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07 | O Demônio Que Não Sabia Voar

No quarto dia após o desaparecimento do segundo jovem mestre da mansão Di'Rosenvelth, quando finalmente liberaram viagens por teleporte mágico, os barcos voltaram a sair e entrar pelo porto e as entradas e saídas da cidade foram abertas.

Lissandre usou um pergaminho de teleporte para o bosque de Duran, alguns quilômetros dali, onde jogou seu cartão de identificação e fez algumas pegadas ao redor, usando botas maiores que seus pés.

Se tivesse sido sequestrado, que mal havia em culpar esse sujeito de preto pelo seu sumiço? Logo depois, utilizou outro pergaminho para Akrane, e então, para Suíne, onde esperou algumas horas em uma longa fila para dar entrada na cidade.

Com equipamentos de medição de maana, poderiam rastrear as transferências de um lugar para o outro, então primeiro faria trilhas falsas antes de mudar o método de viagem.

Usava um longo manto, cobrindo todo seu corpo, além de um capuz. Precisava deixar rastros de sua identidade falsa em algumas cidades, então quando passou sem problemas pela vistoria na entrada, caminhou um pouco pela cidade, comprando algumas coisas, antes de dar entrada em uma pousada apenas por uma noite.

Nos dias que se seguiram, se certificou de deixar rastros com sua identidade falsa, que dizia ser um garoto chamado Eiki Michels, de quatorze anos, órfão e atualmente, um simples coletor. Alguém que vagava por aí atrás de qualquer coisa que se pudesse vender.

Se acostumou rapidamente a ser alguém que não chamava atenção e sempre tratava de ocultar sua aparência. Como havia planejado, chegar até Yaling não levou muito tempo, mas ainda não era a hora do príncipe exilado cair na clareira. De qualquer jeito, ele sabia que havia uma cabana abandonada próxima da clareira, cabana na qual a protagonista abrigou o príncipe enquanto cuidava dele na rota neutra do romance.

Ele havia verificado o mapa daquela região uma infinidade de vezes, sabia usar bússolas e equipamentos de proteção, então quando adentrou sozinho na floresta que sitiava a cidade, não teve problemas em achar o caminho até a clareira. Era um enorme campo aberto na floresta, com uma cachoeira que desaguava em um pequeno lago. Em um lado, havia algumas pedras, provavelmente onde o vilão teria a sorte de se agarrar para sair com vida.

Segundo a história, ele havia caído da cachoeira pela madrugada, mas a protagonista só o encontrou ao entardecer. Significava que Lissandre tinha muito tempo para buscar pelo vilão, então não se preocupou mais com o lugar e seguiu em busca da cabana. A encontrou pouco antes do anoitecer.

Era um casebre de dois cômodos, feito de pedras e com telhado de madeira. As janelas eram cobertas apenas por uma tela e a porta estava quebrada, apodrecida. Havia um matagal ao redor, tornando difícil seguir até a entrada e havia até videiras e musgo crescendo ao redor da cabana.

Quando ele por fim fez seu caminho até o interior da cabana, suspirou ao ver teias de aranha, plantas, insetos e poeira por todo o lugar. A mobília estava em pior condição, o piso de madeira rangia e havia até um buraco no teto.

O primeiro cômodo era uma mistura de sala e cozinha, havia um sofá quebrado e puído logo na entrada, e então uma lareira em uma parede. Em um canto, uma pequena pia, alguns armários de parede e uma pequena mesa de dois assentos junto a uma janela quebrada. O outro cômodo tinha um estrado de cama, alguns lençois e cobertores mofados pelo chão, um armário velho com roupas corroídas por traças e uma enorme banheira redonda de madeira em um canto. Era simples, e estava imundo.

Depois de contar o tempo, Lissandre concluiu que ainda faltavam quatro dias até o príncipe cair na clareira, teria tempo de tornar aquele lugar habitável. Tinha um plano para enganá-lo, sem parecer que o buscou deliberadamente e pra isso, infelizmente teria de trabalhar duro nos próximos dias.

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Usando um lenço para secar o suor que escorria pelo rosto, Lissandre encarou com satisfação o terreno daquela cabana abandonada.

O gramado verde circundante era cheio de vida, bem aparado. Havia até um pequeno jardim ao lado da pequena varanda de madeira na entrada. Um caminho de pedras que seguia até a beira da floresta apenas deixava a entrada mais bonita. Apesar de ainda ter plantas e videiras enredadas nas pedras da construção, agora não eram tão abundantes e desordenadas. A porta havia sido trocada por ele, assim como todas as janelas da casa. A porta era de madeira escura, os buracos no teto haviam sido consertados também.

Se sentou na grama, olhando com gosto pra entrada da cabana que já não parecia abandonada.

Haviam sido apenas três dias, mas ele fez questão de ir até a cidade pedir ajuda de alguns trabalhadores. Ele logicamente não faria toda a reforma sozinho, era trabalho demais pra um nobre fazer. Estava suando pois fazia muito calor e mesmo usando roupas leves, havia gastado metade do dia pela floresta buscando plantas e ervas medicinais. Ou talvez fosse apenas capim, não se interessava muito pelas aulas de herbologia e todas as plantas pareciam iguais.

O importante era ter uma cesta cheia de coisas.

Com uma cesta repleta de plantas e raízes, ele descansou por um momento antes de decidir entrar na cabana. Havia pagado caro para trocarem o piso e tirou algumas poucas mobílias do anel espacial, deixando aquela cabana um pouco mais aconchegante.

Um sofá novo, mesa de centro, uma estante com algumas plantinhas e livros, na cozinha, até os armários haviam sido trocados e a mesa era nova, de madeira clara. Havia cortinas amarelas pelas janelas e um tapete felpudo. Apenas o quarto estava um pouco mais sóbrio.

Além de um guarda-roupa e uma cama, não havia decoração. Na janela, uma cortina branca e azul, além de uma banheira nova em um canto. Como fazia calor, não a usou. Preferia descer até o lago e tomar banho durante o dia, era refrescante.

Depois de separar e lavar todas as plantas, as organizou dentro do anel espacial. Durante a noite, o vilão cairia naquele lago, então ele poderia seques... Ajudá-lo antes da protagonista.

Decidido, deixou a cabana outra vez, caminhando pela trilha que começava a se formar até a clareira, já que havia ido diversas vezes na clareira.

Quando finalmente chegou ao lago, se sentou na grama, se sentindo cansado. Era um nobre que sequer erguia um copo por conta própria e de repente, vagava por aí em fuga, cuidando de casebres abandonados na mata e colhendo plantas, ainda não estava acostumado. Havia insetos, bichos e muita planta, poeira e sujeira, não se sentia confortável nesse ambiente.

Não fazia muito tempo desde a hora do almoço. Poderia tomar banho e então, esperar em algum canto até que o vilão caísse por ali.

Depois de se lavar, mergulhou por algum tempo no lago, antes de nadar até a borda e se deitar sob as pedras completamente nu, por fim sentindo um pouquinho de frio. Havia á dias esquecido algo como o pudor, completamente escondido e sozinho na mata, se sentia livre como nunca se sentiu antes e isso era libertador. Apenas temia que algum bichinho entrasse onde não devia, então evitava ficar parado muito tempo, assim mergulhou outra vez no lago.

Quando se cansou de nadar, deixou o lago e após se secar e vestir, tirou sua cesta outra vez do anel e vagou pelos arredores atrás de ervas e plantas que poderiam ser úteis. Já anoitecia quando retornou pra cabana e preparou o jantar.

O príncipe talvez ainda estivesse lutando contra os soldados do império. Atualmente não deve saber como usar seus poderes, então é a primeira e única derrota humilhante que sofre para o imperador, tendo que fugir para se salvar. Como havia sido criado a base de abusos de todos os tipos, não deve estar em sua melhor forma, além de ser um completo inapto a viver em sociedade.

Estava confiante de que poderia criar o vilão como um de seus subordinados, quanto mais pensava, mais se indignava com o quão egoísta e sem vergonha a protagonista era, colhendo alfas bonitos, ricos e poderosos ao seu redor como se fossem repolhos e então, os guardando na gaveta pra tirar e usar quando precisava.

Ele achava absurdo alguém ter tanto poder nas mãos e ser tão sonsa quanto Mirabel que discursava cada vez que lutava e achava um meio irritante de poupar seus inimigos que, na maioria das vezes, se tornavam aliados barra fanáticos fiéis.

Como estava cansado, dormiu rapidamente, apesar de despertar várias vezes durante a noite se sentindo incômodo e com muito calor, adormecia rapidamente ao pensar que tinha medo de escuro e preferia dormir do que se mover para acender alguma luz.

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Enfraquecido, Ainzart apoiou a mão no ombro deslocado, a dor pulsante irradiava pelo corpo, mas ele já havia suportado coisas piores.

O suor frio escorria por sua testa quando apoiou a mão boa contra a superfície fria da parede, respirando fundo para se preparar e mordeu o lábio, as presas afiadas rasgando a pele do lábio e o gosto férreo do sangue invadiu sua boca. Num movimento rápido, ele girou seu corpo, jogando o ombro deslocado contra a parede com força.

O impacto foi violento, um estalo surdo ecoou pelo corredor. A dor o fez soltar um ruído abafado, apoiando as costas contra a parede, mordendo a língua para evitar de fazer mais barulho e ele respirou de forma pesada ao mover o braço, aliviado por ter o ombro no lugar.

Avançou alguns passos pelo corredor, quando de repente, sentiu uma dor aguda em sua cabeça vir acompanhada de memórias confusas e desconexas que invadiam sua mente. Viu diante de si um salão destruído repleto de corpos e sangue, uma espada com chamas brancas em sua direção.

A cena se dissipou rapidamente, substituída por gritos de dor, fogo, o brilho frio de lâminas e explosões poderosas de magia, o estrondo de trovões, as imagens iam e vinham, rápidas, avassaladoras, o atordoando completamente e ele cambaleou, apoiando-se na parede. Outro estrondo abalou a estrutura precária do castelo enquanto ele processava todas as memórias que haviam surgido em sua mente, seus olhos carmesim fixos no chão enquanto soltava um suspiro amargo.

Havia voltado outra vez.

E com frustração, sentiu suas pernas se arrastarem em frente, vagando pelos corredores do enorme castelo que mais parecia um mausoléu abandonado, escuro e repleto de poeira e teias de aranha. Várias janelas estavam quebradas, os corredores e salas vazias, toda a mobília havia sido saqueada há muito tempo e mesmo que ele tivesse urgência em fugir daquele lugar, não conseguia parar seu corpo.

Um novo estrondo abalou todo o palácio, por uma das janelas imundas, ele pôde ver a torre da ala norte do palácio consumida por chamas, completamente destruído. Os soldados não pareciam dispostos a desistir. Seu corpo exausto se arrastou por outro corredor, ignorando os sons que vinham de fora, fosse os gritos ou o cheiro de sangue que se derramava ali.

O ar estava carregado de poeira e fumaça, misturados com o cheiro metálico do sangue.

Ao chegar em seu quarto, o mais distante da ala sul, encontrou o lugar devastado. Nada diferente do habitual, havia apenas alguns tecidos em um canto que usava de cama quando não o trancavam nos estábulos ou no calabouço. Ao erguer um dos trapos, encontrou facilmente aquele pingente.

Tinha o estranho formato de uma lágrima pequena com uma joia carmesim. Era o único item que sabia ter pertencido à sua mãe e os empregados do castelo não roubaram por parecer valer menos que um saco de pães. Era a única coisa que pretendia levar, não que tivesse muito.

Cada músculo de seu corpo tencionou ao sentir aquela presença na porta. Sabia que ela o encontraria em qualquer lugar do castelo e não tinha força suficiente para lutar, sequer tinha controle de todas as suas habilidades ainda e por mais que quisesse, seu corpo não o obedecia, sempre seguindo as mesmas ações estúpidas que o levavam à morte inúmeras vezes.

Na porta, havia uma mulher em uma armadura branca e um elmo com uma enorme pena vermelha no topo. Ela empunhava uma espada quase do tamanho do próprio corpo, cuja lâmina ardia com chamas brancas, puras e sagradas, iluminando o quarto com uma luz intensa e quase ofuscante.

De repente, foi como um estalo, Ainzart sentiu todo o peso em seu corpo desaparecer como um passe de mágica e, surpreso, suas mãos apertaram ao redor daquele colar, seu coração acelerou e por um momento, sua mente ficou em branco ao constatar que aquilo era algo que ele queria fazer.

Não sabia se estava surpreso ou incrédulo, havia desejado isso por tanto tempo que, por um instante, nem soube o que fazer com aquela liberdade, antes de um sorriso adornar seus lábios, seus olhos fixos na mulher cuja espada em chamas iluminava o quarto. No meio da noite, aquela luz era justamente o que ele precisava para usar sua habilidade naquele castelo escuro, mas ainda o deixaria totalmente esgotado por vários dias.

Não queria usá-la realmente, mas não tinha escolha, receber aquele golpe e ficar debilitado por meses e morrer outra vez por causa daquilo estava fora de questão. Seu rabo se sacudia atrás de si num movimento sinuoso, seus olhos vermelhos atentos a cada movimento da mulher que ergueu aquela espada, dando um passo à frente.

Em todas as outras vezes, estupidamente agia como se fosse capaz de derrotar aquela paladina, fraco e debilitado como estava, acabava derrotado e ferido até estar a beira da morte. Não cometeria o mesmo erro se poderia evitá-lo.

A tensão era palpável, a intenção assassina que vinha dela era intensa e, quando ela sacudiu a espada, as chamas se espalharam pelo quarto, o iluminando completamente. Num instante, a sombra do rapaz abaixo de seus pés cresceu e se expandiu, e o engoliu, seu corpo desaparecendo no chão, não sem antes de uma das chamas queimar seu peito.

A cavaleira avançou, sua mão se estendendo diante do corpo como se tentasse agarrá-lo antes que ele desaparecesse e no último instante, seus dedos se fecharam apenas para agarrar o ar, a sombra se fechando no chão e desaparecendo quando o rapaz desapareceu completamente.

Irritada por não sentir mais sua presença, certa de que ele estava muito distante, sacudiu a espada e as chamas se desfizeram enquanto seus olhos vagavam pela péssima habitação. Paredes mofadas, sujas, sem uma única mobília, as janelas quebradas e um amontoado de panos sujos no chão e por baixo de seu elmo, uma leve careta se formou em sua face ao dar as costas e caminhar para fora do quarto.

Em um local muito distante, o rapaz que havia conseguido fugir sem receber o golpe que bloquearia completamente a maior parte de suas habilidades, não sabia se ria ou chorava ao ser lançado a centenas de quilômetros acima do chão, no meio das nuvens para ser exato.

Suas enormes asas feridas e quebradas pelos anos de abusos e maus tratos se rasgavam e recuperavam na mesma velocidade enquanto tentava diminuir a velocidade da queda, mas ele nunca havia as usado realmente em qualquer uma das vidas, pois sempre eram arrancadas por aquela maluca de armadura, inexperiente em voo era pouco pra definir.

Com as asas quebradas, não conseguia sequer movê-las sem sentir uma onda de dor o consumir, rodando no ar, engolindo um inseto, batendo num pássaro e tentando diminuir a velocidade da queda desesperadamente, incapaz de aceitar uma morte rápida como aquela sem antes conseguir sua vingança.

Não tinha controle total da habilidade de sombras e até mesmo para ele, despencar daquela altura seria algo mortal.

Cerrando a mandíbula, tentou ignorar a dor lancinante das asas ao batê-las juntas, cada batida das asas trazia uma dor pior ainda, até mesmo aquelas chamas que não se apagavam em seu peito não doíam tanto quanto a dor das asas, que passava por sua coluna e se espalhava por todo o corpo, o chão se aproximava rapidamente, mas felizmente havia conseguido diminuir um pouco a velocidade, mesmo que não planasse completamente, avistou um rio abaixo, as águas corriam de forma violenta.

Sabia que cair ali era mais seguro do que cair entre as árvores e acabar devorado por algum animal qualquer, e como se finalmente encontrar um lugar seguro pra desmaiar fosse o suficiente, todo o seu corpo parou de resistir, as asas pararam de bater, o pouco de consciência que tinha se esvaiu e seu corpo mergulhou direto nas águas geladas.

Continua...

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