Paixão sem limites
"A vida que tinha virado de cabeça para baixo era a minha."
- Paixão sem limites
Pov Jason
Eu nunca pensei que fosse possível alguém gostar de duas pessoas ao mesmo tempo. Ficar com o coração dividido entre dois amores totalmente diferentes. A Nicole é alguém atraente, confiante, inteligente, ela é alguém que me estabiliza. Já com a Katherine é tudo diferente, ela é tipo um furacão na minha vida, ela entrou e derrubou tudo o que havia de pé, divertida e brava simultaneamente, uma pessoa que sei que posso confiar e ser sincero, me abrir, porque sei que ela vai me entender totalmente.
Tenho medo de no final acabar me perdendo e afastar as duas. Se eu voltar com Nicole vou acabar perdendo a Katherine e não quero isso, mas eu não posso prender as duas, eu preciso escolher e libertar a outra, mas não sei o que quero, na verdade, não sei se o que quero, é a escolha certa. Isso não deveria ser tão complicado.
Hoje vou me encontrar com a Nic. Ela me chamou para conversar, eu sei que prometi para Kat que não iria chegar perto dela, mas como vou saber se ela realmente mudou se não conversarmos?
Vamos até um restaurante um pouco mais reservado, não estou afim de sair na capa de uma revista ao lado dela. As pessoas costumam transformar isso em algo muito pior do que realmente parece ser. Ou seja, eu não sei, eu realmente deveria me sentir tão culpado?
— Sinto sua falta — ela me olha e eu tento decifrar se está falando a verdade, ou é mais uma de suas mentiras.
— Não deveria, aliás, foi você que me traiu, depois foi embora com seu amante.
— Eu errei, eu sei. Mas estou arrependida, eu nunca te esqueci. Eu te amo Jason, me perdoa, por favor — ela segura na minha mão implorando.
Uma coisa que nunca imaginei ver, Nicole Cooper se humilhando para alguém. Mas não consigo deixar de ficar mexido com isso. Eu realmente gosto dela.
— Eu estou namorando agora.
— Você não gosta dela, eu sei que você me ama — engulo seco.
Eu não vou mentir, eu sinto algo pela Katherine que não sei decifrar bem, talvez seja apenas atração física, mas eu não a amo, eu amo a Nicole. Mas não sei se seus sentimentos são verdadeiros, ou ela quer apenas me fazer de trouxa outra vez.
— Eu tenho que ir — tento levantar, mas ela segura meu braço.
— Por favor, pense melhor. Me dê uma segunda chance — assinto e saio para o estacionamento.
Droga, o que eu vou fazer agora? Eu sempre quis ter uma resposta para tudo, sempre querendo explicações e ter o controle de tudo e eu tinha, ia atrás e conseguia, mas agora, é tão difícil conseguir isso.
Quando estou abrindo meu carro, Nicole puxa meu braço fazendo eu olhar para ela e quando menos espero ela me beija. É um beijo rápido, como se fosse apenas para me provocar.
— Isso é para lembrar um pouco nossos dias juntos — fico parado ainda sem reação, ela se vira e sai me deixando sozinho com meus pensamentos.
Entro no meu carro e saio andando pelas ruas agitadas de Nova York escutando a pior playlist de músicas que inventaram.
Eu costumava ama música, era uma das minhas grandes paixões. Mas no último ano eu parei de gostar tanto. Música costuma ser triste, acho que todas as músicas que conheço tem a letra triste e que me faz lembrar de momentos não tão bons assim.
E não sei porque quando estamos assim, colocamos as mais pesadas para ficar pior ainda.
Meu celular tocar e a foto da Katherine aparece no fundo. Não acredito, ela já descobriu e agora está ligando para me matar. Que droga.
Atendo tentando manter a calma.
— Eu posso explicar, é que....
— Explicar o que, caipira e o que você está fazendo? Estamos indo para o Empire State dá uma volta, está afim de ir? — Ela chama e consigo escutar do outro lado da linha a Mia e a Lizzie gritando.
Acho que ela não sabe o que aconteceu. Espero que não descubra ou ela nunca vai me perdoar.
— Não posso, desculpa — não sei se é uma boa ideia encontrar ela agora.
Como eu iria conseguir olhar para ela depois de ter feito exatamente o que ela mais pediu para não fazer?
— Tudo bem?
— Sim. Só estou um pouco ocupada mesmo.
Minto, não posso ver ela agora, a culpa não deixaria. Paro em um barzinho que costumava frequentar assim que vim para Nova York.
Eu não lembro bem quando foi que me perdi completamente. Talvez meus amigos tenham razão quando falam que eu mudei quando conheci a Nicole. Mas isso não me fazia falta quando estava com ela, ou fazia e eu estava cego e não via o que estava perdendo. Mas mesmo após meses separados, ainda não consegui me encontrar.
— Gostaria de um refrigerante, por favor — queria beber algo mais pesado, mas não poderia dirigir depois e não pretendo pedir carona a ninguém.
Passo grande parte do tempo empilhando canudos e bebendo coca cola com limão.
Alguém senta ao meu lado, mas não me viro para ver quem é, só quando ela pega meu copo e dá um gole.
— Katherine, o que faz aqui? — Pergunto estranhando — e como me achou aqui? — Ela devolve meu copo e mostra uma publicação no celular com uma foto minha exatamente onde estou. Que merda, odeio isso.
— Por que está triste? — Ela pega meu copo novamente e tomar mais um pouco da bebida.
— Por que acha que estou triste?
— Porque você está em uma sexta-feira a noite sozinho tomando refrigerante e empilhando canudinhos. E eu liguei para você a pouco tempo para fazer o mesmo com a gente e você negou, porque queria ficar sozinho e eu até iria deixar, mas me obrigaram a vim te ver.
— Não precisava perder seu tempo comigo — não estou afim de ficar perto de alguém que teve a obrigação de vim atrás de mim. Ela dá de ombros e pega meu copo novamente — esse é meu, pede um para você.
— Não, quero esse — reviro os olhos e volto para os canudinhos — vai me contar o que aconteceu? — Não respondo. Como vou falar, eu acabei de ter uma conversa com minha ex, fiquei mais confuso ainda e beijei ela, coisa que te prometi não fazer, você poderia me perdoar? — Jason — olho para ela — confia em mim.
— Me desculpa — puxo ela e a abraço — me desculpa K — beijo seu ombro e fico ali por um bom tempo. Ela deve estar nesse momento se perguntando o porquê de eu estar me desculpando, mas eu sou idiota de mais para conseguir contar. Ela nunca mais falaria comigo e não posso libertá-la agora.
— Está afim de sair daqui, odeio pessoas. Principalmente as que me olham como se eu fosse a Taylor Swift — sorrio com seu comentário, ela realmente não faz ideia do tamanho da sua fama.
— Você é a Taylor de muita gente, K, só não percebeu ainda — deixo uma nota no balcão e seguro na mão dela. Levo ela até meu carro e abro a porta do passageiro para ela.
— O que aconteceu aqui — ela aponta para o som do carro todo desconectado.
— Não gosto de música, então tirei — ela me olha como se eu tivesse falado um absurdo — são triste, simplesmente não gosto.
— Não existe apenas músicas tristes.
— A maioria é.
— Eu tenho uma playlist que não é, a de malhar e arrumar o apartamento, nunca uso para a primeira opção, sou sedentária. Mas não são tristes.
— Você tem uma pasta de músicas para arrumar sua casa?
— Tenho para tudo, viajar, caminhar, pensar. E tenho a de séries, as que mais escuto.
— Você é organizada até para ouvir música — ela assente conectando o som novamente.
Ela conecta o celular dela e liga a primeira música. Miley Cyrus party in the u.s.a — eu amo essa música — ela coloca o pé no painel do carro e as mãos para cima. Normalmente eu ficaria bem bravo com alguém fazendo isso, mas eu não consigo ficar com raiva dela.
Em poucos segundos depois já estamos cantando feito dois loucos.
— Me diz um lugar que você tem muita vontade de conhecer.
— Las Vegas, meu sonho é assistir um casamento lá, seria perfeito — sorrio com o que ela diz. Como que um casamento lá seria perfeito? Normalmente as pessoas estão bêbedas e sem juízo e se arrependem no outro dia.
— Eu estava pensando em algum lugar que conseguíramos ir de carro, mas serve também — ela estreita os olhos para mim. Pego meu celular e ligo para minha tia Lídia.
— Garoto, espero que tenha algo muito importante para me dizer, você me tirou de uma situação muito agradável.
— Tia, Katherine está aqui, escutando tudo.
— Kat sua linda, que saudade, você não atende meus telefonemas, sua sem futur...
— Tia, para, ninguém atende você, a senhora não para de falar, mas eu te amo, agora deixa eu dizer. Preciso de um voo agora que leve a gente para Las Vegas.
— Quê? — As duas falam sincronizadas — onde vou conseguir isso, nessa hora?
— Não sei, do seu jeitinho, estamos indo para o aeroporto, obrigado e te amo.
— Jaso..... — Desligo antes que ela comece a me xingar. O ruim de trabalhar com família é que eles falam o que pensam, outras pessoas esperam desligar o telefone para te xingarem.
— Você ficou maluco? Eu não posso ir para Las Vegas assim, esqueceu que sou responsável por uma adolescente em crise e já te falei o quanto elas costumam ser insuportáveis?
— Quando foi que você fez alguma coisa por impulso, sem pensar várias vezes?
— Nunca e estou muito bem assim.
— Não está não, agora vamos. — ligo pra minha irmã e aviso para tomar conta da Lizzie. Passamos primeiro no apartamento dela para pegar seus documentos e o passaporte e depois no meu e vamos para o aeroporto, hoje quero apenas fazer uma loucura sem pensar em nada, as consequências, deixo para depois.
Eu já me decidi e sei com quem eu quero ficar. Mas preciso desse momento primeiro para ter certeza.
Eu já falei que tenho a melhor tia do mundo? Pois é, eu tenho, ela conseguiu um voo até Danver e de lá vamos de helicóptero para Las Vegas.
— Você é louco — Kat diz ao descer do avião.
— Uma vez na vida é bom ser espontâneo e estamos precisando disso.
Vou até o local onde a tia Lídia alugou o helicóptero. Vejo que estão todos meios irritados, provavelmente tirei eles de suas casas num sexta de madrugada não devem agradar muito, mas não estou nem aí.
— Obrigado por nos atender tão rápido — aperto a mão do piloto. Vejo ela perdida e um pouco nervosa. Prendo o cinto nela e coloco os fones. Seguro na sua mão tentando tranquiliza-la.
— Preparada para o melhor dia da sua vida? — Pergunto empolgado e ela sorrir e pelo seu sorriso, sim, ela está.
Então aí vamos nós....
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