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43 - Amigos

"Quem tem amigos de verdade, tem tudo".

Lady Anastácia Morrison

No outro dia, Matthew despertou cedo, deixou Anastácia na cama e foi ao parlamento, pois tinhas assuntos inadiáveis a tratar por lá.

Quando retornou a residência White, um tanto exausto devido aos calorosos debates que enfrentará, sentiu as energias revigorar quando adentrou na casa e observou as mulheres sorrindo, cochichando baixinho, felizes de verdade:

— O que está acontecendo aqui? — indagou, desconfiado ao se aproximar de Joan.

— Vá até a cozinha e descobrirá o motivo. — disse Katherine, cheia de segredos.

Matthew arqueou a sobrancelha e foi até ao cômodo indicado. Ao chegar lá, notou o peito inflar de alegria. Any encontrava-se à mesa, alimentando-se avidamente de uma sopa. Ela não só havia deixado aquele quarto, como também estava comendo. Era alegria demais para se colocar em palavras.

— Olá, minha linda. — O duque aproximou-se dela e depositou um beijo em sua testa.

Any sorriu, lançou um olhar para o esposo e franziu levemente o cenho.

— Há quanto tempo não se barbeira?

Desde que você deixou de falar. Pensou em dizer, mas não queria trazer à tona péssimas recordações.

— Há um bom tempo. — disse por fim. — Você está bem?

Anastácia sentiu o peso daquela indagação, sabendo que Matt estava a avaliando.

— Bem, na medida do possível, mas seguramente melhor do que ontem, sabendo que amanhã será um dia melhor e assim por diante.

Matthew se sentou ao lado dela e apenas a observou a se alimentar.

— Há algo que possa fazer por você, minha linda?

Any arqueou a sobrancelha e curvou os lábios em um sorriso de canto, quando falou:

— Acho que chegou o momento de pedirmos para que sua família retorne a Holland Park. Não quero ser ingrata, longe disso, mas gostaria de recuperar a nossa privacidade. Estou bem agora, não há necessidade de tê-las a todo momento vigiando o meu passo. Eu me sinto um pouco desconfortável com elas aqui.

— Eu pedirei, Any.

— Não, Matthew, eu mesma falarei com elas. Peço apenas para que permaneça ao meu lado.

— Como quiser, minha linda.

Anastácia tornou a comer em silêncio, sorrindo de vez em quando ao observar a forma como Matthew a olhava, como se ela fosse uma verdadeira obra de arte.

— Eu preciso de um banho. — Any declarou ao se colocar em pé.

— Eu gostaria muito de lhe acompanhar.

Any esboçou um pequeno sorriso e disse:

— Eu não negaria o seu pedido.

Mas ao contrário do que Anastácia esperava, Matthew não estava mal-intencionado, ele apenas queria apreciar a companhia dela, pois sentia falta de estar com Any; de ouvir a voz dela; de saber que tudo estava bem.

Anastácia, todavia, apenas queria se reconectar com Matt de alguma forma. Queria saber se ele ainda tinha desejo por ela, mesmo depois de tudo que haviam passado. No fundo, ela tinha medo de que tivessem voltado a serem apenas amigos. Doía imaginar que, talvez, ele não mais a desejasse como mulher.

Ambos subiram até ao quarto de banho e Anastácia tratou de trancar a porta para que não fossem interrompidos.

Matthew sentou-se de frente a penteadeira, procurou por seus acessórios e logo Indagou:

— Você se incomoda se eu me barbear enquanto se banha?

Aquela pergunta foi como um balde de água fria nas expectativas da lady. Mas ela escondeu a agitação ao responder:

— Não. Fique à vontade.

Enquanto Anastácia retirava as vestes, ela observou de soslaio Matt organizar meticulosamente os itens sobre a bancada e abrir o pote que continha a espuma de barbear. Contudo, antes que ele levasse o creme branco a face, Any interviu:

— Eu gostaria de fazer algo antes que tirasse a barba.

Matthew a encarou pelo reflexo do espelho, então virou-se de frente para esposa que estava apenas com as vestes de dormir.

— E o que seria?

Any, um tanto insegura, avançou até o esposo, sentou-se no colo dele, colocando as penas em torno de seu quadril e disse:

— Isso. — Selou os lábios nos dele, sentindo a aspereza dos pelos crescidos roçarem a pele. Matt, tomado pelo instinto, levou a mão as nádegas dela, trazendo o corpo de Anastácia para mais perto dele. Sentiu um coração pulsar em desejo. Como ele estava com saudades dela! Um gemido rouco escapou dos lábios dele. Por Deus! Parecia um adolescente. Chegaria ao ápice do prazer, somente beijando a esposa. Maldição, não conseguia se controlar.

Any, por sua vez, sorriu contra os lábios do esposo, aliviada ao saber que ele ainda a desejava.

— É como eu imaginava. Sua barba arranhou meu rosto, não de um jeito ruim. Foi uma sensação boa. Mas, definitivamente, prefiro você sem barba.

Matthew gargalhou alto e aquilo lhe provocou uma estranheza. Jesus! Há quanto tempo ele não ria daquela forma? Que bom que as coisas estavam voltando ao normal.

— É melhor eu dar um jeito nisso. Deus me livre de contrariar a minha mulher.

Anastácia, no entanto, saiu do colo dele e pegou a espuma de barbear.

— Eu gostaria de fazer isso. — pediu, realmente seria.

Matt franziu o cenho achando o pedido um tanto inusitado.

— Tudo bem. — confirmou, por fim.

Anastácia molhou o pincel na espuma e com muita destreza começou a depositar as pinceladas, cobrindo a mandíbula, as bochechas e parte do pescoço do esposo com o creme branco que cheirava a hortelã.

Depois, com muita cautela, levou a mão a navalha afiada, mas antes de prosseguir, perguntou:

— Você confia em mim?

Matthew olhou para a navalha afiada, depois lançou um olhar para a mulher e respondeu cheio de convicção:

— Óbvio. É pessoa que eu mais confio no mundo.

Any sorriu satisfeita.

Com estremo cuidado, começou a barbear o marido, retirando a espuma, juntamente com os pelos que ocupavam a face dele.

Matthew logo percebeu que aquela ação era muito íntima e estranhamente sedutora. O duque ficou hipnotizando, completamente absorto nos movimentos de Anastácia, na delicadeza de seu toque, na forma como ela lhe olhava, com a atenção inteiramente centrada nele e em nada mais. Ali, enquanto a observava, pode ver perfeitamente o caleidoscópio daqueles olhos verdes mesclado a exuberantes cores cor de mel. Sentiu-se em casa, como jamais sentiu. Ali, naquele momento, estava completo.

Matthew, ao notar a atenção da lady em seu busto, comentou:

— Estava pensando em deixar o bigode, o que você acha?

Any interrompeu a ação por um momento e o analisou com demasiada atenção.

— Acredito que ficaria bem. Mas você será capaz de suportar as zombarias de Davies? Sabe que ele vai dizer que está tentando copiá-lo, afinal o conde sempre usou aquele bigode.

Matthew torceu os lábios contrariado.

— Pode tirar tudo. Deus me livre de dar motivos para Davies me provocar.

Naquele momento, Anastácia gargalhou alto. Fazia tanto tempo que ela não ria, que o riso lhe provocou uma sensação estranha; uma sensação boa, porém nostálgica.

Ainda sorrindo, ela prosseguiu barbeando o esposo, até que finalizou o serviço. Limpou, com a toalha, o excesso de espuma que ainda restou no rosto dele, e, por fim, percorreu os dedos sobre a pele macia, recém barbeada, que lhe trazia boas lembranças.

— Está pronto, Vossa Graça. — provocou, escondendo o riso.

Matthew virou-se de frente ao espelho, passou a mão na face, analisou o trabalho da esposa e ficou muito satisfeito com a habilidade dela.

— Ficou impecável, milady. Como posso pagar por seu adorável trabalho?

Any levou as mãos a lapela do paletó e sussurrou no ouvido dele:

— Está com sorte, Vossa Graça. Estou aceitando beijos.

Matthew levou a mão à nuca dela e aproximou o rosto até que a respiração de ambos se mesclaram:

— E onde deseja que eu a beije, milady?

Any sentiu a respiração quente tocar seus lábios, fazendo todo o corpo se arrepiar de desejo. Então ela levou o indicador a boca e disse:

— Aqui. — Desceu o dedo pelo pescoço. — Aqui. — Continuou a descer o indicador, passando por entre os seios até chegar a barriga e falou: — E onde mais o senhor desejar.

Matthew engoliu a seco.

Por Deus! Anastácia queria levá-lo à loucura?

Aproximou a boca sobre os lábios dela e depositou um beijo rápido demais para o gosto da lady. Depois plantou um beijo demorado no pescoço dela, e por fim, beijou a barriga.

— Acredito que a dívida esteja paga, milady.

Todavia, em um rompante de fúria, Anastácia se afastou dele, declarado, em um tom agressivo, diversas palavras em espanhol que ele sequer compreendeu. E nem era necessário ser fluente naquela língua para saber que ela estava o xingando.

— Any, o que foi?

Tentou aproximar, mas ela se afastou, desvencilhando do toque dele.

— O que foi que eu fiz, Anastácia? — perguntou indignado.

— Foi o que você não fez, Matthew Morrison! — exclamou consternada. — Então é isso que voltamos a ser? Apenas amigos? Eu sei que eu não fui a melhor companhia nos últimos tempos, eu sinto muito por ter me ausentado. — Levou a mão a face e começou a chorar. — Nem sei o porquê estou brava contigo, quando a culpa e toda minha. Eu sinto muito.

Matt, ao perceber que Any já não estava brava, aproximou dela e a acolheu em seus braços.

— Você não tem culpa de nada, minha linda. Ninguém tem. Estamos vivendo um dia de cada vez, lembra?

Any levantou o olhar para a face dele e revelou:

— Eu queria que ainda se sentisse atraído por mim. Queria que ainda me desejasse como mulher.

O duque arregalou os olhos, evidentemente espantado com aquela reação. Como raios Anastácia pode pensar que ele não era atraído por ela? Jesus! A situação era completamente oposta. Ele a desejava tanto, que mal era capaz de exercer o domínio sobre o próprio corpo. Aquilo era um verdadeiro absurdo.

— Any, é claro que eu te desejo. Por Deus! Eu te desejo tanto que chega a doer. E esse é o problema, por agora. — Respirou fundo antes de prosseguir: — Faz quase dois meses que não fazemos nada... Eu não sei como te explicar isso, mas é como se eu tivesse a ponto de explodir. Se eu te beijar mais uma vez, da forma como eu desejo... Se eu te tocar mais uma vez, da forma como eu quero te tocar, eu nem conseguirei chegar perto de te satisfazer, pois eu terei chegado ao prazer antes mesmo de encostar na sua intimidade. É como se eu voltasse a ser uma adolescente que não consegue controlar o próprio corpo. Se eu estou fugindo, não é por não desejá-la, muito pelo contrário. Eu te desejo tanto que não sou capaz de me controlar.

Any sentiu as bochechas queimarem em um misto de vergonha e satisfação.

— E como eu posso ajudá-lo?

Matthew suspirou fundo. Anastácia realmente sabia mexer com a cabeça dele.

— Eu só preciso de um tempo. Há algumas formas de se aliviar e melhorar a situação.

Anastácia, por alguma razão, fechou a cara enfurecida.

— Não está pensando em resolver o problema deitando-se com outra mulher, está?

Matt arregalou os olhos diante daquela suposição:

— Por Deus, não! — exclamou consternado. — Há formas de fazer isso sem precisar do envolvimento de outra pessoa.

Any semicerrou os olhos ainda desconfiada.

— Jesus, Anastácia. — bufou, impaciente. — Eu vou me tocar! Quando eu estiver sozinho, vou tirar meu pênis para fora e vou me tocar pensando em você. Vou me aliviar, imaginando você comigo! Satisfeita?

Any ficou boquiaberta. Por um instante, não soube o que falar, porém, tomada pela curiosidade iminente, logo perguntou:

— Eu posso te ver fazendo isso?

Um sorriso tomou conta dos lábios do duque quando respondeu:

— Talvez um dia e só se eu puder te ver fazendo o mesmo.

— É uma troca justa.

E aquela frase revelou que Any realmente havia voltado. Ninguém negociava como ela. Anastácia Morrison tinha retornado e Matthew jamais deixaria que se afastasse novamente.

— Vamos, pequena. Você ainda precisa tomar o seu banho.

Any rapidamente retirou as vestes, ficando nua na frente do marido. Ela notoriamente havia perdido peso, e aquilo o deixou momentaneamente triste, pois era mais uma lembrança do quanto sofrerá. Ainda assim, ela continuava perfeita ao seus olhos. Matt amava Anastácia incondicionalmente. A amava por inteiro e nada no mundo poderia mudar aquele fato.

— Maldição! — a lady exclamou ao olhar para o corpo. — Eu tô tão peluda quanto um urso! Matt, é tão estranho.

O duque meneou o pescoço analisando a mulher.

— Bem... Nesse caso, acho que eu terei de usar a lâmina em você.

— E quanto cobrará pelos serviços, Vossa Graça?

Matt a carregou no colo e a colocou embaixo do chuveiro.

— Deixaremos a conta em a ver, milady. Eu a cobrarei no momento certo. — Girou aos registros, deixando a água escorrer sobre o corpo da mulher. — Não demore muito no banho, minha linda. Tenho uma floresta a desmatar.

— Patife! — Jogou um pouco de água sobre ele.

Matt gargalhou alto e se afastou de sua Any.

Os dias sombrios realmente haviam ficados para trás.

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Duas semanas depois

Any realmente decidiu seguir em frente. Aos poucos retomou as rédeas de sua vida. Ainda havia momentos em que a dor da perda pressionava o coração dela, porém, mesmo que chorasse, não permitiu deixar se abalar profundamente por questões as quais não tinha o menor controle. Não era capaz de trazer o pai a vida, tampouco havia garantia de que o reencontraria se decidisse partir. Como mulher racional que era, optou por permanecer no presente e assim voltou a ser Anastácia Morrison, a duquesa de Hereford.

Naquela noite, duas semanas após ter escolho recomeçar. Any decidiu conceder um jantar em sua casa, a residência White, de modo a agradecer a todos que lhe apoiam no momento mais sombrio de sua vida.

Any tinha já tinha ido discretamente em seus clubes apenas para ver como estavam os seus negócios. Ela, para todos os efeitos, ainda estava de luto, porém, naquela noite, decidiu que, se deveria retomar a vida, o luto também deveria ficar para trás. Era a única forma de vencer aquela escuridão que ainda parecia lhe acompanhar. Naquela ocasião, enquanto se arrumava para receber os convidados, Matthew chegou ao quarto e lhe entregou uma carta.

— Para você, de seu pai.

Any desviou a atenção do reflexo do marido ao espelho e o colocou sobre o envelope lacrado.

Ao notar o silêncio da esposa, Matt apenas disse:

— Esperarei por você lá embaixo, minha linda. — Depositou um beijo no topo da cabeça dela, depois se afastou.

Com as mãos trêmulas, Anastácia pegou o envelope e leu as palavras nele gravado: "Para quando decidir deixar o luto para trás".

Ela sorriu antes de romper o lacre e encontrar a caligrafia que tanto lhe trazia conforto.

Any, minha pequena...

Fico imensamente feliz que tenha decidido seguir adiante. Já era tempo de retomar a sua vida, ainda há tanto o que viver.

Nesse dia, marcamos o recomeço: a retomada de uma incrível jornada. Chegou o momento de deixar a escuridão para trás, ela nunca combinou contigo.

Sei que a sociedade recomenda guardar o luto por ao menos um ano, mas nós nunca nos importamos com a sociedade, não é mesmo? Enfim, nesse dia, quero que use um vestido cheio de cor. Quero que deixe o preto para trás. Ninguém ficará espantado, afinal, és Anastácia Morisson, a "Lady Escandalosa". A sociedade que se exploda! Encha o mundo de cor, minha pequena, e brilhe como sempre brilhou.

Estou muito orgulhoso de você!

Thomas A. Lumb.

Anastácia sorriu ao concluir a leitura, dobrou a carta, devolveu-a ao envelope que guardou na gaveta. O pai tinha razão, chegou o momento de deixar a escuridão para trás.

Determinada, ela levantou-se, foi até o guarda-roupa e pegou o exuberante vestido verde esmeralda que era o favorito de Thomas. Any se virou com o espartilho, assim como era habituada a fazer. Colocou-se nas vestes, terminou de ajeitar o cabelo e finalmente desceu ao encontro de seus convidados.

Quando Anastácia desceu os degraus, notou que o silêncio tomou conta daquela residência. Matthew, que a aguardava ao fim da escada, ostentou um largo sorriso ao admirá-la. Apesar da quietude, ninguém ali lançou qualquer olhar recriminador. Era um silêncio que refletia a verdadeira esperança. Any realmente tinha seguido em frente e maior prova daquilo era que havia deixado o preto para trás.

— Estás linda, minha esposa. — disse o duque, estendendo os braços para ela.

— Obrigada, meu marido. — Sorriu, olhando para os convidados, satisfeita ao saber que todos estavam ali.

Katherine Morrison havia organizado tudo com muita perfeição. A extensa mesa que abrigava dose lugares, encontrava-se impecavelmente preparada para receber os convidados. Um jantar seria servido ali para que Any pudesse agradecer todas as pessoas que a apoiaram no momento mais difícil da sua vida. Todos estavam agraciaram com suas presenças, menos Davies que infelizmente tinha sido acometido por uma enfermidade intestinal que o impediu de deixar a casa. Mas Stephanie veio para representar a família e Any poderia agradecer o apoio do conde em outra ocasião.

Anastácia, conforme o esperado, sentou-se ao topo da mesa e Matt ocupou o assento próximo ao dela. Os convidados se organizaram da forma como bem acharam melhor, e assim que todos estavam devidamente alocados, Any sinalizou que iniciaria um discurso:

— Obrigada por estarem aqui essa noite. Depois de tudo que fizeram por mim, ainda foram incríveis e aceitaram o convite para esse jantar. Sou realmente grata por ter amigos tão leais. — Os olhos ficaram marejados de água. — Nunca pensei que passaria por um momento tão sombrio, mas passei, aliás, ainda estou passando. A cada dia, vivo uma luta diferente; um passo rumo a retomada da minha vida. Eu não estaria aqui, hoje, se não fosse por vocês. Obrigada Katherine, por vir ao nosso socorro sem que pedíssemos e ter sido uma fortaleza em uma casa à beira da ruínas. Obrigada por ser a luz em meio a escuridão. — Lançou o olhar para as cunhadas. — Obrigada Joan e Felicity por me acolher em seus braços e permitir que eu chorasse até pegar no sono. Vocês foram meu refúgio, quando eu não tinha mais forças. Foram tudo que eu precisei quando não havia mais esperanças. Eu jamais me esquecerei do quanto me apoiaram. — Direcionou o olhar para a amiga espanhola. — Rose, minha querida amiga. Obrigada por nunca, nem por um segundo, ter desistido de mim. Obrigada por vir todos os dias e ser o elo entre eu e o mundo exterior. Obrigada por ser meu braço direito e minha leal companheira. Obrigada por ser minha amiga, acima de tudo, e por não ter se demitido quando eu me recusei a comer. Eu não seria a temível Lady Escandalosa, se eu não tivesse você ao meu lado. Não teria conseguido manter o controle do The Royal, se você não tivesse me apoiado. Saiba que és muito importante para mim. — Direcionou, então, a atenção para lady Davies. — Stephanie, minha querida. Nos conhecemos a tão pouco tempo, ainda assim, sou grata por termos estabelecido uma amizade tão sincera. Obrigada por suas visitas, por ler os jornais e me manter atualizada sobre a sociedade. Obrigada por me mostrar que as verdadeiras amizades se estabelecem de forma tão natural. Jamais me esquecerei do seu apoio incondicional. — Olhou, então, para o árabe: — Oh, meu querido Hassan, meu amigo de longa data. Eu não tenho palavras para expressar o quanto és importante para mim. Obrigada por deitar-se ao meu lado e apenas ler. Era somente naquela ocasião, que eu não chorava. Enquanto eu ouvia a sua voz narrando a história, eu não me recordava da dor, apenas imergia na narrativa, e naquele momento, não sentia tristeza. Obrigada por ter vindo todos os dias. Obrigada por suas palavras. — Lançou o olhar para Lucylle — Lucy, obrigada por ter vindo de longe apenas para me apoiar. Obrigada por ter deixado a sua vida e os seus sonhos de lado para estar comigo. Obrigada por sua lealdade. — Any soltou um suspiro antes de finalizar: — Todos foram essenciais para que eu conseguisse passar por um momento tão difícil. Cada um me ajudou a sua maneira, de uma forma singular e muito significativa. Acredito que passarei a minha vida inteira vos agradecendo, e, ainda assim, não será o suficiente. — Levantou a taça de champanhe e declarou: — Um brinde a amizades leais e verdadeiras, que perdure até nossos corações falharem. Obrigada.

Todos brindaram, com lágrimas nos olhos e então deram início a refeição.

Naquela noite, Any conversou pessoalmente com cada um dos presentes, sempre os agradecendo pelo apoio.

Quando as últimas convidadas foram embora, Matt sussurrou no ouvido da esposa:

— Já te disse que está linda com esse vestido, mas sabe como ficaria melhor?

Any levantou o olhar para o esposo e indagou com certa malícia:

— Como?

— Sem ele. — respondeu, curvando os lábios em um sorriso malicioso.

Ambos trocaram os olhares e então dispararam apressados até o quarto.

Naquele dia, Matthew uniu seu corpo ao de Anastácia e a devorou com muito desejo e paixão. Dormiram, pacificamente nos braços um do outro, prometendo que jamais iriam se afastar. Todavia, promessas, assim como corações, tendem a ser facilmente quebrados. Anastácia havia sobrevivido a tempos deveras obscuros, porém haveria outras dificuldades a vista. Será que a dor do luto é menos intensa que a dor da traição? Essa resposta apenas o tempo pode revelar. E, em breve, Any descobriria que a vida, por vezes, é realmente cruel.

 ____ 💃🏻 ____ 

Olá, ladies!

Espero que tenham gostado do capítulo!

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*CURIOSIDADE*

Segue abaixo a imagem de um chuveiro do final do século XIX. Parece mais uma gaiola, dá até medo de entrar embaixo 😂😂

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