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62 | E Se Jogarmos Uma Isca?

A sala parecia diferente de tudo o que Lissandre havia encontrado até aquele momento.

O ar era pesado, quase sufocante, como se a própria caverna rejeitasse a presença dos humanos ali. No centro, uma tumba colossal de quase cinco metros de largura e dois de altura dominava o espaço, feita de pedra negra e marcada com runas antigas que brilhavam com um brilho pálido e pulsante.

Ainzart parou na entrada, avaliando o ambiente com os olhos entrecerrados. Deena ainda estava inconsciente em seu ombro, então ele a deixou no chão e se virou para Lissandre, que entendeu mesmo sem ele dizer.

— Vou cuidar dela aqui. — ele também usaria como desculpa para não se enfiar em outra loucura perigosa, mas Ainzart não tinha ideia de seus pequenos cálculos, avançando para dentro da tumba sozinho.

Assim que Ainzart ficou próximo o suficiente, as runas na tumba começaram a brilhar intensamente. Um ruído baixo e ameaçador ecoou pela sala, fazendo Lissandre se encolher.

— Só acontece miséria seguindo esse demônio, em todo canto tem monstro... — ele reclamou, recuando um pouco.

De repente, uma criatura gigante começou a se formar no ar, invocada pelas runas da tumba. Era uma besta demoníaca de proporções grotescas, com garras afiadas, dentes serrilhados e um rugido que reverberava pela sala. Um híbrido grotesco de leão e serpente, com escamas negras reluzentes como obsidiana cobrindo a maior parte de seu corpo. Seus olhos eram como duas brasas flamejantes, e o estômago, parcialmente exposto, revelava uma carne vulnerável e pulsante.

Ainzart franziu o cenho. Ele não tinha sua força completa, mas não é como se tivesse escolhas depois de chegar até ali, ainda podia usar sua força.

A besta atacou com uma velocidade surpreendente para algo de seu tamanho, tentando esmagar Ainzart com uma investida de corpo inteiro. Ainzart foi forçado a desviar rolando pelo chão, se erguendo num movimento fluido, as garras da besta rasparam-se contra a pedra, criando faíscas e rachando o chão. Ainzart não tinha armas pra lutar, e seu corpo humano, embora ainda mais forte que o de um mortal comum, era significativamente mais frágil do que sua forma demoníaca, qualquer ferimento o deixaria incapacitado por muito tempo.

Ainzart não tinha tempo pra ficar brincando, já havia enfrentado aquela coisa vezes o suficiente pra saber suas fraquezas, então quando ela investiu em sua direção, a boca enorme aberta pronta para mordê–lo, ele esperou que a criatura se aproximasse antes de desviar para o lado, saltando em seu focinho, forçando seu peso em sua cabeça e derrubou a criatura no chão, seus olhos eram uma de suas fraquezas e sem pensar duas vezes, socou um de seus oito olhos, a córnea explodindo e espirrando em sua direção, a besta soltou um rugido estridente de dor. O impacto fez a cabeça dela balançar para o lado, mas, antes que ele pudesse atacar novamente, a cauda musculosa o atingiu, arremessando-o contra uma das paredes.

Ainzart caiu de joelhos, pressionando a mão no peito enquanto tossia, mas levantou-se rapidamente, vendo a criatura rugindo e esfregando a cabeça no chão, a perda de um olho a deixando fora de si. A besta rugiu novamente, avançando com a mandíbula escancarada, tentando engoli-lo inteiro. Ainzart esperou até o último segundo antes de saltar para cima da cabeça da criatura, segurando-se em um dos chifres. Usando sua força, ele cravou o punho em outro olho, sentindo o fluido quente e viscoso jorrar sobre sua mão.

A criatura se debateu, sacudindo a cabeça violentamente e lançando Ainzart ao chão. Ele caiu pesadamente, rolando pro lado quando a criatura ergueu a pata para esmagá-lo.

Ainzart se ergueu e avançou em direção à criatura, desviando de suas garras e cauda enquanto se aproximava de seu estômago vulnerável. Ele saltou novamente, desta vez agarrando uma das escamas próximas à área exposta e usando sua força para arrancá-la. A besta urrou em agonia, virando–se para tentar esmagá-lo com sua cauda.

Ainzart conseguiu escapar por pouco, mas o movimento desajeitado da criatura revelou ainda mais a área sem escamas. Sem hesitar, ele correu na direção dela novamente, desviando de outro golpe de cauda, as paredes da tumba tremiam, derrubando poeira e algumas pedras e estacas do teto.

Ele jogou todo o peso de seu corpo em um soco direto na carne pulsante, o impacto fez a criatura soltar um rugido ainda mais alto quando Ainzart perfurou seu estômago com a escama, sua mão afundando até o antebraço e, ao sentir algo frio e elétrico dentro do corpo da criatura, o agarrou e puxou, arrancando um núcleo de cristal cinza. A criatura urrou e se sacudiu, antes de cair, seu corpo enorme sacudindo em espasmos enquanto o sangue se espalhava pelo chão.

Ofegante e coberto de sangue negro, Ainzart recuou, observando a criatura finalmente parar de se mover e sacudiu o braço, espirrando sangue para todo lado. Lissandre estava impressionado. Mesmo sem a forma demoníaca e os poderes, Ainzart ainda conseguia derrubar aquela coisa e perfurá-la com as mãos nuas.

Ainda recuperando o fôlego, Ainzart caminhou até a tumba, passando por cima do rabo da criatura, tocando na superfície de pedra no centro da enorme sala, que agora estava com algumas rachaduras por causa da batalha.

Com um empurrão, Ainzart empurrou a tampa da tumba, as veias dos braços e pescoço se sobressaindo enquanto ele travava a mandíbula pelo esforço. O som da pedra deslizando ecoou pela sala e o cheiro pútrido de um cadáver surgiu. Ao olhar dentro da tumba, o enorme corpo quase completamente decomposto de um demônio estava deitado ali, cercado por um tesouro que emanava uma fumaça negra, claramente era um tesouro amaldiçoado.

No meio daquele tesouro, uma lâmina negra com entalhes intrincados que pareciam pulsar com uma energia própria chamava atenção, a empunhadura da espada tinha escamas e quando seus dedos tocaram a espada, ele sentiu aquela familiaridade satisfatória em segurar sua espada. No instante seguinte, o mundo ao seu redor começou a mudar.

O som de um gemido longo e rouco fez Lissandre encarar Deena, que abriu os olhos de uma vez. A dor que irradiava por todo o seu corpo a fez gemer baixo, enquanto seus sentidos lentamente voltavam ao normal, erguendo a mão para tocar a cabeça que pulsava de dor. No instante em que tocou a testa, sentiu falta de seus chifres, o choque foi imediato.

— Meus chifres! — berrou, a voz rouca fazendo Lissandre saltar de susto ao encará-la. — Onde... onde...?! — tateava pela cabeça, se sentando de uma vez, antes de finalmente notar as próprias mãos.

O tom de pele rosa e vibrante que tanto amava estava perdido, substituído por um tom profundo de marrom. Tocando em suas costas, não encontrou suas asas, apenas pele lisa e nua, seu desespero apenas aumentou ao se pôr de pé, as roupas caindo do corpo.

— Como fiquei tão horrorosa?! — gritou em pânico e Lissandre, que a observava, não sabia como responder.

Ainda processava o que havia acontecido com Ainzart, mas a transformação de Deena parecia tê-la abalado de uma forma diferente.

— Deena... — começou, a demônia tateou os braços, cutucou a barriga, puxou os cabelos antes de começar a chorar, caindo sentada no chão. — Deena, calma, não é o fim do mundo...

— Eu virei um ser inferior! — ela exclamou no meio do choro. — Isso não é real. Isso não é real! Eu perdi tudo... minhas asas... meus lindos chifres e... minha pele! — ela virou–se para Lissandre, grossas lágrimas escorriam pela face enquanto um biquinho surgia nos lábios cheios da succubus. — Eu era perfeita! E agora... agora eu pareço...

— Uma humana? — Lissandre completou com um sorriso nervoso, tentando aliviar o clima e Deena o fuzilou com o olhar, mas antes que pudesse continuar seu drama, um som estranho ecoou pela caverna.

Os dois se viraram em direção ao som. Era baixo no início, mas aumentava gradualmente, como um coro de vozes grotescas e rosnados.

— Isso é... o que eu acho que é? — Lissandre sussurrou com medo e Deena tentou usar sua magia de fogo, una careta de dor surgindo em sua face ao sentir uma dod aguda no peito.

— Não posso usar magia. — ela murmurou, os zumbidos ficando cada vez mais altos e mais próximos. — Estão chegando...

— I-isso parece que são...

— Zumbis. — Deena completou, a palavra saindo como uma maldição, se levantando outra vez, agora o pânico por outro motivo.

Ambos encararam a tumba, onde Ainzart estava imóvel, segurando a espada com uma mão, a encarando com uma expressão vazia e sua respiração era imperceptível.

— Ain–Belyal! — Lissandre chamou, mas o ex–demônio nem se moveu. — Belyal!

Ainzart não respondeu, sua mente parecia estar em outro lugar, os dedos firmemente agarrados à lâmina.

— Ele está em transe! — Deena reclamou, tropeçando ao tentar ir na direção dele, se amaldiçoando por ter esquecido de que não tinha mais as asas para voar. — Deve ser alguma maldição da espada, puxou a mente dele pra longe! E aqueles... aquelas coisas estão vindo!

Os gemidos estavam mais próximos agora, acompanhados pelo som de passos arrastados e grunhidos. Lissandre olhou ao redor, desesperado, tentando encontrar algo que pudessem usar como arma.

— Não dá pra ter paz um segundo nesse lugar, que inferno! — reclamou ele, mais para si mesmo do que para Deena.

— Vamos acordar ele! — Deena insistiu, puxando Lissandre pelo braço e ambos correram até a tumba, desviando do cadáver da criatura no chão, um ajudando o outro a subirem na borda da tumba.

Lissandre, ao ser puxado por Deena, se sentou na borda, arregalando os olhos ao ver tanto ouro e prata dentro da tumba. Joias, tiaras, coroas, tantas coisas que o faria querer pegar e guardar pra si, mas a aura negra daquelas coisas o convenceram do contrário.

Pisando por cima do tesouro, ambos se apressaram até Ainzart, Deena se jogando no braço dele enquanto Lissandre segurava seu pulso, sacudindo seu braço.

— Belyal, se você não acordar, nós estamos mortos! Anda, demô– homem! — Deena o sacudiu com mais força, mas ainda assim, o ex–demônio não reagiu e as primeiras figuras começaram a emergir da escuridão, vindos da única entrada daquela tumba.

Eram corpos deformados, suas carnes apodrecidas e os olhos brilhando com uma luz fantasmagórica. Eles avançavam lentamente, mas o número crescente fazia o chão tremer sob seus pés, os três no fundo daquela tumba estavam encurralados.

— Porra de demônio, não basta morrer, ainda tem de fazer necromancia pra perturbar os ladrões da tumba dele. — Deena resmungou, quase fazendo Lissandre rir naquela hora imprópria. — E se... — Deena o encarou, parecendo ter tido uma ideia louca, antes de olhar para Ainzart. — E se jogarmos esse feioso aqui lá no meio como isca e fugirmos?

Lissandre encarou Ainzart por um instante, piscando devagar antes de voltar a olhar para Deena com confusão. Onde aquele príncipe mestiço era feio?

Continua...

A Autora tem algo à dizer:

Deena

Ai como eu amo essa causadora da discórdia, tem que ser belíssima e sedutora em ambas as versões sim, olha que linda

( ˘ ³˘)♥

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