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51 | O Demônio Cavalheiro

Deena estava apavorada.

Procurou por Lissandre durante horas na cidade, mas não o encontrou e sem escolhas, voltou para a pousada. Era óbvio para ela que o humano não tinha simplesmente decidido fugir, ele não conseguiria sobreviver por conta própria.

— Por que isso só acontece comigo? — resmungou para si mesma, andando de um lado para o outro no corredor em frente ao quarto de Ainzart.

Estava com medo de acordar o demônio, ele poderia matá-la por ter perdido o mascote dele. Por mais irritante que fosse admitir, Deena sabia que Ainzart era a única esperança para encontrar Lissandre.

— Ah, foda-se! — e ela abriu a porta do quarto.

O quarto era como ela esperava: sombrio, silencioso e carregado da aura opressiva de Ainzart. Ela ainda se impressionava como aquele humano parecia tão tranquilo perto de Ainzart, quando aquele demônio tinha uma presença hostil sufocante. A luz fraca de runas nas paredes lançava sombras dançantes sobre os móveis austeros, e, no centro, estava ele.

Deitado na cama, Ainzart parecia imóvel, quase como uma estátua. Seus olhos estavam fechados e sua respiração era tão lenta e rasa que por um momento Deena pensou que ele estivesse morto.

— Ei, Bel… — ela sussurrou, hesitante. Quando ele não respondeu, ela se aproximou mais um pouco. — Bel, acorda! Temos um problema!

Ela tocou seu ombro, mas sua pele estava fria, rígida como granito. Deena sentiu um calafrio subir por sua espinha. Sabia o que aquilo significava.

Ele estava hibernando.

— Merda, isso não é hora…

Ela começou a se desesperar, o sacudindo e gritando, até chegou a conjurar uma pequena chama mágica perto de seu rosto, na esperança de provocar alguma reação, mas nada funcionou. Deena começou a andar de um lado para o outro no quarto, mordendo o lábio e tentando ignorar o desespero crescente.

— Isso não é possível. Por que agora? Tanta hora pra hibernar e apaga logo agora, Belzinho?

A hibernação era rara entre demônios, mas ocorria quando eles precisavam recuperar energia ou processar uma evolução de status de sangue. Ela descartou a segunda opção, era muito rara, aquele híbrido com certeza não iria só… evoluir numa taberna xexelenta como aquela depois de matar algumas bestas fora da cidade.

Desamparada, ela olhou para Sirius que estava observando os dois com curiosidade e bufou.

— O que faremos agora, Sirizinho?

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Quando Lissandre recobrou a consciência, estava em um lugar que parecia ser um quarto luxuoso, embora de gosto duvidoso.

Tapeçarias carmesins pendiam das paredes, iluminadas por tochas cujas chamas tinham um tom esverdeado. Ele estava deitado em uma cama enorme, macia e confortável, mas suas mãos estavam presas por correntes de metal negro que prendiam nas paredes acima da cabeceira.

Piscando com força, tentou se acostumar com a claridade, seu olhar vagando ao redor antes de gritar de susto ao ver uma figura parada ao pé da cama, o observando com um sorriso. Era um demônio de pele alaranjada, chifres curvados e retorcidos em sua cabeça e diversos olhos pela face, todos fixos em Lissandre. Com um traje impecável ajustado à sua figura esguia e uma postura até régia, até se assemelhava a um nobre se não fossem os chifres, a pele e os diversos olhos em sua cara.

— Olá, pequenino… — o demônio disse ao vê-lo acordando e se inclinou, seu corpo esguio se curvando como se fosse se quebrar sob a cama e Lissandre, alerta, se encolheu contra a cabeceira. — Um humano aqui, no nosso mundo, não sabe o quão surpreso fiquei quando o vi. — um sorriso se desenhou nos lábios do demônio, que o mediu de cima a baixo. — Antes que eu percebesse, já o havia trago até meu castelo. Até o projetei para ser do agrado de sua espécie, li em muitos livros que gostam muito desse tipo de construção…

— O que… o que você quer comigo? — Lissandre o encarou com falsa calma e o demônio manteve seu sorriso, mas não respondeu. Lissandre respirou fundo, olhando ao redor por um instante, procurando uma rota de fuga, disfarçando a frustração ao ver que as janelas tinham grades e nem havia uma porta naquele lugar.

— Sua voz é tão… melódica… satisfatória de se ouvir… — seu tom diminuía enquanto seu olhar se intensificava e Lissandre recuou mais um pouco, com medo. — Sempre quis criar um, quem diria que veria um espécime tão… belo. — seu sorriso se alargou e Lissandre ficou dividido entre estufar o peito de orgulho ou fazer uma careta de nojo.

Ele era tão bonito que até mesmo um demônio reconhecia isso! Aquele príncipe exilado maldito devia ter um buraco no cérebro para seguir chamando-o de “coisinha feia”.

Antes de questionar o que o demônio queria dizer com aquilo, a criatura exclamou alto, como se tivesse esquecido de algo e desapareceu no ar como uma sombra.

Sem perder tempo, Lissandre tentou soltar as grossas correntes que prendiam seus pulsos, apesar de imobilizado, conseguia abaixar os braços e movê-los até certo ponto, mas sair da cama estava fora de questão.

A ideia de ser mantido como “propriedade” de um demônio era irritante, já podia se imaginar vitima de alguma tortura mirabolante ou virando escravo de alguma forma, até que o demônio surgiu outra vez e Lissandre gritou pelo susto.

— Se acalme, pequenino. Eu apenas trouxe isso… — e com um gesto casual, ele ergueu uma bandeja com alguns pratos de comida, os deixando em uma ponta da cama. — Coma. — mandou, antes de, com um estalo, desaparecer outra vez.

Lissandre estava inquieto, sem ideia do que fazer. Não comeria aquilo. Felizmente estava com seu colar e anel, verificando em suas coisas, encontrou o livro vermelho e a certeza de que Ainzart o encontraria o fez relaxar um pouco. O demônio viria, se não por ele, talvez pelo livro e isso era suficiente.

Mais tranquilo, olhou outra vez para a comida, se surpreendendo ao ver alguns pratos típicos dos humanos. Uma sopa, arroz branco, peixe assado e até pães com gergelim. Mesmo que parecesse bom, ele ainda não tocou em nada daquilo, se mantendo em guarda até que o demônio surgiu outra vez, horas depois, olhando pra ele, pra bandeja, depois pra ele outra vez e arqueando as sobrancelhas.

— Não é do seu agrado? Devo buscar mais opções do menu humano, pequenino? — seu tom era cheio de pena e Lissandre franziu os lábios, vendo o demônio recolher a bandeja lentamente. — Irei procurar por algo melhor, com certeza encontrarei algo que seja do seu gosto. — e desapareceu outra vez, deixando Lissandre sozinho por alguns instantes antes de retornar, dessa vez com um enorme bife mal passado, costeletas e até um tipo estranho de refogado que exalava um aroma tentador até mesmo para Lissandre. — Aqui, pequenino, talvez isso seja melhor. — e deixou a bandeja na beirada da cama, encarando Lissandre com expectativa.

— Vai ficar aí até que eu coma isso? — Lissandre arqueou uma sobrancelha e o demônio sorriu lisonjeiro.

— Humanos são frágeis, precisam se alimentar com frequência. Li em um livro que podem até mesmo morrer, temo que sem uma refeição adequada, você, meu pequenino, faleça de uma hora pra outra. — e suspirou, cruzando os braços. — Se não for do seu agrado, posso continuar buscando outras opções.

Lissandre o encarou sem vontade de responder. O jeito que ele falava, se portava e se vestia parecia diferente dos outros demônios que ele viu.

— Você tem nome? — questionou, decidindo tentar negociar. Não queria ser mascote de ninguém, ficar ali era ridículo, mas o demônio parecia disposto a ouvir.

— Me chamo Kalthar, lorde destas terras. E você, meu pequenino?

— … Vance. — mentiu, olhando para os pulsos presos. — Como quer que eu coma se estou com as mãos presas?

— Ah, é apenas um feitiço de retenção. Enquanto pensar em fugir, estarão aí. — o demônio sorriu, unindo as mãos atrás das costas. — Pequenino, este é seu novo lar. Farei o possível para deixá-lo confortável, mas não pense em fugir, fora daqui há um sem fim de criaturas sedentas pela sua carne.

— E quer que eu acredite que você é a exceção? — Lissandre arqueou uma sobrancelha, sua voz carregada de ceticismo.

— Quero apenas o prazer de sua companhia. — o demônio sorriu galante e Lissandre fechou ainda mais a cara, alerta. — Eu prometo, não farei nada que não goste. Sou um demônio de palavra, meu interesse nos humanos é puramente por estudos. São criaturinhas fascinantes, pela primeira vez tenho um espécime vivo diante de mim. Seria burrice destruí-lo ou devorá-lo.

Lissandre o analisou por um longo tempo, mas não é como se tivesse muitas escolhas além de esperar por algum resgate ali e sentiu as correntes apertarem um pouco menos ao redor de seus pulsos.

O demônio considerou sua atitude positiva e desatou a falar, se aproximando de uma pequena mesa próxima à uma janela onde ocupou a cadeira, suas longas pernas quase tocando o peito de tão pequena a cadeira era (ou quão grande ele próprio era).

Lissandre não estava interessado no falatório, mas como o demônio só falava das coisas “interessantes” do mundo mortal que havia lido em algum livro e esperava que ele confirmasse se era verdadeiro ou falso, acabou relaxando ainda mais sua guarda

Continua...

A autora tem algo à dizer:

Lorde Kalthar

Idade: 2897 Anos

Altura: 3,28

Demônio de Linhagem Superior

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