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27 | Um Gênio Servindo um Maltrapilho

Ainzart não precisava de alguém que previsse o futuro. Ele já havia vivido vezes o suficiente pra saber onde havia errado em todos os seus passos.

Mas alguém que soubesse mais daquela maldita Santa e seu séquito de descerebrados que a seguiam seria útil. Em todas as suas vidas, havia conseguido matar apenas dois: aquele esquisito dos cabelos azuis e aquele estúpido de cabelos prateados que sempre se intrometiam em seu caminho.

Poderia tê–los matado na floresta, estavam longe de seu auge e atualmente, Ainzart era mais poderoso que eles, assimilava rapidamente o núcleo de bestas e se recuperava rápido daquele ferimento. Mas seu foco era recuperar o garoto que sabia seu nome acima de tudo, haveria muitas oportunidades para se livrar daqueles humanos.

Claro, se matar eles fosse sua prioridade. Não, não estava nem perto de ser sua prioridade. Ele não tinha interesse nisso. Ele queria sua liberdade. E sua vida estava profundamente atrelada àquele imperador. Sabia de sua própria maldição, ouvia a voz do demônio sussurrando em sua mente desde que havia nascido, o último desejo de sua mãe, a razão para existir daquela forma, precisava cumprir com o último desejo daquela mulher, finalizar o pacto com o demônio e então, seria livre.

E para cumprir o pacto, precisava destruir o imperador, junto de seu império.

Com seu sangue no corpo do garoto, sabia que ele mentia em alguma parte, mas não tinha paciência para tentar descobrir onde ou o quê era verdade ou mentira. Não importava. O garoto seria útil.

— Vou permitir que viva, humano. — seu tom era condescendente e Lissandre piscou confuso, antes de uma alegria sem fim invadi-lo pensando ter conseguido um bom servo. — E que me sirva. — o quase sorriso de Lissandre virou uma carranca incrédula.

Servir? Ele? Á esse demônio maltrapilho?

Quase soltou uma risada incrédula, alguém de seu status servindo um demônio exilado, mas espremeu os lábios ao lembrar que ele era o primogênito do imperador. Para o mundo exterior, seu nome era Belyal, o príncipe morto. E mesmo que não fosse como planejou, ainda estaria vivendo sob as asas de um demônio, então a contragosto acenou.

— Não tem permissão para dizer meu nome, nem para si mesmo, nem para os outros. Ouvi-lo da boca desses humanos desprezíveis me irrita. — e Lissandre acenou outra vez, sem saber que o sangue do demônio fervia em seu corpo, criando quase uma obediência incondicional e por um longo instante, permaneceram planando no ar, olhos fixos um no outro.

Lissandre o encarava tentando encontrar alguma similaridade com o imperador, ou mesmo Mason, mas não havia qualquer sinal de parentesco entre o demônio e eles.

Não percebeu quando lentamente começaram a planar cada vez mais baixo, até que o demônio pousou no chão, suas asas se recolhendo atrás de si.

— Quero que faça algo pra mim. — Lissandre se encolheu, já sentindo desânimo por estar vivo.

— Eu te salvei e tenho que te ser... — até começou, mas se calou quando o demônio estreitou os olhos, suas garras apertando sua cintura. — S-sim, o que... O que deseja, Vossa Alteza? — forçou um sorriso e o demônio parou de apertar a carne macia que tinha em mãos.

— Há uma aldeia no pé da montanha. — e apontou a direção, soltando Lissandre que gritou, cambaleando e caindo de bunda no chão. — Quero que vá até lá e encontre um livro pra mim. Em uma língua estranha, saberá quando o ver. — Lissandre seguiu com o olhar na direção que o demônio apontava, mas não estava minimamente a fim de fazer isso. Se tivesse seu anel, tiraria um pergaminho e se teleportaria para outro continente sem hesitar. — Lembra do meu sangue? — Lissandre se encolheu, olhando outra vez para o demônio. — Ele ainda ferve dentro de você... em suas veias, em cada órgão e articulação de seu corpo... e tenho total controle dele. — Lissandre engoliu seco, sem precisar de explicações para o que isso implicava. — Tente fugir ou desobedecer e poderei testar quantas vezes sobreviverá se eu arrancar todos os seus órgãos pela garganta. — o ômega se encolheu, apavorado, aquela ameaça fazendo todo o seu corpo arrepiar e suar frio. — Você tem três dias, humano.

Louco! Aquele demônio era louco!

E mesmo o praguejando em sua mente, acenou apressado, olhando outra vez para a direção que o demônio apontou.

— Mas eu... c-como eu vou... vestido assim e ainda... — começou, voltando a olhar pro demônio, mas parou ao se ver completamente sozinho.

Nunca em toda a sua vida se sentiu tão encurralado e assustado. Não tinha certeza de estar realmente sozinho, mas mesmo assim conteve o abuso verbal que queimava na ponta de sua língua, e, trêmulo, se pôs de pé, usando uma árvore como apoio.

Por um longo momento, sentiu que estava vivendo algum tipo de pesadelo. Sobreviver era tão difícil, estava quase indo para o local mais próximo e se jogando nos braços dos guardas, com certeza o levariam pra casa e poderia chorar no colo de sua tia. Ela o abraçaria, acariciaria seu cabelo e ofereceria doces deliciosos enquanto o ajudava a elaborar ofensas para todos que o haviam machucado até o momento.

Com relutância, começou a caminhar na direção que o demônio apontou, usando as costas das mãos para secar as lágrimas. Estava sujo, faminto, quase nu com as roupas rasgadas e com arranhões e hematomas pelo rosto e corpo. Era a visão de um sobrevivente, mas ele apenas se sentia derrotado.

Não sabia quanto tempo levaria para alcançar a tal aldeia, sequer ousou reclamar em voz alta sobre o tal livro, como saberia que é uma língua desconhecida se ele próprio sabia falar quase todas as línguas no continente? Sabia o idioma dos homens-bestas, dos vampiros, dos lycantropos, dos elfos, das ninfas e um pouco do idioma das fadas. Também podia falar o idioma das sereias, veela, havia aprendido um pouco do idioma dos duendes e até a língua dos dragões, que não existiam mais.

Como imperatriz, era importante poder se comunicar com diferentes povos e ele se esforçou muito em aprender línguas e culturas. Com certa arrogância, pensou que era difícil haver algum idioma que ele não pudesse ler, escrever ou falar. Ele era um gênio!

O som estridente do estômago daquele gênio roncando o fez se apoiar em uma árvore, agora fraco pela fome e livre de toda a adrenalina que o movia, cambaleou e caiu de mal jeito no chão, decidindo descansar só um pouquinho, o demônio deu três dias, ainda tinha tempo e esse foi seu último pensamento antes de desmaiar.

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No meio de um gazebo de madeira branca cercado por um jardim florido, Serafina, a atual Imperatriz do império Dillion, encontrava-se desfrutando de seu chá da tarde. Usando um vestido de seda azul com bordados intrincados de ouro e joias que adornavam seus braços, pescoço e os cabelos prateados presos em um elaborado penteado repleto de cachos, ela deslizou o dedo pelo papel da carta que havia recebido há poucos minutos.

Seu olhar era sereno, ela lia atentamente uma carta perfumada, escrita em um papel adornado com selos de cera real dourados. Quando recebeu a carta, soube imediatamente de quem era, mas não havia nenhum traço de agrado ou desagrado em sua expressão ao abrir o selo e ler a carta.

Ao redor, empregados impecavelmente trajados atendiam a cada detalhe. Um mordomo ajustava a posição do chá recém-servido, enquanto sua dama de companhia, Zenith, esperava discretamente ao lado, segurando um leque de marfim.

— Ora, quem diria... — ela murmurou com certa diversão ao finalizar a carta, a dobrando e deixando de lado como se não a interessasse mais. — Minha querida... futura nora... parece enfrentar problemas com a escolta que escolheu a dedo antes de partir... — suas palavras saíram lentamente, como se saboreasse aquela informação com algum tipo de deleite.

Com um gesto suave, uma empregada tornou a servir sua xícara de chá e Serafina tomou um gole devagar, parecendo tranquila para qualquer um que a visse, quando por dentro, sentia que poderia ter um colapso a qualquer momento.

Aquela... ratinha... havia descaradamente seduzido seu filho e arruinado seus planos e agora, esperava sua ajuda para resolver seus problemas durante a viagem. Ha! Queria rir ao repassar o conteúdo daquela carta em mente.

Segundo a aprendiz de sacerdote enviada para a missão, os guarda-costas que a acompanhavam estavam atrasando o progresso. Serafina havia entregue um selo imperial para que a garota usasse em caso de emergência, não pensou que a incomodaria com um problema tão bobo como este. Oras, ela era a chefe de pesquisas nomeada para a missão! Não conseguia sequer lidar com a própria escolta?

— Se fosse meu menino, ele com certeza... — se impediu de concluir aquela frase, pensando com dor no garotinho que criou e moldou à sua própria imagem com tanto esmero e agora, se encontrava desaparecido, nas mãos de algum crápula, sabe-se Raon á quais torturas seu pobre garotinho estava sendo submetido!

Mesmo que despachasse guardas para todos os quatro cantos do reino, ainda não havia qualquer notícia de seu sobrinho e nos últimos dias, evitava permanecer no palácio para não ter encontros com aquele seu irmão, as palavras deferidas em sua última discussão ainda fervilhando em sua mente.

"Este não é um assunto onde uma ômega deveria se intrometer!"

A raiva queimava em seu peito, sem ter para onde externar, permanecia cozinhando seus aborrecimentos. Havia tentando conseguir informações de seu sobrinho, questionando as medidas que Cirrus, seu irmão mais novo, tomava para encontrar o garoto e isso resultou em uma ofensa e ainda mais, um completo desrespeito à ela! E, mesmo que suas queixas fossem justificadas, sua submissão ômega diante do alfa de sua família ainda a fez se calar e se recolher.

Mesmo sendo imperatriz, ainda era uma ômega e tinha de obedecer ao alfa de sua família, fosse seu esposo, o Imperador ou seu irmão. E isso era irritante!

Seus dedos apertaram-se ao redor da alça da xícara, sua mente fervilhando com ideias e propostas a levar para a corte e tentar mudar um pouco as regras absurdas de submissão ômega. Ideias essas constantemente ignoradas ou vetadas em questão de segundos, mas que com alguma insistência e bajulação ao imperador, conseguia alguma margem para manobra.

Cirrus não parecia fazer nada para encontrar Lissandre, Mason ignorava suas cartas pois sabia que ela estava furiosa com o término repentino dos arranjos de casamento com os Rosenvelth e o Imperador estava mais interessado na maldita guerra que parecia iminente no reino dos elfos.

— Zenith. — chamou e sua dama de companhia se prostrou ao seu lado, se inclinando um pouco. — Organizarei uma festa em uma semana, convide somente as damas, solteiras ou casadas. — e a dama de companhia acenou, já se organizando para fazer todos os preparativos enquanto Serafina ordenava que alguém queimasse aquela carta.

Era originalmente endereçada ao Imperador, que com certeza enviaria nova escolta para aquela aprendiz, mas Serafina pouco se importava com as disputas internas daquele grupo, desde que Mason a havia decepcionado, queria vê-lo experimentar algum amargor durante sua viagem.

Ela iria descobrir onde estava seu sobrinho e o melhor jeito era coletando e espalhando informações.

Continua...

A Autora tem algo a dizer:

Segunda Imperatriz
Serafina Arcantins Di'Rosenvelth Greniwan

Idade: 56 anos

Altura: 1,75

Ômega Dominante

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