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17 - Temores

"Não existe medo maior do que temer perder alguém que amamos".

Lady Anastácia Lumb

Anastácia Lumb era uma exímia atiradora e também uma ótima instrutora. Ela, pessoalmente, ensinará Joan a atirar, assim como ajudou Felicity a aprimorar suas habilidades em arco e flecha. Era fácil para a lady explicar sobre o funcionamento da espingarda, como inserir a pólvora e ajustar a mira na posição correta. Any atirava melhor do que qualquer homem, até mesmo Matt que amava o tiro esportivo, não era palio para as habilidades da amiga. 

Mas, naquela tarde, Any ficou admirada ao ver a familiaridade com que Lady Davies manuseou a espingarda, alinhando perfeitamente a altura do ombro ereto e disparando o tiro certeiro sem se assustar com o coice da arma. Aquilo era algo novo. Anastácia jamais havia conhecido outra lady que também atirava com a demasiada maestria. Instigada pela curiosidade, ela se aproximou da moça.

— Vejo que seu irmão lhe ensinou algo além de fumar charuto. —  comentou, ao colocar-se ao lado de Stephanie.

—  E novamente, noto um tom de surpresa em sua voz ao se dar conta disso. — disparou, a jovem, ao abaixar a espingarda.

—  Realmente fico surpresa. Acreditava que o conde fosse um homem sexista que enxergava as mulheres como inferiores, sendo aptas apenas às tarefas domésticas enfadonhas. Mas, talvez eu tenha cometido um erro de julgamento.

— Não se culpe por isso, essa é realmente a imagem que Albert transmite a todos. Ele não é sexista, porém teme ser taxado como um homem de masculinidade frágil. Meu irmão possui inúmeros defeitos, Lady Lumb. Ele é prepotente, algo que posso justificar pela sua inteligência acima dos demais, é um tanto frio, e, por culpa da convivência com o meu falecido pai, também adquiriu  uma certa parcela de egoísmo. Entretanto, posso afirmar que Albert não enxerga as mulheres com inferioridade, ao contrário, ele está em busca de uma esposa que possa ser sua parceira e construir, juntos, um futuro deveras promissor.

— Estou quase acreditando que Lorde Devil te enviou para me convencer a aceitar o pedido de casamento. — Semicerrou o olho, desconfiada.

Stephanie gargalhou alto, jogando a cabeça para trás.

—  Não se preocupe com isso. Albert também é orgulhoso, jamais pediria a minha ajuda para conquistar uma mulher.

— Ótimo — proferiu, Anastácia —  Por que você nem chegou perto de me convencer. — Exibiu um largo sorriso.

— É uma pena. Albert realmente parece te admirar, e muito. Jamais ouvi elogiar uma mulher, assim como faz quando se refere a você. — Voltou a ajustar a arma  e se preparou para disparar o tiro.

Anastácia não soube ao certo o que dizer ao ouvir aquela revelação, portanto, tomou a conversa por encerrada e foi ajudar as outras moças. Não queria pensar em Albert, o conde havia se tornado um enigma complicado demais para se decifrar.

Naquele exato momento, Matthew Morrison havia retornado à residência, e ao ouvir os barulhos estridentes das armas de fogo, rumou até o local onde encontrou seu santuário repleto de mulheres armadas. Aquilo certamente desencadeou um certo temor. Mulheres munidas com espingardas, ao comando de Lady Lumb, de fato, não era um terreno propício para qualquer homem adentrar.

Em silêncio, ele observou a forma como Anastácia caminhava entre as moças, segura e determinada, mantendo uma postura ereta e o queixo erguido, tão forte e linda como uma verdadeira amazona. Matthew sempre a admirou. O fato de Any ser uma mulher jamais a impediu de fazer algo, ela simplesmente lutava pelos seus direitos e nunca desistia de seus objetivos por mais impossíveis que fossem. O duque sabia que teria sido metade do homem que havia se tornado, se não tivesse Any ao seu lado. Mas, já não era apenas o sentimento de admiração que ocupava o coração de Lorde Morrison. Havia algo mais profundo o consumindo. Matt tinha medo de desbravar aquele sentimento e encontrar respostas com as quais não saberia lidar. Então, ele simplesmente ignorava aquele comichão e deixava a vida seguir seu curso
Independentemente do que fosse, cedo ou tarde, aquilo viria à tona. Enfrentaria seus temores quando chegasse o momento.

— Estão aproveitando a tarde, senhoritas? —  o duque indagou, revelando a sua presença, deixando as moças claramente desconcertadas.

De alguma forma, elas encontraram a voz para respondê-lo, mesmo que aos murmúrios. Matt tomou aquela resposta como um incentivo de que sua presença era bem-vinda e logo se prontificou a ajudar Lady Alice Green que travava uma verdadeira batalha ao tentar encontrar o ponto certo da mira.

Anastácia, de longe, observou com muita atenção Matthew se colocar atrás de Alice em uma proximidade íntima demais para que ela considerasse adequada. Any não soube ao certo o que sentiu ao ver ele segurar os braços da moça com certa intimidade, ajudando-a levantar a arma. Como um perfeito galanteador, o duque disse algo rente ao ouvido de Alice que a fez enrubescer. Any não gostou daquilo. Então a moça atirou e devolveu um largo sorriso a Matt ao perceber que finalmente acertara uma parte do alvo. Anastácia torceu os lábios, irritada, ao notar que aquele canalha havia retribuído o sorriso com a mesma avidez. Seus olhos faiscaram em raiva e ela nem sabia a razão pela qual estava tão furiosa. Mas estava e nem sequer conseguiu esconder.

Irada, ela tentou ignorar os dois. Any sabia que Alice era uma ótima pretendente. Ela também gostava da moça, ambas se dariam bem caso a lady se tornasse a duquesa que Matthew procurava. No entanto, algo parecia ameaçá-la e somente então se deu conta que nutria a mesma insegurança do amigo: e se ele viesse amar a esposa mais do que a amava? Aquele sentimento a corroeu por dentro, e quando Matt finalmente se aproximou dela, Anastácia já não estava com raiva, pois o medo de perdê-lo era maior que qualquer outro que pudesse existir.

— Como tem sido a sua tarde, pequena Any?

Anastácia rolou os olhos  exageradamente antes de responder:

—  Estava bem melhor antes de Vossa Graça interrompê-la com toda a sua masculinidade prepotente.

Matthew uniu a sobrancelha ao centro da testa ao perceber o quanto a amiga estava mal-humorada.

—  Eu precisava vir, queria conhecer tais moças, afinal, uma delas se tornará a minha esposa.

Anastácia concordou. Aquele era realmente um argumento válido, contudo, não bom o suficiente para aplacar a sua irritação.

— Confesso que Lady Alice Green chamou a minha atenção.

— Eu percebi. —  retrucou rispidamente.

— Acha que ela é adequada para se tornar minha duquesa?

— É provável. Entretanto, preciso conhecê-la melhor. — Foi tudo que disse, ainda em tom austero.

— Notei que Lady Daphne Wood não compareceu.

— É porque ela não é adequada. Se fosse, eu a teria convidado.

Matthew escondeu o riso. Ali, naquele momento, ele soube que era mais fácil escalar o céu ao ter a benção de Any para firmar um casamento com Lady Daphne Wood.

— Por que está tão irritada? Não me diga que está naqueles dias, pois, se estiver, eu me afastarei imediatamente! — exclamou, realmente inseguro.

— Não estou naqueles dias, mas é como se eu estivesse. Você estragou tudo, Matt. Era para ser uma tarde de mulheres. Não deveria ter vindo. — repreendeu, cruzando o braço.

— Perdoe-me, Any, não tinha a intenção de atrapalhar.

Ao fitar o olhar sincero do amigo, Anastácia soube que ele dissera a verdade e se odiou por ter sido tão rude.

— Já que está aqui, preciso lhe fazer uma pergunta.

— Responderei com satisfação. — assegurou o duque.

— Você é um homem...

—  Muito bem observado da sua parte— Matthew a interrompeu, incapaz de se conter.

Lady Lumb rolou os olhos.

— Como eu ia dizendo... — prosseguiu com seriedade — És um homem, por esse motivo poderá me dizer: vocês ejaculam pelo mesmo local que urinam?

Matthew arregalou os olhos consternado. Por sorte não estava bebendo algo, pois se tivesse, com toda certeza teria se engasgado ao ouvir aquele questionamento.

— Anastácia! — reprimiu, fechando a cara —  Qual o interesse nesse assunto?

— Curiosidade, apenas. É uma questão básica de anatomia. Estamos em pleno século XIX, todos deveriam saber disso.

O duque balançou a cabeça, procurando as palavras corretas para se expressar. Nunca havia passado por aquela situação, Any tinha mesmo a capacidade de lhe colocar em posições desconfortáveis.

— Digamos que ambos saem pelo mesmo local, embora seja impossível saírem juntos. Quando se há necessidade de se urinar é apenas isso que saí e quando há outras necessidades, apenas sai a outra coisa. —  explicou, sem graça, sentindo as mãos transpirarem excessivamente.

— Ah, entendi. Ambos saem pelo mesmo canal, mas não é possível ejacular e urinar ao mesmo tempo.

— ANASTÁCIA! — exclamou exasperado. — Quando irá aprender a refrear essa sua língua? Uma mulher não pode usar a palavra "ejacular" com um homem! É indecente de todas as formas possíveis.

A lady rolou os olhos mais uma vez.

— Francamente, Matthew. Eu falo como eu quiser. —  E afastou-se, a passos duros, irada demais para prosseguir com aquela conversa.

***

Após Lorde Matthew Morrison invadir aquela tarde, Anastácia chegou a conclusão que a diversão se deu por concluída. Ela, bem como as jovens Morrison's, levaram as moças até o Hall da residência White, despediram-se animadamente com votos de renovarem aquele evento, então, após a última delas passar pela porta, Any, Joan e Felicity foram guardar as armas largadas na área externa. A irmã mais velha estava radiando de felicidade, era a primeira vez que Any a via contente em existir naquela sociedade. Felicity, por sua vez, encontrava-se exausta. Depois de guardarem tudo, escondendo qualquer vestígio de Lady Katherine Morrison, Anastácia deixou as irmãs sentadas na sala e partiu ao escritório de Matthew.

O duque estava sentado confortavelmente em sua poltrona revestida em couro vermelho intenso, lendo no jornal as últimas notícias londrinas, quando Anastácia passou pela porta, caminhou até ele e inesperadamente sentou-se em seu colo.

Matthew não soube ao certo como reagir, embora realmente apreciou sentir o corpo de Anastácia sobre o dele. Entretanto, ele ficou ainda mais surpreso, quando a amiga levou as mãos delicadas em sua face, inclinou-se e o beijou.

Sim. Ela havia o beijado, e não foi qualquer beijo. Any explorou a sua boca  com aquela  língua pecaminosa, ofegando, movendo os lábios de forma sedutora e Matt segurou firme na coxa dela, apreciando a sensação de tocá-la. Aquilo era tentador e incrivelmente maravilhoso. Ter Anastácia em seu colo o fazia pensar em inúmeras formas de levantar aquele vestido e desbravar suas partes íntimas, enquanto a beijava sem pudor. Porém, ele não concretizou aquelas ações, pois Any, infelizmente finalizou o beijo.

— Pensei que estivesse brava comigo. — sussurrou, percorrendo o polegar pelos lábios levemente inchados daquela mulher lascívia.

— E estava. Contudo, precisava agradecê-lo, de alguma forma, por ter propiciado que tivéssemos essa tarde maravilhosa. — Os lábios dela se curvaram em um sorriso discreto.

— Então esse foi um beijo de agradecimento?

— De fato, foi.

— Eu gostei. — Sorriu, e Any percebeu que Matt realmente possuía um sorriso encantador.

— Mas não estou aceitando beijos como pagamento. — prosseguiu — E eu já encontrei uma forma de você me pagar.

Anastácia levou as mãos ao entorno do pescoço de Matthew, ela realmente parecia confortável sentada sobre as pernas do duque.

— E o que seria?

Matthew esboçou um sorriso deveras malicioso antes de falar:

— Amanhã, quando eu for buscar minha mãe em minha nova residência, deverá ir comigo. Deves levar uma muda de roupa, pois passaremos a noite lá, sozinhos.

Lady Lumb arregalou os olhos, espantada como as cenas indecorosas que surgiram em sua mente.

— Matthew Morrison! Acredito que esteja cobrando um preço muito alto. Não vou me deitar contigo, isso ultrapassa todos os limites. — assegurou, contrariada.

Todavia, o duque apenas riu.

— Não se preocupe, Any. Sua virgindade estará segura comigo.

— MATTHEW! — repreendeu, ela, ruborizando. — Tenha modos! Além disso, por que razão acha que ainda sou casta? — Tentou tirar as mãos do pescoço do amigo, mas ele a impediu segurando seus punhos com firmeza.

— Anastácia, você sequer sabia beijar. Óbvio que jamais se deitou com um homem. Isso é evidente.

— E é necessário saber beijar para fazer sexo? Minhas damas sempre disseram que não.

Matthew gargalhou alto.

— Não é necessário, mas com certeza é uma etapa deveras importante. — Mordiscou o queixo da amiga, em um gesto para ele inocente, mas a forma como ela se arrepiou, alterou a situação. — E não se preocupe, Any, seu segredo está a salvo comigo.

Anastácia respirou fundo.

— Vais me dizer o seu preço?

— Não. Descobrirá no momento certo. — E selou os lábios nos dela, beijando-a mais uma vez.

Matthew sentiu um sorriso se formar na boca de Any e logo ela disparou:

— Seu beijo é realmente bom, Matt. Pude tirar a prova beijando outra pessoa.

O duque ficou repentinamente sério e não pode evitar juntar a sobrancelha ao centro da testa, claramente preocupado com aquela revelação inesperada.

— E quem foi que você beijou, Anastácia? — indagou, bravo, torcendo para que as respostas não viesse sob o nome de Hassan.

Se ela dissesse que havia beijado aquele árabe, de fato seria o fim. Matt não tinha certeza se conseguiria perdoá-la por aquela traição.

— Beijei Rosália. — confidenciou, sem muito alarde,  e o duque soube que Anastácia acabaria com sua sanidade.

Incapaz de evitar, a rigidez escancarada se formou no meio de suas pernas e ele temeu que Any também pudesse senti-la. Matthew levantou-se da cadeira em um sobressalto, afastando-se da amiga, partindo rapidamente para trás da mesa, escondendo o fato de que estava inegavelmente excitado.

— Anastácia! Não pode dizer isso para um homem. Principalmente quando está sentada no colo dele. É maldade. — repreendeu, em tom rouco, sem conseguir  dissipar de seus pensamentos a imagem de Any aos beijos com Rosália.

— Por que? — perguntou inocentemente.

Any iria levá-lo à loucura. Disso ele tinha a mais absoluta certeza.

— Por que alguns homens, acredito que a maioria, possuem certas fantasias em relação a ver duas mulheres se beijando. E isso desperta certas partes do corpo em um desejo incontrolável. — explicou, impaciente, sentindo a rigidez o massacrar.

— Ah! — Ela mordeu os lábios carnudos e Matthew soube que se Anastácia não deixasse o escritório  naquele momento, ele a debruçaria sobre aquela mesa e lhe mostraria exatamente por onde os homens ejaculam.

— Anastácia, vá embora. — pediu, em uma espécie de súplica.

A lady abriu a boca para dizer algo, mas foi silenciada pelo duque:

— Apenas vá! — grunhiu, contendo o impulso de ir ao encontro da Lady que ainda permanecia imóvel naquele cômodo que se tornara tão pequeno. — ANASTÁCIA, VÁ! — ordenou, em alto e bom tom.

Any arregalou os olhos, alarmada, e finalmente encontrou a voz:

— Tudo bem. — Balançou os ombros, girou os calcanhares e partiu, deixando para trás um Matthew louco de desejo.

Any acabaria com a sanidade do duque. Ele, com certeza, perderia o juízo antes que aquela temporada chegasse ao fim.

______💃______

(CAPÍTULO SEM REVISÃO)

Olá, ladies! Tudo bem com vocês?

Espero que tenham gostado do capítulo!

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Até a próxima segunda!

Bjs

Lady Luana Maurine

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