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19 - Um Golpe Certeiro

"Aquilo que começa errado, tem poucas chances de terminar bem".

Lady Joan Morrison

Na manhã seguinte, para o mártir de Albert, Joan tardou a descer para desfrutar do café da manhã. Davies pensou que ao certo ela estava brava com ele, após a última discussão que tiveram, ou, quem sabe, estava de ressaca. Ela havia afanado a garrafa de uísque que ele deixara no escritório e só Deus sabe o quanto tinha bebido.

— Francamente, Albert! Por qual razão olha esse relógio a cada minuto? — inquiriu Bea, impaciente.

— Taylor ainda não desceu. — murmurou, lançando um olhar para a porta, na esperança de vê-la.

— Santo Deus! — exclamou Bea. — Se a ausência dela está te afetando, então peça para alguém chamá-la! — Voltou a atenção para o jornal.

— Senhor Jones! — o conde chamou pelo mordomo. — Informe a senhorita Taylor que o café está a postos.

O homem assentiu concordando e saiu dali.

Davies aguardou impaciente, sem vontade até mesmo de desfrutar do adorável sabor do café que ele tanto amava. Taylor, às vezes, despertava o pior nele. E após uma longa espera, o fiel mordomo retornou.

— Senhor... — começou o homem, em um tom de voz baixo e inseguro. — A senhorita Taylor não está em seus aposentos, milorde.

Naquele momento, Bea abaixou levemente o jornal e analisou a expressão do amigo. A cor havia sumido da face dele e os lábios tremeram quando ele indagou:

— Ela levou os pertences?

— Não senhor. — O homem desviou o olhar antes de revelar: — Na verdade, ela ainda permanece na propriedade.

— E onde ela está? — esbravejou Albert. — Vamos, desembuche!

O homem, um tanto sem graça, revelou:

— Ela está no estábulo, senhor. Aparentemente dormiu lá.

Davies sentiu a ira subir e então disparou agressivamente:

— Que mulher exasperante e teimosa! — Limpou a boca com o guardanapo, lançou-o bruscamente sobre a mesa e saiu furioso ao encontro de Joan.

No caminho, Albert xingou a moça de todas as formas possíveis, tentando, em vão, aliviar a raiva que efervesceu sob a pele.

Quando finalmente encontrou a baía em que a teimosa se estabeleceu, trincou o maxilar ao vê-la toda torta, com o cabelo repleto de feno e os lábios abertos de um jeito nada apreciável.

Albert pigarreou alto tentando acordá-la, mas não obteve sucesso; a moça sequer se mexeu.

— TAYLOR! — rugiu feito uma fera.

Joan, por sua vez, despertou assustada. Os olhos se arregalaram ao passo que ficou pálida.

— Oh meu Deus! Estou no meio de um pesadelo. — resmungou, voltando a se ajeitar no travesseiro amassado.

— Posso lhe garantir, Taylor, estou aqui em carne e osso.

— O que é muito pior. —murmurou, fechando os olhos.

— Levante-se. — ordenou rispidamente.

— Não.

— Levante-se, Taylor! Deixe de ser uma maldita teimosa.

— O senhor não deve falar dessa forma com seus empregados. Pode forçá-los a se demitir diante de tanta tirania. — Espreguiçou-se, bocejando.

— Pode acreditar, o comportamento rude é destinado apenas a senhorita. Nenhuma outra pessoa é capaz de me tirar do sério.

— O senhor está me incitando a pedir demissão? — Sentou-se de modo a encará-lo.

O coração de Davies deu um salto. O homem simplesmente detestava pensar na mínima possibilidade de ela partir.

— Por ora, apenas estou lhe incitando a tomar o café da manhã.

— Não na companhia senhor, eu imagino. Sou uma reles empregada. Não devo compartilhar da refeição com o senhor da casa.

— Ainda insistindo nesse assunto?

— Não tenho a intenção de parar.

Albert se abaixou, de modo a ficar bem perto dela e advertiu em um tom ameaçador:

— A senhorita não faz ideia de com quem está lidando. Se deseja um desafio, acabou de conseguir. — Levantou-se, ajeitando a gravata no pescoço. — Dez minutos é o tempo que lhe concederei para que ocupe seu lugar na mesa. Isso e nenhum muito a mais. Caso contrário, ficará faminta até a próxima refeição. Tenha um bom dia, senhorita.

Joan o observou se afastar e mais uma vez o odiou de todas as formas possíveis.

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Albert, muito satisfeito, retornou à mesa e finalmente pode apreciar a refeição.

Beatrix, ao ver o quanto o humor do amigo havia se tornado mais agradável, logo questionou:

— Resolveu suas pendências com Taylor?

— Pode se dizer que sim. — Sorveu um prazeroso gole do café preto.

Instantes depois, Joan, bufando de raiva, atravessou a porta e marchou rumo à escada.

— O TEMPO ESTÁ PASSANDO, TAYLOR! — Abert gritou para que ela a ouvisse.

Joan apenas soltou uma espécie de grunhido e seguiu o caminho.

— O que fez para ela, Albert? — Bea indagou, em um misto de preocupação e curiosidade.

— Apenas a lembrei que é que manda aqui. — Sorriu repleto de satisfação.

— É dessa forma que pretende conquistá-la? Com sua genuína prepotência e arrogância?

— Fique fora disso, Beatrix Vanderbilt, não faça com que eu me arrependa de ter compartilhado meus sentimentos. — advertiu severamente, fazendo a moça se calar.

O conde, para seu prazer, finalmente foi capaz de apreciar a refeição matinal, e após findar o prazo estipulado, ele deixou a mesa solicitando para que todas as refeições fossem devolvidas à cozinha.

Quando caminhava até o escritório, encontrou Joan, já arrumada, descendo a escada.

— Perdeu o prazo, senhorita. — informou, ostentando um leve sorriso sarcástico.

Joan apenas o ignorou e foi até a cozinha.

Albert seguiu ao encalço dela e deixou os empregados momentaneamente desconfortáveis quando adentrou no cômodo que jamais, em nenhum momento de sua estadia, veio a ocupar naquela imensa residência.

— Bom dia, senhoras e senhores. — cumprimentou educadamente. — Acredito que estejam todos presentes. — Avaliou que até mesmo o Dursley estava sentado à mesa abarrotada de comida. — Tenho um comunicado a fazer. — Todos se empertigaram para ouvi-lo. — Essa senhorita — Apontou o indicador para Joan prostrada ao seu lado. — É apenas uma empregada nessa residência e deseja ser tratada como tal. Portanto, a partir de hoje, acatarei o desejo dela e informo que devem deixar de servi-la como se fosse uma hóspede. Taylor não terá privilégio algum, a não ser o quarto que a disponibilizei. Não devem atender qualquer pedido dela, se a senhorita desejar por algo, ela que o faça por conta própria. Todos compreenderam?

— Sim, senhor. — concordaram em uníssono.

— Certo. — Albert rumou até a porta. — E a propósito, Taylor perdeu deliberadamente o horário do café da manhã, portanto, deverá esperar até a próxima refeição para se alimentar. Se alguém tiver a intenção de lhe conceder qualquer alimento, pode ter a certeza de que terá de procurar um outro emprego. Tenham um bom dia. — Deixou o recinto, porém a ameaça permaneceu ecoando naquele lugar.

— Francamente, algumas pessoas menosprezam a sorte que tem. — comentou, de forma ácida, uma jovem de rosto anguloso, antes de passar por Joan, chocando propositalmente os braços no ombro dela.

— Não dê ouvidos a essa moça. — acalentou uma senhora rechonchuda cujos cabelos estavam presos sob um lenço cinza. — Marian sempre desejou atrair a atenção do conde. Algo deveras impossível, eu diria. — Exibiu um pequeno sorriso, acentuando as marcas da idade em seu rosto.

— Ela deveria saber que nem tudo que reluz é ouro. Acredite, Davies é bem desagradável quando quer. — expressou Joan. — De qualquer forma, devo sair. Longe de mim colocar todos vocês em encrenca com Devil. Não se preocupem, eu sei me virar.

E realmente sabia. Se havia uma certeza no mundo, era que Joan não precisava da ajuda de ninguém.

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Naquele dia, Abert deixou a residência e foi tratar de seus negócios em Manhattan. Tinha alguns investimentos para colocar em ordem e sua parada foi em Wall Street; tinha um escritório por lá.

Após rever alguns conhecidos e ignorar completamente Daniel Silver que outrora foi seu melhor amigo, antes, é claro, dele roubar aquela que fora sua noiva, Davies se instalou em seu escritório, na companhia do senhor Christopher Wallace, um magnata de New York que era seu amigo de muitas primaveras.

— Soube que Morrison se casou com a melhor amiga, lady Anastácia. — comentou o Wallace, degustando do charuto cubano.

— Sim, até isso o infeliz conseguiu fazer antes de mim. — Davies manteve o olhar no livro de contabilidade.

— Fiquei sabendo que você tentou roubá-la dele. Dizem até que quase propôs a lady em casamento.

— Isso não é bem a verdade. — Desviou o olhar o livro e o depositou no amigo. — Tivemos sim uma aproximação, mas posso lhe garantir que jamais chegamos perto de uma formal proposta matrimonial. De alguma forma eu sempre soube que Any jamais seria a minha esposa. Fico feliz, portanto, em saber que fomos capazes de estabelecer um duradouro laço de amizade. Apesar de ter se casado com Morrison, lady Anastácia é uma mulher extraordinária.

— É o que dizem. — Christopher sorriu.

Albert voltou a atenção para os números, porém se deteve quando o amigo falou:

— Há rumores de que a irmã do meio de seu rival, uma tal de Joan Morrison, fugiu de Londres antes de ser apresentada à sociedade.

— É mesmo? — Albert arqueou a sobrancelha, interessando-se por aquele assunto.

— É o que expressam os boatos. — prosseguiu Christopher. — Segundo as informações dos mexeriqueiros, a moça seguiu os passos da própria cunhada e embarcou em uma aventura para o Oriente Médio. Morrison, é claro, está tentando abafar o escândalo, afirmando que a irmã está em uma viagem na Escócia, hospedada junto a parentes próximos.

— Morrison jamais admitiria que perdeu o controle da situação. — O conde sorriu irônico. — Negará o ocorrido até que seja inviável escondê-lo.

— Esteve algum tempo em Londres, meu amigo. Por acaso chegou a conhecer a irmã fugitiva de Morrison? Dizem que ela é tão audaz quanto a própria cunhada, a lady Anastácia.

— Não me recordo de ter a conhecido. O mais perto que cheguei dos Morrison's, foi minha aproximação com Anastácia. De qualquer forma, o que acontece na vida daquele duque, graças ao bom Deus não é problema meu.

Ambos gargalharam e engataram em um outro assunto corriqueiro.

Todavia, se o conde soubesse que aquele problema em questão residia em sua própria residência, de fato, seria tremendo um caos.

_____ 🗽_____

Perto do almoço, Davies retornou para casa de modo a assegurar que sua mais feroz hospede faria ao menos uma refeição. Por mais que apreciou dar uma boa lição naquela moça teimosa, parte dele ficou preocupado em deixá-la faminta.

O Sol do meio do dia avançou sobre o céu a medida em que a carruagem se aproximou da residência. O conde, que mantinha o olhar fixo na paisagem, ficou muito perplexo quando viu uma jovem, sentada confortavelmente em cima de uma macieira, pouco se importando com a conduta dos bons modos. Mas não era qualquer jovem, obviamente; tratava-se da indomável senhorita Taylor que novamente havia extrapolado os limites do bom senso.

No mesmo instante, Albert pediu para o cocheiro parar a carruagem.

— Pode prosseguir sem mim. Caminharei a partir desse ponto. Tenho pendências a resolver.

O cocheiro apenas concordou. Não cabia a ele questionar as vontades do patrão.

Assim que a carruagem seguiu o curso, Albert foi de encontro ao grande pé de macieira.

— Senhorita Taylor! — esbravejou — Desça dessa árvore imediatamente! Está querendo se machucar?

Joan, que estava bem tranquila sentada em um galho reforçado da árvore, desfrutando de uma maçã saborosa, apenas balançou os pés e ignorou o pedido do conde.

— Não me faça subir aí, Taylor! — ameaçou o conde.

— Não creio que seja capaz, milorde. Estou certa de que lhe falta o vigor da juventude.

— Está dizendo que estou velho, senhorita?

— Bem, se eu tivesse a sua idade, certamente seria considerada uma solteirona, velha demais para casar. Apenas estou devolvendo o rótulo de validade que a sociedade costuma empregar as mulheres. Sinta, meu caro, o sabor amargo do sexismo desleal.

— Desça, Taylor! Ou colocarei a árvore abaixo.

Joan bufou antes de disparar com certa aspereza:

— Em se tratando do senhor, acredito que seja bem capaz.

Com extrema habilidade, tal como fazia desde criança, Joan desceu da árvore deixando o conde impressionado.

— A senhorita não cansa de me surpreender.

— E o senhor achou mesmo que eu ficaria com fome? Francamente, milorde. Não me conhece nem um pouco. — Começou a andar de volta para casa. Rapidamente o conde a alcançou.

— Terei a sua companhia no almoço?

— Não senhor. — ela respondeu. — Tampouco no chá da tarde, ou no jantar. Comerei junto aos empregados que é o meu devido lugar.

Albert apenas se calou. Não a obrigaria a fazer as vontades dele. Aquilo apenas tornaria as coisas piores do que já estavam.

Ambos caminharam em silêncio, pois ninguém estava disposto a brigar. Albert não cederia e Joan tampouco. Estavam em um impasse e ninguém saberia o que viria a seguir.

— Preciso que me acompanhe até o meu escritório. — solicitou o conde, assim que se aproximaram do hall da entrada.

— O senhor vai me dispensar do meu serviço? — Joan indagou levemente preocupada.

— Não, Taylor. Muito pelo contrário, preciso acertar o seu contrato de trabalho.

— Nesse caso, fico feliz em lhe acompanhar, milorde. — Sorriu aliviada.

Assim que adentraram no escritório, Joan ocupou a cadeira em frente à mesa e aguardou que Davies a acompanhasse.

O conde retirou uma folha do bolso interno de seu fraque e entregou a Joan.

— Esse é um rascunho do contrato que deverei elaborar e autenticar junto ao meu advogado. Leia com atenção e me informe se há necessidade de alguma alteração.

Joan não era versada no mundo dos negócios, como sua cunhada Anastácia era, porém, como crescerá perto do pai, e posteriormente do irmão, ambos detentores de um grande ducado, ela compreendia alguns assuntos, ao menos o suficiente para não ser passada para trás.

Após concluir a leitura do texto que expressava o término do serviço mediante o parto da égua prenha, ela concluiu que era um bom acordo e devidamente justo. Teria os finais de semana de folga, o que seria um alento para se ver livre daquele conde.

— Não devo alterar nada. O salário está de acordo, o prazo estipulado também e não tenho objeção quanto as minhas folgas. Estou de acordo com todos os termos.

— Ótimo. — declarou Albert. — Apenas necessito que me traga seus documentos.

— Para quê? — A moça arregalou os olhos, pensando que talvez Albert estivesse desconfiando da falsa identidade dela.

— Para inserir junto ao contrato, Taylor! — explicou, sem qualquer indício de desconfiança.

— Ah, sim. — concordou, sem graça.

Por sorte, Joan manteve contato com a senhorita Rosália, braço direito da cunhada Anastácia, que conhecia todo o tipo de gente e lhe passou o contato de um exímio falsificador. Joan estava segura sobre a sua falsa identidade. Os documentos eram idênticos aos originais.

— Há algo a mais que devemos tratar? — a moça perguntou, encerrando o assunto.

— Não. Está dispensada.

Joan levantou-se rapidamente e saiu do escritório sem dizer uma palavra sequer. Ela planejava ir até a cozinha, mas se deteve quando escutou uma grave e furiosa voz masculina ecoar pela porta da entrada:

— BEATRIX VANDERBILT! APAREÇA, SUA INGRATA!

Joan rapidamente foi até a porta e se deparou com um homem alto, aparentemente na faixa dos trinta anos, de reluzentes cabelos loiros impecavelmente alinhados e traços perfeitamente simétricos cujos olhos azuis lembravam a alguém que ela conhecia.

Ao ouvir aquele tempestuoso chamado, Bea surgiu ao topo da escada. A expressão não era das melhores.

— Aí está a megera sem coração. — disparou o homem, em tom rude.

— Posso lhe garantir, meu caro, tenho um coração em perfeito estado. Ele apenas não se importa contigo. — rebateu ironicamente.

— Em nada isso me afeta, Beatrix. Eu vim te levar para casa.

— Não tenho intenção de lhe acompanhar.— Cruzou os braços abaixo do peito.

Foi exatamente naquele momento de tensão, que Albert se aproximou da entrada e observou discretamente aquele embate.

— Não me faça subir aí e te levar a força. — ameaçou impaciente.

— Você não teria essa coragem!

— DESÇA, BEATRIX! — ordenou aos gritos.

— Não. — continuou firme.

O homem bufou e partiu obstinado rumo à aos degraus.

— Não ouse dar um passo a mais, senhor. — Joan rapidamente se colocou ao pé da escada, bloqueando a passagem daquele ogro.

Albert escondeu o riso. Aquilo seria uma ocasião digna de ser lembrada.

— Senhorita, faça o favor de sair da minha frente! — ordenou impaciente.

— A moça não deseja ir com o senhor. E eu juro que se der um passo a mais, serei obrigada a usar de meios físicos.

— Albert, seu canalha! Faça alguma coisa! Tire essa mulher da minha frente! — pediu o desconhecido, espumando de raiva.

— Não farei isso nem que me pague! Sei as lutas que eu posso vencer. — O conde balançou os ombros e se manteve imóvel.

— A senhorita não me deu escolha. Devo passar a força. — Determinado, tentou avançar.

No mesmo momento, Joan ergueu o joelho e acertou em cheio as partes íntimas daquele homem presunçoso. Em questão de instantes, ele estava gemendo e se contorcendo de dor.

Albert gargalhou alto. Joan, por sua vez, preparou-se de modo a empurrar o homem para longe, contudo, Beatrix interviu:

— Pare, Jô! Ele é meu irmão. — Desceu correndo os degraus e foi ao socorro do homem.

Joan arregalou os olhos e não soube como reagir mediante aquela revelação.

Beatrix, por sua vez, chegou até o irmão e avaliou a situação.

— Benji, você está bem?

— Eu estou. Só não posso garantir que prosseguirei com a próxima geração, depois desse golpe fatal. — resmungou, ainda esboçando uma careta de dor.

Bea riu e falou:

— Não posso dizer que não mereceu.

— Bea! — ele ralhou, inconformado.

— Desculpe-me, senhor. — Joan murmurou, não sabendo nem um pouco como se redimir daquele infortúnio.

— Não se preocupe, Taylor. Ele vai sobreviver. — Albert finalmente se aproximou do amigo e ambos se abraçaram amistosamente.

— Quem é essa mulher? — o loiro apontou para Joan que se encolheu.

— Essa é minha amiga Jolie Taylor. — Bea passou os braços ao redor de Joan e prosseguiu: — Jô, esse paspalho desprovido dos bons modos, é ninguém menos que o meu irmão, Benjamin Vanderbilt.

Joan exibiu um sorriso discreto, ainda muito envergonhada por ter sido tão agressiva.

— Posso beijar sua mão, senhorita, ou corro risco de ser golpeado novamente? — Benjamin provocou, sorrindo.

Joan corou mediante aquela fala e Albert ficou muito, mais muito, incomodado com aquela situação.

— Está seguro, por ora. — Estendeu o braço na direção dele, o qual plantou um beijo casto no dorso da mão dela.

— Suponho que você veio buscar sua irmã. — Davies foi rápido em cortar aquela troca prolongada de olhar.

— Isso é óbvio. Meu pai me deu esse ultimato. Bea volta hoje, casal contrário, ele mesmo virá buscá-la. — Lançou um olhar para a irmã.

— Papai não faria isso! — Ela arregalou os olhos azuis, ficando momentaneamente pálida.

— Pode acreditar, Bea. Nosso pai já estaria aqui, se eu não tivesse o convencido de que sou perfeitamente capaz de a levar para casa. Ele ficou ensandecido quando soube que estava instalada na residência de Davies! Bea, você está muito encrencada, minha irmã.

— Como ele descobriu que eu estava aqui? Quem foi que me delatou?

Sem querer, os olhos de Benjamin voltaram para Davies. Bea soube, portanto, quem havia lhe entregado de bandeja ao senhor Peter Vanderbilt, o imponente magnata de Nova York.

— Albert, seu maldito traidor! Não acredito que me entregou! — exclamou consternada.

— Eu avisei que eu faria isso, Beatrix. — Deu de ombros. — Sou um homem de palavra.

— Às vezes, eu realmente te odeio. — Fuzilou o conde com aqueles olhos azuis brilhando em raiva.

— É o que eu sempre digo. — Joan soltou sem querer, fazendo Davies rir.

— Despeça-se de seus amigos, Bea. Deveremos retornar imediatamente para Manhattan. — disse Benji.

— Eu posso ao menos arrumar as minhas malas?

— Não temos tempo para isso. Albert pode enviar seus pertences depois. Se demorarmos aqui, papai pode vir atrás de nós e não será nada agradável.

Bea bufou inconformada, mas atendeu à solicitação do irmão.

— Jô, prometa-me que vais se livrar desse tirano por um tempo e vá me visitar.

— Eu prometo. — Joan sorriu e abraçou aquela que em tão pouco tempo havia se tornado a sua amiga.

Bea então lançou um olhar para Davies e disparou:

— Nesse momento, estou muito brava contigo para lhe dar um abraço. Contudo, devo advertir, Albert: isso vai ter volta! Ah se vai ! — Então voltou o olhar para o irmão. — Vamos, Benji.

Benjamin, por sua vez, fixou a atenção em Joan e disse como se fosse uma promessa:

— Até breve, senhorita.

— Até, senhor.

Albert sequer escondeu a carranca de mau-humor ao se despedir rispidamente do amigo.

Assim, quando os irmãos Vanderbilt saíram pela porta, Joan sentiu o olhar penetrante de Davies sobre ela.

— O que foi? — indagou, confusa.

— A senhorita realmente tem um jeito único de chamar a atenção dos homens. — Apertou os lábios em uma linha fina.

— Tenha certeza, milorde, essa não é a minha intenção.

— Não posso discordar. Infelizmente, sei que é espontâneo. No entanto, não altera o fato de que sempre tem algum homem rendido ao seu peculiar encanto.

— Ao que parece o senhor é imune a ele. — alfinetou, escondendo o sorriso que ameaçou surgir nos lábios.

— Não tenha tanta certeza disso, minha cara.

— Cuidado, Devil, posso acreditar que está apaixonado por mim. — provocou novamente, fazendo o homem ficar momentaneamente sério.

Davies, então, diminuiu a distância entre ambos, fazendo Joan recuar para trás. Ainda mantendo o olhar fixo ao dela, ele continuou a se aproximar dela, até que a moça se chocou contra a rigidez da parede.

— E se eu estivesse apaixonado, o que a senhorita diria?

Joan fitou aqueles perigosos olhos castanhos, e por um momento, ficou sem palavra. Tantas coisas passaram pela cabeça dela, pensou até mesmo em revelar seus sentimentos, porém lembrou quem ela era, de fato, e soube, novamente, que não havia qualquer possibilidade de um futuro para eles.

— Eu diria que o senhor está cometendo um erro.

— Erro? — Os lábios se curvaram em um pequeno sorriso. — Não deve ser tão errado se apaixonar por uma teimosa.

Joan sentiu uma profunda tristeza invadir o coração dela.

Por que as coisas tinham de ser tão complicadas?

— Eu não quero que o senhor se apaixone por mim. Não quero te magoar. — disse, aos sussurros.

— Por que a senhorita me magoaria? — Davies indagou, intrigado.

Porque eu sou uma Morrison. Ela pensou em dizer, porém apenas falou:

— Porque nesse momento eu não posso corresponder os seus sentimentos. Não quando eu tenho a prioridade de conquistar minha independência.

— Eu posso te ajudar a conquistar a sua independência, basta apenas me deixar entrar na sua vida. A senhorita ainda não entendeu que eu faria qualquer coisa por você?

Joan sentiu as lágrimas brotarem nos olhos quando implorou:

— Por favor, não torne tudo ainda mais complicado. Eu não sou a pessoa certa para o senhor. Eu sinto muito.

A dura sombra da tristeza se tornou nítido da face do conde. Os lábios dele tremeram antes de ele expressar em um tom carregado de mágoa:

— Infelizmente, Taylor, não escolhemos por quem se apaixonar.

Dito aquilo, o conde se afastou da moça e partiu para algum lugar daquela imensa casa, deixando Joan arrasada contra aquela parede fria que a impediu de desmoronar.

E naquela tarde, Joan teve a mais absoluta certeza: em breve ela própria iria se magoar.

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Olá, ladies!

Demorou, mas saiu!

Espero que tenham gostado!

bjus

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