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36 | Convite Estranho

Lissandre tentou ignorar o nervosismo enquanto seguia ao lado de Kalil á procura dos parentes dele. Não queria tocar no assunto daquele paquerador sem vergonha, se sentia extremamente tímido quanto a isso, além de uma leve relutancia que o impedia de se divertir ou aproveitar algo assim.

Até então, havia sido ensinado á aceitar somente um alfa em sua vida, parecia errado até mesmo considerar sair com algum outro mesmo que seja apenas aceitar um flerte ou outro.

E para não pensar naquele príncipe bastardo, evitou de pensar em Kalil bem ao lado que estava praticamente o lambendo com o olhar.

Quando avistou Léia, ela e Benny já carregavam várias sacolas e o grupo voltou a caminhar juntos, pro desprazer de Kalil, que ainda queria passear sozinho com Lissandre.

Anastácia voltou a grudar em Lissandre, os dois como cola passearam por aí até que Lissandre avistou o reverendo. Ele estava parado à sombra de uma árvore, conversando com um grupo de aldeões.

Lissandre franziu o cenho, os encarando por um longo tempo até Anastácia puxá-lo levemente, querendo ir até uma barraca de acessórios, mas ao ver o reverendo se afastar dos aldeões, ele agiu por impulso, soltando a mão de Anastácia.

— Ana, eu vou dar uma volta, volto já. — e sem olhar para Anastácia, que franziu um pouco as sobrancelhas, mas não tentou segui-lo, achando que ele queria ir ao banheiro, ele se afastou.

Lissandre seguiu o reverendo à distância, evitando esbarrar nas pessoas, esperando por um momento em que o homem ficasse sozinho. O reverendo seguiu num ritmo lento, cumprimentando quem via pelo caminho e eventualmente deixou o festival, caminhando em direção ao templo.

Lissandre hesitou por um momento antes de segui-lo. Não queria ficar sozinho com aquele cego esquisito, mas ainda queria saber onde ele enfiava aquele livro. O som do festival desaparecia à medida que ele se aproximava do templo, e o silêncio se tornava quase opressor.

Quando o homem entrou no templo, Lissandre considerou voltar. O lugar estava deserto, seria estúpido entrar ali sozinho com aquele esquisitinho. Após considerar um pouco, ele decidiu dar a volta, passando pela lateral do templo. As janelas eram altas demais pra tentar espiar, mas felizmente a lateral em que seguia era junto à floresta e havia uma leve inclinação no solo que o permitiu subir e apoiar contra a parede, se esticando para espiar por uma das janelas, se apoiando no parapeito e tentando ganhar uma visão melhor.

O templo parecia vazio, mas quando conseguiu ver algo, perto do altar, algumas figuras encapuzadas se reuniam ali, ajoelhadas e falando algo em um tom baixo. Elas usavam mantos negros que cobriam até os pés e Lissandre franziu o cenho, sem ideia do que faziam ali, pareciam falar aos sussurros.

De repente, um barulho suave o fez se virar em guarda. Ali, na esquina do templo, o reverendo o observava com as mãos unidas na frente do corpo. Lissandre sentiu o suor frio brotar nas palmas das mãos, o coração acelerando enquanto prendia a respiração.

— Sabia que estava me seguindo. Você é muito curioso para um forasteiro, rapaz. — o reverendo com um sorriso suave nos lábios, cumprimentou.

A voz do homem carregava uma calma assustadora, como se ele já soubesse exatamente o que Lissandre estava fazendo ali e Lissandre sentiu seu corpo se tencionar.

— Eu… só queria ver o templo mais de perto. — mentiu, tentando manter a compostura.

O reverendo sorriu mais, mas o gesto não tinha nada de caloroso.

— É isso mesmo? Ou talvez tenha vindo buscar algo que acha que lhe pertence?

O coração de Lissandre disparou, mas ele manteve o rosto inexpressivo. Ele não tinha como saber, tinha?

— Não sei do que está falando, reverendo. Apenas estava curioso.

O reverendo deu alguns passos em sua direção e Lissandre sentiu um calafrio descer pela espinha, aquelas faixas ao redor dos olhos do homem não o impediam de se sentir asquerosamente observado.

— Não precisa mentir, meu rapaz. Eu vejo além do que os olhos mostram. E você… — ele inclinou a cabeça levemente, como se estivesse analisando Lissandre de cima á baixo. — Você carrega desejos profundos, coisas que nem mesmo entende ainda.

— Não diga o que não sabe. Dá calafrios quando você olha pra mim, por acaso finge que é cego? — o reverendo parou por um momento, antes de seu sorriso voltar.

Lissandre ficou ainda mais alerta, vendo o homem erguer as mãos e abaixar o capuz, revelando uma cabeleira loira. Lentamente, ele começou a desfazer as faixas, Lissandre sentiu o sangue gelar, sem ideia do que esperar.

— Está enganado. Realmente sou cego. — disse o reverendo, por fim removendo as faixas e, devagar, abriu os olhos, revelando dois buracos ocos onde deveria estar seus globos oculares. Lissandre sentiu o estômago se revirar, a bile amargar e até perdeu as forças nas pernas, se apoiando na parede pra não cair. — Os perdi ainda criança. — o reverendo ainda parecia tranquilo. — Sei que quer algo de mim. E talvez deva levar algo daqui. Mas não sem oferecer algo em troca, jovem.

— O quê? — Lissandre perguntou, a voz mais alta do que pretendia, se obrigando a não pensar naqueles ocos nos olhos do homem.

— Tudo na vida é uma troca, meu jovem. — e ele começou a colocar as faixas de volta. — Ofertas e desejos. Você está disposto a oferecer algo em troca do que busca?

Lissandre ficou em silêncio, sem saber como responder. Havia algo no tom do reverendo que parecia mais profundo do que uma simples pergunta, o desconforto que sentia ao ser encarado pelo homem não havia diminuído, pelo contrário, havia se intensificado.

— Venha ao batismo esta noite. — o reverendo continuou, sua voz agora mais suave. — Ás onze em ponto, no templo. Talvez você encontre o que procura. — e sem esperar uma resposta, ele partiu.

Lissandre ficou ali por mais alguns segundos antes de sair apressado, o coração batendo forte e os pensamentos á mil.

Enquanto caminhava de volta ao festival, Lissandre segurava a flor que Kalil havia dado a ele mais cedo, agora um pouco amassada em sua mão, mas não conseguiu prestar atenção nisso enquanto se apressava para longe do templo. Aquele reverendo parecia olhar pra ele de forma quase obcena, mas nem olhos tinha!

A feira estava no auge quando Lissandre retornou da caminhada até o templo. As vozes das pessoas misturavam-se à música dos músicos locais, e o cheiro de comida recém-preparada preenchia o ar. Mas, ao contrário do que ele esperava, ao encontrar Benny, seu sangue gelou ao ver como ele parecia pálido e aflito.

Benny segurava um facão de caça com uma expressão de preocupação e os gêmeos, Irick e Briar, estavam sentados no chão, abraçados um ao outro, com os rostos molhados de lágrimas. Quando Lissandre os viu assim, sentiu o estômago afundar, apressando o passo em direção à família e Benny pareceu aliviado ao vê-lo, olhando ao redor como se procurasse mais alguém.

— Noah, por onde esteve? E Ana? Ela esta com...? — seu tom urgente apenas fez Lissandre ficar ainda mais aflito.

— O que aconteceu, Benny? — perguntou, tentando ignorar o aperto em seu peito, os olhos vagando ao redor, sem ver sinal de Anastácia, Léia ou Kalil. — Onde... onde está tia Léia? E Kalil? — um péssimo pressentimento soou no fundo de sua mente e seu peito se oprimiu, o rosto de Anastácia vindo em sua mente, seus olhos se arregalando ao olhar pro homem. — Ana? Onde está a Ana?

Benny o olhou com seriedade, respirando fundo antes de falar em um tom baixo

— Ana desapareceu, Noah.

Continua...

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