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23 | Ego Ferido

Mirabel encarava Mason com intensidade, sem ocultar o quão chocada estava, seus olhos vagaram ao redor por um instante, procurando o outro ômega.

Sabia que ele era um perigo e tinha uma mente torta, inclinada para as coisas erradas, mas ainda era um garoto mais novo, um ômega, que esteve em um perigo terrível e sabe-se lá se foi ou não violado nesse meio tempo. Sem ver sinal de Lissandre, ela encarou novamente o noivo, que espremeu os lábios por um momento, seus olhos dourados parecendo melancólicos ao sacudir levemente a cabeça.

Mirabel ofegou, ainda mais surpresa. O encontraram morto? Por isso todos pareciam daquele jeito?

Ainda mais confusa, ela inclinou um pouco a cabeça, franzindo o cenho. Não, eles não ficariam tristes pela morte de Lissandre. Aqueles quatro haviam declarado o quanto o odiavam e não pareciam dar a mínima se ele vivia ou morria. Havia acontecido algo mais...

— O-o que... o que aconteceu com ele? — gaguejou em um sussurro, vendo os músculos da face de Mason ficando tensos por um momento, seu olhar se desviando do dela para Damian.

— Foi sequestrado outra vez. — e levou um segundo para Mirabel entender qual era a causa da depressão daqueles alfas.

Não era por Lissandre estar morto ou ferido e sim por terem perdido ele bem debaixo de seus narizes. Quem quer que tenha sequestrado o ômega, provavelmente era mais forte e mais ágil do que os quatro juntos e isso deve ter ferido o ego daqueles alfas que sempre gostavam de perambular por aí como pavões orgulhosos da própria força.

Um riso de escárnio quase escapou dela, que sacudiu a cabeça, um olhar ainda mais incrédulo. Queria pensar que estava errada, mas ela havia convivido com aqueles quatro por seis anos e sabia melhor do que ninguém como pensavam. Ficavam deprimidos assim quando perdiam alguma disputa.

Se tivesse rancor e inimizade com alguém, sequer olharia para o lado caso se ferissem e Damian havia declarado dias antes que o irmão birrento poderia morrer por aí que não iria se importar.

Mason explicou brevemente que encontraram o garoto com os bandidos, mas outra pessoa veio e o levou, até tentaram encontrar rastros, mas não havia nada e nem sabiam para qual direção seguir depois, então tiveram de engolir a frustração que sentiam e retornar para a vila. Seu olhar relutante apenas confirmou a suspeita de Mirabel e ao encarar Damian, que comia com uma cara de derrota, suspirou, concluindo que era realmente o caso.

Mesmo que fosse um irmão que odiava, tê-lo encontrado traria algum mérito para ele diante da imperatriz, aquela mulher estava desesperada querendo seu sobrinho de volta. Não era segredo pra ninguém que eles eram próximos. A imperatriz mal podia deixar seu palácio, mas constantemente visitava a casa do irmão, o arquiduque, ignorando totalmente a presença do irmão e passando horas na ala do sobrinho, isso quando não o levava diretamente ao seu palácio e o hospedava por um dia ou dois.

Ela mesma havia feito os arranjos pro casamento de Mason quando Lissandre nasceu e criou o sobrinho meticulosamente para se tornar sua cópia mais fiel.

Talvez naquela família de malucos, fosse a única que estivesse realmente se esforçando para encontrar Lissandre e pela primeira vez, vendo aqueles quatro alfas com ares de derrota, ela não sentiu a menor vontade de confortá-los e com passos pesados, se afastou para verificar como as garotas estavam, decidindo engolir suas opiniões agora não tão agradáveis sobre os quatro e focar em seu trabalho, que era mais importante.

»»   ««

Ao abrir os olhos outra vez, Lissandre piscou desnorteado. Mal conseguia enxergar um palmo à frente do nariz, o cheiro forte de terra úmida e musgos o atingiu e se ergueu alarmado, todas as lembranças daquela noite caótica o atingiram de uma vez.

Ainda confuso, seu primeiro instinto foi o de saltar e fugir para longe, apenas para pisar em algo escorregadio e cair de forma dolorosa no chão de pedra.

Sentindo o corpo suado e coberto por sujeira, conteve uma careta ao sentir o próprio cheiro nauseante, mas não queria pensar nisso quando sequer sabia onde estava. Usando os poucos trapos que sobraram de suas roupas e esbravejou ao não ver sinal de nenhum de seus anéis, muito menos o colar do disfarce que tanto batalhou para conseguir.

Mesmo furioso, se obrigou a manter a calma. Estava em um local escuro, sozinho, faminto e sem ideia do que havia acontecido. Não podia chamar atenção caso houvesse alguém por perto. O som de goteiras vinha de algum lugar e ao varrer o olhar pelo local, Lissandre concluiu que estava em uma caverna, talvez bem no fundo dela, já que mesmo quando tentou se levantar, sua cabeça bateu no teto e precisava ficar encurvado. Estava completamente escuro, mas lentamente sua visão se adaptou à escuridão, permitindo que ele visse algumas formas ou quem sabe, paredes de pedra.

Sentia o estômago doer e se apertar de fome, a língua como uma esponja seca na boca e a garganta arranhar pela sede. Também sentia dores pelo abdômen, peito, costelas, rosto, braços e pernas.

Um calafrio de repulsa o fez estremecer enquanto se lembrava vagamente do que havia acontecido, sua mente ainda um pouco confusa, como se uma névoa o impedisse de lembrar com clareza todo aquele ocorrido. Talvez tivesse estado doente outra vez?

Como não sabia sobre os sinais de um cio ou o que de fato ocorria, ele não tinha ideia do que havia acontecido e, encurvado, ele decidiu procurar por uma saída daquele buraco no qual estava metido.

Mesmo que tomasse cuidado, ainda tropeçou em alguns buracos e quase caiu por uma fenda no solo, decidindo apoiar uma mão na parede em busca de apoio. Após caminhar alguns metros, seus dedos encontraram algo viscoso e, decididamente, não quis descobrir o que era aquilo ou o quê havia deixado aquele rastro, afastando as mãos da parede e se guiando unicamente pelas formas da caverna. Se ele via algo em sua frente, com certeza era uma parede e se não, era um caminho.

Felizmente, aquela caverna tinha caminho único e quanto mais avançava, mais alto o teto ficava e ele por fim pode se erguer devidamente, suspirando aliviado ao começar a ver algum resquício de claridade, uma possível saída que o fez acelerar os passos.

Quando por fim alcançou a fenda que o levaria para fora, hesitou por um momento. Poderia encontrar outro daqueles bandidos? Não tinha ideia do que havia acontecido com eles, nem como acabou naquela caverna.

— Seja o que for, não posso ficar aqui esperando que me matem... — resmungou, antes de tragar o ar com força e sair da caverna.

Primeiro, foi atingido pelo frio intenso e pelo cheiro de árvores e grama molhada. Logo em seguida, a claridade diminuiu aos poucos, revelando que já era tarde da noite, as duas luas no céu estavam altas e a ventania quase o fez recuar novamente para a caverna, abraçando o próprio corpo seminu, tremendo de frio, olhou ao redor tentando se localizar, mas tudo o que via eram árvores e mata fechada.

Enquanto hesitava entre avançar pela floresta ou retornar para o buraco do qual havia saído, a repentina sensação de ser observado o atingiu, sem ideia de onde vinha ou quem poderia ser, seus olhos vagaram ao redor antes de erguer o olhar e todo o seu corpo enrijecer no instante em que seus olhos se depararam com duas orbes carmesim o encarando fixamente dentre as folhagens de uma árvore.

Um arrepio desceu por sua coluna, seu coração bateu mais rápido e seus músculos enrijeceram, até mesmo sua respiração parou por um momento enquanto sustentava aquele olhar, incapaz de se mover, de desviar o olhar, um único pensamento surgiu em sua mente:

Meu repolho voltou!

Continua...

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