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33 | Porco Maldito

Já anoitecia quando Lissandre e Anastácia voltaram pra casa. Léia estava preocupada, mas quando mencionaram a permissão de Benny para passear, ela relaxou e pediu ajuda da filha para preparar o jantar enquanto deixava Lissandre descansar. Sem o que fazer, ele se sentou na varanda na companhia dos gêmeos, observando os dois brincando com alguns blocos coloridos no piso de madeira.

Não demorou para ver Benny e Kalil retornando dos campos. As botas estavam sujas de terra seca e os rostos, banhados de suor, pareciam tranquilos e relaxados caminhando lentamente. Kalil carregava nos braços uma cesta de frutas que havia colhido mais cedo, enquanto Benny ajeitava o chapéu na cabeça, e parecia provocar o filho com alguma coisa até pararem diante da varanda.

Kalil parou à sua frente, segurando uma das frutas arredondadas e de casca amarelo-clara, com pequenos pontos marrons e Lissandre encarou aquela coisa com óbvia curiosidade.

— Toma, é uma fruta única da região. — Kalil explicou, estendendo a fruta.

Lissandre aceitou a oferta já que estava com fome, suco doce escorreu pelo canto de sua boca, pegando-o de surpresa.

— É boa, né? — Kalil sorriu e Lissandre acenou, mastigando devagar.

Era um pouco cítrico, mas bem suave e ele deu mais algumas mordidas, vendo o alfa o encarando com graça.

— Está fazendo uma bagunça, nunca comeu kiki antes? — Lissandre negou, mas finalmente se lembrou de onde conhecia a fruta.

Kiki ou Kiciokikabrio, era uma fruta comum nessas regiões e na capital custava algumas dezenas de ouro. Era tão valiosa e os plebeus as comiam aos montes por aqui.

Benny, que observava a cena de lado, tirou o chapéu coçando a testa.

— Se fosse veneno, você já estava morto, hein? Nem pensou antes de comer, Noah.

— Qual o sentido de me salvar para me envenenarem logo em seguida? — Lissandre retorquiu num tom levemente arrogante e pai e filho riram ao verem o garoto empinar aquele nariz fino, mas com os lábios ainda sujos pelo suco da fruta.

— Pode pegar quantas quiser, não são venenosas. Eu achei pelo caminho. — Kalil deixou o cesto ao lado da cadeira em que Lissandre estava sentado e Benny arranhou a garganta como se tentasse conter o riso.

Murmurando sobre ter algo para fazer, o rapaz entrou apressado e, depois de pedir para Lissandre não comer muito para não perder o apetite pro jantar, ele entrou também.

Vendo como aquela dupla de pai e filho agiam estranhos, Lissandre hesitou em continuar comendo da fruta, mas ao pensar que era uma iguaria rara da capital, tão docinha e saborosa, sua gula falou mais alto e comeu outras duas antes dos gêmeos se aproximarem com olhares gananciosos. Lissandre sempre pensou que teria de cuidar de seus filhos um dia, então não tinha aversão a crianças como costumava ter contra outras pessoas, então não só ofereceu das frutas, como as descascou para os garotinhos que sentaram no chão ao seu redor contando sobre o que aprontaram no dia, até que Ana veio chamá-los para jantar.

Durante o jantar, ele observou à margem a interação daquela enorme família, Benny era muito silencioso, diferente dos gêmeos tagarelas e Kalil que falavam sem parar. Léia tentava controlar os gêmeos e Ana, ao lado de Lissandre, ria de sua cara de espanto.

Acostumado com refeições silenciosas, ver aquela família tagarelando sem parar durante a refeição era anti-natural pra ele.

Mais tarde, quando todos começaram a se recolher para dormir, Lissandre se viu de frente para o quarto de Anastácia, ou melhor, o quarto no qual acordou mais cedo.

Anastácia e Léia preparavam uma cama improvisada no chão com palha seca, um colchão e bastante algodão, além dos cobertores, antes de Léia sorrir para ele.

— Agora você usa a cama enquanto estiver aqui, Ana pode ficar no chão e...

— Não, eu... — ele gaguejou, sem jeito. Se sentia incrivelmente constrangido por roubar a cama de alguém dentro de sua própria casa.

— Não tem outra cama disponível, e você ainda está ferido. É melhor assim, Ana tem o hábito de virar e chutar por aí. — Léia insistiu com um tom que não deixava espaço para discussão.

— Eu estou bem, ouvi dizer... que ômegas não conseguem dormir em qualquer lugar. — ela sussurrou a ultima parte e Lissandre considerou os últimos dias onde dormiu não só em uma cabana velha, como no meio do mato, dentro de cavernas, faltava pouco para dormir no ninho de alguma criatura mortal.

Mesmo assim, Lissandre hesitou e sob a persuasão das duas, acabou encolhido na cama, com lençol e edredons novos, quentinho e confortável pela primeira vez em muitos dias. Talvez pelos ferimentos e toda a tensão que sentiu ultimamente, estava tão cansado que nem percebeu quando dormiu.

O som de risadinhas infantis foi o que o acordou. Lissandre piscou algumas vezes, ajustando a visão à claridade suave que entrava pela janela. Irick e Briar estavam no jardim ao lado da janela do quarto e mesmo que para ele fosse muito cedo, toda a casa já parecia estar se movimentando.

Podia ouvir a conversa dos adultos sobre os campos ou o trabalho, Ana preparando o café da manhã com a ajuda de Kalil e os gêmeos desordenados por aí e, se sentindo envergonhado por seguir na cama, se levantou e saiu na ponta dos pés, procurando algum lugar pra se limpar e organizar sua aparência desleixada.

Pra sua tristeza, Léia saiu da porta ao lado do quarto em que dormiu e o viu se esgueirando pelo corredor.

— Finalmente acordou, Noah! — sua voz era forte, Lissandre tinha certeza de que a vizinhança toda a ouviu. — Seu cabelo está todo pra cima, garoto! Parece um galinho! — riu e com o rosto ficando vermelho, se apressou para o banheiro e bateu a porta atrás de si.

Encarando seu reflexo em uma pedra refletora, viu que sua benfeitora não estava mentindo, havia um topete em seu cabelo todo espichado pra cima e com horror, se apressou em se lavar, lamentando outra vez a perda de seu anel. Havia perdido as escovas de dentes, seus cremes e produtos de cuidados com a pele e cabelo, até mesmo suas pílulas de vitaminas.

Após se arrumar e limpar, saiu do banheiro com o puro desejo de se enfiar no quarto e fugir do constrangimento, mas Léia o chamou para o café e relutante, seguiu para a cozinha, encontrando outra vez todos os membros da família que primeiro olharam pro seu cabelo como se procurassem o topete, antes de cumprimentá-lo.

Lissandre comeu rápido e de cabeça baixa, sem querer ouvir qualquer provocação sobre sua aparência humilhante, até que Léia o chamou.

— Hoje tenho que trabalhar na clínica da aldeia e Ana sempre me acompanha já que é quem herdará o negócio da família. Tanto Kalil e Benny irão aos campos, você ficará bem sozinho?

— Ele pode passear com a gente! — Irick exclamou.

— Sim, vamos passear! — Briar se apressou, olhando para Lissandre expectante. — Vamos te mostrar as galinhas hoje!

— Meg, a porca da vovó deu cria, vamos ver ela também! — disse Irick e Lissandre franziu as sobrancelhas.

Porca? Como... aquelas coisas grandes, cor de rosa e que rolam na lama?

Nunca havia visto um pessoalmente, então mesmo sua aversão por sujeira foi derrotada diante da curiosidade e se viu concordando.

Como os homens partiriam dali meia hora, os gêmeos decidiram seguir eles para ver a porca, então os acompanhariam pela metade do caminho, para alegria de Kalil. Estava aborrecido de ter de ir trabalhar nos campos quando finalmente tinha algo interessante em casa pra fazer, só de olhar pro rosto bonito daquele ômega o deixava de bom humor.

Então depois do café e todos com seus planos feitos, Lissandre seguiu Anastácia para o quarto dela quando ela disse que ele poderia vestir algumas roupas antigas de Kalil. Apesar de velhas, as roupas estavam bem limpas e em bom estado, um pouco grandes para Lissandre e ao sair, ficou alheio ao olhar embasbacado do alfa que o viu seguir os gêmeos usando suas roupas.

Quando partiram, os gêmeos seguravam cada um uma ponta da manga da roupa de Lissandre, impedindo qualquer um de seus lados para uma oportunidade de Kalil, que os seguiu alguns passos atrás querendo explodir um dos caçulas para longe. O riso de Benny o fez olhar atravessado pro pai, que arqueou as sobrancelhas e Kalil revirou os olhos.

— Vovó! — Briar gritou quando passaram por uma casa maior pela estrada, já entrando pela porta e correndo pra dentro.

Lissandre nem teve escolha, foi arrastado pelos gêmeos e depois de ponderar um pouco, Benny concluiu que não faria muita diferença chegar um pouco mais tarde aos campos, então arrastou o filho junto. A casa da sogra dele era como uma pequena fazenda com um pátio na entrada e um quintal grande aos fundos onde se dividia em algumas áreas para criação de patos, galinhas e a porca que havia dado cria.

O galinheiro ficava nos fundos da propriedade, cercado por uma cerca baixa e árvores, Lissandre estava tímido por invadir a casa de uma senhora, mas ela riu quando ele saltou de susto quando uma galinha cacarejou bem do lado dele.

— Essa aqui é a Dora! — apontou Irick, orgulhoso, para uma galinha gorda e de penas brilhantes.

— E aquela ali é a porca, Meg! — Briar indicou um enorme porco de pelo rosado, que dormia encostado em um canto do cercado, vários porquinhos ao redor.

Lissandre se aproximou um pouco mais do cercado, fascinado por ver tantos porquinhos amontoados ao redor da porca enorme, jogada na lama.

— Ela só está descansando, mas é muito rápida! — respondeu Irick, os olhos arregalados com espanto, mas então se afastou para ver as galinhas outra vez quando Briar berrou que havia achado um ovo.

Lissandre conteve um riso ao vê-los se divertindo com aquelas coisas, o cheiro naquele lugar era terrível e depois de alguns instantes vendo os porquinhos mamar, perdeu o interesse e quis voltar para se desculpar pela invasão com a dona da casa.

Ele mal deu um passo quando a porca soltou um guincho alto, se levantando de repente e, sem aviso, correu contra a cerca, a derrubando. Lissandre já havia se acostumado a correr sem pensar duas vezes, quando viu, já gritava correndo pelo quintal da casa com a porca furiosa guinchando atrás dele.

— Corre, Noah! — gritaram os gêmeos, gargalhando.

Continua...

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