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9 - A PROPOSTA

"Não há nada mais aterrorizante para uma mente conservadora do que se deparar com uma mulher independente".

— Lady Anastácia Lumb

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O imponente Castelo de Windsor situado nas proximidades do rio Tâmisa fora construído no século XI, pelo primeiro rei normando, Guilherme I, também conhecido pelos nomes de Guilherme, o Conquistador — ou para muitos —, Guilherme, o Bastardo. Desde a conquista normanda, o referido castelo se tornou um local importante para a aristocracia britânica. Nos primórdios, o monumento exercia a importante função de proteger a dominação normanda nos arredores de Londres, possibilitando vigiar uma parte estrategicamente valiosa do rio Tâmisa. Mas, naquele século, durante o reinado da rainha Victoria, o local se tornou nada mais do que uma luxuosa residência, a qual tinha o propósito de abrigar a família real, além de que, servia muito bem com o propósito de sediar visitas ilustres vindas de outros países.

O castelo se tornara famoso pelos grandes eventos sociais que a rainha Victoria geralmente realizava em sua magnífica residência. Any, contudo, não apreciava a exuberância do imponente monumento, pois sempre esteve ciente da exorbitante quantia que o antigo monarca, Jorge IV, havia persuadido o parlamento aprovar para reformar o castelo apenas para que o palácio refletisse as riquezas da Coroa. A sociedade britânica sempre soube que milhares de libras tinham colocadas nas paredes do Castelo de Windsor; dinheiro que, do ponto de vista de Anastácia, teria sido melhor gasto se a Cora tivesse investido na educação da população britânica. Já era tempo de educar o povo e não apenas a elite.

Todavia, lady Lumb não possuía qualquer influência dentro da corte britânica, aos olhos da Coroa ela não passava de uma bastarda que não possuía direito algum. Entretanto, Any nunca se intimidou com os valores tradicionalista da aristocracia britânica, ao contrário, sempre que podia, ela rebatia com veemência tais valores, e o fato de ela ser uma mulher de opinião tão forte, com certeza deixava a rainha preocupada.

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O Castelo de Windsor já havia recebido centenas de visitas ilustres, e, naquela tarde chuvosa, receberia lady Anastácia Lumb: o furacão em pessoa.

Ao descer da carruagem, Anastácia alisou o tecido xadrez de seu vestido em tons de verde e preto, aprumou a postura e caminhou segura até a entrada do castelo em que fora recebida pelo mordomo da rainha.

— Lady Anastácia Lumb. Acompanhe-me. — disse o homem, em tom de formalidade, já caminhando para dentro do castelo.

Any o seguiu calada, apenas apreciando a visão daquele belo monumento histórico. De fato, Windsor ainda era tão belo quanto se recordava. Quando criança, Any frequentava aquela residência com certa frequência, pois a família de seu pai, o duque de Pennesburg, eram amigos de longa data da família real. O pai de Anastácia havia sido o confidente mais próximo do rei Alberto, falecido esposo da rainha,  assim conviveram com demasiada proximidade, até se tornarem homens e por fim se casarem. Cada um seguiu o seu destino, Alberto se casou com Victoria e Thomas partiu para as suas aventuras, mas sempre que surgia a oportunidade, eles se reencontravam com frequência no Castelo de Windsor para recordar os velhos tempos da juventude. Lorde Thomas Lumb tinha 42 anos quando finalmente se tornou pai de Anastácia, a sua única filha e seu bem mais precioso.  Quando ele retornou a Londres para criar Any na Inglaterra, o duque fez questão de sempre levar Anastácia aos encontros com a realeza, o que  possibilitou a Any conviver intimamente com os netos da rainha em sua infância. 

No entanto, desde que voltara de sua fascinante aventura pelo Oriente, em nenhum momento ela recebera o convite para frequentar os eventos sociais realizados pela Coroa, muito pelo contrário, a rainha Victoria fez questão de esquecer que a jovem existia e sequer recordou que Any fora criada junto de seus netos. Para a monarca, lady Anastácia Lumb havia se desviado — e muito — do caminho que qualquer jovem detentora valores morais deveriam seguir. Aos olhos da rainha Victoria, a filha do seu amigo, duque de Pennesburg, era um mau exemplo de mulher.

Ao chegar no esplendoroso cômodo que fora escolhido para aquele encontro, Anastácia sentiu que estava sendo avaliada desde que efetuará os primeiros passos ao encontro da mesa a qual a rainha ocupava com toda elegância de uma verdadeira monarca.

Any permaneceu em pé, calada, observando a rainha concluir a leitura do jornal, aguardando pela atenção que em breve lhe seria destinada. Por um momento, os olhos da lady acompanharam a leve chuva que se desprendia do céu, trazendo para dentro do castelo uma agradável sensação de frescor. Porém, antes que Any tomasse um tempo para contemplar as variedades de biscoitos dispostos à mesa, a rainha finalmente decidiu que já era o momento dialogar com a sua convidada.

— Lady Anastácia Lumb. — disse a monarca, avaliando-a dos pés à cabeça.

Any retribuiu o olhar com mesma atenção. A rainha Victoria envelhecera consideravelmente desde a última vez em que a tinha visto. Seus cabelos grisalhos haviam tornado o seu rosto redondo ainda mais pálido. Todavia, apesar das evidências da idade avançada, a rainha continuava com a mesma postura robusta e olhos tão afiados quanto de uma águia.

— Majestade. — Any curvou-se em uma meia reverência. Não que ela quisesse se curvar para rainha. Contudo, Anastácia não estava ali para entrar em uma guerra silenciosa, mas sim para estabelecer uma trégua, ou quem sabe um acordo de paz. Já era tempo de ambas reestabelecerem a relação amigável que há muito fora perdida.

— Sente-se, minha cara. —  Apontou a cadeira logo a frente de Anastácia.

Lady Lumb, em silêncio, ocupou o assento confortável da luxuosa cadeira e então retirou suas luvas negras, depositando-as sobre a mesa.

— Fico contente que tenha aceitado o meu convite. Não a vejo desde que tinha idade para debutar. — comentou, com sagacidade.

Os lábios de Any se curvaram em pequeno e quase despercebido sorriso de canto, antes de  dizer:

— E quem em sã consciência rejeita o convite da própria rainha? Embora, eu deva acrescentar, majestade, que esta um tanto equivocada quanto a sua fala, pois ainda estou em idade de debutar. A menos que eu esteja terrivelmente equivocada, o que não é o caso, eu continuo solteira.

Uma leve coloração avermelhada surgiu no rosto redondo da monarca, evidenciado o quanto a petulância de Anastácia a deixou irritada.

— Todavia, minha cara, de acordo com a sociedade, é apropriado dizer que tens idade para ser considerada uma solteirona. —  Foi rápida ao disparar o seu veneno real. — Aceita um chá? — completou em tom brando.

Any não precisou fingir que as palavras da monarca a atingiram, pois ela sequer se importava com o que a sociedade pensava. A lady teria se contentado em ser taxada como solteirona, mas infelizmente o destino tinha lhe reservado outros planos.

— Aceito a bebida, majestade. — Foi tudo que disse.

A rainha efetuou o sinal para que o mordomo servisse a Anastácia, porém a lady logo falou:

— Não é necessário que me sirva. Sou capaz de me servir sem auxílio. — Sorriu para aliviar a tensão que se formou no rosto do homem.

— Claro que pode. Afinal és uma mulher independente, não é? — Any notou o tom de provocação na voz da senhora.

— Não tanto quanto eu gostaria, considerando a atual situação a qual me encontro. Mas sou muito mais independente do que a maior parte das mulheres. Isso é obvio. — A rainha abriu a boca para rebater as palavras de Anastácia, contudo a lady logo a cortou: — E quanto a sua fala sobre eu ser considerada uma solteirona.... Acredito que a sociedade impõe um prazo muito curto ao validar uma mulher. Tenho vinte e oito anos e praticamente já fui descartada para o casório sendo que ainda sou jovem e fértil. De certo, precisamos rever esse e outros tantos posicionamentos com urgência.

Claro que Anastácia não queria se comparar a uma parideira, já que ela acreditava que mulheres eram muito mais do que esposas e mães. Entretanto, Any estava tentando levar a conversa para o lado da monarca que sempre foi conhecida por acreditar nos tradicionais valores morais, sobretudo quando se referiam às mulheres britânicas.

— Apesar de eu ser a rainha, não sou eu quem dita as regras da sociedade, minha jovem. Elas são impostas pelas próprias pessoas e nós apenas a seguimos. — Sorriu, antes de levar a xícara de porcelana à boca.

— Talvez estejamos em tempo de alterar a mentalidade da sociedade. Já é o momento de as mulheres deixarem de lado os anos de submissão. Representamos um papel significativo perante as civilizações. Somos nós quem damos a luz a reis, príncipes, advogados, padres, pastores e a todo e qualquer homem que habite esse mundo, sendo ele um imperador ou um relés operário. Ainda assim, somos proibidas de votar. Damos a vida a homens que nos privam de todos os direitos, incluindo o de ser alguém perante a sociedade civil. Talvez tivesse sido melhor termos ficado à mercê dos antigos povos vikings, que, apesar de serem pagãos, ao menos valorizavam as mulheres ao ponto de guerrearem lado a lado, como se fossem iguais. Todavia, aqui estamos nós, séculos à frente, sendo dominadas por homens, não podendo exercer qualquer outra função que não seja a de ser mãe ou esposa.

Obviamente aquele argumento fervoroso de Anastácia deixou a rainha aos nervos e a lady apenas se deu conta que tinha extrapolado no discurso, quando notou o rosto da senhora se tornar tão vermelho como um tomate maduro e então a majestade gritou a pleno pulmões:

— BLASFÊMIA!

Any engoliu a seco, e em seus pensamentos aterrorizados, chegou até ver a imagem da guilhotina diante de si.

— Peço perdão, Sua Majestade, não tive a intenção de ofendê-la  com meus ideais. Não tema a minha eloquência, trata-se apenas do pensamento de uma mulher que, sozinha, não tem poder algum. — Any disse em tom brando, tentando amenizar o caos que havia se tornado aquele que de deveria ser um pacato chá da tarde.

Aos poucos os ânimos da rainha foram se acalmando, até que a palidez tornou a ocupar o rosto marcado com sinuosas linhas de rugas. Já mais calma, a monarca apanhou o bule, despejou o chá preto em sua xícara, acrescentou duas pedras de açúcar, e, em seguida, sorveu um longo gole da bebida quente.

— Acredita em Deus e nas escrituras sagradas, Anastácia? — perguntou, a rainha, em tom sério.

Any, com demasiada tranquilidade, depositou a xícara na mesa, fitou os olhos frios da rainha e então respondeu:

— Não sou ateia, majestade. Não posso provar que exista um Deus, porém não posso descartar que Ele exista. Mas, jamais acreditaria em um Deus que por vezes é descrito na bíblia; um vingativo e narcisista que pune aqueles que escolhe não amá-lo. Sobretudo, não consigo acreditar em um Deus que sempre deixou as mulheres serem dominadas, que as incentivam a serem submissas aos homens e que supostamente optou nos criar da costela de um homem, como se devêssemos a eles a nossa existência terrena. Não posso desacreditar finalmente que Deus não exista. Porém, tenho certeza de que não acredito na bíblia, pois o livro foi escrito por homens e já faz muito tempo que eu deixei de acreditar na humanidade. — Após a lady declarar sua sinceridade em alto e bom tom, da outra extremidade da mesa, Any sentiu o peso do olhar da senhora, julgando-a silenciosamente.

— Oh céus! Como pode alguém que fora criada em um país cristão ter pensamentos como estes. De fato, a Inglaterra falhou com sua educação, minha jovem. — A rainha lamentou, torcendo os finos lábios enrugados.

— Falhou não só com a minha educação, mas com a de muitas mulheres. Afinal, apenas os homens são educados em escolas. A nós, mulheres, cabem somente uma educação amena, como se o fato de sermos precariamente letradas fosse o suficiente. Afinal, que vale o estudo quando se deve aprender a bordar, valsar e a gerir uma casa? Fomos domesticadas a séculos e algumas de nós desejam muito mais do que a sociedade tem oferecido; desejamos conquistar o mundo e tudo que dele possamos aproveitar. — Any bebericou o seu chá, ciente do quanto estava orgulhosa de si, por ter exposto sua ideologia com bravura diante da rainha e seus valores deveras tradicionais.

— Você me lembra a minha filha, Helene, sempre com esses argumentos a favor da igualdade entre homens e mulheres. Sempre defendendo o direito feminino e lutando pela conquista do voto. — Pela primeira vez naquela tarde, um riso baixo escapou dos lábios da rainha. — Contudo, minha cara, apesar dos argumentos fervorosos de minha corajosa Lenchen, ela, assim como toda mulher que vem de uma família nobre, teve de se casar. Minha filha não conseguiu fugir do casamento, e ao que parece, você também não fugirá. Uma coincidência irônica, não acha? — A monarca nem ao mesmo tentou disfarçar o tom de gozação. Se fosse uma conversa com qualquer outra pessoa, Victoria tinha refreado a língua. Todavia, estava de frente para lady Lumb e ela não precisava medir as palavras com alguém que, aos seus olhos, possuía tão pouca decência.

— Acredito que chegamos ao momento de tratar do assunto pelo qual me convocou aqui, majestade. Sei muito bem que não me chamou para desenrolarmos conversas frívolas a respeito das mulheres, ao contrário, estamos aqui para discutir o meu futuro casamento e creio que tenha alguma proposta a me oferecer. — Any falou, com a firmeza de uma negociante nata. Ela não temia a rainha e jamais iria temer.

Um suspiro escapou da boca da nobre senhora, e quando começou a falar, sua voz soou branda:

— Você sempre foi diferente, Anastácia. Desde criança já divergia de qualquer garota. Nunca apreciou brincar com bonecas, sempre preferiu os cavalos de paus dos meus netos. Estava sempre pendurada em árvores, mantendo os vestidos amarrados nas coxas para poder correr velozmente. E brigava igual um menino, talvez até mais valente. Quando se tornou adolescente, conhecia os números melhor que qualquer rapaz. Sempre foi mais inteligente que meus netos, e ao invés de aprender a bordar, voltou a habilidade para prática de tiro ao alvo, seja com flecha ou espingarda. No íntimo do meu coração, esperava que, aquando debutasse, finalmente iria entrar nos eixos, casar-se-ia com um homem de fibra com ele teria filhos aos quais amenizaram seus ânimos rebeldes. Contudo, minha cara, você sempre foi um espírito e indomável e obviamente não se prenderia a um casamento, então para evitar a debutar, preferiu fugir para o Oriente, chocando a toda aristocracia britânica, menos, é claro, a mim. — Um curto e quase despercebido riso escapou dos lábios enrugados da rainha ao concluir aquele pensamento. Então o olhar penetrante da monarca tornou a se fixar em Anastácia quando completou: — Lady Anastácia Lumb, também conhecida como Lady Indomável, a mulher que conquista tudo aquilo que deseja e jamais volta atrás quando resolve lutar por um objetivo. Por diversas vezes fugiu do casamento, mas agora decidiu que se casará, portanto, uma esposa se tornará. Mas não levará nenhum dos meus netos para matrimônio, nem mesmo o inocente Louis que sempre foi apaixonado por ti. Por essa razão eu desejo lhe conceder um acordo que beneficiará ambas. Aceita ouvir o que tenho a lhe propor?

Anastácia Lumb já tinha em mente qual poderia ser o acordo que a monarca pensava em lhe fazer. Any não era tola e sabia que a rainha não desejava manchar o brilho da Coroa casando um de seus netos uma mulher conhecida por sua reputação escandalosa

— Sou toda ouvidos, majestade. — disse, Any, com toda segurança que havia dentro de si.

— És uma mulher de negócios, Anastácia, isso é evidente. E por ser quem é, sabe que sua reputação te precede e que, por essa razão, encontrará certos empecilhos para conseguir um marido a sua altura e do seu padrão social. Louis pode ser considerado um jovem sonhador e inexperiente aos seus olhos, contudo, ele é meu neto, e ainda que seja necessário desmembrá-lo da Coroa caso ambos insistam em prosseguir com uma união, mesmo nesse caso, será uma duquesa, ou seja, continuará sendo exatamente quem é, se vier a se casar com meu neto. Seria uma união vantajosa, pois ele se casaria com a mulher por quem é apaixonado e você manteria sua liberdade, bem como seu status social. — Any abriu a boca para rebater a monarca, mas foi interrompida: — Não é de meu desejo que tal tipo de união se concretize. Portanto, proponho aceitar que debute, ainda que seja muito mais velha que as demais jovens que ingressarão na sociedade, e, também, comprometo-me convidá-la para todos os bailes que serão realizados aqui, no Castelo de Windsor, e deixarei evidente para aristocracia inglesa que somente comparecerei a qualquer evento social se você, lady Anastácia Lumb, estiver presente. Farei o que estiver ao meu alcance para que seja considerada uma boa pretendente. Ajudárei-la a conseguir um esposo, desde que nenhum dos meus netos seja o homem o qual levará para o altar.

Apesar do fato de que lady Lumb já sabia qual seria a proposta da rainha, ela não conseguiu evitar que um sentimento de indignação se instalasse em seu coração. No intento de acalmar os ânimos, Any bebeu um longo gole do seu chá, respirou fundo, em seguida fixou o olhar na rainha e então proferiu:

— De fato sou uma mulher de negócios, majestade. Mas isso não significa que eu seja cruel. Jamais brincaria com o sentimento de um homem, seja ele um príncipe ou um plebeu. Sou realista, porém não sou insensível. Mesmo que não me fizesse essa proposta, pode ter a certeza de que não me casaria com Louis. Ele é um bom rapaz e sempre foi grande amigo. Não tenho qualquer intenção de estragar nossa amizade, forçando um casamento o qual jamais o faria feliz.

Do outro extremo da mesa, Any notou a pele enrugada da rainha empalidecer ao ouvir o quanto a lady se importava com seu neto caçula. Todavia, aquela revelação não alterava em nada os planos que a rainha havia traçado.

— Claro que irei formalizar esse acordo por escrito e creio que você sendo uma mulher de negócios entenderá perfeitamente essa minha decisão. Meu advogado entrará em contato assim que concluirmos o documento, o qual deverá assinar junto de um termo de confidencialidade. — Explicou a rainha, colocando-se em pé, encerrando aquele chá.

Rapidamente Anastácia levantou-se da cadeira e alisou o vestido no corpo, arrumando-se para partir.

— Envie seu advogado ao The Royal, é onde que costumo resolver assuntos de negócios. — solicitou, Any, tentando concluir o assunto.

Contudo, antes que a lady saísse pela porta, a rainha ameaçou:

— Haverá severas consequências caso quebre o nosso tratado. Hoje nos tornamos aliadas, não queria me ter como inimiga, lady Lumb.

Any, sem quaisquer resquícios de temor, meneou o pescoço para o lado e disse por fim:

— A advertência é recíproca, sua majestade. — A lady, então, curvou os lábios em um sorriso sarcástico e retomou o caminho.

— Any! — A rainha, pela primeira vez naquela tarde, a chamou pelo seu apelido de infância a qual consumação usar.

Anastácia, espantada, voltou o corpo de modo a encarar a monarca, deparando-se com uma Victoria triste, com os olhos marejados em lágrimas contidas. Estranhamente, sua voz soou melancólica quando expressou:

— Sinto muito pelo seu pai, criança. Sinto de todo o meu coração. Sei que não teríamos essa conversa se ele estivesse bem de saúde e por isso eu lamento profundamente. Diga a ele que em breve lhe farei uma visita.

Any sentiu o coração afundar dentro do peito ao ouvir as palavras sinceras da rainha. Ela não esperava por uma trégua e aquela situação a acertou precisamente, despertando dentro de si um mar de sentimentos conflituosos que a todo custo ela tentava controlar.

— Transmitirei seu recado, majestade. — E engolindo o choro, Anastácia partiu.

Abandonou aquele castelo, levando consigo a inquietante sensação de que um caos estava prestes a surgir e ela estaria no meio de tudo, temendo ser devorada pelo futuro desconhecido e assustador. Any estava apavorada, mas por sorte ela tinha a Matthew e ambos resolveriam aquela situação. Sim, eles resolveriam e tudo, em breve, acabaria bem.

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(CAPÍTULO SEM REVISÃO)

Oi pessoal!

Demorou, mas saiu. Espero que tenham gostado!

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