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Capítulo 2

Agatha remexeu-se na cadeira, mudando novamente de posição. Estava inquieta. Um colapso de ansiedade a martirizava desde o dia anterior, quando Ethan havia mencionado a remota possibilidade de ir à Casa Bridgerton naquela tarde para visitar Frederick, irmão da jovem, com quem ele estudara em Eton. Às vezes, ela refletiu, soltando um risinho malicioso, ter irmãos era excepcionalmente uma benção.

O seu traseiro estava dormente. Era entediante esperar por alguém.

Sem ter nada para ajudar-lhe a passar o tempo, Agatha levantou-se e andou até o espelho pendurado na parede da sala. Sua aparência continuava conservada, ao menos. Seu cabelo estava ornamentando em um elaborado penteado. Ela escolhera usar uma fita azul, apenas agradar Ethan. Estava usando seu melhor vestido, de musselina marfim, com pequenas flores bordadas.

Após quatro horas de uma agonizante espera, por fim rendeu-se, e admitiu que ele não viria. Ela foi deixada plantada. O seu lado racional ainda tentava lembrá-la de que ele não tinha marcado uma visita propriamente, foi mais uma cogitação... Mas, para uma jovem no auge de seus 14 anos, a razão era algo deveras aborrecido.

Para esconder seu desapontamento da família, ela foi para seu quarto e resolveu tirar uma sesta. Assustava-lhe a forma como outra pessoa, um ser totalmente à parte, tinha tanta influência sobre seu estado de humor, sobre o ritmo do seu coração. Eram muitas emoções desconhecidas, e que lhe causavam medo. Queria contar a alguém, pedir conselhos, mas só o pensamento de expor sua alma já lhe causava vergonha.

Havia ouvido suas tias conversando dias atrás. Em breve a temporada começaria. Todas as modistas de Londres já estavam atarefadas com tantos pedidos. Vestidos e mais vestidos. Também haveria leques, luvas, fitas. As fragrâncias mais exóticas de perfume logo seriam vendidas por preços exorbitantes. Todas as jovens preparavam-se para debutar e caçar – no sentido mais literal da palavra – um marido elegível. E Ethan Denbrook, futuro conde Tilghman, compunha tudo o que uma jovem poderia pretender. Fortuna, título e uma linhagem perfeita. Quanto tempo demoraria para que ele escolhesse uma moça insossa e afetada?

**

Ethan ouviu outra crise de tosse. O estado de sua mãe lhe preocupava. O médico havia assegurado que ela não padecia de nada grave, recomendando apenas o repouso e uma infusão de ervas. No entanto, com o passar dos dias, sua doença se agravara, ela aparentava cada vez mais uma fraqueza debilitante, seus olhos estavam fundos, e tinha febre.

Ele queria sentir aquela dor e debilidade no lugar dela.

Mas tudo o que podia fazer era ficar sentado, praguejando repetidamente, enquanto o médico a examinava outra vez. Seu pai não demonstrava o que sentia, ele era homem, portanto, guardava para si determinadas emoções. Contudo, o jovem podia ver sinais de preocupação em cada traço do rosto do pai.

Ele levou a mão à testa, e massageou a sua fronte. A cabeça parecia prestes a explodir. Ainda não tinha comido nada naquele dia, tampouco dormido na noite anterior.

Então, como se um raio o tivesse atingido, ele lembrou-se de Agatha. Havia inventado uma desculpa, enquanto passeavam. Um pretexto inofensivo para vê-la sem lhe dar grandes esperanças. Não queria que a menina pensasse que a estava cortejando. Por Deus! Era a última coisa que pretendia que ela imaginasse. Apenas desejava uma companhia familiar, e ela era bonita e engraçada.

Recordando das exatas frases que pronunciara, ele chegou à conclusão que não havia dado sua palavra sobre a visita. Não havia um compromisso a honrar, de todo modo. Mas, minutos depois, a imagem de uma garota ruiva com os olhos flamejando de raiva e a boca cerrada em uma linha firme, continuava surgindo em sua mente. Ele riu imaginando a cena. Agatha era diferente das senhoritas de seu círculo.

Não poderia lhe mandar um buquê como pedido de desculpas. Ele se recriminou assim que a insana ideia manifestou-se em seu íntimo, flores eram próprias de um cortejo. De sorte que estavam proibidas.

Outra vez, ele se lembrou de que somente comentara o ensejo de ir até à Casa Bridgerton. Decerto, ela até esquecera da conversa. Certamente, estava divertindo-se na companhia de suas primas.

Buscando tranquilizar sua consciência, ele escreveu uma carta para Agatha. Uma mensagem sucinta, sem floreios, ou dizeres românticos. Uma carta de amigos.
Desde a primeira missiva enviada, que foi prontamente respondida por ela, muitas outras trocas de correspondência fizeram com que Agatha Crane e Ethan Denbrook estivessem sempre juntos, não importasse os quilômetros de distância que se impusessem entre eles.
Não houve acordo, ou um consentimento tácito. Ninguém poderia precisar como tudo desencadeou-se. Foi aleatório. Projetado pelo acaso. Ele enviou uma carta. Ela o respondeu. Então ele achou que seria educado lhe escrever uma nova. Ela decidiu lhe escrever uma carta maior, descrevendo seus dias no campo. Ele achou a carta divertidíssima e pediu que ela sempre lhe contasse os detalhes de seus experimentos na estufa. Em troca, Ethan lhe confidenciava tudo o que acontecia em sua vida.
Um ano se correspondendo. E uma promessa não exteriorizada, ainda que estivesse intrínseca em seus atos, de que eles sempre escreveriam um para o outro.

"Querida Agatha,
Terminei meus estudos. Não como um aluno exemplar, do modo que meu pai desejara, no entanto, posso me vangloriar-me ao dizer que eu realmente sou bom em matemática. Quantas pessoas em nosso continente podem dizer o mesmo?..."

" Querido Ethan,
Asseguro-lhe que a matemática é uma ciência que apenas gênios compreendem. O que me faz pensar, ao ler a sua carta, que fenômenos milagrosos realmente existem! Serei eternamente grata por esse estímulo a minha fé..."

"Você é uma menina insolente, senhorita Crane..."

"Ethan, escrevo-lhe para lhe contar uma triste notícia..."
***

***1892***

" Abominável Ethan Denbrook,

Eu espero sinceramente que você morra afogado no Tâmisa, e que peixes carnívoros encontrem seu corpo e o devore, até as unhas... Pensando bem, melhor seria se os peixes o consumissem ainda vivo, e você sentisse cada uma das mordidas. Valendo-me de seu admirável conhecimento matemático, lhe explico o seguinte fato: isso é um décimo do sofrimento que você merece..."

(carta escrita em 1889. Nunca enviada)

- Estou de mudança para casa do tio Benedict. - Agatha Crane anunciou categoricamente, colocando sua valise sobre a grande cama de dossel.
- Você não vai morar com seu tio. - sua mãe retrucou imediatamente, desejando que aquela frase pusesse fim, de uma vez por todas, à discussão.
Para o desalento de Isabella, em se tratando de sua filha, não havia como encerrar um assunto, sem que antes a voluntariosa jovem lhe privasse por completo de uma existência simples e sossegada.
- Então eu me mudo para o galinheiro. - disse Agatha, dando de ombros enquanto ia até a penteadeira e recolhia alguns objetos.
Pelo amor de Deus! Uma única vez, era apenas o que a Sra. Crane almejava, que uma vez na vida Agatha lhe obedecesse piamente.
- Nós não temos um galinheiro. - ela lembrou a garota, tentando manter a calma.
Por um breve segundo, sua filha parou e pareceu pensar um pouco.
- Eu peço para usar o do vizinho. - disse em seguida, como se fosse a solução mais lógica para o problema.
Agatha tinha mesmo acabado de dizer que pediria estadia no galinheiro da propriedade dos Richesters?
Aquele seria um dia longo.
- Agatha Mariella Crane, pare agora mesmo de arrumar esta mala. - o tom autoritário da voz de Isabella ecoou por cada recanto do quarto.
A jovem bufou.
- Eu me recuso a ficar nesta casa enquanto o Lorde Tilgman e sua família estiverem hospedados aqui. Eu sei o que você pretende, mama, mas não há a menor chance de eu cooperar com essa sandice.
- Eu não pretendo nada. - mentiu Isabella com elegância. - Trata-se apenas de uma visita. Rebecca é uma amiga querida de muitos anos.
- E Ethan Denbrook é um genro ideal, não é mesmo? - acrescentou a filha com desgosto.
A mulher sorriu inocentemente.
- Essa é uma opinião vinda do seus lábios, não dos meus.
- Não vou me casar com ele.
- Você não tem como saber disso, faz anos desde que se encontraram pela última vez. Talvez depois de alguns dias juntos algum apreço surja entre vocês.
- Não vou me casar com ele. - Agatha repetiu a despeito dos argumentos de sua mãe.
- Mas ele é um nobre respeitado. E de feições agradáveis. Você se lembra do baile de Lady Ramson? Todas as jovens disputaram a atenção de Ethan.
- Eu. Não. Vou. Me. Casar. Com. Ele.
Isabella jogou-se em uma cadeira, exausta.
- Pois bem. É uma escolha sua, de todo modo. Apenas peço que pare de agir como uma criança pirracenta, se comporte como uma jovem de vinte dois anos e me diga o motivo de tão veemente recusa.
Ah.
Agatha prendeu a respiração.
Essa era uma pergunta que desejava nunca ter que responder.

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