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58 | Uma Pista?

— Sua espada? — Deena questionou após um longo silêncio e Ainzart acenou, as garras subindo até o chifre e começando a arranhá-lo. Lissandre sabia que ele fazia aquilo quando estava pensando com calma.

— Está em um túmulo velho. — sua resposta foi acompanhada por uma careta de desgosto de Deena e uma expressão um tanto curiosa de Lissandre.

Lissandre nunca havia entrado em um túmulo antes, mas ouviu que eram cheios de armadilhas mortais e tesouros inestimáveis. Ou só um monte de lixo inútil que ninguém queria.

Ainzart suspirou com alguma frustração ao pensar que só aquela espada serviria para alguém como ele, apesar de ser uma espada maldita. Com aquela espada, podia usar as sombras para abrir fendas ao mundo humano.

Era uma espada que se encaixava tão bem com suas habilidades que ele não sabia como teve a sorte de encontrá-la por acaso em suas outras vidas, quase como se ele precisasse dela e alguém a colocasse em seu caminho.

Achava isso esquisito e bem questionável, mas ainda admitia que não havia espada melhor para si, mesmo que ela tivesse um espírito e que tentasse dominar sua mente o tempo todo. Em suas outras vidas, quando era enfraquecido pelas barreiras sagradas da capital, a maldita espada perturbava sua mente, o deixando cada vez mais instável, o que o levava à sua morte iminente.

Dessa vez tinha certeza de que controlaria bem a espada, sabia as provações que ela faria e não cairia facilmente em sua manipulação.

— Então você vai arrastar uma succubus inútil, eu e um cachorro pra uma ruína perigosa atrás de uma espada qualquer? — Lissandre questionou enquanto acariciava Sirius e Deena fez uma careta ofendida.

— Eu sou mais útil que você, pelo menos não fico reclamando de tudo como uma criança mimada! — ela rebateu.

Lissandre abriu a boca para responder, mas Ainzart os interrompeu.

— Eu não vou tomar reinos, não me interessa ser rei dessa porcaria. — Deena e Lissandre trocaram olhares irritados enquanto ele falava, mas ficaram em silêncio. — Vou buscar minha espada. Se não quiserem, problema de vocês. Estou levando só o coisa felpuda. — Sirius, que estava aninhado nos braços de Lissandre, latiu animado, como se soubesse que era a carta branca do grupo, o único livre das ofensas e provocações e ainda era protegido por todos.

Não é como se o destino do grupo estivesse em discussão, desde o começo, Ainzart seguia para onde queria, Lissandre o seguia pois não tinha escolha e Deena seguia os dois pois era divertido.

Quando partiram no dia seguinte, Lissandre voltou a reclamar. Pelo tempo que estimava, já deviam estar vagando por aí há cinco ou seis semanas, quase cinquenta dias e em todo esse tempo, tirando a semana no castelo de Kalthar, ele não havia tomado outro banho. Se sentia imundo, um indigente, além de estarem caminhando sem descanso por horas. No começo Deena ou Ainzart retrucavam suas reclamações, mas ele seguiu arranjando novas reclamações, como se tivesse guardado suas queixas por semanas e agora, soltava todas de uma única vez já que a guerra fria havia cessado.

— Você sabia que reclama mais do que anda? — Deena comentou, um sorriso provocador nos lábios, sentindo que as orelhas cairiam se ouvisse mais uma reclamação que fosse.

— E você sabia que é mais irritante do que útil? — Lissandre retrucou, sem sequer olhar para ela, chutando um punhado de areia.

— Você é muito reclamão, parece um bebê chorão.

— Você fala muito também, deveria calar a boca. — Lissandre seguiu no mesmo tom e Deena riu, satisfeita por ter conseguido tirar Lissandre do sério.

Ainzart, ouvindo a troca, não conseguiu evitar um leve sorriso. Ele estava começando a achar a teimosia de Lissandre mais divertida do que irritante.

Em uma das paradas, enquanto se abrigavam em uma formação rochosa para comer, Lissandre percebeu que Sirius não estava por perto, nem se lembrava se o filhote os seguia nas últimas horas. Ele procurou ao redor, chamando pelo filhote, mas não havia sinal dele.

— Tem certeza de que não o ouve por perto, Dee? — Lissandre se apegou á succubus quase como se fosse culpa dela pelo bicho ter desaparecido.

— Talvez ele tenha se cansado das suas reclamações. — Deena comentou, rasgando com os dentes a carne da caça que Ainzart havia oferecido. Ela era como Ainzart, comia o que tinha, cru, sem se importar, até mesmo os ossos ela mastigava.

— Ou da sua cara de bunda. — Lissandre bufou com uma careta de desagrado, vendo os dois demônios se deliciando com aquele "banquete".

Deena gargalhou, ignorando a ofensa.

Enquanto isso, Ainzart estava afastado, sentado em uma pedra, em completo silêncio. Seu olhar estava distante, perdido e ao invés de incomodá-lo para procurar por Sirius como originalmente pretendia fazer, Lissandre também manteve a distância ao perceber que ele estava entrando outra vez naquele estado distante que se enfiava de vez em quando. Achava estranho, uma hora o demônio ria e provocava os dois e então, ficava quieto e distante, não falava por dias e evitava até mesmo se aproximar deles, qualquer coisa o deixava hostil e agressivo e ele sumia para caçar com mais frequência, voltando sempre banhado de sangue.

— Meu pobre filhote, fugiu dessas carrancas feias de vocês. — Lissandre resmungou, tirando um prato com peixe frito e arroz de seu anel. Não estava com muita fome, mas se não comesse agora, não tinha ideia de quando o demônio pararia outra vez para eles comerem.

— Até ele se cansa de um fresco reclamão como você, meu amor. — Deena deu de ombros, mordendo outro pedaço de carne.

Deena e ele também cessaram um pouco nas trocas de farpas, não queriam correr o risco de perturbar o humor já perturbado de Ainzart e ele se irritar com eles, então quando voltaram a andar, Lissandre pegou o livro vermelho para folhear um pouco sentindo a frustração crescer só de ver aquelas letras desconhecidas. Nos livros que havia roubado de Kalthar não havia qualquer coisa útil que servisse pra ter alguma direção da tradução daquele livro.

— Isso é inútil. — resmungou, fechando o livro com um estalo alto. Ele olhou para o volume vermelho com decepção, como se fosse culpa dele estar em uma língua indecifrável. — Nem sei por que ainda tento ler isso.

Deena, que estava voando baixo enquanto lixava as unhas, ergueu os olhos preguiçosamente para ele.

— Reclamando de novo, você não cansa não? — Lissandre revirou os olhos, a encarando aborrecido e ela sorriu. — O que foi agora? O que perturba o nosso bebê Lis?

Lissandre ignorou a provocação e ergueu o livro para mostrá-la.

— Não consigo decifrar isso. Já tentei de tudo. As palavras não fazem sentido, nem achei um nome para esse idioma, de qual raça é, de onde veio, qual época, nada. E eu estudei muitos idiomas antes.

Deena arqueou uma sobrancelha e largou a lixa, voando até ele e pousando na areia, olhando pro livro com curiosidade. Havia visto Lissandre com ele diversas vezes, mas ela não tinha interesse em livros, então não se importava muito.

— Onde pegou isso?

— Roubei de um cego. — Lissandre encolheu os ombros e Deena soltou uma gargalhada divertida.

— Isso explica por quê está no inferno, também roubou doces de crianças? Ou chutou idosas? — e continuou gargalhando, mas Lissandre ignorou a provocação até ela se acalmar por conta própria. — Ai! Você é muito fofinho pra ser malvado assim, meu bem, aqui… deixe titia Deena ver esse livrinho que o neném não entende...

Lissandre hesitou, mas acabou entregando o livro. Deena o pegou com curiosidade, abrindo em alguma página aleatória. Ela estreitou os olhos enquanto examinava as letras.

— Estranho... — ela murmurou pra si mesma.

— Estranho como? — Lissandre perguntou, inclinando–se para frente.

Deena virou outra página, virando o livro de lado, ao mesmo tempo em que virava a cabeça

— Essas letras... já vi algo parecido antes.

— O quê? Onde? — Lissandre se aproximou dela, ambos alheios ao fato de Ainzart já estar bem distante.

Deena mordeu o lábio inferior, pensativa.

— Não lembro exatamente. Foi há muito tempo, talvez... uns trezentos e cinquenta anos... — Lissandre arqueou as sobrancelhas surpreso. Tanto tempo? — Mas tenho quase certeza de que reconheço esse estilo de escrita, mas não consigo lembrar onde...

Lissandre inclinou a cabeça, intrigado e com um traço de esperança.

— Então você consegue ler?

Deena soltou uma risada seca.

— Não, claro que não. Só disse que reconheço as letras. Não sei ler, não é como se tivesse uma escola aqui no inferno ensinando os demônios como no mundo mortal é costume. Já é um grande avanço um demônio saber falar, aqui crescemos e aprendemos tudo por conta própria. — ela deu de ombros, devolvendo o livro para Lissandre, que o observou por um instante.

— Ótimo, então estamos exatamente onde começamos. — ele ironizou, passando a mão nos cabelos com frustração.

— Ah, mas eu tenho certeza de que não foi aqui, no submundo. — ela sorriu. — Não sei como o mundo mortal está agora, mas na época, havia algumas tribos de demi–humanos...

— Seria os homens–besta? — Lissandre se animou, mas Deena sacudiu a cabeça, sem resposta.

— Bem, não tenho certeza. Eu disse trezentos e cinquenta anos aqui no submundo, mas o tempo aqui e no mundo mortal é diferente, então...

— O quê?! — Lissandre a interrompeu, em choque e ela o encarou confusa. — Quanto tempo? Do que...

— Ué, não sabia? — ela sorriu travessa, enrolando de propósito. — Um dia aqui no submundo, equivale a quarenta e dois dias no mundo mortal. Pelo tempo que está aqui, já faz quase um ano que está aqui.

Continua...

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