48 - Ameaça
"O amor próprio é o único que impede de nos tornar reféns de alguém".
— Lady Anastácia Morrison
Quando Any decidiu deixar o luto para trás, não pensou que teria de enfrentar mais dificuldades pelo caminho. Acreditou, ingenuamente, que haveria dias melhores, mas se enganou terrivelmente. Em um curto espaço, perdera tudo: o pai, o melhor amigo, o esposo, seus clubes; perdera, inclusive, a liberdade, e aquilo foi o que mais doeu.
Após a conversa com a rainha, Anastácia retornou ao The City, foi até o banco em que mantinha as finanças, sabendo que enfrentar a monarca exigiria dela manter o poder aquisitivo. Londres era regida pelo dinheiro. Any não teria forças alguma se não tivesse em posse de suas libras.
Muito segura de si, e conhecendo todos os funcionários do banco, Anastácia caminhou até a mesa do gerente e sentou-se na cadeira.
— Olá, senhor Olsen.
O homem alto de porte magro, trajando um impecável terno cinza, lançou a ela um olhar por cima dos óculos redondos e exibiu um curto sorriso.
— Olá, lady Morrison, em que posso ajudá-la?
Anu cruzou as mãos sobre as pernas e respondeu:
— Gostaria de fazer uma retirada de mil libras da minha conta. — Sequer titubeou.
Ao ouvir tal solicitação, o homem ficou desconfortável e mexeu na gravata em um gesto de nervosismo. Os olhos ficaram agitados, conforme os lábios começaram a tremer.
— Sinto muito, lady Morrison, mas não poderei atender a sua solicitação. Está impedida de realizar qualquer retirada.
— Como assim? — Any inquiriu, perplexa. — Eu tenho uma carta assinada por meu esposo autorizando a movimentação da conta. Eu sempre efetuei transações nesse banco. É um absurdo o que me diz.
Senhor Olsen suspirou, tentando organizar os pensamentos e então explicou:
— O duque, seu esposo, compareceu nesse banco na semana passada e revogou a carta que lhe autorizava, impedindo-a de realizar transações financeiras. Sinto muito, lady Morrison, mas não há nada que eu possa fazer. Ele é seu esposo, é o responsável legal por todos os seus bens.
Any sentiu as lágrimas brotarem nos olhos; lágrimas de tristeza e fúria. Realmente perdera tudo, não tinha poder algum. Tudo estava nas mãos de Matthew, ela não tinha mais nada, nem mesmo o nome.
— Eu entendo. — murmurou, e meio atordoada, levantou-se e deixou o banco e todas as suas finanças para trás.
Quando adentrou na carruagem, desabou em choro. Sentiu falta do pai, era tudo mais fácil quando ele estava vivo. Any sempre fora uma mulher independente, porém, naquela ocasião, tornou-se um nada. Sentiu-se triste e vazia. A vida realmente havia tomado um rumo inesperado.
— Para onde devemos ir, milady? — perguntou o jovem cocheiro.
— Para a antiga residência Lumb.
E assim, a carruagem seguiu o curso, levando Any de volta ao único refúgio que lhe restou.
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Fazia um bom tempo que Anastácia não adentrava naquele que sempre foi o seu lar. Por um longo período, evitou a retornar, mas aquela residência era o único refúgio em tempos sombrios. Era tudo que Matthew ainda não havia lhe tirado.
Ao abrir a porta, um misto de emoções tomou conta dela. Chorou ao se lembrar de tudo que viveu ali. Por um instante, pode até mesmo sentir a presença do pai, embora soubesse que ele de fato havia partido.
Os móveis estavam cobertos por panos brancos que os protegiam da poeira. O silêncio era a única companhia. Aquela que outrora era uma casa cheia de vida, jazia submersa em uma solidão absoluta.
Any foi até o escritório, tentando não sufocar nas lembranças, retirou o lençol branco que cobria a mesa e ocupou a familiar cadeira estofada, sentindo o coração apertar em tristeza. Ironicamente, Matt também havia lhe tirado o único conforto, era o único que estava de posse das cartas de seu pai.
Inconformada, Anastácia levou as mãos às têmporas e chorou, desejando encontrar uma solução para aquele problema. Ainda em prantos, abriu a primeira gaveta e encontrou o revólver que Thomas Lumb sempre mantivera por perto.
Any segurou a arma prateada, puxou a alavanca, girou o tambor e checou todas as munições. Ali, naquele momento, ela chegou a uma conclusão:
— Tempos de desespero exigem medidas desesperadas. — murmurou, enxugando as lágrimas.
Sabendo exatamente o que deveria fazer, Anastácia colocou o revólver em uma pequena caixa, e armada, deixou a residência Lumb, indo direto ao parlamento.
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Não se sabe dizer a razão pelo qual Anastácia tomou aquela decisão, embora ela certamente culpou o desespero. Todavia, com muita ousadia e determinação, Any adentrou no parlamento, ignorando os avisos de homens que tentaram impedir a passagem dela e caminhou determinada até a Câmara dos Lordes.
— Senhora, não pode entrar! Os lordes estão em reunião. — informou um dos homens, colocando-se entre ela e a porta.
Any, no entanto, apenas esboçou um leve sorriso, sacou o revólver e apontou para o homem.
— Eu entrarei de qualquer jeito. — assegurou, muito convicta.
Rapidamente uma comoção se formou ao redor dela. Os homens claramente avaliaram com cautela aquela perigosa situação.
— Muitos de vocês já me viram atirar e sabem que eu tenho uma excelente mira. Então, sugiro que saiam da minha frente. Não me façam usar esse revólver.
Sabiamente, o homem que bloqueava a passagem se afastou, abrindo a passagem para a lady.
Any abriu a porta abruptamente, fazendo com que a atenção dos lordes fosse destinada a ela.
— Desculpe a interrupção! — Desceu pelo corredor, os olhos buscando por Matthew. — Tenho um questionamento a fazer... — Finalmente encontrou a fileira destinada ao duque, a segunda próximo do púlpito. Parou perto dele e bradou em alto e bom tom: — O parlamento prefere lidar com um caso de divórcio — Apontou o revólver para Matthew que arregalou os olhos. — Ou lidar com um caso de uma mulher que matou o esposo, apenas para se livrar de um casamento infeliz?
Em questão de segundos, um alvoroço contido tomou conta do Câmera. Os homens ficaram espantados com aquela complexa situação. Tiveram receio de interferir e lady Morrison cometer um ato de loucura.
— Any... — disse Matt, muito cuidadoso.
— Calado! — Esbravejou ela. — Você tirou tudo de mim. — Novamente desabou em choro. Estava desesperada de fato.
— Lady Morrison, por favor, acalme-se. Não faça algo pelo qual se arrependerá. — Suplicou um dos lordes.
— Eu só quero o divórcio! Apenas isso! Por que é tão difícil para uma mulher ter o que ela deseja?
— É a Lei, milady! — declarou outro homem lá no fundo da Câmera.
— Lei? Uma Lei feita por homens que não me representa! Que não se colocam um instante no lugar das mulheres, que desejam governar o mundo ignorando a nossa existência, ignorando, inclusive aquelas que os pariram, que lhes deram a vida! Homens que fazem de tudo para nos tornar inviáveis. Não me admira o fato de que não permitem às mulheres votarem. Nenhuma mulher votaria em alguém que não a representa. São um bando hipócritas com títulos, isso é o que são. — bradou furiosa, ainda apontando o cano do revólver para Matthew.
Lorde Davies tomou coragem, levantou-se do assento e caminhou até a amiga.
— Any, entendo a sua revolta, mas, por favor, não torne tudo pior.
Anastácia o olhou de soslaio e sentiu as mãos fraquejarem por uma fração de segundos.
— Eu só quero a minha liberdade. — sussurrou em uma espécie de súplica.
— Entendo sua luta, lady Lumb. — expressou um senhor sentado na primeira fileira das cadeiras, escolhendo muito bem suas palavras. — Traga uma proposta de divórcio ao parlamento e nós faremos o possível para atender ao seu pedido. — assegurou, realmente parecendo dizer a verdade.
Any, ainda desconfiada, lançou um olhar ao restante dos homens.
— Sim. Nós faremos. — começaram, aos poucos, a concordar.
Albert colocou a mão sobre as de Anastácia, ajudando-a a baixar o revólver.
— Dê-me isso. — Desarmou-a sem muito alarde.
Somente naquele momento, Matthew conseguiu respirar aliviado.
— Vamos, Any. — O conde segurou os braços da lady e começou a guiá-la para fora da Câmara.
Quando ambos saíram pela porta, deixando o parlamento completamente agitado. Matthew chamou por aquela que ainda era a sua esposa:
— Anastácia!
Ela, no entanto, o ignorou e continuou a andar.
— Se ousar sair daqui acompanhada pelo conde de Bastille, eu juro por Deus e por tudo que é mais sagrado, que jamais, enquanto eu viver, lhe concederei o divórcio.
Aquela declaração chamou a atenção da lady que interrompeu a caminhada. Ainda muito irritada, ela girou o corpo e encarou Matthew que ordenou:
— No meu gabinete, agora.
Any não teve outra escolha a não ser obedecê-lo. Matt estava no poder, por ora. Seguiu calada atrás do duque que percorreu o corredor, subiu um lance de escada e logo parou em frente a uma porta, abriu-a, permitindo a entrada da lady.
— Você me ameaçou de morte na frente de todo parlamento! Perdeu todo o juízo dessa sua cabeça, Anastácia? — bradou, assim que fechou a porta.
Any teve a ousadia de rolar os olhos.
— Nunca tive a intenção de te matar. Francamente, Vossa Graça! Não fui capaz de matar uma galinha, acha que seria capaz de assassinar meu marido?
— Em se tratando de você, Any, eu não duvido de nada!
Ao ouvir ele a chamar pelo apelido, o coração se apertou em tristeza. Cravou o olhar naqueles intensos olhos azuis de Matthew e a dor se apossou do coração dela ao se recordar do quanto ele a fazia sofrer.
— Por que fez isso comigo, Matt? Por que tirou tudo de mim? Tirou-me o The Royal. Tirou meus bens. Tirou tudo, inclusive a minha independência. Por que, Matt? Apenas me diga o porquê.
O duque baixou o olhar para os pés e sussurrou:
— Foi necessário.
Aquela vaga resposta fez o corpo da lady estremecer de fúria.
— Necessário? — protestou, informada. — Eu sempre te apoiei. Sempre estive ao seu lado. Sempre comprei suas batalhas, suas lutas. Eu iria ao inferno por você, Matthew. Ainda assim, virou-se contra mim. Eu não merecia isso.
Tomado pelo desespero, Matthew avançou contra Anastácia e a encurralou junto à parede. Totalmente fora de si, ele gritou:
— A RAINHA TE AMEAÇOU, ANASTÁCIA! — Espalmou as mãos na parede, fazendo Any se encolher sutilmente. — Ela disse que se eu não impedisse os seus avanços, mandaria te prender, e se mesmo assim não fosse o suficiente, ela te levaria à forca. Fiz o que pude para te manter a salvo.
As lágrimas surgiram nos olhos de ambos.
— Obrigada por ter me contado a verdade. — Foi tudo o que Any disse.
Matthew encarou os olhos verdes da esposa e sentiu a saudade pressionar o peito. O olhar recaiu nos lábios dela, desejando prová-los ao menos mais uma vez. Quando se deu por conta, ele estava a beijando. Any, inesperadamente retribuiu aquela ávida afeição.
Matthew devorou os lábios de Anastácia, como nunca havia feito antes. A lady, por sua vez, enlaçou as mãos em torno do pescoço dele e aprofundou o beijo, desejando por muito mais. Em um emaranhado de mãos, lábios, línguas e respirações entrecortadas mescladas ao ar, ambos se conectaram como há muito ansiavam em fazer.
— Any... — O duque ofegou, sem nem ao menos saber o porquê a chamava pelo nome.
— Matt... — ela sussurrou de volta, a voz trêmula e suplicante.
Aquilo bastou para que o duque retomasse a ação.
Desesperado, ele subiu a saía do vestido, mantendo-a escorada na parede.
Any, tomada pelo impulso, desabotoou os botões da calça ajudando o esposo a libertar a rigidez. Matt agiu rapidamente, erguendo-a do chão, colocando as pernas dela em torno da cintura dele. Sem muito esforço, ele a penetrou, arrancando um gemido da esposa.
O duque estocou rápido e com força, enfiando a face na curva do pescoço da lady, inalando a fragrância que desprendia daquela pele quente e macia.
Any sentiu as costas se chocarem contra a parede daquele gabinete, conforme Matt a possuiu com muito desejo.
Ambos gemeram, ofegaram, entregando-se um ao outro, pouco se importando se alguém pudesse ouvi-los.
Anastácia sentiu as pernas estremecerem quando o auge do prazer a atingiu. Jogou a cabeça para trás, cravou as unhas nos ombros do esposo e gemeu:
— Oh, meu Deus!
O duque, ao notar Any se entregando por completo a ele, não foi capaz de se segurar, estocou fundo e com força, pela última vez, explodindo dentro dela.
— ANASTÁCIA! — grunhiu, apertando as coxas dela, nem se lembrando de tomar cuidado.
Por um bom tempo, ambos permaneceram ofegantes, sorrindo sem razão aparente, ainda unidos pelo desejo avassalador. Então Matt, com muito cuidado, saiu de dentro dela, devolvendo-a no chão.
Any rasgou um pedaço do forro do vestido e limpou-se da melhor forma a qual foi capaz. Em nenhum momento, recordou-se do quanto fora imprudente. Sequer percebeu a gravidade do que acabara de acontecer.
Matt, delicadamente a ajudou a arrumar os cabelos, ajeitando as mechas soltas atrás da orelha dela e sorriu satisfeito com o que ocorrera.
— Agora que nos acertamos, quando irá me devolver o The Royal e meu acesso ao banco? — indagou, mantendo na face um largo sorriso.
Matthew, todavia, ficou muito sério e a cor fugiu da face quando revelou:
— Any, eu não posso lhe conceder o que deseja. Eu sinto muito.
Aquelas palavras deixaram Anastácia em estado de absoluta perplexidade. Achava que tudo tinha se acertado, mas enganou-se completamente. Nada havia mudado entre eles.
— Mas, Matthew... Eu achei que tínhamos nos resolvido. — expressou em um tom de voz quase inaudível.
— Eu não posso dar o que está me pedindo, pois a rainha irá te tirar de mim. Eu não posso te perder, Anastácia. Simplesmente não posso. — O brilho das lágrimas surgiram naqueles plácidos olhos azuis.
— Matt... — ela disse, com a voz embargada pelo choro. — Desde que nos conhecemos, você prometeu que sempre estaria ao meu lado e agora está me abandonou. Você sempre disse que éramos imbatíveis, que juntos poderíamos fazer qualquer coisa. O que mudou desde então?
O duque se aproximou e segurou o rosto de Any em suas mãos.
— É a rainha da Inglaterra, Any. Ninguém enfrenta a rainha. Eu te acompanhei em todas as suas aventuras, mas não posso te acompanhar nessa. É loucura e, no fundo, você sabe que eu tenho razão.
Ela tirou as mãos dele que tocavam a sua face e se afastou.
— Acredito que esteja enganado. Não estou sendo prepotente ao afirmar que eu posso sim enfrentar a rainha. Não sou uma ninguém, Matthew. Não sou uma qualquer que a rainha pode condenar à forca, jogar numa vala e apagar a existência. Eu sou Anastácia Lumb. Não há uma pessoa em toda Londres que não tenha ouvido falar de mim. A rainha não vai me matar, é só um blefe. Ela não pode fazer isso sem provocar uma revolução de mulheres indo às ruas pedindo justiça por mim. Ela não pode me condenar à forca, pois o parlamento jamais acataria tal decisão absurda de matar uma mulher, apenas por ela representar a suposta perversão moral. Londres está mudando, a Inglaterra está mudando. Antigos paradigmas estão ficando ultrapassados. Há muitas mulheres, e até mesmo alguns homens que apoiam os meus ideais. Matar-me, seria apenas o estopim de algo que a rainha deseja enterrar. A única forma de ela lutar contra mim, é agindo por meio de você, fazendo com que, por intermédio do poder matrimonial, você tire todos os meus direitos, mantendo todo o controle sobre mim. Você deu todas as armas que ela precisava. Você escolheu a rainha ao invés de mim. Essa é a verdade, Matthew. Agora que sabe disso, você precisa decidir: está ao lado de quem?
O duque ponderou por algum tempo refletindo sobre o que Any lhe disse. Havia argumentos plausíveis e talvez ele era apenas um fantoche na mão da monarca. Contudo, não poderia arriscar tanto, quando a vida de Anastácia corria perigo. Não arriscaria e ponto.
— Any... Eu sinto muito. Eu não posso ser o responsável por te condenar à morte. A minha decisão se mantém exatamente como está. Eu me recuso a te perder. Não consigo viver em um mundo sem você.
Anastácia desabou em choro e diminuiu a distância entre eles. Ela levou as mãos na face do ainda esposo e declarou com toda a sinceridade:
— Eu amo você, Matthew Morrison. Amo muito mais do que um amigo. Já faz um tempo que eu o amo por completo e com todo o meu coração. Eu amo você, inclusive nesse momento, quando me magoou profundamente. Eu amo você hoje, amarei amanhã e talvez te amarei por toda a minha vida. Eu já tinha o perdoado por ter beijado a Sarah. Tinha decidido seguir em frente, porque eu o amo de uma forma que eu não consigo explicar. Mas, Matt... Por mais que eu queria continuar contigo, por mais que uma parte de mim esteja implorando para permanecer ao seu lado, eu não consigo. Se eu aceitar o casamento conforme os seus termos, sendo uma esposa submissa, vivendo sob a sua sombra, sem ter direito a nada, nem mesmo aos bens que deveriam ser meus por direito, eu não serei feliz. Estarei condenando ambos à infelicidade. Eu amo você, e por tanto te amar, dói em mim ter que tomar essa difícil decisão. Não posso ficar contigo, pois se eu ficar, terei que renunciar a minha independência e assim estarei deixando de lado uma parte essencial de quem eu sou. Eu amo você, porém, eu tenho a obrigação de me amar primeiro. Eu não consigo me submeter a esse casamento. Eu sinto muito.
Matthew encostou a testa na dela e também segurou o rosto de Any quando declarou em meio aos prantos:
— Eu entendo. Acho que ambos estamos pedindo mais do que o outro pode doar. Eu amo você, Any. Apenas me prometa que permanecera viva. Apenas viva por mim.
— A única promessa que eu posso afirmar é que, daqui até os finais do tempo, você sempre será o dono do meu coração.
Um singelo sorriso se formou nos lábios do duque, contudo não foi capaz de chegar aos olhos. Com muita tristeza, ele proferiu:
— E assim nós terminamos: ambos como os corações partidos e amando-se infinitamente. Começamos como amigos, nos tornamos amantes e agora somos apenas duas pessoas vazias. — sussurrou, recusando-se a olhá-la.
— Eu não queria que fosse assim. — Any sussurrou, afastando-se. Não tinha mais nada o que dizer.
Com o coração completamente despedaçado, ela deixou aquele gabinete, fechando a porta, deixando Matthew e seu coração para trás.
Any pensou que aquele era o fim, mas na verdade era apenas o início de toda uma vida. Porque, às vezes, uma grande história, começa pelo fim.
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Olá, ladies!
Primeiramente, quero agradecer por todos os comentários de apoio, eles têm sido essenciais para eu prosseguir com essa jornada. Estou há mais de 5 anos escrevendo exclusivamente no Wattpad e posso afirmar que não é algo fácil. Mesmo que o conteúdo seja disponibilizado gratuitamente, a gente tem que ralar muito para convencer os leitores a ler a nossa história. Eu fico muito feliz por poder contar com vocês, pois saber que estarão aqui a cada capítulo é o que me faz prosseguir. Vocês são minha motivação! Se eu tivesse apenas 10 leitores, ainda assim estaria escrevendo com a mesma dedicação! Sei que amam a história tanto quanto a mim!
Obrigada pela paciência, pelo carinho, pelo apoio e por não me abandonar!
Obrigada por TUDO! Vocês são INCRÍVEIS!
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