois, se sucedeu que ela foi para a casa da sua amiga, que eu não conheço, e não retornou as minhas ligações até o momento. Rebecca não possui parentes em Seattle e seus pais já são falecidos. Depois daquele tapa, que eu não esperava, de ontem, recebi uma ligação de Natan e, em meio a ligação, tentei correr atrás dela, mas foi em vão porque ela já estava falando com a suposta amiga no celular...

Rebecca!

— Será que dá para me deixar em paz, só por um minuto? — falou.

— Por que você me deu um tapa? — perguntei.

— Você mereceu, Caleb — disse, com um olhar zangado.

E para onde pensa que vai, sozinha, a esta hora da noite?

— Liguei para uma amiga e vou dormir na casa dela — proferiu, aproximando-se do seu carro.

Vamos para casa. Precisamos conversar, Rebecca — falei, nervoso.

Não temos mais o que conversar. Eu irei para a casa da minha amiga e ponto final.

Olho as notificações e vejo que tem uma mensagem deixada na caixa postal:

Alô, Caleb? Aqui é o Yuri, falando. Surgiu um imprevisto aqui na ETFS e, se você estiver ouvindo esta mensagem, deve vim para cá de imediato. Joseph marcou uma reunião de urgência para discutir os nossos contratos com a empresa afiliada que nos chamou para sermos representantes executivos da companhia de alimentos. É decisivo agora.

— Ah, sério! — Levanto do sofá. — Okay. Vamos lá — falo, comigo mesmo.

Antes de ir, tomo um banho e, após, faço um lanche, saindo em seguida e indo à escola. Chegando no local, Yuri, que é descendente de japoneses e bastante sério, como pessoa, além de ser um dos melhores colegas de profissão que possuo, vem rapidamente em minha direção, esboçando uma faceta, com as mãos dispostas no bolso da calça.

— Cara, que demora! Já está para começar. A sua sorte foi que Joseph estava discutindo uns assuntos, com um certo alguém, por telefone — diz.

— Valeu, Yuri — profiro e sorrio, adentrando à sala de reuniões.

O que será que Joseph está aprontando para nós?

Assim que Joseph encerra a ligação, vira-se para nós, apoiando-se na cadeira, abre um pequeno sorriso e começa a falar:

— Meus caros, bem... Pelo visto, todos já sabem o motivo desta reunião, que não demorará muito. Sei que marquei com vocês às 4:30h p.m, mas, exatamente nesse horário, ele espera a resposta. A questão é que recebi, hoje, um email candidatando vocês para representarem a nossa afiliada, que irá nos fornecer um bônus para podermos continuar investindo neste lugar. Além do fornecimento de materiais necessários para todas as aulas práticas, teremos a oportunidade de expandir todo o projeto elaborado aqui, até agora. Portanto, Caleb, Yuri e Nataly, vocês irão para lá a fim de nos representarem e serem os novos representantes da corporação deles. Eles escolheram vocês por serem os melhores de toda a região, então... Só lhes posso desejar boa sorte. Ficarão por lá, uma semana aproximadamente; e quero um relatório de tudo o que ocorrer. Dependendo de como se saírem, toda a escola terá a garantia completa do recebimento de alimentos e contrato com a empresa por cerca de dez anos. Conto com vocês. — profere, risonho. — Ah! — Memora algo mais. — Vocês irão amanhã de manhã; e já coloquei um outro pessoal para lhes substituírem.

Assim que ele termina de dizer, deixando-nos extremamente surpresos, retiramos-nos da sala com um sorriso que não nos cabe na face

— Uau! Impressionante. Nós atingimos tão alto patamar assim? — exclamo, risonho, pois quem diria que três de nós, no qual me incluo, iríamos discursar fora a favor de uma afiliada para que continue o patrocínio esperado. Realmente foi algo gratificante, pelo menos para mim. Sempre amei ensinar aos alunos e os patrocínios que recebemos são ótimos, até porque a escola usa boa parte do dinheiro para embolsar as outras coisas e os pagamentos dos funcionários.

— É. Quem diria que a nossa escola se tornaria mesmo a melhor de toda a região — fala, Yuri, colocando as mãos nos bolsos da calça novamente.

— Realmente! — exclama, Nataly.

Olho para o relógio e me lembro que preciso ir atrás de Rebecca.

— Caramba! Tenho algo urgente para resolver. Até mais, colegas.

— Tchau — dizem, em uníssono.

Meia hora depois, telefono mais uma vez para Rebecca e, dessa vez, ela atende dizendo que foi no apartamento pegar as malas e que irá para o aeroporto.

Rebecca, ao menos posso te levar ao aeroporto? pergunto.

Tudo bem — responde.

Assim que finalizo a chamada, pego o meu carro e vou buscá-la. Ela me disse o endereço da casa da amiga e falou que tinha acabado de devolver o carro para a empresa no qual alugara o automóvel. Ao invés de ela entregar de volta, quando estivesse no aeroporto, preferiu devolvê-lo antes. Creio que queria que eu fosse levá-la, ao menos.

Seguimos em silêncio até o aeroporto. Isso me incomoda, mas eu contemplo a expressão enojada em seu rosto, porém não a culpo por isso quando, na verdade, eu sou o culpado, pois estou estragando a nossa relação com coisas de um passado que não recordo mais.

— Vou te esperar — falo.

— Tudo bem — responde.

— Ao menos um beijo? — pergunto, e ela me beija no rosto.

Suspiro e aceno.

Vagarosamente, vejo-a se afastar e entrar no portão de embarque. Feito isso, viro-me e vou embora, pensativo, confuso e mal resolvido.

(...)

Yasmim

Acho que é melhor eu me afastar; quer dizer, não sei. Eu o amei demais, mas agora eu não sei o que realmente sinto pondero. Depois do que eu disse naquele dia, melhor que seja assim.

— Yasmim, querida, preciso falar contigo. — Ouço a voz de Joseph ressoar e me viro para mirá-lo.

— Joseph, você aqui? O que foi desta vez? — questiono.

— Parece que, os poucos dias que você esteve no hospital não foram tão favoráveis ao seu favor. Estamos com pouca demanda no mercado e ainda fomos convocados para uma conferência amanhã à noite. E a questão é: o que teremos para mostrar de novo — diz.

— Bom, temos os quadros que não coloquei em nenhuma das exposições ainda — digo.

— É, mas não é inovador. Precisamos de algo para hoje ainda. Temos pouco tempo para elaborarmos isto, e é bom que saia algo que interesse o público porque senão estaremos perdidos.

— E por que você não me avisou isto antes? — pergunto, desesperada.

— Na verdade, fui pego de surpresa. Ligaram para mim, avisando; e vai ser aqui, na sua galeria — responde.

— Na minha galeria? — brado. — Sim, e eu? Terei que passar as próximas horas pensando em algo para poder pintar um quadro. Sabe o trabalho que é? Eu não sei como poderei fazer isto ainda hoje — retruco, porquanto não simpatizo com determinadas surpresas.

— Bom, temos até amanhã pela tarde para elaborar. E quanto ao resto, deixa que eu cuido — sugere.

— Certo. Que tema seria bom, então? — pergunto.

— Não pense no tema. Pense em algo que você gostaria de passar para o público; em algo que emocione, que venha de dentro do seu coração. Isso é o que importa. Sério, muitos não fazem coisas ambiciosas e sim previsíveis.

— Está bem, Joseph.

Sendo assim, no mesmo instante, eu cogito em, talvez, expor na tela o improvável como uma questão provável; o encontro e o desencontro; o acaso dos acasos.

— Joseph, estou indo para casa. Toma conta de tudo, junto a Daianny.

— Teve alguma ideia? — questiona.

— Tive. Tchau — respondo e ele ri.

— Você é incrível.

Dou um leve sorriso e aceno, seguindo para fora da galeria, em direção à calçada. Em seguida, pego meu carro e vou para casa. Assim que chego, tomo um banho, depois saboreio uma sopa e começo a desenhar, sorridente com a ideia que tive. Após ter desenhado, ajeito minhas queridas tintas, meu lápis, colocando-o entre meus dentes; pego o pincel e começo a traçar e misturar as cores ao mesmo tempo. As horas passam tão rápido que, quando olho para o relógio, já está próximo das 11:00h da noite. Além disso, por alguns instantes, minha mãe se põe a observar o que faço.

— Tenho a melhor filha deste mundo. Você tem um talento incrível de pintar com a alma. Está ficando deslumbrante os detalhes, filha. — Achega-se e estende o corpo para me dar um beijo na testa. — Vou dormir. Te vejo pela manhã. Boa noite, querida.

— Mãe! Espera! Como a senhora está? — questiono e ela apenas sorrir.

— Estou bem — responde. —. Minha querida, não se preocupe comigo. Quando eu tiver que partir, simplesmente te deixarei uma carta dizendo o quanto eu te amo. — Ri.

— Mãe! Não diga tal coisa. — Esboço um semblante entristecido.

— Boa noite — responde.

— Boa noite. Durma bem.

À medida que ela se retira, eu regresso a me concentrar no trabalho que eu tenho em mãos e digamos que os detalhes são moderados, mas com pouca transparência; sem cores exuberantes. Eu estou tentando criar uma perspectiva baseada na minha história, colocando na pintura tudo o que imagino: O improvável como uma questão provável, onde me baseio no primeiro encontro que eu tive com Caleb, em que uma simples batida de corpos mudou o rumo da minha vida sentimental. O encontro e o desencontro: A vontade de você saber quem você é, mas não sabe. A vontade de querer vê-lo frente a frente, mas dando um passo atrás. O acaso dos acasos: Quando você descobre que ele, talvez, sinta algo por você diante de uma adversidade e que nem mesmo você sabe explicar como ou o porquê. Por um acaso nos vimos na galeria, por um acaso nos vimos em outras ocasiões.

No fim, contemplo-a por inteiro. Nela há duas nuvens esparramadas, esboçadas na parte superior da tela, que surgem de direções opostas uma à outra. E, em tom amarelado, no canto posterior do quadro desce uma cachoeira proveniente da nuvem. Borrões saem de entre as nuvens, e um deles possui um esboço de uma corda que puxa alguém para si. Próximo a esse alguém, uma outra pessoa sentada sobre uma pedra pensa em algo. Perto da cachoeira, encontram-se duas grandes pedras por onde desliza o dourado. Todo o resto do quadro fica em azul celeste cintilante, com respingos de sombra na cor branca. Uso um pouco da característica simbólica na obra, também.

Acabo dormindo pela madrugada, quase amanhecendo, em sono profundo. Pela manhã, meu celular alarma, porém nem me dou conta do horário, vindo a despertar após o meio-dia.

— An... Estou com tanto sono — murmuro, olhando para o relógio. —. Meu Deus, estou atrasada! — exclamo, pois era para eu estar na galeria.

Sigo para o banheiro a fim de tomar um banho gelado, abruptamente, para me ajudar a despertar. Depois de banhar-me, enrolada em uma toalha, sigo em direção ao closet e apanho um vestido social branco, com alguns detalhes dourado, e rendado, além de minhas peças íntimas que esqueci de levar para o banheiro. Visto-me, e calço meus sapatos de salto, pego minha bolsa e nem penso em fazer meu desjejum; apenas tomo para mim um cappuccino, despedindo-me de minha mãe, quando ela questiona:

— Filha, o quadro que você fez, não vai levar?

— Ah, é mesmo! Já estava esquecendo. — Retrocedo à escada, rapidamente, apanho o quadro no quarto, volto e vou em direção a porta da saída. — Tchau, mãe! Te amo! — brado.

Entro no carro, coloco a senha (sim, meu carro funciona com senha) e saio em disparada; e, como sempre, o trânsito está congestionado. Eu sempre fico me questionando sobre o porquê de surgir tantas dificuldades nos momentos mais importantes da minha vida. No entanto, quero pensar que provavelmente seja exatamente porque são mais prazerosas as conquistas que levam dificuldades pelo caminho do que as que vêm com mais facilidade. Quando chego, Joseph faz um olhar de quem irá arrancar o meu pescoço fora; mas, logo em seguida, sorri, apenas.

— Foi duro não foi? — Sorrio de volta.

— Foi!

— Está perdoada — responde.

— Eu cheguei bastante atrasada e você ainda não me disse se vieram clientes ou não.

— Na verdade, continuam por aqui, sua lerda! Olha em volta.

— É.... verdade. E por que você me chamou de lerda? Não sou lerda! Só estou um pouco fora de si no momento.

— Okay. Onde está? — Refere-se ao quadro. — Dê-me o quadro. Vou pedir para que coloquem na exposição. Aliás, eu não te disse que você tinha até mais tarde para fazê-lo? — indaga.

— Sim, mas quanto antes terminasse melhor — respondo.

— Ah! Já ia me esquecendo. Alguns blogueiros de arte & cia vão dar uma passada aqui, daqui a pouco. Eu coloquei nas redes sociais que teríamos novos lançamentos.

— O quê? — Arregalo os olhos.

— Pois é. Vou colocar este quadro como exposição principal e, os que estão guardados, nas demais vitrines. Sou show de bola, não sou? — diz, gabando-se.

— É. Valeu!

Tenho que admitir, meu sócio joga duro com uma esperteza que só ele possui. Eu estou feliz demais com isso, que até esqueço que me encontro com olheiras e sonolenta, apesar que eu passei uma maquiagem para disfarçar. Repentinamente, Joseph se volta para mim novamente e elogia a pintura que eu fiz, dando uma piscadinha, levando-me a sorrir.

Passa-se mais um tempo, e eu fito o relógio atenta ao horário que marca pouco mais das 04:00h p.m. Para mim o tempo tem passado mui rápido ou então, estou eu sonolenta por demais.

— Boa tarde, pessoal! Sintam-se todos à vontade. Vocês são bem-vindos a esta nossa nova exposição e, claro, à conferência — diz, Joseph ajeitando o microfone. — Bem, ficamos lisonjeados pela conferência/concerto ser aqui em nossa auditoria. Todos os artistas aqui presentes têm talentos incríveis.
Os nossos jurados, vindos da Coréia e de Los Angeles, irão observar todas as obras expostas neste auditório, avaliando-as.
Enquanto não damos início a esta conferência, podem degustar-se dos aperitivos e observar as obras desta galeria, pertencentes a Yasmim Lahanna Saints James — profere e todos batem palmas. Assim que ele desce do palco, não tenho como deixar de indagá-lo acerca de como ele profere tais coisas de maneira despojada e pouco apreensiva.

— O quê?

— Isso — digo, apontando para o palco. — Você não fica nenhum pouco nervoso?

— Não. Já acostumei. E você deveria já estar acostumada; pois não estarei aqui para sempre. E cadê Daianny, hein? — pergunta, olhando para os lados.

— Ela deve estar ajudando na recepção — respondo.

— Sei... Você sabia que ela tem agido estranho comigo? — questiona.

— Como assim? — questiono,  também, franzindo o cenho.

— Sei lá. Ela está estranha — responde.

— Não percebi — profiro, mas deduzo que isso esteja relacionado a Daianny estar apaixonada por ele; e, para que não renda tal assunto, miro ao redor e noto o quanto o salão se encontra lotado, levando-me a pensar o quanto deve haver artistas melhores do que eu e mais experientes. Cogito, então, que está longe de eu ganhar em casa. Por isso suspiro, com apreensividade notória, que não passa despercebido.

— Não faz essa carinha!

— Quê? — Olho para o lado, para ver quem proferira tal coisa, e contemplo Daianny, bastante linda, trajada com um vestido longo na cor azul celeste.

— Por que está me olhando com cara de assustada?

— Não, não é isso — digo, boquiaberta.

— O que é, então? — pergunta, arqueando a sobrancelha.

— Dai, você está linda!

— Obrigada. Mas essa sua expressão não é porque estou linda ou não. Diz, logo!

— Estou nervosa. — Acabo desabafando e continuadamente apertando uma mão na outra na metade do tempo.

— Ah, entendi. Não fique assim. Mesmo se você não ganhar dentro de casa, não deixará de ser talentosa. O público ama seus quadros.

— Obrigada pelo incentivo, Dai.

— De nada, Hanna.

Daianny está certa. Preciso relaxar um pouco, visto que não é como se eu fosse uma aprendiz aqui; talvez eu seja ou talvez não.

— Yasmim! — Sigo a voz que me chama e, à minha frente, contemplo Violetta acenando, vindo em largos passos em minha direção. Analiso suas vestes e percebo que ela está com o tipo de vestimenta que ela não gosta: Um vestido tomara que caia de cor areia, até o joelho, com uma sandália salto alto.

— Oi, Vi. — Sorrio e a abraço.

— Você está deslumbrante, Hanna. Pena que Caleb não está aqui para ver isso — diz, fazendo-me ficar encabulada e lisonjeada ao mesmo tempo.

— Obrigada — respondo.

— De nada. Ficou famosa, hein? — indaga.

— Quem? Eu? Longe disso.

— Como, longe? Seu nome está nas redes sociais e não se fala de outra coisa a não ser da mais nova artista de Seattle: Você!

— Sério? Acho que estou um pouco desatualizada quanto a isso. Tenho andado muito ocupada.

— Onde está sua mãe?

— Ficou em casa. Ela está muito debilitada para ficar saindo assim. Infelizmente, ela não pôde vir — digo, com uma tristeza estampada em meu rosto. Tenho estado tão ocupada que não consegui passear, um dia sequer, com a minha querida mãe, dona Margareth Saints.

— Entendo. Eu sinto muito, Yasmim. Eu espero mesmo que ela melhore.

— Também era o que eu esperava — respondo.

— Como assim? — questiona.

— Está em estágio terminal. O médico preferiu que ela passasse os dias de vida restantes em casa; o que seria mais confortável para ela, do que ficar no hospital. — Suspiro. — E você... Como está na universidade? — pergunto.

— Bem. Ontem nem fui.

— É desse jeito que gosta da matemática? — questiono, sendo sarcástica.

— Qual é! Eu amo a matemática. — diz.

— Namorando?

— Não — diz, mas sua face ruboriza.

— Tem certeza, Vi? Você está vermelha. Quem é o afelizado? — brinco.

— Ei! Para de me olhar assim, Yasmim.

— Não vai mesmo me dizer quem é?

— Eu não tenho namorado. Mas, tem alguém que consegue me tirar do sério e que eu não sei se gosto dele ou não.

— Quem? Eu conheço? — pergunto, bastante curiosa.

— Ah, com toda certeza — fala, com um pouco de desdém e, ao forçar um pouco mais a minha mente, recordo-me de Natan, um amigo de Caleb.

— Espera! Não é Natan, ou é?

Ela apenas balança a cabeça, afirmando, induzindo-me a gargalhar, porquanto eles sempre foram as pessoas mais briguentas que já conheci. Era de se esperar que pudessem acabar sentindo atração um pelo outro, mas tinha minhas dúvidas. Nunca irei me esquecer do dia em que ele chegou discutindo com Violetta, sendo que ela o havia defendido de um trambiqueiro. Brigaram justamente porque ela bateu no homem e ele tentou afastá-la, mas, Violetta, com um olhar de tanto faz, deixou-o mais irritado.
Nesse dia, eu ri bastante.

— Por que você está rindo, Yasmim?

— Por nada, quer dizer... Lembra daquele trambiqueiro que você bateu pela segunda vez, e, pela segunda vez, você defendeu Natan?

— Ah, eu lembro! — riu. — E dessa vez, você e Caleb tinham visto nós discutindo. Mas, quem te disse que eu já tinha brigado antes pelo mesmo motivo? — questiona, estreitando os olhos.

— An... Caleb, me contou. E, na primeira vez, foi menos violento.

— É uma pena que ele só se lembre da primeira vez — profere, com um semblante tristonho.

— É, é uma pena. — Suspiro.

Agora foi a minha vez de permanecer cabisbaixa, e meditativa.

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