38 - Morcego
"Não existe criatura mais terrível na face da terra do que um rato. Pior que isso, apenas um rato com asa. Uma evolução espantosamente assustadora".
— Lady Anastácia Morrison
Matthew Morrison ficou apreensivo no quarto do hotel esperando por Anastácia que havia ido a Lady Margaret Hall. Pensou em tudo que tinha a dizer, ensaiou as palavras na frente do espelho, ficou nervoso, olhando com frequência para o pequeno relógio dourado de bolso que pertencera o falecido pai e torceu para que Any estivesse mais calma para ouvir todas as suas desculpas.
Todavia, Anastácia ainda estava muito zangada com ele e não tinha a mínima intenção de ouvi-lo. Tudo se tornou muito evidente quando o duque, depois de algum tempo, recebeu uma curta missiva informando que Any havia partido em um trem de volta a Londres.
Por um instante, Matt acreditou que aquilo não era real, mas era. Não encontrou a mala da esposa em nenhum lugar e soube que ela já tinha entregado as chaves do quarto em que passara noite. O duque ficou desolado com aquela situação e imaginou a esposa saindo de casa, voltando para a residência do pai, desistindo deles para sempre.
Inconformado, triste e remoendo todas as más ações que cometera, ele arrumou os pertences e foi à espera do trem que o levaria de volta a Londres; para perto de sua Any.
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O Sol estava se pondo no céu quando Matthew chegou à residência White portando uma pequena mala marrom. Muito cansado, e subiu a escada e foi até o quarto, mas se deteve antes de chegar ao cômodo, pois vislumbrou, por entre a porta semiaberta, Anastácia organizando suas vestes no aposento que antes pertencera a Joan. Custou acreditar que aquilo estava acontecendo. Mas estava. Any claramente colocou uma distância entre ambos.
— Anastácia. — chamou em uma espécie de sussurro.
Any meneou o pescoço de modo a olhá-lo e Matt encontrou muita frieza naqueles pálidos olhos verdes.
— Deixará de dormir ao meu lado? — Lançou um olhar para os pertences espalhados sobre a cama.
— Não vejo razão para prosseguirmos com essa farsa. Nosso casamento é uma mentira, Matthew. Você deixou isso bem claro em Oxford.
Ele depositou a mala no chão e se aproximou dela.
— Isso não é verdade.
— Nada é verdade nesse matrimônio, exceto a nossa amizade, que no momento está extremamente estremecida. Não deveríamos ter nos casado, Matt. Isso foi um erro.
O duque segurou o braço dela, tentando se reconectar com Anastácia de alguma forma.
— Eu sinto muito, Any. Não queria te magoar e posso lhe assegurar que não aconteceu nada entre eu e Sarah. Não ocorreu absolutamente nada além de conversas regadas a doses de uísque. Eu jamais te trocaria por qualquer outra mulher, pois nenhuma é tão importante para mim como você é. Eu não quero te perder. — As lágrimas surgiram nos olhos dele.
Any, apesar de se sentir comovida com aquelas palavras, manteve-se firme.
— Eu sei que nosso casamento não fora estabelecido com base no amor entre um homem e uma mulher. Não esperava que me amasse, mas esperava respeito a mim e à nossa união. Pode não ter me traído com outra mulher, mas traiu a minha confiança. E nesse momento, Matthew Morrison, eu ainda não sou capaz de perdoá-lo. Então poupe suas palavras, pois nada que dirá será capaz de me convencer de que está tudo bem. Eu preciso de um tempo.
Matt assentiu com a cabeça e em silêncio deixou o quarto. A situação não fora como o esperado, mas conseguiu se agarrar a um fio de esperança. Any não pensava em deixá-lo. Apenas necessitava de um tempo e ela daria aquilo a ela.
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Naquele início de semana um clima permeado de tensão tomou conta da residência White. Embora se vissem todos os dias, Matthew e Anastácia mal trocavam palavras. Any o evitava a todo o custo, e quando se encontravam pela casa, ela mal o olhava. Aquele conflito estava deixando o duque muito mal.
Anastácia também não estava sabendo lidar com aquela briga. Encontrava-se completamente irritada, mal conseguindo se concentrar em seus afazeres e, injustamente, descontava tudo em seus funcionários que nada tinham a ver com seus problemas no matrimônio. Então, para não tornar tudo um tremendo caos, Rosália teve de intervir:
— O que raios está acontecendo contigo, afinal? — inquiriu a espanhola, encurralando a lady no escritório do The Royal.
— Não está acontecendo nada, Rose. — respondeu em tom ríspido, organizando os papéis sobre a mesa.
— Mentira! — Rose espalmou as mãos sobre o móvel, fazendo Anastácia direcionar o olhar a ela. — Está estranha desde que voltou de Oxford. Não sei o que aconteceu por lá, mas ninguém aqui precisa lidar com seu péssimo humor. Sugiro que resolva seus problemas em casa, ou se não puder resolvê-los, não os traga para o serviço. Não desconte tudo em pessoas que não merecem.
Any encarou a espanhola por algum tempo, então soltou um suspiro resignada.
— Tem razão, Rose. Tenho sido uma tremenda cretina. Entrei em um casamento de mentira e fui ingênua ao acreditar que poderia se tornar real. — revelou pela primeira vez, tirando um enorme peso das costas.
Rose passou pela mesa e envolveu a amiga em um abraço.
— Oh, Any! O que você esperava? Que beijaria Matthew, teria relações sexuais com o amigo e não criaria sentimentos amorosos? Isso é impossível, minha amiga. Foi ingênua, mas é uma mulher como outra qualquer, não está imune ao amor.
Any suspirou novamente.
— Acho que cometi um erro ao me casar com Matthew.
— O que aquele canalha aprontou? — Rose tinha a certeza de que o duque havia cometido erros naquela viagem. Any não chegaria aquela conclusão sem motivos.
Anastácia, que sempre confiou em Rosália, decidiu contar a ela tudo que acontecera em Oxford. Abriu o coração e confidenciou todas as suas inseguranças. Foi bom expor tudo que sentia. Ela precisava daquilo.
— Entendo o que está sentindo, mas não acredito que Matthew tenha te traído com essa tal Sarah. O duque pode ter sido um libertino, mas ele sempre foi leal a você, Any. Sei que está insegura, nunca passou por essa situação antes, mas vai renunciar a seu esposo assim, tão facilmente?
Anastácia negou com cabeça.
— Foi o que eu pensei. — Exibiu um sorriso malicioso — Matt merece ser punido e você fará isso o provocando sensualmente no decorrer dessa semana. Usará seus vestidos mais decotados, irá insinuar ações eróticas com muita sutileza. Deixará o duque louco de desejo, sabendo que estão brigados e ele não poderá tocá-la. Será uma tortura e assim o terá na palma da sua mão, eu garanto.
— Não sei se consigo fazer isso. — expressou Any, baixando o olhar.
— Anastácia Morrison! — exclamou Rosália. — Enfrentou uma plateia de homens egocêntricos e prepotentes e está me dizendo que não consegue mexer com a cabeça do seu marido? Francamente! É claro que consegue fazer qualquer coisa. Você é incrível! Agora volte para a sua casa e comece o jogo. Será um grande desfecho. Eu aposto nisso.
Anastácia forçou um sorriso, mas seguiu o conselho de Rosália. Ela era muito mais experiente, com certeza sabia exatamente como agir com homens.
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Aquela semana tinha sido uma verdadeira tortura para Matthew Morrison. Além de ter passado dias sem se falar com Anastácia, inconscientemente, ela estava o provocando e ele nada foi capaz de fazer em relação aos seus desejos, pois Any havia lhe pedido um tempo e ele estava possibilitando tal distância entre ambos.
Entretanto, era uma verdadeira tortura vê-la andando pela casa com aqueles vestidos decotados, gemendo baixinho ao se deliciar com uma geleia de morango, mordendo os lábios após apreciar uma boa dose de uísque irlandês. Era uma tremenda tortura sentir o perfume dela pela casa, ver suas vestes espalhadas pelo quarto de banho, saber que ela estava tão perto e ao mesmo tempo tão distante. Em uma determinada noite, quase mandou tudo para os ares e invadiu o quarto dela, ao vê-la, por entre a fresta da porta entreaberta, retirar o espartilho deixando as costas nuas. Matt teve de conjurar todo o autocontrole para seguir até o quarto dele, ignorando o fato de que Anastácia estava se despindo no cômodo ao lado. Não havia uma só noite em que ele não se tocava lembrando da esposa, de seus beijos, do corpo dela junto ao seu, finalizando o prazer gemendo o nome de Anastácia, sentindo-se triste logo depois ao se dar conta de que estavam brigados. Cada segundo longe dela foi um sofrimento sem fim.
Any, por sua vez, encontrava-se muito satisfeita com suas ações. Todos os dias conseguia ver o desejo do esposo em todas as vezes em que se encontravam pela casa. O olhar de Matthew sempre estava cravado nela e a lady sabia que ele estava se contendo para não tocá-la. Amou cada instante daquela sensação de poder.
Em uma certa noite, no entanto, o jogo virou.
— Onde está a chemise que Rosália me presenteou de casamento? — Any invadiu abruptamente o quarto esposo, que estava deitado na cama, lendo um livro.
Matthew levantou o olhar para a esposa.
— Eu guardei como recordação. — Tornou a fitar o livro.
— Eu preciso dela.
O duque franziu o cenho.
Para que raios Anastácia queria aquilo? Será que pretendia se exibir para outro homem?
— Para quê?
Any revirou os olhos antes de responder:
— Porque está muito calor e eu não consigo dormir nua. Acredite, eu tentei.
Matthew arregalou os olhos azuis.
Santo Deus! Aquela mulher realmente queria matá-lo aos poucos! A imagem de Anastácia nua sob os lençóis ocupou a mente do duque, fazendo o membro despertar sob a calça.
— Vou pegá-la. — disse ele, e rapidamente deixou a cama.
Matt foi até o guarda-roupa, tirou uma chave do bolso do fraque, caminhou até a mesa, abriu a segunda gaveta que estava trancada e tirou de lá a pecaminosa peça íntima. Caminhou até a esposa e lhe entregou a chemise.
— É toda sua. — Os lábios dele se curvaram em um malicioso sorriso de canto.
Any, abalada pelo desejo que lhe apossou, apenas resmungou um curto "obrigada" e saiu apressada do quarto, fugindo dos olhos tentadores do esposo.
Ao chegar em seus aposentos, Anastácia retirou a longa veste branca de algodão e colocou a pequena chemise rendada no corpo. Na verdade, ela não tinha a intenção de trocar de roupa, fora pedir a peça apenas para provocar Matthew, mas após aquele breve contato, realmente o súbito calor tomou conta de seu corpo.
Tentou não pensar no marido, mas quando se deitou na cama, não pode evitar se recordar das noites prazerosas que havia usufruído ao lado dele. O corpo ardeu de desejo e ela começou a se tocar.
Any estava imersa em um momento de prazer, tocando os seios a medida em que acariciava a intimidade molhada, quando algo adentrou pela janela entreaberta, fazendo-a ficar apavorada. Parou de se tocar no mesmo instante e arregalou os olhos ao ouvir barulhos de asas batendo. Nervosa, acendeu a lamparina disposta na pequena estante ao lado da cama e soltou um grito de pavor ao se deparar com um morcego sobrevoando o quarto.
Tomada pelo pânico, saiu berrando pela porta e trombou em Matthew que rapidamente viera ao seu socorro.
— Feche a maldita porta! Tem um morcego ali dentro. — ordenou histericamente, tremendo apavorada.
— Um morcego? — Matt indagou, incrédulo.
— Sim. Um maldito rato com asas! — exclamou exasperada, pensando em como se livrar daquela criatura horrenda.
Matthew segurou a maçaneta da porta e tencionou a abri-la, porém Any advertiu:
— Não ouse fazer isso! Ele pode nos atacar! — Arregalou os olhos, estremecendo. — Fique aí, vou pegar o revólver.
Matt a segurou pelo braço antes que se afastasse.
— Vai matar o bichinho? — guinchou preocupado.
— Bichinho? — Esboçou uma careta de desgosto. — É um maldito rato voador, Matthew. E eu vou matá-lo antes que ele nos mate.
— É SÓ UM ANIMAL INDEFESO, ANASTÁCIA.
Ela grunhiu impaciente.
— É UM RATO COM ASAS! — bradou Any. — E transmitem doenças. Li vários artigos relatam que as mordidas desses animais podem ser fatais. Eu juro, Matt. Esse rato alado vai nos matar.
Matthew arregalou os olhos apavorado. Também havia lido algo a respeito daquilo. Sobre as doenças que tais animais eram capazes de transmitir, levando a pessoa infectada a óbito.
— Vá buscar a arma. — ele ordenou determinado. Não ia perder a esposa para um maldito morcego. Não iria perdê-la de nenhuma forma e ponto.
Any saiu correndo até o escritório, abriu a gaveta, pegou o revólver, checou a munição e voltou até o esposo.
— Quer que eu atire? — perguntou Matt aos sussurros, como se o animal pudesse ouvi-los além da porta.
— Não. — respondeu, Any no mesmo tom. — Minha mira sempre foi melhor que a sua.
— Tem razão. — cochichou. — Abrirei a porta devagar e você mete bala naquele desgraçado.
— Certo.
— Está preparada?
Anastácia engatilhou a munição e posicionou o dedo no gatilho.
— Sim.
Matthew acenou concordando.
— Um... dois... três... Agora. — Escancarou abruptamente a porta e Any adentrou no quarto pronta para assassinar o rato alado.
— MORRA SEU MALDITO! — esbravejou a pleno pulmão e o grito ecoou por um quarto vazio.
Tudo que ela encontrou no cômodo foi o silêncio total e nenhum sinal do morcego.
— Any? — Matthew entrou no quarto, também procurando pela criatura. — Acha que ele pode estar aqui? — sussurrou, percorrendo o olhar pelo quarto.
— Não sei. Não estou ouvindo nenhum barulho.
— Ele pode estar embaixo da cama. — Matt pegou a lamparina e abaixou-se à procura do animal.
— Cuidado! — Any advertiu, ainda segurando a arma em posição de ataque.
— Nada aqui. — declarou, desconfiando que o morcego tinha deixado o quarto.
Matt continuou a procurar pelo animal, vasculhando atrás do armário e das cortinas. Um tempo depois, garantiu que o ambiente estava seguro.
— Acho que ele saiu pelo mesmo local em que entrou. — Fechou a janela por precaução.
— Ótimo! — Any respirou aliviada, travou o revólver e o depositou sobre a estante.
Aproximou da janela e observou a noite escura, sabendo que o bicho ainda estava solto por ali. Estremeceu só de pensar naquilo.
Após aquele susto, Matt finalmente se deu conta do quanto Anastácia ficava sensual sob aquela chemise. O desejo pulsou em suas veias ao vê-la de costas, observando aquela janela, e quando ela se virou de frente para ele, o inesperado aconteceu.
Uma mecha do cabelo de Any se desprendeu do grampo e tocou o ombro dela, assustando-a.
— AAAAAAH! — A lady soltou um grito de pavor e se jogou nos braços do esposo que a carregou.
— Calma, minha linda. Foi apenas o seu cabelo. — assegurou, rindo.
Ainda desconfiada, Any lançou um olhar em direção a janela fechada e constatou que estava segura.
Mantendo o sorriso no rosto, Matthew a colocou no chão.
— Agora que está segura, devo voltar ao meu quarto.
Any arregalou os olhos. Nem que lhe pagassem um milhão de libras ela ficaria sozinha naquele quarto.
— Acho que devo dormir contigo hoje. Apenas por precaução, caso o morcego ainda esteja nos vigiando.
— Não é uma boa ideia. — Diminuiu a distância entre ambos.
— Não? — sussurrou, completamente presa naquele olhar cheio de desejos que tanto mexia com ela.
— Tenho certeza de que não conseguirei me controlar. Assim que você colocar os pés no meu quarto, trajando essa veste que me deixa louco, eu avançarei contra seu corpo, a tomarei como minha e apenas te libertarei quando gemer meu nome, gritando de prazer.
Anastácia ficou completamente hipnotizada com aquelas palavras e somente notou que prendeu o ar, quando uma leve arfada escapou de seus lábios.
— Então é melhor ficar aqui, Anastácia. Caso contrário, eu não responderei por minhas ações.
Any abriu a boca, mas as palavras não ousaram a sair. Ela permaneceu imóvel naquele quarto, observando o marido sair pela porta, deixando-a sozinha com seus sentimentos.
Por um instante, não soube o que fazer. A lady desejava Matthew mais do que tudo. Naquela noite, decidiu que havia chegado o momento de encerrar aquela briga. Estava na hora de se acertarem.
Tomada pelo desejo, Anastácia respirou fundo e foi até o quarto do esposo.
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Após o quase ataque ao morcego fugitivo, Matthew retornou ao quarto, retirou a camisa com agressividade, jogou-a no chão e partiu até mesa em que costumava a deixar a papelada importante, levou a mão a garrafa de uísque e bebeu o líquido direto no gargalo. O coração estava disparado e ele não conseguia parar de pensar em Anastácia naquela maldita chemise.
Grunhiu irritado e sentou-se na cadeira, respirando fundo, tentando se acalmar.
Foi exatamente naquele momento, enquanto tentava se reestruturar, que ele ouviu a porta se abrir, revelando a mulher responsável por ele estar naquela situação desastrosa.
O olhar de Any se encontrou com o dele. Ela mordeu aqueles lábios pecaminosos e suspirou profundamente fazendo o peito subir e descer. Aquilo foi o suficiente para esvair todo controle de Matthew.
— Dane-se. — bradou entredentes, avançando ferozmente contra Anastácia.
Matt a ergueu do chão, chocando as costas dela contra a porta, capturando os lábios da esposa com muita avidez. Any, por sua vez, envolveu as pernas na cintura do marido e embrenhou os dedos no cabelo dele, à medida em que correspondeu o beijo com a mesma determinação.
Quando a língua dele começou a explorar a boca dela, Anastácia moveu os quadris em direção à pélvis do esposo. O duque soltou um gemido e cravou os dedos na coxa de sua mulher.
— Anastácia... — sussurrou, mordendo o pescoço dela. — Eu disse que não seria capaz de me controlar.
— Matthew... — gemeu, quase explodindo de prazer. — Eu preciso de você, agora. — Suplicou, procurando os lábios dele.
O duque sorriu satisfeito.
— Eu estou aqui, Any. Sempre estive aqui.
Começou a beijar toda extensão do pescoço dela, fazendo-a arfar.
— Matt...
— Diga, Any! Diga-me o que você deseja. — pediu, torturando-a com a língua, percorrendo a pele dela que ardia em desejo.
— Eu preciso de você dentro de mim.
Um suspiro de alívio e prazer saiu da boca do duque. Seus lábios se curvaram em um sorriso lascivo antes de ele declarar:
— Seu pedido é uma ordem, minha linda.
Então ele a levou até a cama e a beijou ferozmente, matando a saudade que sentia dela.
Desesperada, Any abriu o botão da calça do marido, tentando encontrar aquilo que desejava. Matt a ajudou na missão em se despir e voltou a depositar o peso do corpo sobre o dela. Anastácia, ao ver o marido nu, começou a erguer aquela chemise. Porém, o duque impediu que concluísse a ação.
— Quero ter você exatamente do jeito que está.
Any exibiu um sorriso provocativo.
— Se deseja me ver, então é melhor que eu vá por cima dessa vez. — E mudou de posição com o esposo.
Quando Anastácia subiu em cima dele, trajando aquela maldita chemise e seus longos cabelos soltos, Matt soube que estava no céu, pois aquela era a visão do paraíso.
Com muito cuidado, Any levou a mão no membro ereto e começou a colocá-lo dentro dela. Matt cravou os dedos na coxa da esposa, gemendo alto conforme sentia o membro invadir a intimidade de Any.
— Nunca fiz dessa forma. Terá de me instruir. —pediu, fazendo Matt quase perder a cabeça.
— É só subir e descer. No seu ritmo. Como se estivesse cavalgando.
— Assim? — Any começou a se mover conforme o instruído.
— Exatamente assim. — confirmou, segurando as nádegas dela, ajudando a ganhar confiança.
Conforme a esposa começou a se mover, tão sedutoramente, gemendo alto, jogando a cabeça para trás, Matthew sentiu o corpo arder como se estivesse no inferno. Any era tudo que ele sempre precisou; a mulher perfeita para ele.
No meio do frenesi dos movimentos, uma alça da chemise escorregou pelo ombro dela, revelando uma parte do seio farto. Matt rapidamente avançou contra a esposa e tomou os seios dela na boca, sugando, lambendo, deliciando-se de prazer.
Any gemeu alto, aumentando ainda mais o ritmo de suas investidas.
— Any... Eu preciso parar. — advertiu, sabendo que estava prestes a libertar todo o prazer dentro dela.
— Não ouse a fazer isso! — ela rebateu, ainda se movendo. — Eu estou quase lá.
Dane-se! Pensou ele, não poderia negar o pedido de sua mulher.
Anastácia continuou a subir e descer, arfando e gemendo, regozijando do puro prazer carnal. Então ela soltou um grito que ecoou pelo quarto e Matthew sentiu o corpo dela estremecer sobre o dele.
Merda! Pensou, desesperado.
Quando Any libertou todo o prazer, o duque não foi capaz de se conter e também se libertou dentro dela.
Ambos ficaram ofegantes nos braços um do outro, com o coração acelerado e sentindo-se completos mais uma vez.
— Eu senti sua falta, Any. Todos os dias, a cada minuto, a cada instante. A cada batida do meu coração. Nunca mais se afaste de mim. — Suplicou, segurando o rosto dela em suas mãos.
— Eu também senti sua falta, Matt. — revelou, encostando a testa na dele.
O duque sorriu exultante.
— Mas eu senti muito mais falta dessa cama. — Any saiu de cima dele e se jogou no colchão, rindo.
Naquele momento, Matt viu o líquido escorrer pela perna dela e ficou preocupado. Quebrou a promessa que fizera e não foi cauteloso. Todavia, não falaria sobre aquilo com Anastácia — ao menos não naquela ocasião. Não a preocuparia com a hipótese de um gravidez, quando eles tinham acabado de se acertar.
O duque então debruçou sobre ela e a beijou.
— Amanhã, quero todas as suas roupas de volta a esse quarto. Nunca mais passará uma noite sequer longe mim.
— Entendido, meu marido.
E ali, olhando para o rosto de Matthew, Anastácia soube que jamais seria capaz de abandoná-lo, porque ela o amava com todo o seu coração.
Naquela noite, dormiram abraçados nos braços um do outro e Matthew agradeceu aquele morcego que havia os juntado. Estava feliz finalmente. Tinha sua Any de volta, o que mais poderia desejar?
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(CAPÍTULO SEM REVISÃO)
Genteeee! Somos 70 MIL LEITURAS! E eu tô como??? Surtando de emoção!
Obrigada por tudo!!!!
Como agradecimento por serem incríveis, soltei esse capítulo. Espero que tenham gostado!
Gente, é serio! Nunca pensei que chegaria a tanto com essa obra! Vocês são demais!!!!
Bjus e até segunda!!!!
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