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01 | O Livro

Quatro semanas haviam se passado desde a "tentativa de suicídio" do ômega mais odiado da capital do Império de Dillion.

Mesmo que o arquiduque tenha feito o possível para que as notícias não se espalhassem, de alguma forma toda a capital se incendiou com essa nova tentativa de chamar atenção daquele ômega maluco.

Lissandre ainda torcia o nariz cada vez que um criado o olhava com cautela ou era visitado por um psicólogo enviado pela família imperial. Como se se importassem com ele a esse ponto.

Bom, fariam de tudo para parecerem misericordiosos, ele havia sido noivo do príncipe por dezesseis anos.

Com um suspiro cansado, ele provou da torta que uma das criadas havia servido na mesa, sentado próximo a janela (agora repleta de grades) de seu quarto.

Nas últimas semanas, não podia fazer nada além de comer, dormir e ler. E gastar, é claro. Os empregados achavam que era sua forma de terapia depois de tudo.

Quando despertou, estava desnorteado, assustado e em sua mente, o único pensamento de fuga o fez agir de forma irracional. Não tinha poderes, nem uma capacidade física surpreendente e, em outras palavras, era um inútil.

Pular da janela do terceiro andar fraco pela febre foi um ato estúpido que lhe rendeu alguns ossos quebrados e a fama de um suicida em toda a capital, passou dias sendo remendado. Era o termo certo a se usar considerando o quão quebrado e torto estava depois de saltar de mau jeito. Ele definitivamente não foi feito pra esse tipo de atitude louca.

Uma batida na porta o tirou de seus pensamentos e ao dar permissão, uma criada entrou, usando um uniforme completamente preto, desde o longo vestido ao avental, as botas e luvas. Os cabelos castanhos bem presos em um coque baixo ao se curvar, unindo as mãos na frente do corpo.

— Jovem mestre, tenho a informação que solicitou. — ele sinalizou para que ela continuasse, e a mulher hesitou, o olhando aflita por um instante, antes de desviar o olhar pro piso. — Sua alteza imperial está se preparando para partir em uma missão, uma nova epidemia tem se registrado a leste de Gaules, com possível origem em Anaê e ele está acompanhando uma curandeira selecionada pelo sacerdote do templo de Raon Lumine, o Deus da Luz. — sua voz era baixa, contida e ao ouvir isso, Lissandre apertou a xícara em sua mão, completamente atordoado.

Era verdade.

A empregada seguiu contando o que havia descoberto, sobre quem acompanharia seu ex-noivo na tal missão e entre eles, estavam nomes que Lissandre conhecia muito bem: Devon Heartfilian, um aprendiz de cavaleiro e exímio espadachim, muito elogiado por sua disciplina, destreza e força em combate; Damian Di'Rosenvelth, seu irmão mais velho, um exímio mago lanceiro com atributo de fogo; Helena Nolan Behenor, uma arqueira com atributo de vento e excelente caçadora, uma aventureira de nível alto muito popular por seu temperamento alegre e um tanto orgulhoso e por fim, Mason Arcantis Greniwan, o príncipe herdeiro.

Era um espadachim formidável, mas era mais diplomata e estudioso, bem conhecido por sua paciência e generosidade, todos diziam que seria um imperador formidável.

Nem tão formidável assim, afinal, era um panaca, pensou com escárnio.

É claro que junto daquele grupo, precisaria de um curandeiro para investigar a tal doença, Mirabel, a garota que o destruiu no baile de formatura.

Tentou não transparecer a preocupação que invadia seu interior ao tomar outro gole do chá e a empregada seguiu o inorme:

— Hoje também vieram comerciantes de fora da capital e foram guiados para a sala de visitas. — ele acenou, deixando a torta de lado ao se pôr de pé, mas parou, voltando para dar outra grande garfada e se apressou para se preparar com a ajuda da criada.

Não que precisasse de muita coisa, sua aparência era talvez, sua única vantagem.

Antes era chamado de o ômega mais bonito da capital, com olhos azuis cobalto intensos, sobrancelhas bem delineadas, nariz alto, lábios vermelhos como uma frutinha suculenta e a marca dos Rosenvelth, os cabelos prateados, tão lisos que às vezes podia se assemelhar á uma peruca, caindo até a altura da cintura.

Como um ômega de alta classificação, precisava usar uma máscara para cobrir os lábios já que mesmo seu hálito liberavam uma quantidade alta de feromônios, além de usar um protetor em sua nuca.

Seguiu a empregada rumo à sala de visitas recebendo o olhar desconfiado de todos com quem cruzava caminho.

Sua atitude era tranquila, mais silenciosa do que de costume, considerando que após voltar do baile, estava fora de controle, atacando os criados com objetos e palavras rudes, parecia até outra pessoa. Seus passos eram suaves, sua postura, rígida e impecável, usando um traje completamente branco e mangas longas, até mesmo as mãos eram cobertas por luvas.

Ao se acomodar na sala de descanso, permitiu a entrada do primeiro vendedor.

Itens mágicos como pergaminhos de feitiços e objetos com encantamentos rúnicos, anel de espaço, roupas, sapatos, joias e livros. Muitos livros.

Nos últimos dias, havia contatado todo tipo de vendedor, fosse viajante ou de lojas bem populares na capital, comprando todo tipo de coisa, o que fez todos pensarem que talvez estivesse desafogando nas compras, gastando de forma desenfreada após todas as loucuras que havia cometido.

Lissandre tinha uma expressão fria em seu rosto ao dispensar outro vendedor que não tinha o que ele queria.

Seus planos para uma fuga bem-sucedida dependiam unicamente de um colar que nenhum vendedor tinha posse, pelo menos todos os que se aproximaram até o momento.

E para não despertar suspeitas, comprava todos os outros tipos de besteiras que achasse interessante, não é como se o arquiduque o deixasse viver na pobreza.

Iria fugir, para bem longe e só assim, tinha certeza de que conseguiria sobreviver.

Um mês antes, havia sonhado com seu futuro. Esquisito, surreal e até duvidoso, mas assustador o suficiente para fazê-lo se erguer febril e tentar fugir pela janela. Estava desesperado para viver.

Maldito criador, havia até sido bem criativo para se livrar de um vilão de baixo nível como ele.

Não havia visto o futuro realmente, apenas teve um sonho muito realista onde descobria ser um personagem descartável de um livro de harém reverso.

Nesse livro, a protagonista era parente distante de uma marquesa que decidiu adotá-la e enviá-la para a academia de magia, pois ela tinha um talento extraordinário com magia de luz e cura, poderia até mesmo se tornar uma Santa se recebesse o apoio e treinamentos corretos.

E ao ingressar na academia, ela conhece os membros de seu harém, quatro alfas poderosos e influentes mais do que dispostos a ajudar e proteger ela.

Os seis anos na academia sendo apenas o primeiro dos cinco arcos do livro, seguido de um arco como investigadora de uma peste misteriosa ao leste do país, outra como aventureira e então, um arco de guerra e outro com o famoso clichê da perda de memória, onde ela pode conhecer melhor e se aproximar mais de um dos membros de seu harém, sem nunca escolher um realmente. No final, ela fica com todos.

Essas informações giravam em sua mente quando acordou daquela febre, mesmo com vários ossos quebrados e fraturados, se obrigou a anotar tudo o que se lembrava e o ponto chave era que, ele mesmo era apenas um personagem que enche o saco da protagonista e tem uma morte terrível logo no fim do primeiro arco.

Qualquer um o chamaria de louco, até mesmo ele zombaria de si mesmo por estar acreditando cegamente em alucinações e delírios causados pela febre.

Por dias a fio tentou ignorar em vão todos aqueles pesadelos e aquelas informações aleatórias que surgiam em sua mente até que acabou se dando por vencido.

Pediu para que uma criada verificasse a veracidade de algumas informações, coisas que ele não tinha ideia se eram reais ou não, como uma doença mortal que surgia no leste e causaria milhares de mortes antes de por fim, ser controlada graças às investigações da maravilhosa Mirabel e a vacina que ela inventará e ganhará fama graças á esse feito.

A doença era real, um sinal de que talvez, todo o resto das informações daquele livro horrível também fossem reais e agora sentia um nó no estômago ao confirmar que talvez, as alucinações não fossem tão descabeladas assim.

Ele iria morrer.

Continua...

A Autora tem algo a dizer:

DILLION

É o império mais próspero e rico do continente Elarion, conhecido por suas vastas terras férteis e comércio abundante. Seus governantes são famosos pela diplomacia e pelo controle das rotas comerciais marítimas e terrestres que ligam o continente aos demais.

A capital do império Dillion se chama Illumaris (combinação de "illum" -luz- e "maris" -mares-) e é muito próspero, com a Academia Real de Magia tendo uma das maiores bibliotecas do império. É o único império totalmente dominado pelos humanos.

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