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29 - Encontro

"Toda sua vida

Você só estava esperando por esse momento para ser livre".

BLACKBIRD - THE BEATLES

NEW YORK, 1890 

1 MÊS DEPOIS

Fazia, em New York, uma manhã ensolarada quando Joan Morrison, acompanhada de Beatrix Vanderbilt, adentraram em uma carruagem e partiram rumo ao porto, de modo a receberem Stephanie Davies, uma jovem senhorita que se firmaria em solo americano para cuidar dos negócios do irmão o qual havia, inesperadamente, retornado à Londres.

Bea encontrava-se animada em rever a amiga que há muito tempo não via. Joan, por sua vez, sentia-se aflita com aquele reencontro, pois, apesar de jamais ter sido deveras próxima de Stephanie, já havia trocado conversas com a lady em algumas ocasiões, afinal, sua cunhada, Anastácia, era muito próxima dos Davie's e tal ligação possibilitou os encontros.

Todavia, naquele dia em específico, Joan Morrison estava demasiada aflita com o iminente reencontro. Ela sentia-se tensa e inquieta, as mãos trêmulas suavam frio e o olhar se tornou vazio conforme observava a paisagem em movimento pela janela da carruagem. Foi um longo caminho permeado do profundo silêncio, até que finalmente chegaram ao porto.

— Estou receosa, Bea. Talvez a senhorita Davies não ficará tão empolgada em me ver, tendo em vista tudo que aconteceu entre eu e o irmão dela. Não tivemos o melhor dos términos. — relatou Joan.

— Primeiramente, Jô... Nenhum término é bom. Todos são difíceis. Segundo... Pare de pensar bobagens! Stephanie não é Albert, tenho certeza de que ela saberá separar as coisas.

— Infelizmente, eu não compartilho da mesma opinião. — resmungou Joan.

Bea, sabiamente ignorou aquele comentário e logo exclamou, mudando de assunto:

— Veja! Os viajantes já estão desembarcando! Vamos nos aproximar para que Steph nos veja. — Puxou Joan pelo braço.

Muito insegura, Joan rumou junto da amiga até a borda do cais e observou as pessoas desembarcarem, algumas com expressão de cansaço, outras radiantes por estarem na América. Inevitavelmente, ela se recordou de si mesma quando aterrissou naquele mesmo porto, levando consigo todos os sonhos que jamais morreram.

— Veja, Jô! É Stephanie! Acene para que ela nos veja! — comandou Bea, eufórica, balançando as mãos no alto.

Instantes depois, a moça fixou o olhar em ambas as mulheres, abriu um singelo sorriso e começou a descer a rampa de modo a encontrá-las.

Com o coração disparado, Joan observou com atenção a jovem moça de pele clara e expressos cabelos escuros caminhar ao seu encontro. Stephanie trajava com um longo vestido azul escuro, e na cabeça, usava um chapéu de abas largas. Nas mãos, ela segurava uma pequena mala de couro. Sua postura ereta e elegante, aliada a sua beleza natural, atraiu olhares curiosos de todos ao seu redor.

Enquanto caminhava pelo cais, lady Davies pareceu avaliar cuidadosamente seu novo ambiente. A moça manteve uma expressão séria, mas seus olhos brilhavam com a curiosidade e o entusiasmo de quem estava prestes a começar uma nova aventura. A passos firmes e confiante, Stephanie indicava que estava pronta para enfrentar qualquer desafio que pudesse surgir em sua jornada.

Naquele momento, Joan soube que, apesar de sua aparência jovial, havia uma seriedade no comportamento de lady Davies que sugeria um misto maturidade e força de vontade. De maneira geral, a jovem parecia uma figura fascinante e enigmática, pronta para começar uma nova aventura e desbravar as possibilidades de seu novo destino. Joan se encantou com a mera possibilidade de serem amigas, de fato.

— Steph! Como estou feliz em revê-la! — Bea a tomou nos braços.

— Bea! A recíproca é a mesma, minha amiga. — cumprimentou rindo.

— Stephanie, quero lhe apresentar minha amiga e nossa sócia, lady Joan Morrison. — apresentou Bea.

— Olá, lady Morrison! É bom revê-la. — Esboçou um pequeno sorriso.

— Digo o mesmo, lady Davies! Espero que tenha feito uma boa viagem. — Joan respirou aliviada. Aquele encontro foi melhor que o esperado.

— A viagem foi excelente, apesar de cansativa. Porém, mesmo com todo o cansaço, preciso urgentemente ir aquela padaria que sempre amei. Vocês se importam em me acompanhar? Estou faminta!

— Iremos contigo para qualquer lugar! — assegurou Bea. — Você acabou de chegar, merece ser mimada!

Sorrindo, Bea enganchou os braços nas duas moças, pediu para que o cocheiro levasse a bagagem de Stephanie a carruagem, e rindo, caminharam até o transporte.

_____ 🗽_____

Lá estavam as três mulheres, sentadas confortavelmente em uma famosa padaria no centro de Manhattan, enquanto Stephanie Davies apreciava com muito vigor suas rosquinhas adocicadas, murmurando muitos elogios, sentindo-se como uma criança. Até que o inesperado aconteceu.

— Oh meu Deus! — murmurou Stephanie. — Aquela é Claire Silver?

Tanto Bea quanto Joan olharam para trás.

— É ela mesma. — garantiu Beatrix, contrariada. — Em carne, osso e egoísmo.

— Então aquela é a tal Claire? — Joan inquiriu, sentindo o sangue borbulhar na pele.

— Ela e seu marido, Daniel Silver. Dois traidores da pior espécie. — Acrescentou Stephanie, no mesmo tom desagrado da amiga Beatrix.

Joan, que não foi capaz de se conter, levantou-se abruptamente e foi ao encontro da tal Clare que havia destruído a sua vida.

— Senhora Claire Silver! — Joan esbravejou, irada, chamando a atenção não somente da mulher, mas de todos à volta dela.

A mulher de cabelos amendoados arregalou os olhos verdes ao notar Joan Morrison caminhar, bufando, em sua direção.

Joan, tomada pela profunda raiva, cerrou os punhos, e sem pestanejar, socou em cheio a face de Claire que com o impacto quase desabou no chão, porém foi amparada pelos braços do esposo.

— Nunca mais interfira na minha vida, megera! — advertiu enfurecida.

— Quem a senhorita pensa que é para atacar minha esposa? — indagou Daniel, revoltado.

— Meu nome é Joan Morrison e sua esposa invadiu e expôs minha privacidade, provocando um estrago irreparável na minha vida. E fique o senhor ciente de que, se ela ousar a entrar no meu caminho novamente, mesmo que sem querer, eu farei muito mais do que lhe desferir um soco na face. Estejam ambos avisados. — Joan declarou sem medo algum.

— Tome cuidado com suas ameaças, senhorita. Nosso nome exerce muita influência em toda New York, certamente não desejará ser nossa inimiga. — ameaçou Daniel.

— Pois saiba que eu sou uma Morrison e meu nome exerce grande influência aqui e mais ainda do outro lado do oceano, na Inglaterra.

Naquele exato momento, Beatrix se aproximou.

— Além disso — acrescentou Bea —, a senhorita Morrison é muito amiga de minha família, sendo muito apreciada por minha mãe. E como o senhor bem sabe, nenhum outro nome é mais forte que os Vanderbilt. Fique o senhor ciente disso e assegure que sua esposa permaneça no devido lugar e deixe de interferir na vida alheia. — Segurou a mão de Joan. — Vamos, minha amiga. Já chamamos muita atenção nessa manhã. — Sem dizer mais nada, ambas retornam para junto de Stephanie cuja face irradiava em empolgação.

Completamente satisfeitas com os acontecimentos, as três mulheres caminharam até a carruagem, mas antes de adentrar, Beatrix informou:

— Não as acompanharei nesse momento. Preciso trocar algumas palavras com meu pai. Irei à Staten Island logo a seguir. Façam uma boa viagem. — Em seguida, deu meia volta e partiu rumo a uma carruagem de aluguel.

— Sendo assim, vamos entrar. — anunciou Stephanie já subindo na carruagem.

Joan a acompanhou e se acomodou no banco acolchoado ao lado da moça. Logo o cocheiro seguiu a viagem.

— Sinto muito por ter visto aquela cena de agressão. Geralmente não sou assim, mas em minha defesa declaro que tinha contas a acertar com aquela mulher. — disse Joan, evitando a encontrar o olhar da moça.

— Não se preocupe com isso, lady Morrison. Eu adorei ver Claire levando uma coça. Há muito tempo desejava fazer o que a senhorita fez. Fico feliz em saber que é corajosa e ousada. Agora entendo perfeitamente a razão de meu irmão ter se apaixonado por uma Morrison. Você é diferente de qualquer outra mulher que ele conheceu, exceto lady Anastácia, sua cunhada. A despeito dela, posso afirmar que são absolutamente parecidas. Albert obviamente se renderia à senhorita.

— É uma pena, no entanto, que Claire tenha estragado tudo. — murmurou Joan e em seguida completou: — Achei que você estaria brava comigo por eu ter magoado o seu irmão. Pensei que ele havia falado muito mal de mim, a ponto da senhorita me odiar.

Ao ouvir aquilo, Stephanie soltou uma gargalhada.

— Ao contrário do que imagina, Albert falou muito bem de você. Mesmo estando magoado e profundamente triste, ele não é capaz de te odiar.

Joan sentiu as lágrimas brotarem em seus olhos e quase caiu em choro quando disse com toda sinceridade:

— Sinto muito por seu irmão. Nunca tive a intenção de magoá-lo. Sinto muito se também, indiretamente, a machuquei de alguma forma.

Inesperadamente, Stephanie colocou a mão sobre a de Joan e ficou em silêncio por um momento, olhando fixamente para ela. Então soltou um longo suspirou e balançou a cabeça antes de dizer:

— Jamais fiquei brava contigo. Apenas fiquei triste pelo meu irmão. Ele ficou muito machucado com tudo o que aconteceu.

Joan assentiu, sentindo uma grande tristeza em seu coração e expressou:

— Entendo. — Respirou profundamente. — Eu gostaria de poder consertar as coisas, mas eu sei que não posso. Só quero que você saiba que eu sinto muito. Sinto de todo meu coração.

Stephanie esboçou um sorriso triste e disse:

— Eu sei que sente e aprecio o fato de se abrir comigo. Talvez um dia você consiga reparar as coisas com meu irmão. Mas agora, tudo o que podemos fazer é seguir em frente e tentar aprender com nossos erros.

Joan assentiu novamente, agradecida pela compreensão de Stephanie. Elas não voltaram a falar sobre aquele assunto, mas Joan soube que aquela conversa iria refletir sobre suas ações e sobre como poderia melhorar como pessoa no futuro. Sim, havia todo um futuro pela frente e juntas as mulheres se tornaram a tríade perfeita do empoderamento feminino. Alcançariam prestígios imagináveis, seriam independentes, fortes e determinadas a conquistar o devido lugar no mundo.

A vida estava apenas começando, pois, às vezes, um termino indica o início de um ciclo muito melhor. E após aquele longo mês, Joan finalmente conseguiu ficar feliz. Estava viva, afinal.

_____ 🗽_____

Olá, ladies!

Primeiramente, quero agradecer por todas mensagens de apoios e orações. Isso é algo grandioso para mim e desperta dentro de mim um grande significado.

Ainda estou tendo dias bons e ruins; ainda estou numa constante luta entre luz e trevas, mas estou me esforçando para me reerguer! A escrita está me ajudando nesse processo, mantendo a minha mente ocupada, assim eu não penso em me machucar. 

Mas, embora eu esteja muito triste, sinto-me alegre quando escrevo e consigo concluir um capítulo!

Novamente, obrigada pelo apoio!

Espero que tenham gostado do capítulo!

Até breve! 😘

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