Quando o "por acaso" se tornou amor
AGARRA ESSE HOMEM, JIMIN!!!
⟭⟬ 💜 ⟬⟭
Jimin encarou a TV por longos segundos, enquanto a entrevista com Jungkook prosseguia. Não conseguia acreditar no que tinha acabado de ouvir, era como se aquilo tivesse sido um soco bem no meio do seu estômago. Não conseguia acreditar, ele deveria ter dito só da boca pra fora.
– Você não acha que já tá na hora de acabar com essa birra e voltar pra casa de uma vez por todas? – Jin perguntou bastante sério, ao mesmo tempo que se levantava para pegar o Jungmin, já que Namjoon tinha dormido no chão com a criança em cima dele.
– Não sei se ele estava falando a verdade quando falou que me amava, se me amasse teria ao menos ligado, mas não ligou. – o rosado estava sério, e nem olhava para Jin.
– Só tenta dar uma chance, Jimin, pelo menos uma vez assuma que o problema pode ser você, e não os seus maridos!
Jin foi embora com o Jungmin, deixando Jimin completamente estagnado. Nunca tinha visto Jin falar com ele daquela maneira, nunca tinha parado pra pensar que o problema podia ser ele mesmo. Claro, sempre foi tão incompreensível, nunca deu chance para que se defendessem, era sempre ele, sempre ele que se achava com razão.
Sim, o problema era ele e nunca tinha conseguido assumir isso, tudo o que Jungkook queria era que ele o compreendesse, aquilo estava sendo pressão demais, ele já havia sofrido demais com a perda da mãe do Jungmin, tudo o que menos queria naquele momento era que acontecesse novamente, mas ele só conseguiu compreender naquele momento.
E torcia para não ser tarde demais. Amava Jungkook, só então conseguiu perceber e estar longe dele feria seu coração, Jungkook se tornara muito para ele, não uma simples aventura louca, mas um “por acaso” que se tornou amor.
– Mas o que eu vou fazer?
Sua atenção se voltou novamente para a TV, viu que a entrevista ainda não tinha terminado, e que tinha acabado de voltar dos comerciais, Jungkook ainda responderia mais perguntas.
– Então, Jungkook, animado com o segundo filho? – a apresentadora perguntou já mais normalizada.
– Bastante, espero que seja uma alfinha dessa vez, ela vai ter um irmão mais velho pra ficar de olho nela.
Jimin riu sozinho em casa, Jungkook realmente pensava em tudo, até em como estragaria os possíveis relacionamentos de uma filha que não tinha nem nascido ainda.
– E o que você vai fazer se o seu esposo não voltar?
Aquela era a pergunta que Jimin estava esperando, ficou aflito por longos segundos, segundos que pareciam ser uma eternidade.
Jungkook estava demorando para responder, uma demora que era torturante para ele. O moreno meneou a cabeça para ambos os lados algumas vezes, encarou a câmera, ele podia sentir como se ele o estivesse encarando bem de perto.
– Eu vou buscá-lo, e vou trazê-lo de volta, nem para que para isso eu tenha que te amarrar e colocá-lo no porta-malas do carro. – ele estava sério, mas depois que sorriu de canto, Jimin não duvidava que ele fosse capaz de fazer isso – Sabe por que, Jiminie? Porque eu amo você, e vou te provar isso, nem que eu tenha que fazer uma loucura, por você eu sou capaz de tudo, me peça o que você quiser, que eu te darei, só por amor a você.
Nesse momento, o rosado se lembrou de tudo o que já haviam vivido, de todos os seus momentos felizes, de todos os sorrisos e de todas as noites de amor, de seus caprichos, de suas manias, como conseguiu viver longe dele por cinco dias? Que loucura era essa de o abandonar sem mais, nem menos? Amava Jungkook, e não podia viver mais nem um segundo sem ele.
Levantou-se do sofá em que estava e foi correndo até o quarto onde estava Jin e o Jungmin, pegou a criança no colo, e as chaves do carro – ele já tinha tirado carteira, graças a um milagre muito grande – encarou Jin de forma determinada, respirou fundo e caminhou em direção à porta.
– Pra onde vai? – Jin perguntou meio confusa com a cena.
– Eu estou indo agarrar o meu alfa! – falou ele, de maneira absoluta, e nada no mundo iria impedi-lo de fazer isso.
Jin sorriu, aquele sim era o ômega que conhecia.
– Boa sorte.
– Obrigada.
Jimin prendeu bem o cinto de segurança da cadeirinha do menino, deu marcha ré e saiu da garagem da casa do irmão. Ligou o rádio para tentar relaxar, mas não relaxava de maneira nenhuma, só conseguia pensar no que iria fazer, até mesmo a imagem da estrada sumia de seus olhos, ele só conseguia enxergar os olhos de Jungkook, era como se ele olhasse profundamente dentro de sua alma, como se o tocasse, tudo o que ele queria era chegar logo, poder abraça-lo e beijá-lo, e dizer que nunca mais iria embora.
Mas o trânsito não ajudava, então teve que adiar um pouco mais esse momento, e parado naquele sinal, ele teve a sensibilidade de ouvir a canção que tocava, e por acaso, talvez destino, era a mesma música que Jungkook costumava cantar para ele.
“Você é a causa da minha euforia.”
Ele sorriu, o tempo todo ele declarou seu amor, mas era cego demais para poder enxergar isso. Jungkook não era do tipo que simplesmente dizia “eu te amo”, ele demonstrava isso, demonstrava que o amava, cantava o seu amor e Jimin só precisava ouvir, ver. Não, não foi por acaso, foi por pura sorte, sorte de encontrar alguém que o completasse, que o fizesse feliz.
– Jungkook.
Ele acelerou quando o sinal abriu, e ao longe conseguia ver a torres da emissora onde Jungkook estava, não sabia nem como conseguiria entrar, mas sabia que iria entrar de algum jeito, nem que tivesse que agredir o guarda.
Seu carro parou na frente da cancela listrada, o guarda veio em sua direção, ele já esperava pelo grande “Não tem autorização para entrar” que ele diria. Mas não, o guarda simplesmente o encarou e sorriu.
– Sr. Jeon. – claro, ele o reconheceu, e tinha como não reconhecer? Ele estava estampado na maioria das capas das revistas ultimamente, e agora com a notícia da gravidez, estaria ainda mais – Sinto muito, não fomos avisados que o senhor viria, vou fazer uma ligação.
O rapaz se afastou mais um pouco enquanto falava em uma espécie de comunicador com alguém, não demorou muito para voltar novamente com um grande sorriso no rosto.
– Alguém virá para acompanhá-lo até o estúdio onde seu marido está, estacionaremos seu carro.
Jimin saiu do carro, pegou o Jungmin e entregou as chaves para o guarda. Um carrinho – desses que vemos no vídeo show – veio buscá-lo, com outro rapaz nele. Ele subiu com o Jungmin no colo e foram em direção ao estúdio.
Não demorou muito, logo ele viu as paredes estampadas com o nome do programa e umas coisas bem coloridas, não podia ser outro lugar. Seu coração palpitou mais forte ao sentir que Jungkook estava perto, logo não teria mais que ficar longe dele.
– Por aqui, senhor. – o rapaz disse.
Ser esposo de Jeon Jungkook tinha muitas vantagens, outra pessoa não entraria com tanta facilidade ali, nem pensar. Teve que tomar cuidado para não tropeçar em nenhum cabo e nem esbarrar em nenhum câmera, estava lotado de pessoas que caminhavam de um lado para o outro, o programa era ao vivo e nada podia dar errado ou estragaria tudo.
Foi quando ele o viu, sentado naquele sofá tentando responder mais uma pergunta que com certeza seria bem complicada. Sorriu, ainda daria tempo de dizer tudo a ele, de falar que o amava de verdade, chegara a hora, a hora de assumir de vez que não conseguia viver sem ele, assumir que era amor. Entregou Jungmin para o rapaz que estava ao seu lado, pois com certeza o soltaria de tão Trêmulo que estava.
Suas pernas travaram, ele ficou parado a poucos centímetros do chão do cenário, como se seu ar saísse de seu pulmão, como se seu coração não conseguisse mais bater, como se suas pernas não respondessem mais, queria tanto se aproximar, mas não conseguia, algo o travava.
Mas Kook olhou para ele, ele o viu.
Como se o destino o chamasse, ele o viu ali parado, sorrindo para si. Jimin estava ali, estava ali por ele, estava ali para ele, para nunca mais o deixar sozinho. Ele se levantou do sofá, correu em sua direção como se o mundo não mais existisse ao seu redor.
Jungkook o abraçou, o olhou em seus olhos e por fim o beijou. Beijou como se fosse o último beijo do mundo, como se precisasse daquele contato para sobreviver, como se aquele fosse o seu ar. Como sentiu falta daquele beijo! Era tanta saudade contida, tanto amor guardado, o suficiente para sufocá-lo se não o beijasse novamente. Quando seus lábios se desgrudaram, sorriram novamente um para o outro.
– Eu te amo, Jimin, nunca mais fique longe de mim.
⟭⟬ 💜 ⟬⟭
Caraio, Jão Bolacha 🥺
Pode deixar, JK, que na próxima a gente brota na porta e fala "Vai pá onde, Jiminie?🔪"
BORA PARA A ÚLTIMA ATT, CAMBADA DE ANJINHOS 😌😏
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