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25 - Uma Questão de Anatomia

"Sempre temeremos perder aqueles que amamos".

 Lady Anastácia Lumb

A carruagem seguiu rápido até a residência de Anastácia. Matthew acolheu a amiga nos braços durante todo o percurso. Any não chorou, mas todo seu corpo ficou rígido feito uma pedra; estava tensa e Matt não soube o que fazer para confortá-la. Sabia que a ela precisava ver o pai, e, só assim, talvez seria capaz de se sentir melhor.

Quando o transporte enfim parou no destino tão aguardado, lady Lumb desceu aturdida e correu em uma velocidade impressionante para dentro de da casa, procurando pelo pai.

Matthew apenas deu a ordem para que o cocheiro retornasse para junto de sua residência e rapidamente foi atrás de sua amiga. Não a deixaria sozinha, aquilo era um fato.

Any disparou pelo pela antessala feito um furacão, ergueu a barra do vestido e subiu a escada saltando dois degraus por vez. Não viu nada ao redor além da porta ao final do corredor em que o pai se encontrava.

Adentrou no cômodo, apavorada, com o coração batendo acelerado no peito e choro preso na garganta. Encontrou Thomas Lumb deitado na cama, sob uma coberta, imóvel, os olhos estavam fechados e Any pensou o pior.

— Pai! — gritou, desesperada, ao debruçar sobre o homem de idade avançada e ficou momentaneamente aliviada ao ouvir as fracas batidas de um coração.

Ele estava vivo! Para alívio da lady, o homem não morrera, fora apenas um susto; o pior de todos.

— Lady Lumb... — disse a voz familiar do homem que estava parado ao lado da cama. — Ministrei uma dose de morfina para aliviar a dor. Seu pai ficará desacordado por um longo tempo.

Anastácia finalmente ergueu o olhar e encarou o doutor Alan Sylver que há tempos acompanhava a saúde do duque.

— Entendo. — foi tudo que conseguiu dizer.

— Podes me acompanhar a um local privado? Há algo que eu devo lhe dizer. — pediu o médico.

Lady Lumb conjurou toda sua força, colocou-se em pé e proferiu com firmeza:

— Acompanhe-me até o escritório.

Ambos deixaram o quarto, seguiram espantosamente calados até ao andar de baixo e entraram em silêncio no escritório que ainda pertencia ao duque de Pennesburg. Any fechou a porta de modo a garantir privacidade e soube — mesmo que tentasse negar —, que o médico tinha algo muito ruim a dizer.

— Sabe que tenho acompanhado seu pai há muito tempo. — começou o homem que, por um instante, pareceu velho demais para idade, embora não passasse dos quarenta anos.

Any concordou com um leve balançar de cabeça.

— Anastácia — chamou-a pelo nome de batismo pela primeira vez. — És a mulher mais inteligente que eu conheço sei que compreenderá o que lhe explicarei. É uma questão de anatomia e eu serei o mais conciso possível. — Respirou fundo antes de prosseguir: — O coração é um órgão que trabalha em conjunto com os pulmões. Um depende do outro, e, no caso do seu pai, acredito fielmente que o problema não seja nos pulmões, mas sim no coração. Há tempos tenho percebido uma queda no ritmo cardíaco. O coração bombeia sangue para todo o corpo e interfere diretamente no sistema respiratório. O que seu pai sofreu hoje, quando cheguei aqui, foi uma parada de ambos os órgãos. Foi uma sorte ele ter pedido para me chamar quando começou a sentir as fortes dores no peito, caso contrário, já não estaria entre nós. Não há cura para problemas no coração. Talvez, no futuro, haja alguma possibilidade, estamos avançando significativamente no âmbito das ciências médicas. Contudo, minha cara, infelizmente, nesse determinado momento, não há mais nada que eu possa fazer por Thomas. Eu sinto muito. Deve se preparar para o pior.

Anastácia, tomada pela racionalidade que mal soube de onde surgiu, indagou:

— Quanto tempo ele tem, doutor?

O homem respirou fundo e evitou olhar para ela quando respondeu:

— Trinta dias, no máximo, talvez menos.

Any arregalou os olhos sentindo o todo o medo lhe dominar. Lágrimas embaçaram sua visão e as pernas perderam a força.

Alan, ao perceber o quanto a lady ficara abalada, agiu rapidamente e conseguiu ampará-la nos braços antes que desabasse no chão.

— Eu sinto muito, Anastácia. Sinto de todo o meu coração. Mas, seria antiético da minha parte mentir para você. Eu estarei aqui para o que precisar, porém, não há muito que eu possa fazer nessa altura dos acontecimentos, a não ser aliviar a dor de seu pai.

Any fungou nos braços do homem.

— Eu entendo. — resmungou em meio às lágrimas. — Por favor, deixe-me. Apenas vá. — suplicou, desabando em um choro de profunda dor.

Doutor Alan Sylver compreendeu perfeitamente a necessidade da lady, e sem dizer mais nada, saiu daquele cômodo, deixando-a sós com toda a tristeza que a consumiu.

Matthew, que estava parado ao pé da escada, viu o médico da família deixar o escritório e expressão no rosto dele não era das melhores. Desesperado, ele partiu até Anastácia, entrou no cômodo abruptamente e encontrou-a largada no chão, abraçando os joelhos, chorando como ele jamais viu.

Sem pensar em nada, ele abaixou junto dela e a abraçou.

— Eu estou aqui, Any. Não irei a lugar algum. Sempre estarei contigo.

Anastácia quase não conseguiu falar, mas, ainda assim, revelou em meio ao choro:

— Meu pai morrerá, Matt. Tem menos de um mês. Merda!

Matthew pensara que o duque já estava morto, mas enganou-se. Todavia, a situação ainda era muito ruim. Thomas Lumb estava à beira da morte e saber daquilo deixou Any agoniada. Matt passara pela mesma situação há mais de dois anos. Perdera o pai para a malária. Foi difícil para ele lidar com aquela fatídica morte e Any sempre esteve ao seu lado ajudando a transpor o luto.

O duque não soube como se expressar, talvez não houvesse palavras no mundo que pudessem ser proferidas naquele momento. Então ele apenas abraçou Anastácia, desejando que o abraço fosse o suficiente para transmitir tudo que não conseguia dizer.

_____ 💃_____

Lorde Thomas Lumb ficou adormecido por dois dias inteiros e Any permaneceu ao lado do pai a todo momento, saindo apenas para se banhar e alimentar-se. Matthew cumprira com a promessa e não deixou a residência dos Lumb's por nenhum momento. Pediu para que trouxessem algumas roupas e se estabeleceu em um dos quartos vagos. Permaneceu de sentinela, pronto para ser o refúgio de Anastácia caso assim precisasse.

No terceiro dia, logo ao alvorecer, para o alívio de todos, Thomas finalmente despertou, lúcido, porém ainda muito abatido. Aquela foi a primeira vez, após um longo período de incertezas, em que Any deixou o quarto do pai e o rosto dela não deixou de carregar o sinal da tristeza que a assombrou.

— Matt. — disse ela, assim que chegou a cozinha — Papai está bem, na medida do possível. Alimentou-se e pediu para que lhe preparasse um banho. — informou, despejando o chá em uma xícara de porcelana.

O lorde esboçou um sorriso e fixou o olhar em Any.

— E você, como está?

Lady Lumb ergueu o olhar para o homem, e pela primeira vez após aqueles momentos conturbados, lembrou-se dos momentos íntimos que desfrutaram no quarto em seu clube. Sentiu o rosto queimar e disfarçou a vermelhidão da bochecha levando a xícara aos lábios.

— Estou melhor. Creio que que me recuperei do susto e finalmente encontrei esperanças para seguir com dias melhores.

Matt sorriu novamente. Estava contente por ela.

— Pode retomar seus afazeres, meu amigo. Eu ficarei bem.

O duque, no entanto, depositou a xícara sobre a mesa, unindo a sobrancelha ao centro da testa em uma expressão nada gentil e declarou obstinado:

— Não irei a lugar algum, Anastácia. Enquanto permanecer nessa casa, eu ficarei contigo. Nem tente me expulsar.

Any não tinha forças para confrontá-lo. Ainda não se encontrava em um estado tão forte para discutir a respeito do que o amigo deveria, ou não, fazer; era tão teimoso quanto ela, seria uma discussão em vão.

— Ao menos vá a sua casa, dê notícias a sua família — Sentou-se na cadeira ao lado da dele. — E faça a barba. — Tocou a face de Matt sentindo a textura dos ásperos pelos recém crescidos. — Está precisando.

Matthew desfez a expressão de mau humor, abriu um leve sorriso e plantou um beijo na palma da mão de Any, inalando a fragrância do sabonete de lavanda que ela costumava usar.

— Eu vou, mas eu volto. — afirmou convicto.

— Aguardarei pelo seu retorno, meu amigo.

Ao finalizar o chá, o duque ajeitou as vestes no corpo, depositou um beijo casto na testa de Anastácia que permaneceu à mesa e então partiu rumo a casa de sua mãe, em busca de um refúgio.

_____💃_____

Matthew Morrison sentiu-se completamente esgotado quando cruzou a porta da residência White. O peso daqueles dias o atingiu por completo. Ali, ele já não era o amigo forte que estava preparado para amparar Anastácia; era apenas um homem qualquer, cheio de medos e angústias.

Ninguém notou sua presença quando chegou, era deveras cedo para que as mulheres da casa tivessem acordado e ele pediu para que o mordomo não os avisasse sobre a sua chegada, embora o homem insistiu que a senhora Morrison pediu para que lhe informasse imediatamente caso ele retornasse. Matt, no entanto, foi firme ordenou para que as deixasse dormir e foi exatamente o que o mordomo fez.

Exausto e abatido, o duque subiu os degraus e foi diretamente para o escritório. Não conseguia pensar em nada. Desejava apenas que Any ficasse bem, mas não tinha uma solução para aquele problema. Era apenas um homem que jamais conseguiria controlar a morte.

Matthew havia acabado de despejar uma dose de uísque no copo, quando inesperadamente ouviu a voz da mãe do outro lado da porta:

— Matt? — indagou, baixinho, girando a maçaneta.

— Mãe... — respondeu, aguardando pela entrada dela.

Um tanto reticente, Katherine Morrison adentrou no escritório, trajando um robe azul claro por cima de suas vestes de dormir. O cabelo estava preso em uma trança bagunçada, ao certo acabara de sair da cama.

Quando os olhos azuis de Matthew encontraram-se com os escuros olhos de sua mãe, ele tornou-se apenas um filho em busca de um abrigo; apenas um menino que necessitava ser amparado pelos braços maternos.

A senhora Morrison, ao ver o brilho das lágrimas surgirem no olhar do filho, rapidamente foi até ele e o envolveu em um abraço apertado, tentando protegê-lo do que lhe afligia.

Matthew chorou incontrolavelmente, fungando e soluçando nos braços de sua mãe que o amparou como sempre fizera desde que era uma criança.

Katherine não disse nenhuma palavra, apenas deixou que ele desabasse em prantos. Às vezes era necessário chorar e fazia muito tempo desde a última vez que ela viu Matthew chorar: fora no enterro do pai dele. E naquele momento, até mesmo ela sentiu as lágrimas brotar nos olhos ao recordar a morte do esposo que fora o seu único amor.

— O duque morrerá, mãe. Tem menos de um mês de vida. — revelou, em meio ao choro.

Por um momento, o corpo de Katherine enrijeceu ao ouvir aquela triste notícia. A morte estava à espreita novamente. Passariam mais uma vez pela dor do luto; era algo profundamente triste e inevitável.

— Sinto muito. — foi tudo que disse ao filho. Não encontrou outras palavras que pudessem exprimir o que sentia. Talvez nem existissem tais palavras.

— Anastácia permaneceu ao meu lado quando papai morreu. Ela foi forte por mim, amparou-me em seus braços quando eu precisei, ouviu meus choros noite após noite, e quando a dor do luto ameaçou a me engolir, ela me resgatou, mostrou-me o caminho, organizou minha vida. Quando eu finalmente encontrei forças para seguir em frente, Any estava lá, firme e forte, como uma rocha inabalável, foi a minha salvação no meu momento mais sombrio. Oh minha, mãe, não sei se sou tão forte para fazer o mesmo por ela. Não sei se consigo e tudo o que eu mais desejo é protegê-la. Como eu faço isso?

Realmente, Anastácia havia sido como uma fortaleza para Matthew. Katherine soube que ela, como mãe, não pode aliviar a dor de seus filhos, pois também sofrera com a perda irreparável do marido. Any não confortou apenas Matt, ela fora um porto seguro para toda a família. Foi como uma mãe, uma irmã e uma amiga leal. Estava lá para ajudar com luto, mas também tomou a frente dos negócios da família quando ninguém tinha condições para lidar com tais assuntos. E ela nunca reclamou, jamais deixou de vir ao socorro daquela família, foi a luz no fim do túnel; um anjo em meio a escuridão. Katherine não possuía palavras para agradecer a Anastácia Lumb por tudo que sempre fez por sua família. E, infelizmente, os Morrison's teriam de ampará-la como ela fizera, e assim o fariam. Any era parte da família e o sofrimento dela, era também o sofrimento de todos.

— Acredito, meu filho, que encontraremos um modo de sermos tão forte como ela foi. É nosso dever cuidar de Any. Você não estará sozinho. Anastácia precisará de toda a nossa força, pois perder aqueles que amamos é a pior dor que podemos sentir na vida. Ela sofrerá, todos sofreremos, mas jamais a abandonaremos. E quando suas forças falharem, nossa família estará aqui para ajudá-lo em sua missão. Não tema, meu filho, dará tudo certo.

O duque finalmente cessou o choro e enxugou o rosto molhado com suas lágrimas.

— Obrigado, minha mãe.

Katherine Morrison beijou o topo da cabeça do filho e deixou-o a sós com seus sentimentos. Porém, antes de sair pela porta, disse:

— Avise-me quando Thomas Lumb poderá receber visitas. Nossa família deve tomar um chá junto de sua companhia.

— Avisarei.

Quando a duquesa viúva fechou a porta, soube que dias sombrios estavam por vir e não gostou daquela terrível sensação que pairou no ar.

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(CAPÍTULO SEM REVISÃO)

Olá, ladyes!

Estou postando esse capítulo hoje, pois ficou muito extenso e eu tive de dividi-lo. Portanto, postarei a segunda parte amanhã!

Até breve!

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bjus, Luana Maurine

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