Ficamos nos olhando por horas, sem nenhuma fala se quer sair de nossa boca, era só eu e ele dividindo uma cama de casal. Não havia nenhum contato físico muito menos risadas, era só nós dois, um olhando para o outro com um sorriso discreto no lábios.

- Hoje é meu último dia. Agradeço por ter me deixado ficar aqui com vocês. Te conhecer me fez ver um mundo que eu nunca tinha visto._ Noah afastou com os dedos meu cabelo da testa.

- E o leão se apaixonou pela ovelha?_ digo sorrindo.

- Se você for o leão e eu a ovelha?

Reviro os olhos.

- Me leva ao seu lugar preferido.

- Mas agora?

- Não sei se teremos tempo quando todos acordarem.

- Okay!

Me levanto da cama, pego meu casaco e ponho o tênis no pé.

- Vem, não podemos demorar.

Noah deu um pulo da cama.

~*~

- Sua escola é seu lugar preferido?

- Não tenho cara de que gosto?

- Na verdade eu esperava um parque...

Solto um gruído acompanhado de um sorriso tímido.

- Vem, vamos entrar.

- Vamos invadir novamente?_ questionou.

- Você vem ou não?

- Estou logo atrás de você!

Ao chegarmos na entrada, fomos avistados pelo segurança da escola.

- Allen estamos ferrados!_ afirma Noah se escondendo atrás de mim.

- Está tudo bem, eu conheço ele.

- Allen, quanto tempo?

- Como você está, Fred?

- Bem... Deixei alguns hambúrguer para você se quiser.

- Não, obrigado.

- E esse quem é?

- Esse aqui é o Tyler, um amigo da Califórnia.

- Prazer garoto. Allen, cuidado. Não quero que aconteça novamente aquela bagunça.

- Pode deixar comigo!

Noah entrou ao meu lado e fomos direto para a quadra de esportes da escola.

- Não tem cara de que gosta de espertos.

- E não gosto. Mais ficar aqui sozinho é legal.

Noah sorri.

- Porque de tantas coisas brilhosas e coloridas.

- Baile da escola: O feliz para sempre.

- E você vai vim?

Nego com a cabeça.

- Não é o meu forte. Já fujo deles todos os dias, não gostaria de participar de uma festa com eles.

- Tá falando do Nico... daquele seu amigo embuste.

- Esse mesmo, mas não somos amigos.

- E porque não vem com aquela sua amiga, a... Como ela se chama?

Noah cruza os braços e se senta na arquibancada.

- Mia, ela vai com o namorado dela e seu irmão e a galera dele. Eles alugaram uma limosine.

- Ham! Mais porque não convida ninguém?

- Não sei dançar, e não me vejo em um baile com o tema O feliz para sempre.
Essas coisas não acontecem. É por isso que não fico com ninguém.

- Nunca namorou?_ perguntou.

- Não, é complicado. Seria só mais um para te desapontar, namorado, relacionamento, todos são complicados.

- Nem todos!

- Me diz um.

- Sua mãe e seu pai continuam juntos.

- Eles estão juntos, verdade. Mais por minha conta. Tem medo de se separarem e eu ficar deprimido e querer me matar.

Ele sorrir.

- É sempre tão dramático?

Olho para ele, que estava fixamente vidrado em mim.

- Está tudo bem?

- Sim._ me respondeu.

- Vem, vamos para outro lugar. Tem outros lugares que quero lhe mostrar...

~*~

- Cá estamos nós, juntos, dividindo umas batatinhas fritas e vendo o sol nascer._ disse ele.

- Quem imaginaria que eu gostaria de ficar... assim... é tão perto de você.

- É o amor muda as pessoas!_ falou ele comendo uma batatinha.

- Não te amo._ digo meio estranho.

- Não estava falando de você.

Nossos olhos se cruzaram e foi naquele momento, em um milésimo de segundo, que meu corpo flutuou e eu estava entregue a ele, nossos lábios se deliciavam um com o do outro como se não houvesse amanhã. Sua mão desbravava meu corpo, enquanto seu braço me aproximava de seu corpo quente.
Respiro fundo, meu corpo se recompôs afastando meus lábios do dele, causando um desconforto a Noah.

- Fiz algo de errado, não gostou do beijo?

Fico ainda de olhos fechados apreciando o resto do êxtase em que meu corpo estava. Toco seus lábios com meu indicador, mordo meus lábios e abro os olhos.

- Pelo contrário, foi muito bom. Mais não podemos fazer isso...

- O que? Não é você, sou eu?_ ele parecia estar indignado.

- Noah, entenda. Você não me ama, nos conhecemos a meia hora?

- Não, à quase quatro dias.

- Isso não muda. Seu acessor está vindo te buscar, não vamos nos ver, nem mantermos contato. Você vai voltar a sua vida de fama e de dinheiro, vai seguir sua vida assim como eu vou. Quando perceber, já terá esquecido de mim...

- Allen, eu não quero te esquecer!

- Mas terá. Você consegue ver um futuro para nós dois?_ questiono.

Ele evita de me responder, muito menos olhar nos meus olhos.

- Você sabe que estou certo, só não admitiu ainda para você.

Saímos dali e voltamos para minha casa, o silêncio era aterrorizante entre nós. Eu primeiro não quero admitir que estava gostando dele e segundo eu tinha a certeza de que não iríamos para frente, que não era nada além de uma atração física.
Ficamos sentados no meio fio para esperar o carro para levar Noah Centineo para de volta a sua vida.

- Uma vez você me disse que haviam lhe pedido meu número, mais tinha falado que não tinha.

- É foi a Mia que perguntou.

- Pode me dar seu celular emprestado?

- Claro!

Pego do meu bolso o celular e entrego a ele. Que não demorou muito para devolver.

- Só a trezentas pessoa que tem esse número, você é o trezentos e um, então o guarde como se fosse sua vida.

Dou um sorriso.

- Obrigado, Noah.

E lá vinha o carro preto que viria buscar ele.

- Eu que lhe agradeço imensamente.

Nós levantamos e nos mantemos em um abraço por um certo tempo.

- Me promete que vai ao baile e que irá se divertir por mim?

- Não prometo muita coisa.

- É só dizer que vai!

Afirmo com a cabeça.
Noah me beija na testa e entra no carro, e lá estava ele, indo embora, voltando para sua vida. Eu sentiria sua falta, eu não esperava que me apaixonaria por um famoso, muito menos Noah Centineo. Eu sentirei saudades dele.